quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (106)


AH, ESSAS MARAVILHOSAS E INCANDECENTES MULHERES – AUDREN RUTH E AS DAMAS BAILARINAS
Hoje quero só escrever delas e em dois atos ocorrido ontem, ambos dentro do quadrilátero do prédio da Cultural Municipal.
1 – Audren Ruth Cardoso é uma eterna reconhecida cantante dessa cidade. Tenho por ela a maior admiração. Já a vi cantando pelos mais diferentes redutos dessa cidade e sempre encantando a tudo e todos. Gravei num desses lugares algo bem singelo a demonstrar toda sua magnitude, aqui total improviso, mas quando feito a capela, mais lindo ainda, gravação feita em setembro de 2012: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=DICAS+%2898%29. Audren exerceu até quando deu o exercício de assessora de imprensa dentro das hostes da Prefeitura Municipal. Durante o governo de Tuga Angerami (2005/2008), esteve lotada no terceiro andar da Praça das Cerejeiras, com Rodrigo Agostinho (2008 até 2016) por lá continuou. No governo do Gazzetta foi deslocada para exerceu a mesma função na Cultura Municipal e desde então estava lotada numa modesta mesa dentro daquela secretaria. Nas horas vagas cantava e encantava. Na Cultura foi responsável pelos releases das atividades acontecendo por aquelas plagas até o exato momento de ser acometida por um cruel AVC, a impedindo de continuar trabalhando. Desde então luta e se supera, dia após dia, com muita dedicação para retornar à normalidade. Uma batalhadora e desde sempre, vencedora.

Ontem mais um lindo capítulo quando envergando a camiseta da SORRI, esteve com aquele grupo se apresentando no palco do Teatro Municipal, dentro de mais uma Mostra de Artes Sem Barreiras. “Uma grande alegria pra todos nós é trabalhar na Mostra De Artes Sem Barreiras. E quando vemos uma pessoa tão querida quanto a Audren de volta aos palcos, passo a passo, lutando. A alegria também vira emoção. Bem-vinda de volta”, palavras de Silvio Selva que teve o imenso prazer de presenciar a primeira volta de Audren aos palcos, ontem e no mais famoso de Bauru, o do Teatro Municipal de Bauru. Eis um vídeo também feito por ele desse retorno: https://www.facebook.com/silviosselva/videos/2289434784404035/. Eu me emociono muito com Audren, pois sempre gostei demais da conta dessa batalhadora e linda cantante desta aldeia bauruense. Ela vence e nos emociona, pois não desiste, insiste e demonstra o quanto é forte, resistente coimo aroeira. Dias atrás li uma frase dela, postada em seu facebook e fui aos prantos por me imaginar o quanto de forças pessoal ali contida em tão poucas palavras: “Tô voltando devagarinho, oi gente amiga!” (10/09/2018). Ela já voltou e quando vence barreiras, mesmo sem saber, ajuda a todos nós vencer também nossas barreiras. Amo essa baita negona!
2 – No mesmo palco da cidade, só que em outro canto, o dedicado para ensaios da Cia Estável de Dança de Bauru, local capitaneado pelo coringa cultural Sivaldo Camargo, dançarino de ótima cepa e agora diretor de uma das atividades que mais dá certo e resultados positivos dentro de todo investimento feito pela Cultura Municipal, esse servidor público municipal faz de uma simples aula da Cia um acontecimento mais que auspicioso. Reúne quatro bailarinas dessas pioneiras, não só na história da dança de Bauru, mas no país, pois todas viajaram muito, fizeram cursos mundo afora, se especializaram e tivemos o prazer delas atuarem nessa aldeia. “A Companhia Estável de Dança de Bauru, teve o privilégio de receber em sua sede, as grandes Damas da Dança de Bauru. Elas plantaram as sementes, que hoje colhemos os frutos. As pioneiras que dedicaram uma vida pelo ensino da Dança em nossa cidade, que formaram gerações e gerações não só de bailarinos, mas de pessoas que até hoje se lembram da disciplina, do palco e do amor pela arte. As Maestras Ruth Nhan, Yola Guimarães, Lucila Teixeira Mendes e Ana Flora, assistiram uma aula de Ballet Clássico da Companhia, na sequencia o ensaio da Coreografia "Carmen" de: Arilton Assunção. Depois o elenco pode ouvir um pouco de suas trajetórias artísticas, foi emocionante para todos, só quem estava presente pode sentir a emoção transmitida por essas grandes professoras e o incentivo que passaram para o jovem elenco. Desde o inicio a Companhia Estável tem um compromisso em resgatar a memória da Dança na cidade de Bauru e hoje foi um dia muito especial. Sentimos muito a falta da querida Dalva Correia Silva, que está morando fora de Bauru, mas que esteve presente em nossos corações. A Companhia está sempre buscando pessoas que se sensibilizam com a arte da Dança e como não falar das presenças de Ana Bia Andrade, Loriza Lacerda de Almeida (responsável pelos registros fotográficos), Doruska Marino, Lucia e o apoio do pessoal do MIS e do Orlando Alves. Obrigado a todos !!!”, postou Sivaldo sobre o ocorrido.

No registro de Loriza, algo da sensibilidade dos que ainda se deixam impressionar por essas pequenas maravilhas da vida: “A arte há de nos redimir! Fazendo uma das coisas que tem me dando enorme alegria: ensaio da Cia de Dança de Bauru. Diretor artístico: Sivaldo Camargo. Aqui o suor é mais amor”. Vejo nisso que Sivaldo faz sem esperar retornos algo grandioso. Ele talvez me reprima por escrever um algo mais de eventos como esse, cada vez mais rotineiro nas atividades da Cia Estável, mas creio ser necessário fazê-lo, até para abrir os olhos de muitos. Eventos como esse tem gastos e diante de um momento onde cada vez menos coisas desse tipo se materializam pelas vias normais, ele não deixa de realiza-los e os faz pagando tudo do próprio bolso. Hoje isso aqui, um café da tarde, amanhã recebendo um coreógrafo famoso e o hospedando num hotel da cidade, amanhã com despesas de viagem desse e tudo o mais. Poucos patrocínios, valorosos os existentes, mas quase tudo se materializando de seu soldo. Tudo para propiciar algo expresso num curto diálogo que tive ontem o prazer de ter com Ruth Nhan, ícone do bailar. Ela, com seus mais de 80 anos, mas ainda mantendo o espírito clássico, refino até no andar, chego com meu jeito sem jeito e lhe digo: “Fiquei sabendo que a senhora quase deu uma dançadinha vendo o ensaio”. Sua resposta foi algo natural, sem nenhuma empáfia, mas com a sapiência do que representa: “Podia ter ido, mas não para dar dançadinha. Eu não dou dançadinhas”. Elas me encantam e encantado me derreto vendo-as reconhecidas e valorizadas. Aqui uma pequena amostra do que foi presenciado ontem, sem grande alarde, sem capa no Caderno Cultural do jornal local, mas um dos acontecimentos mais representivos do bom uso do dinheiro público: https://www.facebook.com/100008267112961/videos/2217594275192788/.

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