domingo, 5 de janeiro de 2025

FRASE DE LIVRO LIDO (211)


NO PRIMEIRO LIVRO LIDO NO MÊS A INDIGNAÇÃO DE COMO A POLÍTICA É PRATICADA, INCLUSIVE AQUI EM BAURU
Clique em cima e foto se amplia.
Este livro, deixado para mim ler pela minha irmã antes dela vijar, me cai como uma luva para os últimos acontecimentos do meio político. Quando vejo o ministro Flávio Dino investindo sózinho contra o poderoso presidente da Câmara dos Deputados, praticamente fazendo ele o serviço que o Governo federal deveria, mas não consegue fazer, que é barrar de uma vez por todas com a barbaridade das Emendas Parlamentares sem lastro, as frases aqui colhidas parece terem sido escritas exclusivamente para este tema. Depois, me volto para Bauru, primeiro num nepotismo, algo sempre inexplicável, repugnante, mesmo tendo lastro em decisões anteriores do STF e depois, numa Câmara de vereadores, os tais 17 x 4, que nada farão para fiscalizar nenhum ato da atual administração, pois tudo está devidamente dominado. Um favorecimento numa licitação, gente próxima da administração ganha, o valor é majorado e até agora, nada de movimentação exigindo anulação do contrato. Depois, as secretarias com maior orçamento nas mãos de duas pessoas de fora, algo onde as coincidências ocorrem da forma mais sem sentido. Este o jeito de fazer política repudiado pro RUBEM ALVES, que o faz sentir nojo da política e diz muito do seu desânimo, que também é o meu. Lendo, frase por frase, sinto o mesmo que ele e sei que, para revreter tudo isso, só mesmo vindo tudo abaixo. Não existe medida paliativa. Sem dar fim a isto tudo, nunca reverteremos definivamente este modo nefasto de fazer política. A revolta que muitos sentem precisa ser convertida em ações concretas, de conscientização e organização. Do contrário, cada vez mais tomaremos no toba.

A GENTE TENTA, MAS TEM AS FORÇAS CONTRÁRIAS...
A gente tenta realizar tanta coisa e em cada uma delas, os obstáculos são grandes, mas nem por causa disso desistimos. Dias atrás uma amiga me postou essa foto minha, eu lá dando entrevista pra TV Prevê, junto da Rose Barrenha, falando sobre a continuidade do projeto literário, do caixote colocado lá no terminal rodoviário e dos livros sendo distribuídos para quem por lá pegue um ônibus. Estamos e continuamos empolgados, mas sabíamos, adversidades viriam e nada como enfrentar o danado do problema de frente, pelejando para dribrá-lo ou transpor os tais dos obstáculos. Pois bem, a cada postagem, tem aparecido mais gente querendo doar livros. Ontem mesmo fui buscar duas caixas com a Marcelle, que tem um lindo projeto, o Livros do Bem, revendendo os que ganha, tudo em prol da causa animal. Hoje pela manhã, o Carioca, lá da banca de livros da Feira do Rolo, me doou outra caixa cheia de livros. Dois sebos estão agendados, só passar buscar. Muitas pessoas, querendo doar e tudo sendo combinado.

Isso o lado bom, agora vem um probleminha de percurso, que tem que ser informado, até para a gente ver coletivamente como poderemos solucionar ele, sem gerar um problema maior. O terminal rodoviário, como se sabe, hoje tem um público permanente vivendo no seu entorno, constituído de moradores em situação de rua e junto destes, uns mais problematizados socialmente, os ditos e vistos como "nóias". Não gosto do termo e nem sei como poderia melhor denominá-los, mas é destes que quero descrever algo. 
Os livros estão sendo colocados lá regularmente e desaparecem logo a seguir num passe de mágica. Passei por lá ontem e hoje, pouco antes do almoço. Para fazer um teste, até sem a Rose saber, deixei alguns livros e voltei a seguir, umas duas horas depois e tudo vazio. Hoje o mesmo. Conversei com muita gente por lá e da boca destes, a mesma versão dos fatos: foram os "nóias". Estes, segundo ouço, pegam não para ler, mas para fazer um dinheiro e assim tocarem suas vidas. Não sei como abordá-los a contento, sem gerar um problema maior. Não quero e não iremos, nem eu, nem a Rose promover uma devassa destes, pois não é esse o intuíto. Não é propiciando algo para uns e criando um problema novo com outros. Penso em tentar algo pelo diálogo, mas não creio ser adequado fazê-lo sem orientação. O pessoal que compra livros na cidade estão avisados, que vindo das mãos destes, receberão orientação para devolvê-los de onde foram retirados.

O projeto tem que continuar, insistindo a gente vai vergando estes, conversando, confabulando, entendendo, ouvindo o que eles tem para nos contar, sugerindo outras opções para eles levantarem a tal da graninha, mas posto aqui este texto, mais buscando um pouco de luz. Para tudo existe uma solução e a buscada por mim e pela Rose não passa por nenhum tipo de violência. Enfim, distribuir livros é algo tão edificante que, teremos que ir driblando essas e outras adversidades. Gostaríamos de ouvir opiniões para nos orientar nos próximos passos. Vamos conversar a respeito?

GENTE, TEM REUNIÃO DO TOMATE NA TERÇA, 19H - HORA DE COLOCAR O BLOCO NA RUA
Esperamos a eleição passar e com a consolidação da desgraceira se abatendo sobre Bauru, eis que o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto está de volta e reunindo forças para esgrimar contra as deventuras desta terra totalmente Sem Limites. Como já é do conhecimento de tudo, todas e todos, assunto não falta para engrossar o caldo dos que protestam contra tudo o que de mal foi se ocorrendo em Bauru duante 2024. Pois bem, na próxima terça, dia 07/01, às 19h, em lugar ainda sendo decidido, estaremos nos reunindo para juntops decidirmos os próximos passos. Quem é tomateiro já está convocado. Vamos confabulando por aqui e assim que tivermos o local fechado, lacrado e sacramentado, será devidamente informado. Atrasados, mas como gostamos de repetir: "A gente faz festa, mas tá puto da vida". Vamos?

MILLÔR, INCORRIGÍVEL FRASISTA
“Se você acha que está maluco é porque não está. Mas, se você acha que todo mundo está maluco, então está.”

Millôr Fernandes (1923-2012) foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro. Conquistou notoriedade por suas colunas de humor gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil.
“Natação e Automobilismo: Tenho absoluta incapacidade de admirar um homem apenas porque ele é melhor do que o outro um centésimo de segundo.”
“O pior não é morrer. Pior é não poder espantar as moscas.”
“Inúmeros artistas contemporâneos não são artistas e, olhando bem, nem são contemporâneos.”
“A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.”
“Gastronomia é comer admirando as estrelas.”
“As pessoas que falam demais, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.”
“Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.”
“Viva o Brasil onde o ano inteiro é primeiro de abril.”
“Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.”
“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”
“Dizem que quando o Criador criou o homem, os animais todos em volta não caíram na gargalhada apenas por uma questão de respeito.”
“Na poça da rua o vira-lata lambe a lua”
“Certas coisas só são amargas se a gente as engole.”
“Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono. “
“Esnobar é exigir café fervendo e deixar esfriar.”
“Olha, entre um pingo e outro a chuva não molha.”
“Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.”
“A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu carácter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.”
“É porque ninguém gosta de trabalhar que o mundo progride.”

O QUE SE FAZ NUM DOMINGO SEM JOGO DE FUTEBOL NA TV? SENTO E LEIO UM LIVRO
Foi no estilo vapt-vupt, comecei cedo, antes de descer pra feira, interrompi para bater perna, depois almoçar. Quando retomei, fui até o fim. Uma aventura com algo mais de um dos pioneiros do correio-aéreo mundial. Fiquei imaginando o que se passava com estes ousados pilotos em épocas, onde a segurança era pouca e a ousadia imensa, tanto que, acabou desaparecendo numa dessas viagens.

QUEM É A TV GLOBO E QUEM FAZ A DEFESA DE JORNALISTAS, QUANDO CRIMINALMENTE ATACADOS

sábado, 4 de janeiro de 2025

CENA BAURUENSE (260)


QUE TAL PEGAR LEVE HOJE? SÓ HOJE E REMEMORANDO AS "CENAS BAURUENSES"
01. Publiquei em 01/12/2024: 
Até tempos atrás, os muros da antiga USC, hoje Unisagrado, a "universidade das Irmãs", davam prum desfiladeiro, cujo fim era a rodovia Marechal Rondon, hoje, num trecho muito bem utilizado, as encostas foram transformadas numa vicinal para quem não precisa adentrar o fluxo da rodovia e saindo da avenida Duque de Caxias, chega passando por ela nas Nações Unidas, altura do inconcebível tótem da Havan. Encurtaram-se os caminhos, nuns quase - ou mais - 500 metros de muro.

02. Publiquei em 02/12/2024: Nos altos da rua Rubens Arruda, mais exatamente sua quadra 15, uma casa com portas praticamente dando pra rua, calçada com grama e flores, me faz voltar ao passado, quando muitas das residências - vejo muitas delas espalhadas pela região - eram simplesmente, belas, simples, modestas, sem a glamourização dada aos Altos da Cidade nos dias hoje.

03. Publiquei em 03/12/2024: A chuva caiu - e continua caindo - inclemente, vários dias e hoje, no meio do aguaceiro, praça Washington Luiz, junto da igreja Aparecida, ele caminhava calmamente pela calçada, indiferente e ao lado uma barraca, no meio do lodaçal. Passo com o carro, vidros todos bem fechados e ao lado de fora, a situação oposta.

04. Publiquei em 10/12/2024: Numa esquina lá nos altos da rua Rubens Arruda - bota altos nisso -, no que antes era considerado Altos da Cidade, um bar modesto conseguiu se manter aberto, enfrentando as intempéries do tempo, como a proporcionada pelo avanço do dito progresso, que substitui casas antigas, por modernosas, mudando todo o aspecto do lugar. Neste bar, point de encontro de velhos boêmios e saudosistas, muitos antigos moradores das cercanias, o tempo não passava e até música ao vivo proporcionava. Nada mudou no aspecto físico e hoje, ao ver suas portas abaixadas, nem sei se fechou, ficando a saudade, também pelas inscrições de outro tipo de ocupação urbana. Comi muita linguiça frita em tacho de óleo quente, cervejando por ali em tempos idos.

05. Publiquei em 12/12/2024: Num dos CEJAs - Centro de Ensino de Jovens e Adultos -, próximo da Hípica, no muro frontal a justa homenagem ao patrono da Educação brasileira, Paulo Freire.

06. Publiquei em 16/12/2024: Na sequência da avenida comendador José da Silva Martha, uma cancela, passagem de trens, hoje pouco utilizada e motivo de solicitação de sua retirada e assim, pistas sem interrupções, porém, estes que não entendem o que significa e significou os trens para a história de Bauru, deveriam ao menos se informar e ver que, estes chegaram muito antes de tudo o que se vê no entorno da foto e deve, num futuro não tão distante, voltar a ter a importância do passado, pois o trem um dia voltará a ser, inevitavelmente, o meio de transporte mais viável para todo tipo de locomoção térrea humana.

07. Publiquei em 17/12/2024: Eu gosto de bares e hoje reverencio um gravitando mais pra restaurante que pra botequim, mas um lugar muito aprazível dentro do universo de possibilidades para se ruar em Bauru. A foto é deles mesmos, divulgada pelo Bar da Rosa, linda pelo alcançado no enquadramento proposto e como fui por ela arrebatado, a passo adiante.

08. Publiquei em 18/12/2024: Este o portão dos fundos, rua detrás do estádio Alfredo de Castilho, vila Pacífico, casa do centenário Esporte Clube Noroeste e onde, íamos décadas atrás observar a chegada e saída dos ônibus com os times que jogariam contra nós. O grosso cadeado era aberto e por ali adentrava a delegação visitante, bem ao lado do alto muro, com sustentação reforçada por trilhos da linha férrea, onde muitos tentavam galgar para assistir as contendas sem pagar ingresso. Nem sei se hoje, as delegações ainda adentram por ali e se tudo continuará como dantes, mas ao passar por ali, passa sempre um filme em minha cabeça.

09. Publiquei em 21/12/2024: Na rua dos Abateiros, paralela ao Sambódromo, no Geisel, criativamente alguém disponibilizou sua coleção de CDs, fixando-os numa árvore na calçada, assim florescendo, com a devida pompa e brilho, uma com espírito natalino.

10. Publiquei em 22/12/2024: Diante desta bicicleta, utilizada até bem pouco tempo pelos funcionários dos Correios, os carteiros, para entregas de casa em casa, ali na Feira do Rolo, uma só certeza, a de como o Governo Federal é ruim em comunicação de seus feitos. Não sei, nem me informei se estava em exposição ou a venda, mas sei que, por decisão acertada, todas foram substituídas por elétricas, ou seja, os carteiros do Brasil inteiro estão agora, pedalando menos e entregando as correspondências de porta em porta e com muito menos esforço físico. Exemplares como essas aqui são, de agora em diante, coisas do passado. O Correios deu um passo adiante e todos precisam tomar conhecimento disto, ou seja, divulgar melhor seus feitos e conquistas.

11. Publiquei em 24/12/2024: A cena é chocante é com graus de perversidade, tudo às vésperas do Natal. Debaixo do viaduto das Nações, sob a avenida Duque de Caxias, existia um local, cercado, ocupado por certo tempo por entidades, depois por moradores em situação de rua. Por ali, ocorreu estranho assassinato e tudo é levado abaixo, com os quem dele se beneficiavam, colocados ainda mais à rua. E para onde foram? Atravessaram a avenida e agora, ainda debaixo do viaduto, sem a proteção do antigo gradil, ocupam espaço defronte a sede do Narcóticos Anônimos, beirando a rua, continuam sua saga de busca por um abrigo sob suas cabeças. A situação é imensamente mais constrangedora que a anterior, ou seja, tudo foi piorado após a intervenção do "pessoal" da Prefeitura Municipal e na noite do Natal, chamas eram vistas no local, numa preparação de provável ceia. Eis como, de algo ruim, tudo pode se transformar em algo ainda pior.

12. Publiquei em 27/12/2024: Cada um expressa os seus lampejos de Boas Festas, espalhados cidade afora, de formas variadas e múltiplas. Aqui uma delas, através do grafite na esquina da rua José Ranieri, quase esquina com a Duque de Caxias.

13. Publiquei em 31/12/2024: Thiago Artioli Azevedo descobre circulando pela cidade, nem bem passando o Natal, o fim trágico dado ao Papai Noel, numa firma de guindastes e máquinas pesadas. Foi-se o que era doce...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

ALFINETADA (249)


NA REFORMA SECRETARIADO DE SUÉLLEN, SUA MÃE NA SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PASMEM, DOIS DESCONHECIDOS NAS COM MAIOR ORÇAMENTO, EDUCAÇÃO E SAÚDE - SERIAM GENTE DO KASSAB?

Pela escolha da mamãe para dirigir as entidades sociais e assistenciais, tudo a reclamar e como mais nada de fiscalização passa pela Câmara dos Vereadores - por lá vigora o regime 17 x 4 -, creio eu, tarefa para o MP - Ministério Público barrar e solicitar algo dentro de uma postura sem favorecimentos pessoais. Simples assim. Justiça nela, nada mais. Nepotismo é algo inconcebível. Isso de possuir jurisprudência pode ser legal, mas respondam com sinceridade: é ético?

De todas nove alterações, algo a salientar, destacar e apontar o dedo. Leiam isso: "Câmara de Bauru aprova orçamento de R$ 2,3 bi para 2025, 26/11/2024. A Câmara de Bauru aprovou nesta segunda-feira (25) o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que institui para a Prefeitura Municipal um orçamento de R$ 2.365.352.165,00 ao exercício de 2025. (...) Acabou aprovado sem discussões. A Secretaria de Educação terá o maior orçamento entre as pastas, com R$ 450 milhões à disposição no ano que vem. Na sequência vem Saúde, com R$ 427 milhões. Ambas as pastas possuem orçamentos mínimos previstos na Constituição. No caso da Educação são 25% sobre a receita corrente líquida do orçamento; no da Saúde, 15% nos mesmos moldes".

Pois bem, estes dois primos ricos, SAÚDE e EDUCAÇÃO, hoje as JÓIAS DA COROA, ambos serão comandados desde agora, dia 03/01/2025 por duas pessoas de fora, chegando na cidade neste exato momento. Na Educação, WALTER VICIONI e na Saúde, MARCIO CIDADE GOMES. Nada deve gerar nenhum tipo de surpresa na Bauru administrada pela jornalista neopentecostal Suéllen Rosim. Até ontem, a Saúde foi comandada por uma pessoa indicada pelo sr Kassab, espécie de consultor político da alcaide. Agora, ainda nenhuma informação neste sentido. Seria, no mínimo de bom alvitre uma razoável e convincente explicação para estes dois nomes, algo dos motivos das escolhas e da rara coincidência, deles chegarem, ao mesmo tempo, exatamente para cuidar dos cofres recheados com mais recursos financeiros. Só isso, por enquanto.

MAIS ALGUÉM ESCREVE A RESPEITO:
Arte e texto de Fernando Redondo
Família Rosim e o Nepotismo à Brasileira: Uma Lei a Ser Esquecida
A política bauruense vive tempos de inovação familiar. A prefeita Suéllen Rosim (PSD), com sua habilidade de transformar desafios em oportunidades pessoais, está empenhada em criar um alinhamento político que atenda, principalmente, aqueles que trabalharam em sua campanha e os partidos e vereadores que não foram eleitos. Esse esforço de “acomodação estratégica” mira diretamente nas eleições de 2026, onde a família Rosim já lançou sua próxima protagonista: a pastora Lúcia Rosim, mãe da prefeita, que almeja uma cadeira no Legislativo estadual.

Mas o que realmente causa alvoroço é a possível indicação da pastora Lúcia Rosim à Secretaria de Assistência Social. Pela legislação municipal, essa nomeação seria ajustada como nepotismo. Contudo, com uma Câmara submissa ao Executivo, a lei tende a ser conscientemente esquecida. Basta uma maioria comprometida para que o projeto passe sem grandes dificuldades, mostrando que, em Bauru, a legalidade é maleável quando se trata de interesses políticos.

Na administração da prefeita Suéllen Rosim, a política parece ter encontrado uma nova função: servir como extensão dos laços familiares. A indicação da pastora Lúcia Rosim, mãe da prefeita, para a Secretaria de Assistência Social é um movimento que vai muito além das atribuições administrativas. Trata-se de uma estratégia política cuidadosamente planejada para transformar a figura da matriarca em um trampolim eleitoral para 2026, quando a família Rosim pretende ampliar sua presença no cenário político estadual.

Embora a justificativa oficial para a nomeação de Lúcia Rosim seja a sua suposta experiência e “vocação” para a função, a realidade é outra. A indicação é um gesto calculado para dar à mãe da prefeita visibilidade, influência e um papel ativo na administração pública, tudo isso enquanto se constrói sua imagem como uma política de liderança em ascensão. Em vez de apenas nomear um cargo técnico, Lúcia será posicionada como candidata natural ao Legislativo estadual, com o apoio irrestrito da máquina administrativa de Bauru.
Fernando Redondo - Bauru SP

CORONELATO EM CURSO

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

RETRATOS DE BAURU (298)


AINDA SOBRE A POSSE ONTEM DOS VEREADORES E ALCAIDE, DESCOBRI TUDO, FOI UM VELÓRIO, COM ENTERRO E TUDO
Não pode ser outra coisa. Deve ter sido de caso pensado, pois nada nesta vida ocorre assim por acaso. Chego na Câmara ontem e antes de fixar meu cartaz dando luz à denúncia do que teremos pela frente nos próximos quatro anos, o tal do 17 x 4, me deparo com algo lá em cima da mesa da direção da Casa. Tudo estava devidamente preparado e as flores ali postadas, diziam mais do que as palavras sendo repetidas ao leo pelos microfones da casa. Pela forma como foram dispostas, estavam todos velando um corpo ainda insepulto, deitado na horizontal e colocado num caixão, encoberto pelas flores, sob a mesa.

Explicações até poderão dar para essa antecipada preparação e depois, logo a seguir, consumação, pois o ocorrido foi de fato um VELÓRIO. Até pelo número excessivo de presentes, não existe outra alternativa. O que estavámos todos fazendo ali naquele fina ldo primeiro dia do ano era velar o que ainda restava de vida pública sadia dentro da Casa de Leis bauruense. Com as duas votações ocorrida e em ambas, sendo sacramentado 15 x 6 e 16 x 5, algo muito próximo do vaticinado por mim, o tal do 17 x 4. Sem tirar nem por, nestes próximos anos, com algo diferente dessa votação estando já decretado como impossível de se realizar, nada mais resta a fazer do que, sepultar o cadáver e tocar a vida. Muitos a farão como se nada estivesse a acontecer e ainda terão a audácia de levar e tentar debater projetos por lá, mas isso, como já se viu e se sabe, tudo infrutífero, pois o tal do ROLO COMPRESSOR está sacramentado e já passou por cima de toda e qualquer possibilidade de algo ocorrer de forma diferente do projetado, decidido, sacramentado e oficializado lá nas hostes do Palácio das Cerejeiras. Depois, entre eles, democraticamente (sic), elegeram quem irá dirigir a parte burocrática do cemitério nos próximos dois anos.

O enterro como se sabe, foi finalizado ontem mesmo, quase 21h30,quando as luzes foram todas apagadas e desta forma, creio eu, será puro regramento ordinário e pueril querer promover algum tipo de discussão salutar de projeto por lá, quando se sabe que, as decisões não ocorrerão desta forma e jeito. Nem deu tempo do cadáver cheirar mal e já foi devidamente insinerado. Participar de algo com tentativa de se alcançar resultados fora do script, mero fogo de cena e jogo de bola pra torcida. Como os torcedores não são bobos nem nada, a partida está definitivamente encerrada, a bola furada, o árbitro detido para verigações e o cadável já em seu jazigo. Não existe mais nada a ser feito por lá. Fala-se agora em reformar salas, ampliar espaços, enfim mais gente, porém, nada disso se faz necessário. Sugiro que fiquem todos em casa e tudo o mais, seja resolvido via virtual, evitando a perda de tempo.

O KYN JR CONTINUA SUA SAGA EM BUSCA DE UMA VAGA PARA MAIS UM TEMPO DE VIDA
Quem sou eu para querer julgar a atitude de alguém como meu amigo Kyn Jr, ainda mais depois de tantas provações pelas quais passou nos últimos tempos? Flor que se cheire, nem ele, nem eu, nem a maioria dos mortais. Cada qual com seus problemas e como se safa para ir resolvendo-os. O que vejo o Kyn fazendo hoje é tentar ganhar uma sobrevida, para continuar sendo o Kyn a ssim, prolongar a estadia neste mundo. Só quem sabe o que é subir e descer a pé do Santa Edwirges sentido cidade, ida e volta, conseguer imaginar e reconhecer algo nisto tudo. Euenxergo muito além. Ele passou por poucas e boas. Quado perdeu a filha, ela seu esteio, alicerce e travesseiro quando precisava dar um breque em tudo, ficar quietinho num canto. Perdeu isso e precisou ser forte, reagir e continuar botando o bloco na rua. Abrigou um amigo, deixado em seu portão, e já em condições precárias, abriu as protas a este e assim seguiram até conseguir um canto para ele no Lar Vicentino. Foram tempos de muita labuta e cada dia se transformou num roteiro destes indescritíveis, que muitos nem acreditam ser possíveis de serem vivenciados. Depois veio os tumores e as cirurgias, onde o vi em vários momentos saindo lá do Estadual e caminhando pela Nações, a pé, até sua casa. Isso foi um algo mais que o afetou e mexeu demais da conta com sua consistência física e psicológia. Teve mais, pois numa casa abrigando cachorros, que um dia foi de um parente, que se foi do país deixando-os aos seus cuidados. Na sequência, o filho acabou vindo morar com ele e juntos tocam até hoje o barco, cada qual lutando e muito para que o raiar de um novo dia consiga ser melhor do vivenciado hoje. Sua luta parece não ter fim. Ele emagreceu demais, se alimenta mal e por fim, foi assaltado em cima do viaduto da Treze de Maio, dias atrás, quando retornava pra casa, sempre a pé. Perdeu o contato que tinha com o resto do mundo. Conseguiu um outro celular, doado por amiga, mas ele não funciona e sua labuta continua. Eu não me canso de escrever dele, pois o acompanho há algumas décadas e mesmo quando erra feio, não tenho mais como chamar sua atenção, pois ele já suplantou o estágio da normalidade. Ele está vivendo nas nuvens e desta forma, qualquer tipo de cobrança nem mais é assimilado. O danado no último domingo, quando tirei sua foto, após amiga me ligar e perguntar por ele. Tirei para lhe enviar e ele, lindão, reagindo ao seu modo e jeito. Ele fala a todo instante em reagir, começar de novo, algo que pode fazer, uma chance, uma oportunidade, um bico ali, uma coisinha acolá e assim segue sua sina. Eu torço muito e sei que, ele ainda vai conseguir dar a volta por cima. Não tem como a gente querer esmorecer e deixá-lo sózinho neste momento. Eu não consigo. Agora mesmo, sem celular, ligo para o de seu filho, vou até lá em sua casa, procuro saber faço o que posso. Kinzão é de luta, aroiera, dessas que verga, mas não quebra. Quando me perguntam dele, como agora, muitas pessoas, escrevo isso, que nem sei se pode ser considerado uma resposta, mas é o que posso dizer. Ele continua pela aí, aprontando das suas, resistindo como consegue e lutando muito para continuar sendo o KYN JR. A cada reencontro ouço histórias que dariam mais que um filme. Comparo o que passa com as vivencidasa pelo escritor norte-americano Charles Bukowski e sei, se colocadas no papel, dariam um roteiro que muitos diriam ser de ficção, mas na verdade é de alguém enfrentando deus e o diabo, tudo ao mesmo tempo. Esse danado é mais forte do que se imagina.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

BAURU POR AÍ (235)


1º dia do ano novo
HOJE POSSE VEREADORES E DA ALCAIDE BAURUENSE, FUI À CÂMARA SÓZINHO E DEIXEI REGISTRADO MEU PROTESTO
Fui à Câmara neste final do primeiro dia do ano com um propósito muito bem estabelecido. A gente sabe quando está diante de um jogo de cartas marcados e assim mesmo, mais do que importante ir lá e deixar claro, expor o ridículo da situação apresentada. Deixei claro algo mais do que evidente, quando feitas as contas, agora com 21 vereadores, o placar em favor da alcaide deve girar em cada votação, sempre nos tais 17 x 4, talvez com uma variação de um voto para um ou outro lado. Não vai fugir disso. Não tem como fugir disso, pois quem decide está lá no poder da cidade e isso é imposto de cima para baixo. Mais do que evidente, essa atuação de nossa Câmara de Deputados será um HORROR. Não existirá nenhum tipo de fiscalização para os atos do Executivo e tudo será sacramentado, sabido de antemão. De minha parte, algo muito simples, talvez nem seja necessário a perda de tempo com as sessões semanais, pois pelo presenciado hoje, não existe mais nenhuma dúvida, as votações serão todas de lavada.

Numa primeira votação ocorrida antes da decisão, para uma simples decisão de suspensão da sessão por dez minutos, propositura do vereador Eduardo Birgo, opositor da alcaide, o placar foi de 16 x 5. Acertei em cheio. Na sequência, a eleição da presidência da casa, entre o vereador Marcos Souza e Lokadora. O placar foi 15 x 6, votando no Lokadora: Natalino, Márcio Teixeira, Segalla, Estela, Borgo e o próprio Lokadora. Não vai existir jeito e maneira de competir com o bloco de Arrastão montado e colocado em prática daqui por diante. Só tenho a lamentar, pois o espetáculo presenciado por mim e por toda Bauru é deprimente.

No cartaz fixado com adesivo plástico numa cortina plástica, de fácil retirada, a exposição de três pontos, com os dizeres: "VEREADORES - 17 X 4 ASSIM NINGUÉM AGUENTA - VOCÊS LERAM A MANCHETE DO JC DE 24/12? - E ACHAM JUSTAS AS EMENDAS PROPOSITIVAS?". Sobre os 17 x 4, não existe mais dúvidas, todas as sessões nestes próximos quatro anos serão todas sem nenhuma graça, pois o resultado já possui resultado antecipamente conhecido. Do segundo item, sobre uma denúncia de provável irregularidade na escolha de empresa para receber verba pública, tendo pessoa com ligação umbilical com a atual administração, já é do conhecimento antecipado do resultado de votação de investigação. Do terceiro, evidente que, a maioria é mais do que favorável à continuidade dessas emendas e os motivos são mais do que evidentes.

Diante disto, creio eu, qualquer tipo de denúncia ou pedido de fiscalização para atos do Executivo, somente ocorra algo neste sentido quando através do JUDICIÁRIO. E mais, os tais quatro ou cinco opositores que coloquem as suas devidas barbas de molho, pois para uma cassação, pelo motivo mais fútil que surgir, tudo pode ocorrer da forma mais simples possível, num mero sopro.

TENHO UMA ÓTIMA LEMBRANCA DE SEU ABEL CORTEZ
Dr. Abel Cortez e sua esposa.

Ele foi um juiz correto, nada que o desabone de seus tempos na ativa. Conversei muito com ele quando tempos atrás estive embuído de escrever uma biografia do empresário e o mais importante presidente noroestino, de toda sua história, Cláudio Amantini. Ele me recebeu em seu escritório, já aposentado, onde adorava ir para escrever e papear com amigos que por ali passavam, na rua Bandeirantes, quadra seguinte da onde está o Colégio São José. Fui ali diversas vezes. Olho para trás e mesmo com o livro não consumado, tenho a mais absoluta certeza, as muitas prosas que tive o prazer de ter com seu Abel foram as melhores e que mais me renderam conhecer um bocadinho mais das entranhas dos donos do poder bauruense. Ele vivenciou com tudo isso em sua atividade, a de juiz, aqui atuando por muitas décadas. Em outra atividade, a de conselheiro do Esporte Clube Noroeste, teve o prazer de, na convivência com Amantini e outros, vivenciar in loco o momento da venda/doação do terreno onde está o estádio e o ginásio de esportes, tudo sendo passado em definitivo para o alvirubro. Essas histórias de bastidores, infelizmente se perdem com o passar do tempo, pois quando artífices que nela estiveram envolvidos se vão, sem deixar quase nenhum registro, pouco vai se saber de fato, além de rumores e fofocas, de como se deu aquela tumultuada transação. Abel tinha em seu escritório as minutas todas, numa minuciosa descrição, onde defendeu de fato o Esporte Clube Noroeste. Este sim merece mais do que uma placa lá no estádio em sua homenagem. Enfim, quantos ainda estão vivos para relembrar e contar dessas histórias, deixando registrado uma versão quase definitiva sobre esses acontecimentos? Poucos, cada vez mais poucos. Conversamos também, enquanto o entrevistava, sobre variados acontecimentos dentro da história bauruense, alguns polêmicos e ele, com sua conhecida fleuma, tinha sempre a me dizer algo mais, totalmente desconhecido por mim. Por um bom tempo, fui e voltei várias vezes, não mais para falar sobre o depoimento para o livro da história do Amantini, mas para prosear. Conheci por lá o seu neto, Gabriel Cortez, formado em jornalismo e naquela época conquistando o seu primeiro emprego no setor, se não me engano no SBT. Outra pessoa muito simpática e em algo puxou muito o avô, um democrata, respeitador de nossa legislação e muito ciente do papel do avô dentro da história bauruense. Encerro este texto, recheado de elogios, com uma conversa aqui reproduzida, em muitos dos meus textos e hoje, com seu falecimento, declino sua autoria. Abel Cortez, entre tantas conversações, falávamos dos grupos de poder local e como foram construídas muito da riqueza de muitas famílias. Numa dessas conversas desabafa e seu registro não me saiu mais da cabeça: "Meu caro, tenha certeza, todas as riquezas construídas na cidade, ocorreram de duas formas. Ou algo de estranho ocorreu no seu desenrolar, propiciando o enriquecimento ou tudo foi gerado de ganhos obtidos através de prêmios de loterias. Porém, existe um agravante, aqui em Bauru, até o presente momento, ninguém ganhou na loteria". Baixa o pano. Isso não o desmerece, mas o eleva para um nível de pessoas das mais diferenciadas na cidade. Só isso, nada mais. Depois dessa, passei a admirá-lo muito mais. Hoje se foi, deixando um vácuo e comigo carrego algo pela rica e rara oportunidade perdida, a de se tivesse estado mais e mais vezes com ele, saberia muito mais de como seu deu de fato algo revelador da época quando esteve na tiva, pois vivenciou muito de nossa história, fazendo também parte dela. Eis o link de como o JC deu a matéria e assim fiquei sabendo de sua morte: https://sampi.net.br/bauru/noticias/2876335/bauru-e-regiao/2025/01/morre-o-juiz-aposentado-abel-cortez-o-1-matriculado-da-ite?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR22JjtN3emAdWussq7PhIi7V2EQuNCxeGxW-ohVedzvJLDWU444hwV4YUM_aem_GmZEaMS-E69qdQSq7M9Hxw

este meu  primeiro texto escrito no novo ano
SAUDADE MESMO EU TENHO DE LER O PASQUIM TODA SEMANA
Não fosse a Carta Capital e a Piauí estaria hoje num mato e sem cachorro. Antes era fissurado em vasculhar as bancas de jornais e revistas em busca de novidades. Hoje nem perco mais tempo. Pelo modal impresso é só isto e nada mais. Acaboucetudo. 

Semanalmente o Pasquim era a tentação ali presente. Toda terça corria pra buscar meu exemplar. Que timaço. Hoje, dizem, o jornal era machista. Podia até ser, mas tudo o mais compensava. Hoje, infelimente, muitos dos que lá escreviam já se foram. Restam poucos pela aí, escrevinhando da mesma forma que antes. Não tinha como se decepcionar. 

Outro dia resolvi comprar a Folha SP, que muitas décadas atrás até cheguei a assinar. Tempos do Folhetim, na sua fase áurea. Depois avacalhou com textões acadêmicos. Era tarado pelo JB, o Jornal do Brssil, que chegava de trem em Bauru, lá pelas 15h, vendida na banca ali defronte a praça Machado de Mello. Pra mim, foi o último jornalão brasileiro. O Globo nunca chegou aos seus pés. 

O Pasquim feneceu, dizem não existia mais espaço para um jornal de ácido humor no país. Talvez, porém hoje deveria fazer novamente baita sucesso, mesmo diante da queda de leitores no País. Eu gostaria muito de ver um ousado projeto nacional com este formato voltando a circular por aí. Dizem ser saudosista demais. Sei não, na verdade estou é órfão. Quero de volta o Pasquim. Sonho regularmente com isso. Tenho cura?

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (179)


COMO DESEJAR UM BOM ANO NOVO PARA BAURU EM 2025?
Guardião, o super-herói bauruense sabe o que faz. Não dá ponto sem nó. É preciso, diria mesmo, cirúrgico. Como nessa sua avaliação de final de ano. No encerramento do ano político bauruense, quando achávamos que o pior já havia passado, eis que a incomPrefeita Suéllen Rosim é reeleita - e no primeiro turno - e com ela, de 17 para 21 vereadores. Antes com 17 vereadores no páreo, o jogo era quase meio a meio, 9 x 8. Ora a oposição ganhava algo e quase sempre vingou os interesses da atual administração. Deram às costas para a real função de um vereador, a de fiscalizar o Executivo. E hoje? Ele, nosso intrépido capa e espada, dá sua estocada final neste final de ano.

"Não preciso dizer muita coisa, pois as cartas estão na mesa. Dos 21 vereadores, entre eleitos e reeleitos, asituação que já era desfavorável para os reais interesses da cidade, agora desandaram de vez. Fiz todas as contas possíveis, imaginei o quanto cada um dos que estarão atuando a partir de amanhã lá na Câmara dos Vereadores e constato, o placar agora é 17 x 4. Ou seja, somente quatro estarão atuando na dita oposição ao imposto pela alcaide. E pasmem, destes quatro, tem gente ainda claudicante, que vez ou outra, esteve do lado de lá, gritando contra os desmando da alcaide nestes últimos quatro anos, mas na hora de votar, acabou fazendo em seu favor. De tudo, feitas todas as contas, creio que pela Câmara não avançaremos um centímetro - diria mesmo, um milímetro -, no quesito melhorias e algo de concreto para termos uma cidade realmente saudável", sua fala.

Disse mais: "Sei que alguns poderiam questionar como cheguei a este placar de 17 x 4, porém, o fiz depois de muito matutar e esquentar o cerebelo. Por mais que tentem destruir a construção aqui apresentada, tenham a mais absoluta certeza e para isso, sei ninguém precisará de uma bola de cristal e sim, somente da passagem do tempo. Tudo leva a crer e quase sempre não me decepciono, o placar final das decisões e votações terá essa composição. Talvez um mais, um menos, um claudicante, outro aderente, mas sempre dentro das expectativas. Nada me surpreenderá além disto. Minha modesta e única conclusão é somente uma: pioramos. Alguma dúvida? E assim, com estes esclarecimentos, sei que o ano novo será um tanto amargo para Bauru, pois se em muita coisa não mais dependeremos das decisões da Câmara, pois elas não virão, nos resta a movimentação e mobilização social e a ação do Judiciário. Nele deposito minhas esperanças, da Câmara nenhuma. Bom Ano Novo".

Em tempo: Guardião é obra do traço do impecável artista Leandro Gonçalez - hoje nos presenteando com sua charge lá de Ourinhos SP, onde desfruta de alguns dias aos lados de seus pais - e este mafuento HPA, com a parte escrevinhativa. Como sempre, cutucamos a onça com a cara curta e assim, esperamos poder continuar fazendo por 2025.

NÃO TEM MAIS NADA PRA DIZER, AGORA É SÓ ESPERAR

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (154)


POUCO ANTES DESTE ANO PARTIR PARA AS PROFUNDAS

ÚLTIMAS PALAVRINHAS NA DESPEDIDA DE 2024
Essa foi - até o presente momento - a última foto tirada neste ano junto de Ana Bia Andrade, minha parceira de todas as horas e momentos. Estávamos nos divertindo na festa do lançamento do samba do bloco carnavalesco, também torcida de futebol, da Fiel Macabra, que coincidentemente é do time que torço, o Corinthians. Cantamos, dançamos e proseamos até não mais querer. Essa a imagem que queria passar adiante neste final de ano. Um pouco de felecidade, diante de tanta mundial amargura.

2024 não foi um ano fácil, porém o tiramos de letra e sei, daqui por diante, tudo será mais complicado, pois, mais do evidente, as relações humanas estão mais do que deterioradas e as previsões não são nada salutares. Eu não me canso de lutar e de esgrimar em todo instante, fazendo questão de me posicionar e deixar bem claro de que lado estou diante de tudo o que nos acontece. Sou do time dos que não se omitem e pagam o preço por causa disto. Sem problemas, a vida é feita de escolhas e ao fazê-las, pelo menos, me sinto bem comigo mesmo.

A gente ir tocando a vida da melhor forma possível é um lema, mas me é impossível a indiferença. Como o sê-lo diante de tudo o que acontece em Gaza, por exemplo, com esse massacre isarelita a céu aberto, matança indiscriminada e agora, tudo o que já está como prometido para acontecer após Trump tomar posse. Se tudo já estava um horror sem ele, nas previsões, tudo tende a piorar e a luta se intensificará. Como a que travo por aqui e mesmo diante de tanta aberração já explicitada destes horrendos golpistas, criminosos bolsonaristas, porém, muitos admiradores destes não abrem seus olhos nem diante de tamanha barbaridade. E se não o fazem, creio, continuarão insanos e predadores, cada vez mais perigosos, colocando em risco o futuro brasileiro. Foi-lhe facilitado o acesso para chegarem onde se encontram e agora, sacá-los não será tarefa fácil. Que baita luta, mas nada não muito diferente do que tudo o que já realizamos.

Se a calmaria perdura dentro de casa, fora dela, tudo de pernas para o ar. Eu poderia até me acomodar e tocar a vida no que me resta de tempo, da melhor forma possível, sem confrontos, mas se os fiz até o presente momento com "sangue, suor e lágrimas", por que deveria me omitir nos poucos anos que resta de vida? Se sirvo para algo é exatamente para, de minha forma e jeito, cutucar, espezinhar, criar problemas para os tais poderosos de plantão.

Minha arma é minha escrita. Escrevo mal, porém, não tenho mais como mudar o estilo e jeito. Reclamam de meus textos longos, mas é com eles que faço meu desabafo diário. Não saberia fazê-los de forma curta. Não possuo a consição de um Dalton Trevisan quando escrevia, nem de uma Laerte, quando numa charge, diz muito mais do que escrevi com 500 toques. Escrever para mim é desabafar, por pra fora o que me atormenta. Abuso e uso deste espaço para que me conheçam melhor. Aqui eu fico quase nu e assim toco minha vida, fazendo o que posso, ao meu modo e jeito para tentar mudar o mundo e sempre em busca deste tal de outro mundo possível.

Baita abracito para tudo, todas e todos. Eu não vivo só, procuro fazê-lo em bando, os que sei comungam da mesma busca e envolvidos na mesma luta. É muito bom não estar sózinho. Ninguém consegue viver sózinho. Eu não consigo, adoro as ruas e tudo o que nela reencontro. Não desejo nada pra 2025, mas sei que, sem nele estar envolvido dos pés à cabeça, nada me acontecerá. Espero poder continuar esgrimando e expondo minhas ideias, contribuindo nessa incessante busca. Com muita luta chegaremos em algo melhor. Sem luta, seremos engolidos, pois a coisa está braba aí fora de minha janela. Portanto, lutemos juntos!

RECORDAÇÕES DA PASSAGEM DE MEU FILHO AQUI NO NATAL
Recordações
 a gente as guarda de diversas jeitos e maneiras. A que me marcou de meu filho, quando deixou o lugar onde reside hoje, Araraquara e veio junto de sua Gabi, passar uns dias por aqui, ora com sua mãe, ora comigo, foi quando paramos para prosear sobre suas últimas leituras. Estes momentos são indescritíveis e insubstituíveis. Eu, mesmo tentando, sei que ele lê muito mais que eu. Este meu legado e meu orgulho, o de ter conseguido introduzir nele, este gosto por leitura e, não só por isso, mas por algo selecionado.

Vez ou outra ainda consigo fazer com que adentre o Mafuá, meu reduto diário e ali ele escolhe alguns e leva consigo. Meses atrás havia levado um. Disse ter encontrado o danado, numa improvável banca na Feira do Livro, num lugar que nem vendia livros, ali só alguns e quando bati os olhos nele, a certeza de que teria que ser meu. Era o "Máscaras", do escritor cubano Leonardo Padura Fuentes. Ele já o conhecia de outras obras e me disse que, no formato emprestado naquele momento a ele, algo o maravilhava, uma coleção de bolso da Cia das Letras para Romances Policiais.

Sim, ascrescentando que, não gosto muito do gênero, mas este em especial me cativou, pelo autor e exatamente, por se tratar de um romance policial cubano. Na descrição, descrevo do personagem principal ser um travesti e do envolvimento deste numa trama tendo como pano de fundo Havana.

Agora, quando me devolve, me dá uma aula sobre o que leu e diz, quase não me devolve, pois obteve muito mais do que esperava com a leitura. E dito isso, este foi o mote para uma conversa que durou bem mais de uma hora. Sabe lá o que vem a ser isso de você conseguir ficar mais de uma hora conversando com seu filho, eu com 64 ele com 34? Divinal.
Cuba, Havana, por si só é sempre um bom motivo para longas conversações e hoje, cá estou, ele já se foi, passou o Natal aqui e o Ano Novo, junto dos parente da Gabi, fico só - eu e Ana Bia -, eu e o livro, relembrando tudo, já com bruta saudade. Quando chegou lá de volta - o fez a meu pedido -, me fez a resenha de outro livro, este havia chegado lá em sua casa na sua ausência e me dizia da felicidade que teria com sua leitura. Prometeu me trazer em janeiro, quando também prometeu voltar pra Bauru, quando com toda certeza continuaremos uma prosa sem fim, dessas que quero, cada vez mais, prolongar. Ah, se pudesse tê-lo aqui para conversações diárias!!!

A FRASE E A PERSONALIDADE DO ANO