CONFORME FOR...
sábado, 21 de junho de 2025
sexta-feira, 20 de junho de 2025
COMENTÁRIO QUALQUER (262)
NENHUMA NOVIDADE - SABEM TUDO, QUALQUER PASSO QUE DAMOSRecebo de uma dileta amiga essa imagem com a seguinte mensagem: "Notícia agora no G1". Calmamente lhe respondo.
Minha cara, eles sabem tudo na gente. Não damos mais um passo sequer sem que tudo fique registrado. O celular nos denuncia a todo instante e mesmo desligado, tudo que fazemos é captado e utilizado para fins ainda pouco conhecidos. Só pelo fato de aceitarmos ter um celular, já deixamos implícito que, os tais donos do negócio, se utilizam de todos nossos dados, quer queiramos ou não. E como sabem de tudo, por enquanto vendem estes dados para finalidades comerciais, porém, se alguma de nossas atividades representar algum risco ou perigo, seja ele qualquer um, se utilizarão destes dados contra nós. Estamos entregues de corpo e alma para estes. Sabem com quem saímos, que hora saímos de casa, o que comemos, que hora acordamos e deitamos, enfim, qualquer movimento é captado e pode ser utilizado. Nossas converrsas, mesmo com o celular no bolso são registradas. Enquanto representamos um mero interesse comercial, nossos dados assim serão utilizados, porém, em caso de mijarmos fora do penico, ou seja, fazer algo considerado por eles fora da casinha, seremos denunciados sem dó e piedade. Isso de nossas senhas e dados estarem sendo reveladas não representa nenhuma novidade. Na situação atual, onde ninguém mais vive sem celular, creio que, melhor é nos resignarmos e aceitando, continuarmos acreditando que as informações, pelo menos por enquanto, estejam sendo repassadas para que vendam mais, que nos ofereçam mais objetos de consumo e assim a roda continuará rodando. Deveriamos estar todos assustados e tentand ose safar dessa voraz perseguição, mas não faremos nada disso, pois pelo modo digital, já está tudo consumado e a dominação é praticamente absoluta. Relaxe e goze, pois diante de tudo o que já sabem da gente, a senha é só um detalhe.
Para o evangélico destes tempos, ou pelo menos o segmento comandando pelos pastores neopentecostais essa união é possível e mais do que explicável. Como fazem parte de um grupo se opondo ao atual Governo Federal, tendo Lula como presidente, fazem de tudo para se oporem ao mesmo e criar problemas para seu mandato. Pegar em fio desemcapado é fichinha. Pegam numa boa e o fazem, se bobear, fazendo citações bíblicas. Onde as encontram, só eles mesmo sabem. E daí, mais do que evidente a espetacularização deste evento denominado Marcha para Jesus.
E nela todos os políticos ligados ao segmento de extrema e ultradireita, conservadores e fascistas de todas as matizes. Na Marcha realizada na capital paulista, encontrar o atual prefeito babando ovo para a falácia dita dos palanques não representa nenhuma novidade. Até mesmo ver o atual governador paulista, Tarcisio de Freitas enrolado numa bandeira de Israel e cantando hinos de louvor, como devoto pode ser considerado como algo trivial. Representa bem o que estamos vivenciando nestes tempos.
Misturaram tudo, religião e política e da forma mais desavergonhada possível. O que todos querem e almejam é estando próximos dessa massa humana, conduzida como gado, consigam também os votos destes. Tarcisio é mais do que um péssimo governador. Destrói o estado, até então mais rico da federação e se coloca, como se vê, a serviço dos interesses de Israel. Pior que tudo, é candidato à Presidência da República. Ele e todos os prefeitos que lá estavam em Israel por estes dias, aprendendo técninas de espionagem e de manipulação humana, comprando serviços israelenses neste sentido. Só não contavam com a guerra. Todos os que lá estavam são do time do Tarcisio, do Netanyahu, do Trump, aprovam toda a truculência daquele país para com os palestinos e iranianos. Religião, no caso é mera carapuça, escondendo a real intenção por detrás de tudo. Municiados por Israel estes todos já estão a serviços destes e prontos para colocar em prática o aprendido já nas próximas eleições. Estejamos preparados.
EU CUIDO DE CINCO GATOS, MAS NÃO TENHO NENHUM
“Um escritor sem gato é como um cego sem um cão de guarda”O caráter solitário e individualista dos felinos faz com que os escritores se sintam identificados com eles. Podíamos definir a relação entre os dois como uma aliança entre seres completamente livres.
Borges confessava-se anarquista, independente e solitário, sem horários que pudessem condicionar sua criatividade. "Faz o que quer, como eu", disse o escritor sobre seu fiel gato Beppo.
Gatos são politicamente incorretos, seres de ninguém, amantes da noite, boêmios e independentes... A mistura perfeita para muitos dos escritores que marcaram um antes e um depois no mundo da literatura. Alguns deles conseguiram criar laços imperceptíveis para os outros mortais, simplificando a sua magia em um só.
Charles Bukowski escreveu sobre gatos: "Eles andam com uma dignidade surpreendente, conseguem dormir 20 horas por dia sem dúvida e sem arrependimentos, essas criaturas são professores". Alexandre Dumas teve dois gatos, Mysouff I e Mysouff II, sendo este último o favorito do escritor, apesar de ter comido uma vez todos os pássaros exóticos de Dumas.
Charles Bukowski escreveu sobre gatos: "Eles andam com uma dignidade surpreendente, conseguem dormir 20 horas por dia sem dúvida e sem arrependimentos, essas criaturas são professores". Alexandre Dumas teve dois gatos, Mysouff I e Mysouff II, sendo este último o favorito do escritor, apesar de ter comido uma vez todos os pássaros exóticos de Dumas.
Charles Dickens teve uma gata chamada William que rebaptizou com o nome de Williamina, devido ao parto que meses mais tarde teria o felino no estúdio de Dickens. Edgar Allan Poe tinha uma gata chamada Catarina, frequentemente deitava-se sobre o ombro dele enquanto ele escrevia. A gata inspirou-o na peça The Black Cat.
O carinho de Ernest Hemingway pelos felinos é tão conhecido que a jornalista americana Carlene Fredericka Brennen decidiu escrever o livro Os Gatos de Hemingway, no qual relata sua relação com esses animais.
Julio Cortázar chamou seu gato T.W. Adorno, pelo filósofo e sociólogo alemão. O escritor menciona gatos em várias de suas obras, incluindo Rayuela e O Último Round. O gato de Hermann Hesse era muito inquieto, o escritor passava seus momentos livres correndo atrás dele em sua casa. Dizem que o gato de Jean-Paul Sartre, um animal branco fofinho, se chamava Nada, um nome que se encaixava perfeitamente no existencialismo do seu dono.
Patricia Highsmith vivia feliz com seus gatos; com eles conseguia ter uma proximidade que não suportava ter a longo prazo com as pessoas. Ela precisava dos gatos como equilíbrio psicológico.
Esses felinos foram inspiração, solidão e companhia em suas vidas. Amigos fiéis na escuridão; almas livres que unidas criaram magia.
Texto de Luisa Baião
quinta-feira, 19 de junho de 2025
PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (204)
* Tudo isto para tentar, ao menos, esquecer das guerras, embates e interregnos em curso.
1.) GUERRA É A PALAVRA DE ORDEM DOS EUAAbro o Facebook hoje e lá uma charge de Belmonte, expert do traço, com um belo livro retratando a Segunda Guerra Mundial, dessas raridades que mantenho no meu Mafuá. Compartilho a charge (essa é de 29/09/1939), bela lembrança da amiga carioca, hoje residindo no Recife, Edna Cunha Lima, uma designer sempre antenada com tudo. Ela, do alto dos seus quase 80 anos, assim como eu, beirando os 65, sabemos que desde sempre este país, os Estados Unidos da América, vivem em função de suas guerras e de dominação alheia. Escolheram essa forma de vida, a de explorar o semelhante, abusar de autoritarismo, impor sua liderança pela força e assim dominar o cenário, o seu entorno, quiçá mundial. Com o fim da 2ª Guerra e depois, de outra a Guerra Fria, quando se sustentava dizendo nos ajudar se mantendo longe do perigo cominista, eles aumentaram ainda mais seu poder. Fizeram guerras adoidados por todos os meios e modos, destruiram países e sem se importar com nada. O que valer para eles é grana nos bolsos, nos deles e pro resto migalhas. Só que enquanto guerreavam adoidao, a China quietinha se modernizou e avançou, hoje conquistando a liderança mundial. A China não detém o poder bélico do mundo, mas sim o tecnológico. E hoje, os EUA já se deram conta, estão atrás da China e como ainda não podem guerrear diretamento com eles, o fazem por meio de seus satélites. Israel é um país satélite, o mais bélico do Oriente Médio e nada faz sem colsutar e ter o aval norte-americano. Essa guerra contra o Irã é só mais uma dos EUA, quando impõe aos outros fazer o serviço sujo pra eles. E assim vão destruindo mais um ali pertinho da China e se aproximando, abiscoitando pouco a pouco e recheando a região com armas apontadas para a China. É grana e poder, algo que sabem, não mais serão conquistados da forma legal. Daí, nada como ir construindo e conquistando tudo pela força, guerras e mais guerras. A charge já demonstrava isso lá em 1939. Hoje só a continuidade disso tudo.
2.) NA CEI APURANDO PROVÁVEIS IRREGULARIDADES DA ALCAIDE, O SEU PRESIDENTE É TAMBÉM LÍDER DELA NA CÂMARA - TUDO DENTRO DO QUE ENTENDEM SER A NORMALIDADE
Comentário de Gleison Sallas Contador quando de minha publicação no Facebook: "Não podemos entrar comnums representação popular pedindo o afastamento do líder da prefeita que é tbm presidente da CEI e que em certos momentos atuou como orientador da depoente ? As vezes parecia um advogado. Parecia".
Carlão corre em plena luz do dia. Tenta escapar, sem saber muito bem de quê. Um prédio em construção e o atirador cercando. Um tiro. Ele cai. A câmera se afasta devagar. Não há como voltar. Começa a tocar Paulinho da Viola: “dinheiro na mão é vendaval...”. Foi assim que Pecado Capital terminou. Junho de 1976. Eu faria dez anos dali a três semanas.
4.) CHICO E CLARICE, TUDO MUITO SIMPLES
1.) GUERRA É A PALAVRA DE ORDEM DOS EUAAbro o Facebook hoje e lá uma charge de Belmonte, expert do traço, com um belo livro retratando a Segunda Guerra Mundial, dessas raridades que mantenho no meu Mafuá. Compartilho a charge (essa é de 29/09/1939), bela lembrança da amiga carioca, hoje residindo no Recife, Edna Cunha Lima, uma designer sempre antenada com tudo. Ela, do alto dos seus quase 80 anos, assim como eu, beirando os 65, sabemos que desde sempre este país, os Estados Unidos da América, vivem em função de suas guerras e de dominação alheia. Escolheram essa forma de vida, a de explorar o semelhante, abusar de autoritarismo, impor sua liderança pela força e assim dominar o cenário, o seu entorno, quiçá mundial. Com o fim da 2ª Guerra e depois, de outra a Guerra Fria, quando se sustentava dizendo nos ajudar se mantendo longe do perigo cominista, eles aumentaram ainda mais seu poder. Fizeram guerras adoidados por todos os meios e modos, destruiram países e sem se importar com nada. O que valer para eles é grana nos bolsos, nos deles e pro resto migalhas. Só que enquanto guerreavam adoidao, a China quietinha se modernizou e avançou, hoje conquistando a liderança mundial. A China não detém o poder bélico do mundo, mas sim o tecnológico. E hoje, os EUA já se deram conta, estão atrás da China e como ainda não podem guerrear diretamento com eles, o fazem por meio de seus satélites. Israel é um país satélite, o mais bélico do Oriente Médio e nada faz sem colsutar e ter o aval norte-americano. Essa guerra contra o Irã é só mais uma dos EUA, quando impõe aos outros fazer o serviço sujo pra eles. E assim vão destruindo mais um ali pertinho da China e se aproximando, abiscoitando pouco a pouco e recheando a região com armas apontadas para a China. É grana e poder, algo que sabem, não mais serão conquistados da forma legal. Daí, nada como ir construindo e conquistando tudo pela força, guerras e mais guerras. A charge já demonstrava isso lá em 1939. Hoje só a continuidade disso tudo.
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Foto de Pedro Romualdo |
Eis o link da matéria de hoje da 94FM, escancarando a evidência ululante:
A cena ficou comigo. Pela secura. Carlão era um homem comum. Um taxista que encontrou dinheiro e achou que aquilo podia redesenhar seu destino. Não deu certo. Tentou furar a cerca e foi abatido como todos que nao tem vez. A novela não dourou a pílula. Não deu tempo de justificar nada. Não houve castigo, nem absolvição. Era o fim.
Era Pecado Capital, Janete Clair entendeu o país. Mostrou o que acontece quando alguém tenta sair da linha sem autorização. Ela não escreveu um final moral. Escreveu um final possível. Carlão não era exceção. Seu corpo caído no chão, em plena tarde, foi o retrato de um tipo de derrota que não precisava de palavrório. E a música do Paulinho não vinha para suavizar — dizia o que o roteiro já sabia: a vida cobra caro, mesmo quando parece estar oferecendo.
Francisco Cuoco morreu hoje, aos 91 anos. Quando soube, não pensei em carreira, nem em homenagens. Pensei em Carlão. No corpo caindo no meio dos escombros. No silêncio entre uma fala e outra. Naquela imagem que ficou comigo mais do que muitas vitórias. A TV ainda era preto e branco. Eu ainda era criança. Mas alguma coisa naquela cena me avisava que, ali, a ficção não estava mentindo.
Paulinho cantou: Mas é preciso viver/ E viver não é brincadeira não/ Quando o jeito é se virar/ Cada um trata de si/ Irmão desconhece irmão/ E aí dinheiro na mão é vendaval/ Dinheiro na mão é solução/ E solidão/ Dinheiro na mão é vendaval/ Dinheiro na mão é solução/ E solidão.
Era Pecado Capital, Janete Clair entendeu o país. Mostrou o que acontece quando alguém tenta sair da linha sem autorização. Ela não escreveu um final moral. Escreveu um final possível. Carlão não era exceção. Seu corpo caído no chão, em plena tarde, foi o retrato de um tipo de derrota que não precisava de palavrório. E a música do Paulinho não vinha para suavizar — dizia o que o roteiro já sabia: a vida cobra caro, mesmo quando parece estar oferecendo.
Francisco Cuoco morreu hoje, aos 91 anos. Quando soube, não pensei em carreira, nem em homenagens. Pensei em Carlão. No corpo caindo no meio dos escombros. No silêncio entre uma fala e outra. Naquela imagem que ficou comigo mais do que muitas vitórias. A TV ainda era preto e branco. Eu ainda era criança. Mas alguma coisa naquela cena me avisava que, ali, a ficção não estava mentindo.
Paulinho cantou: Mas é preciso viver/ E viver não é brincadeira não/ Quando o jeito é se virar/ Cada um trata de si/ Irmão desconhece irmão/ E aí dinheiro na mão é vendaval/ Dinheiro na mão é solução/ E solidão/ Dinheiro na mão é vendaval/ Dinheiro na mão é solução/ E solidão.
CHICO 81 ANOS
Entre maio de 1968 e outubro de 1969, Clarice Lispector fez uma longa entrevista com Chico Buarque! 
Para o final da conversa, eles foram ficando mais íntimos, conectados, até que o papo termina com esse diálogo:
Clarice Lispector – Qual é a coisa mais importante do mundo?
Chico Buarque – Trabalho e amor.
Clarice Lispector – Qual é a coisa mais importante para você, como indivíduo?
Chico Buarque – A liberdade para trabalhar e amar.
Clarice Lispector – O que é amor?
Chico Buarque – Não sei definir, e você?
Clarice Lispector – Nem eu.


Para o final da conversa, eles foram ficando mais íntimos, conectados, até que o papo termina com esse diálogo:
Clarice Lispector – Qual é a coisa mais importante do mundo?
Chico Buarque – Trabalho e amor.
Clarice Lispector – Qual é a coisa mais importante para você, como indivíduo?
Chico Buarque – A liberdade para trabalhar e amar.
Clarice Lispector – O que é amor?
Chico Buarque – Não sei definir, e você?
Clarice Lispector – Nem eu.
Dois gênios 

OBS.: Tentei outro dia comprar o livro, recentemente editado com as entrevistas da Clarice. Folhei numa livraria na capital paulista, achei lindo, porém o preço me foi impeditivo de trazê-lo para o Mafuá. Fiquei na vontade e como tenho feito com todos os livros comprados por mim ultimamente, espero adentrarem um sebo, com preços exorbitantemente mais baratos.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
MEMÓRIA ORAL (319)
Vivemos hoje algo muito intenso dessa luta dos ainda dispostos a fazer algo de concreto pelos interesses populares e dos que, pensam somente em lucrar, obter dividendos para uma minoria. Vejo essa luta se intensificando cada vez mais. E, como não poderia deixar de ser, os endinheirados do planeta estão não só tomando a dianteira, como usando de todos os artifícios possísveis para impor a sua condição, pouco se importando para tudo o mais. Dentre estes endinheirados, quase todos neoliberais, ultradireitistas, muitos ditadores e perversos para qualquer um que ouse fugir à regra, ou seja, mijar fora do penico. Mas o que seria isso? O capitalismo avançou e está mais degradado, muito mais perverso que antes. Não diria ser isso evolução, mas sim, algo como uma espécie de degeneração natural. Enlouqueceram. Tudo por dinheiro e cada vez para menos pessoas. Dentro dessa loucura, fazem de tudo e mais um pouco para brecar quem ainda tente construir algo com conotação ou beirando atender anseios populares, o da maioria da população, principalmente para os mais necessitados. Estes, coitados, padecem cada vez mais e sobrevivem como podem. Uma labuta diária.
E seguindo toda essa receita neoliberal, os que insistem em continuar na pegada de fazer algo aos renegados deste mundo, primeiro tentam cooptá-lo, depois ao não conseguirem e estes insistirem, jogam sujo, fazem de tudo e mais um pouco para condená-los, algumas vezes tentam até assassiná-los e não conseguindo, não agem mais como antigamente. Antes os tanques adentravam as ruas e os golpes militares, com apoio de civis e dos EUA - sempre eles - eram consolidados, com muito sangue nas ruas. Hoje não, em conluio com o Judiciário, totalmente enfronhados com o sistema cruel e insano, agem como se estivessem dentro da lei. Julgam inventando fatos ou, como no caso de Lula, crendo em convicção e nenhuma prova concreta. Isso ocorreu e acabou sendo desfeito posteriormente no Brasil. O caso da Lava Jato é um escandalosa vergonha para o sistema judicial brasileiro. Isso, infelizmente, se repete por toda América Latina. No Equador com Correia, na Bolívia com Evo Morales, no Paraguai com Lugo, no Peru com Castillo e agora, o caso mais recente, escandaloso da punição à Cristina Kirchner na Argentina.
Me detenho no caso dela, Cristina, duas vezes presidente daquele país e que, junto com seu marido, ambos peronistas, muito fizeram pela Argentina. O caso a envolvendo é declaradamente de lawfare. Lawfare é o uso estratégico do sistema legal para prejudicar um oponente, frequentemente desviando-se das normas legais e buscando objetivos que vão além da justiça. Ou seja, o poder constituído, quase sempre com ligação mais que umbilical ao neoliberalismo predatório, vendo que pode perder as próximas eleições, julga descaradamente e tira do poder, quando não prende. Tentaram cooptar Cristina, ela resistiu, tentaram matá-la, ela sobreviveu, fizeram de tudo para incriminá-la sem provas e quando ela se apresenta como candidata a deputada no próximo pleito, o que a indicaria como candidata à presidência em dois anos, a Corte Suprema, uma que joga futebol na fazenda de Maurício Macri e diz amém para os mandões do país, o dono do jornal e grupo Clarín, três juízes, a condenam.
Ela foi condenada e teve alguns dias até ocorrer sua apresentação ao tribunal, se entregar. Neste interregno, ela já não podendo sair às ruas, sai frequentemente na sacada de seu prédio, localizado no cruzamento das calles San José e Humberto Primo. Cristina é hoje a maior representante do peronismo na Argentina, 71 anos e depois de Perón e de seu marido, Nestor, quem melhor pode tentar resolver os cruciais problemas do país e mais que tudo, ainda atender os clamores de uma população totalmente cerceada de qualquer tipo de direitos, com o desGoverno do insano Javier Milei. O último governo peronista não foi eficiente e em sua fraqueza, possibilitou a chegada de alguém como Milei ao poder. Igual ao Brasil onde Bolsonaro chega e conquista parcela significativa de eleitoresSão os tais doentes se achegando ao poder e depois fazendo de tudo para dele não mais sairem. No Brasil, Bolsonaro quase consegue permanecer no poder com um golpe, querendo matar seus oponentes.
E Cristina do balcão de seu apartamento faz com que o país se levante. Foi uma semana de intensa movimentação diante de sua sacada. O povo foi verdadeiramente para as ruas defendê-la e contrário à injusta decisão judicial. Ela teria que se apresentar no Comodoro Py, nome da rua onde está localizada a Corte Suprema, porém, diante da manifestação crescente os juízes decidiram pela prisão domiciliar. Tudo se intensifica no último dia 17/06, quando uma manifestação gigante é marcada para a Praça de Mayo, local onde também está situada a Casa Rosada, o palácio presidencial. Da praça até o prédio onde ela reside uma multidão toma às ruas. O levante está estabelecido e consolidado. Milei age sempre com violência para qualquer manifestação nas ruas, batendo inclusive em aposentados, porém, diante de uma massa incalculável de pessoas, assiste a tudo. O balcão onde ela aparece com frequência se transforma num local não só de peregrinação, mas de esperança. Diante dele gente de todas as partes do país.
Ela não mais precisará se apresentar ao tribunal. Agora está encerrada em sua residência, porém, fazendo uso de sua parte externa, a sacada, o balcão, hoje mais famoso que o do romance de Romeu e Julieta. No momento em que escrevo, ela solicita do tribunal se pode fazer uso do balcão. Ele faz parte de sua casa. A decisão deve ser tomada em breve e enquanto isso, o povo não arreda pé de se manifestar defronte este local. A Argentina ferve, pois o Milei prefere viajar, nenhuma obra em curso, governa fazendo pronunciamentos em países onde imperam governantes como ele, todos de ultradireita, viagens com gastos estratosféricos e o povo cada vez mais na miséria. Comparo as viagens de Lula, trazendo altos lucros ao Brasil e as de Milei, nenhum acordo comercial, só falação direitista. De tudo, algo desponta no ar, assim como os aviões de carreira: Cristina cresceu com tudo isso e a partir de agora, está recolocada num patamar, onde este julgamento deverá ser invalidado e, assim como Lula, voltar a disputar à presidência. Como ela mesmo disse, só a prenderam, pois sabem perderão a próxima eleição. E assim, a varanda, seu balcão acaba se transformando num belíssimo palanque, onde diante dele desfila toda uma nação clamando por se atendida em suas reivindicações. Essa Argentina voltará em breve. Como ela mesmo disse: "Voltaremos".
terça-feira, 17 de junho de 2025
DICAS (258)
A RÁDIO AURI-VERDE DEIXOU DE EXISTIR PARA OS BAURUENSESO dia a dia continua fluindo como dantes por aqui na terra do Sanduíche. Mudanças ocorrem e Bauru, pelo que sei, deu às costas para tudo o que acontece lá nas hostes hoje da atual administração da rádio Jovem Auri-Verde. Essa rádio deixou de ser bauruense e hoje representa, sob a administração de Alexandre Pittoli o bolsonarismo. Nada mais. Ela é hoje a porta-voz de toda e qualquer movimentação bolsonarista, portanto, golpista e de ultradireita.
No início, como Bauru ainda possui laços de querência com essa rádio, por tudo o que ela representou no passado, existia um certo carinho. Este se perdeu ao longo do tempo, ou seja, desde a chegada de Pittolli e os seus, quando foram chutados pra fora da rádio Jovem Pan, ocorre uma mudança total de rumo. Bauru foi percebendo isso aos poucos e hoje, a audiência bauruense deve ser das menores, pífia, nenhuma representatividade.
A rádio pittolista fez suas escolhas e hoje vive momentos onde anda sob o fio da navalha, pois pelo que se ouve pelos seus microfones, já passaram de todos os limites do que é considerado como saudável jornalismo. Deixou Bauru de lado e Bauru também age como se ela não mais existisse. Eu, pelo que sinto, acredito que, mais dia menos dia, eles terão sérios problemas com a Justiça. Inevitável isso. Eles, ou seja, Pittoli sabe muito bem dos riscos que corre ao expelir o montante de informações muito longe da verdade dos fatos.
A rádio, lá pelos lados da Getúlio, atrás do Confiança Max tinha até bem pouco tempo, um luminoso com a marca Jovem Pan do lado externo e hoje, nem isso. Pelo visto quer passar incólume, sem que ninguém a note. Não é porque Bauru já a despreza, que ela não tenha culpa no cartório. Um dia eles terão que prestar contas de tudo o que foi ali cometido de irregularidades. Torço muito para que este dia chegue logo. Viver de fake news, além da perda da credibilidade, incorre em problemas com a Justiça.
Deveria ter ido e cumprir o papel que lhe cabe e é do conhecimento de todos. Lula é corajoso ao se posicionar contra as guerras e o genocídio. Ele sempre deixou bem claro seu posicionamento. É presidente do Brasil e não de um segmento político. O Brasil não deve se isolar, como o faz a Argentina e fez o Brasil, anos de Bolsonaro. Crescemos, melhoramos e nem por isso, Lula deixou de opinar e ser ouvido. Sua opinião, conhecida por todos é considerada. Donald Trump preferiu sair muito antes do combinado, pois sabia, teria encontros com líderes mundiais contrários aos seus interesses e modo de agir. Lula permaneceu e o criticar por uma foto, sendo ele quem é e a cumprir o papel que cumpre, algo incompreensível. Menos, muito menos. O posicionamento do Brasil hoje é altivo, certeiro e justo. Neste quesito, acertamos em cheio e até isso incomoda alguns, querendo rompimentos e desagragação em tudo. Não irão encontrar nenhum pronunciamento de Lula contra o bom senso predominante no debate atual. Criticá-lo sem entender o contexto, o papel dele nisso tudo é procurar pelo em ovo.
O DIFERENCIADO TRATAMENTO DA IMPRENSA BRASILEIRA PARAS AS GUERRAS EM CURSO*
* Isso sim merece escárnio, repúdio e pauleira generalizada. Porém, pegam leve. Somos suaves demais com o que a TV tenta fazer com nossas cabeças. Ou nos deixamos enganar, ou pensamos com eles ou isso não interessa. O fato é que, o noticiário da TV massiva brasileira passa dos limites de ser tendencioso.
* Isso sim merece escárnio, repúdio e pauleira generalizada. Porém, pegam leve. Somos suaves demais com o que a TV tenta fazer com nossas cabeças. Ou nos deixamos enganar, ou pensamos com eles ou isso não interessa. O fato é que, o noticiário da TV massiva brasileira passa dos limites de ser tendencioso.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
ALGO DA INTERNET (226)
SUMIU, O GATO COMEU, SÓ PODE TER SIDO"A Polícia não encontrou indícios de que a família Rosin tivesse desviado itens doados ao Fundo Assistencial da Prefeitura. Que bom. Mas então onde estão esses itens? Vai ser difícil saber. Durante as investigações apurou-se a ausência de controle patrimonial sobre os objetos doados. Ou seja, não se sabe o que entre nem o que sai. A delegada Priscila Alferes, responsável pela investigação, disse que o problema decorre da ausência de regulamentação municipal sobre o tema. E, até aonde entendi, o caso para por aí. Não sei se o controle deveria ser meramente administrativo ou se falta lei municipal regulatória. De qualquer modo, os bens parecem ter sumido e ninguém parece saber para onde foram. Alguém, no mínimo, falhou. Eu vejo necessidade de investigação mais apurada. Quem mais?", jornalista Ricardo De Callis Pesce.
ISRAEL É A ENGENHARIA DA BARBÁRIE
"Não há, sinceramente, o que comemorar em ver iranianos lançando mísseis sobre Israel. O espetáculo pirotécnico das sirenes em Tel Aviv não deveria alegrar ninguém. Eu não torço por isso, ainda que esteja em ação o direito de Teerã à legítima defesa, depois de anos sendo alvo de operações terroristas em seu território, conduzidas com extrema crueldade por Israel, que contabiliza milhares de civis mortos nos últimos 20 anos.O que me provocaria, de fato, uma imensa alegria seria o improvável: Israel acordando e decidindo parar de bombardear vizinhos, parar de assassinar palestinos com a eficiência de quem varre uma calçada. Ficar feliz, de verdade, eu ficaria se o Estado sionista deixasse o povo palestino em paz e lhe devolvesse as terras que lhe foram roubadas a ferro, fogo e esbulho jurídico..
(Pausa para os desejos inconfessáveis: não me seria indiferente a explosão de uma bomba iraniana bem no centro de uma reunião ministerial do gabinete nazissionista de Netanyahu — com todos os ministros presentes, por óbvio).
Mas, deixando os sonhos a sonharem, o que me chama a atenção de verdade não são os mísseis de Teerã, mas os bunkers de Tel Aviv. Uma notícia chapa-branca do Globo revelou a essência de um projeto de sociedade: Israel tem leis que obrigam a construção de bunkers. Segundo o Ministério da Defesa, há cerca de 1,5 milhão dessas estruturas. Para um país com 9,7 milhões de habitantes, isso significa um bunker para cada 6,4 pessoas. Uma criança nasce, um porão a espera.
Há países que constroem escolas, bibliotecas, parques. Israel, fiel à sua vocação mais íntima, especializou-se em outro ramo da engenharia: o da fortificação compulsiva. Não é provocação panfletária. É estatística: 1,5 milhão de bunkers, um para cada 6,4 viventes. Cada nascimento, um metro cúbico de concreto. Cada casamento, mais enlatados estocados.
Enquanto o mundo ainda sonha com cidades abertas e a desmilitarização da vida pública, Israel ergue uma estética de trincheiras enterradas. Do ponto de vista afetivo, é um país onde não há praças, há perímetros de segurança. Não há cidadania, há planos de evacuação. Não há projeto de vida pública, há manuais de sobrevivência.
O bunker é mais que abrigo físico. É catequese diária. Um altar de concreto onde se cultua o medo e a glorificação da violência como traço social a ser perenizado. Cada parede reforçada é um sermão silencioso: "A guerra é o teu destino, menino. Entre o recreio e a lição de matemática, haverá uma sirene. Entre o primeiro beijo e o alistamento militar, haverá Gaza."
Se arquitetura é expressão de projeto social, então Israel é um mausoléu em tempo real. Um país que fez da escavação sua metáfora de existência. Marmotas entocadas. Enquanto outras nações cortam fitas em escolas e teatros, Israel corta fitas em porões climatizados. O cimento, que sustenta sonhos em outros lugares, ali veda fantasmas e abafa o som das próprias explosões.
A indústria mais sólida de Israel não é a tecnologia, nem a agricultura de precisão, muito menos as startups que encantam os tolos de Davos. A verdadeira engrenagem nacional é a produção em massa do medo. Medo como ativo estratégico, bem de consumo e cimento: a cola que une a identidade do porão.
E é um medo seletivo. Dentro dos bunkers, israelenses se protegem das consequências das próprias ações. Do lado de fora, palestinos não têm sequer a ilusão do abrigo. Apenas céu aberto, poeira e contagem regressiva para o próximo ataque. Para uns, cápsulas de sobrevivência. Para outros, covas coletivas.
Israel nunca foi um país que se defende. É um país que converteu o ataque em ideologia de Estado e a ideologia em fetiche arquitetônico. Enquanto uns cultivam jardins, Israel cultiva bunkers. Enquanto, em outros lugares, o refúgio é sinônimo de aconchego, ali é concreto, com filtros de ar e estoque de enlatados, sempre pronto para o próximo ciclo bélico.
A cada incursão militar, a cada demolição em território palestino, o Estado de Israel repete seu mantra: "Vejam, temos razão em cavar mais fundo." O bunker não é símbolo de resiliência. É monumento ao fracasso moral. Não é abrigo. É confissão de culpa, é a construção metódica do próprio túmulo em câmera lenta.
Um dia, quando arqueólogos do futuro escavarem o que restar dessa geografia moralmente devastada, não encontrarão bibliotecas ou teatros. Encontrarão cápsulas de concreto, casulos de medo fossilizado, memoriais involuntários de uma sociedade que preferiu a arquitetura da barbárie à construção da paz.
Há civilizações que sonham com a eternidade pela arte. Outras, pela ciência. Israel, ao que parece, sonha com a eternidade da guerra. E, para isso, cava, dia após dia, o seu mausoléu coletivo — um bunker para cada seis habitantes. Porque, no fim, toda a história de Israel é isso: um projeto nacional de enterrar-se vivo.", Edward Magro
Consigo dar um breque em tudo que ando fazendo, leio e ouço bastante reflexões sobre a motivação de mais essa insólita guerra, iniciada pelo Israel de Benjamin Netanyahu, sob a supervisão e orientação, também autorização dos Estados Unidos de Donald Trump. Tenho a mais absoluta certeza que, Israel não faz nada sem antes consultar e obter autorização norte-americana. Evidentemente, recebeu o sinal para torpedear o Irã e assim foi feito. Ligo a TV aqui em casa e por mais que procure, vasculhando canais e canais, todos eles são favoráveis a Israel. Todas as imagens adentrando minha casa são de Telavive, a capital israelense e assim sendo, totalmente influenciáveis pelas razões - se é que existe alguma - destes. E para mim, ou para qualquer leigo querendo de fato entender o que ocorre, se faz necessário entender e ver todos os lados da mesma questão. Pela mídia brasileira massiva isso é impossível. A mesma coisa acontece em relação ao massacre dos palestinos em Gaza. Fazem de tudo e mais um pouco para distorcer os fatos e não dar razão, nem aos palestinos, muito menos aos iranianos.
O Irã foi atacado. Se os EUA podem ter armas nucleares, por que o irã também não? Isso parece simples, mas nada é simples no emaranhado do mundo político neoliberal e ultra conservador predominante no mundo atual. Israel já passou de todos os limites de tolerância possíveis. Louvável o posicionamento de Lula enquanto presidente de um país como o Brasil. Não sei avaliar se seria necessário romper relações com o estado de Israel. Essa questão, no caso de qualquer militante ou observador é necessária, já um país, envolve muitas outras questões. Nós já nem temos mais um normal embaixador naquele país e como muitos brasileiros residem lá, creio que o fato de Lula ter já bem definido e exposto seu posicionamento pessoal, tudo está bem claro.
O mundo como estabelecido hoje é deprtimente e causa depressão em pessoas como este HPA. Minha revolta não se resume somente ao que Israel faz o mundo à sua volta. Trump é tãpo nefasto quanto, assim como Milei e Macri na Argentina, o papel da imprensa, como o Clárin na Argentina e jornais/TVs Globo, Record, Folha SP e Estadão no Brasil. Impossível de vislumbrar algum entendimento para o papel, por exemplo, do pessoal da TV Globo, diante de tudo o que Bolsonaro já anunciou pretende fazer com eles e assim mesmo, insistem em paparicar este segmento conservador. Não tem mesmo jeito. Serão eternamente nossos adversários. Contemporizar com estes é impossível, pois nunca o farão conosco. A luta que empreendo hoje contra Israel, EUA, a ultradireita, daqui e dali é a mesma que enfrentava tempos atrás. Mudaram siglas e personagens, mas não a crueldade, a insensatez. Estejamos atentos e fortes, pois muita coisa de ruim ainda teremos pela frente. E se queremos mesmo alcançar alguma paz, se faz necessário lutar.
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NAS QUATRO ÚLTIMAS FOTOS, CARTAZES ESPALHADOS POR BAURU, PELO PESSOAL DO PCO |
domingo, 15 de junho de 2025
OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (201)
DOIS ÓTIMOS BAURUENSES HISTORIADORES DO MOMENTO
“Henrique boa tarde...acredito que hoje você é nosso principal memorialista, historiador, cronista e jornalista.....”.
Agradeço, mas declino. Algo parecido, guardadas todas as proporções, com o que fez o ministro do STF Alexandre de Moraes, quando Bolsonaro lhe convidou para ser seu vive em 2026. No meu caso, declino da deferência por desmerecimento, diante de tantos outros na ativa com excelente cabedal e currículo de pesquisa e escrevinhação.
De imediato rebati: “Sou não, eu só escrevinho, pesquiso pouco. Tem muita gente nova e dessa nova geração com belos trabalhos. Eu gosto muito de escrever sobre os tipos populares. E escrevo menos do que gostaria. Divago mais do que escrevo”.
E depois de tudo, revelo a conversa, pois queria acrescentar um algo mais a isso. Dos memorialistas tivemos dois, Gabriel Ruiz Pelegrina e Luciano Dias Pires. Lembro também de Vivaldo Pitta, que comandou o Museu de Avaí e seguiu pesquisando enquanto viveu. E não posso deixar de citar outro também já falecido, este emérito historiador, João Francisco Tidei de Lima e alguém por quem nutro enorme consideração, Paulo Neves. Tivemos outros tantos. A minha memória hoje não está muito clara, pois poderia se lembrar de outros. Venho para os dias atuais. Neste momento, tenho dois historiadores que gostaria de destacar e deles quero discorrer.
EDSON FERNANDES possui graduação em Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Bebedouro (1984), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Botucatu (1989), graduação em História pela Universidade do Sagrado Coração (1986), mestrado em Economia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Araraquara (2003) e doutorado em História Social pela mesma universidade, campus de Franca (2008). Tem experiência na área de História, com ênfase em Demografia Histórica e História da Educação. E escrevem bem demais. Seus livros são inebriantes e num deles, resgatou documentos dos plantões policiais de antanho, demonstrando como era a vida nas entranhas desta cidade. Produz com a mesma intensidade em Lençóis Paulista, onde exerceu o magistério por longo período. Ele e Fábio Pallotta monitoram um esclarecedor passeio pelas ruas do centro bauruense e mês passado, fizeram o mesmo dentro do Cemitério da Saudade.
LUIS PAULO DOMINGUES escreveu, editou e fez a pesquisa para o livro "Boca do Sertão: A História de Piratininga na Marcha do Café", logo a seguir em "Fronteira Infinita: Índios, Bugreiros, Escravos e Pioneiros na Bahurú do Século XIX" (com o historiador Edson Fernandes), que traz pesquisa cartorial sobre o oeste da Província de São Paulo. E o melhor de todos, numa ficção histórica sobre a saga dos primeiros desbravadores do sertão de São Paulo e a luta desses pioneiros contra os indígenas Kaingang. O cara faz e acontece na cidade, tocando e cantando numa banda das mais controvertidas da cidade e nos últimos tempos adotou o distrito de Piratininga, Brasília Paulista, um lugarejo, onde creio eu, repõe energias e faz contato com seres extraterrestres, outra de sua especialidade. Versátil, sua última investida, além de incansável pesquisador é levar seu conhecimento para um programa de rádio, onde além de narrar fatos históricos, o faz com devida ironia e picardia.
Tenho outro. Gosto muito de meu amigo FÁBIO PARIDE PALLOTTA, que retornou recentemente de Portugal, onde foi se aprofundar em mais pesquisas. Da última vez que nos vimos ele, comentando sobre mim, me elogia, porém ressalta, sou mais ácido e só por uma crítica que repito sobre alguns procedimentos num certo setor público municipal, deveria rever e interpretar melhor. Para mim, classifico-o entre os grandes, porém, creio, deveria repensar exatamente sobre a mesma questão onde me critica. Enxergo nitidamente algo depreciativo na postura profissional destes mesmos e com elevada carga de autoritarismo. Precisamos conversar mais a respeito. Tenho novas informações a lhe dar sobre a questão. Dialogando muito, quero convencê-lo, assim como ele a mim. Mas ele é grande e suas pesquisas sobre a história ferroviária desta cidade são imprescindíveis. Ele um grande pesquisador deste nosso lado férreo.
Essa turma move que é uma maravilha a História destas plagas. Escrevi de memorialistas e historiadores. De cronistas e jornalistas, tenho outras boas listas. Eu sou o que um dia classificou Luiz Antonio Simas, “historiador das insignificâncias”. Pelo menos eu tento.
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