sexta-feira, 31 de outubro de 2014

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (63)


1.) PROCESSO, PROCESSADOS E CONDENADOS...


Como todos sabem, fui processado pelo trio agudense dos Octaviani's (Carlos, Auro e Everton), pelo simples fato de ver "crueldade" em alguns dos atos administrativos da clã que domina a cidade de Agudos. Danos morais, considerado inexistente pelo juiz daquela comarca, que me absolveu e disse textualmente da necessidade de se continuar investigando pessoas atuando nas hostes públicas. Como defesa citei 25 crueldades sendo cometidas naquela cidade. Uma delas, a criação do Gerente da Cidade, criação do Carlão e Everton foi o motivo para serem penalizados (estão recorrendo) pelas instâncias da Justiça paulista. Quer dizer, estava certo na citação das crueldades. Outra é hoje um dos motivos de nova condenação de um deles, podendo ser lida na edição do Jornal da Cidade de hoje e pela foto da matéria junto a esse texto.

Acertei de novo. A terceira é algo que já deveria ter divulgado por aqui e o faço hoje. Um novo jornal circulando por Agudos e região, o BAURU AGORA. Na manchete da primeira edição, circulando desde o início desse mês, 'FAMÍLIA OCTAVIANI COMPRA 60 TERRENOS NA ZONA SUL DE BAURU". Isso também foi motivo de um dos 25 itens de minha defesa, todos irretocáveis e nenhum contestado, pois não havia como, estavam todos devidamente comprovados com farta documentação. Esse jornal e tanto a condenação ocorrida hoje possuem um nome por detrás disso, o do bravo guerreiro ELIAS BRANDÃO, um bacharel em Direito desses que não tem medo de cara feia e acaba sendo uma das pedras no sapato do pessoal lá de Agudos. O jornal fez o maior sucesso por lá, tanto que, segundo Elias, não param de lhe ligar pedindo para enviar mais e mais exemplares. Recebo um convite para escrever também nesse jornal, já para a edição de Novembro e penso de que forma poderia ajudar na construção desse sério meio de comunicação.

Tinha que escrever um pouco mais disso, pois depois de tudo o que passei, estou com a alma mais do que lavada. Deu para perceber pelas seguidas condenações lá deles, que tinha a mais absoluta razão quando de minhas afirmações. Hoje, com a matéria no JC mais uma comprovação disso. Vida que segue.


2.) AS FALÁCIAS DO CAFEO
Ontem havia publicado no final do meu texto sobre a declaração do Coube e suas rezas, algo sobre outro artigo, também no Opinião. Foi isso:
“Bom, essa a minha carta e depois no mesmo JC, edição de hoje, também no Opinião, texto tacanho de Reinaldo Camafeu (sic), "E agora, como fica a economia?" (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=236310), apregoando estarmos na pior das inflações, mercado incontrolável, desemprego galopante, setor externo despirocado, déficit puxando desempenho da balança comercial para baixo, nervosismo dos investidores e o precipício logo ali na curva da esquina. Esse cara deve morar em outro país, ou enxerga esse aqui com os mesmos olhos do Ricardo. Não pode ser. Tem algo de muito errado com esses economistas ligados umbilicalmente ao neoliberalismo. São uns cagões ou nos querem dependentes e servis de corpo e alma ao deus mercado dinheirista. Não pensam em outra coisa. Merece outra resposta amanhã no jornal, mas essa eu não posso fazer de novo. Eles não me publicariam dois dias seguidos. Quem se habilita?”.

Acordo e ao abrir minha caixa de e-mails um textão do amigo MARCOS PAULO, agora também GALEANO (homenagem ao escritor uruguaio), o Comunista em Ação, exatamente sobre o texto do Cafeo. O título é “AS FALÁCIAS DO CAFEO”. É longo, mas quem quiser entender de uma vez por todas como se dá a linha de pensamento e ação desse economista, com toda sua vida ligado umbilicalmente aos coronéis da cidade. Abaixo o texto do Marcos:


“Nesta última quinta-feira(30/10), o economista Reinaldo Cafeo, publicou como de costume num jornal local, as suas falácias econômicas destilando o veneno e arapuca neoliberal aos leitores incautos. Semanalmente ele repete estas falácias jogando no ar clichês econômicos, mas sem expor claramente o que seria estas tais reformas desejadas. Ele insiste dizer que o Brasil é o terceiro maior país com carga tributária, não sei onde ele pega esses dados ou se inventa ele próprio, o caso é que o Brasil não está entre os "campeões" em carga tributária, se falarmos que é um dos países que menos retorna isso ao povo, estamos de acordo, mas quando ele bate nessa tecla da carga tributária, o que ele quer é defender o lado que ele representa dos grandes empresários que querem pagar menos tributos, aumentarem os lucros e esganar com mais força os trabalhadores.
Para compararmos, o Brasil hoje tem uma carga por volta dos 35%, a Noruega, Dinamarca, Suécia (pra falar de países capitalistas), estes tem em média uma carga tributária de 54%, bem mais alta que a do Brasil. O México tem uma carga menor, de 20 %, e olhem a "maravilha" que é o país e a guilhotina no pescoço dos trabalhadores. É exatamente este entreguismo e favorecimento à classe dominante que o sr. Reinaldo Cafeo deseja.

Ele diz que é preciso cortar recursos públicos, diminuição do estado, mas é notório por nós, meros populares, a carência que temos em serviços públicos, e aí vale lembrar novamente dos países escandinavos, que estes tem duas vezes mais de presença do estado do que nós, essa ideia thatcherista e de uma influência econômica da já esfacelada escola austríaca de Von Mises, só arruinou os países subdesenvolvidos, e até o próprio Reino Unido precisou se refazer desta loucura, aí o cara pode até gritar, "ah mas e os EUA que desde o Reagan vem nesta toada neoliberal??", bem, os EUA vivem pendurados no céu, vivem de sugar povos e mais povos do mundo, mas economicamente o estado está mais que enforcado, o dia que ruir o império o país estará num caos desesperador.

O que tem que acabar, e aí mora um grave problema no aparato estatal, é a corrupção, apadrinhamentos políticos, o funcionalismo público que virou festa dos cursos para concursos públicos, onde muitas vezes o indivíduo busca apenas por conveniência de vida e não por uma aptidão, todas essas mazelas que sabemos das malandragens deste estado macunaímico que vivemos, mas esse é um ponto, agora diminuição do estado, dos recursos públicos e reforma tributária pregada pelo economista Cafeo, é tão somente o "néctar dos deuses" do capital. O estado tem sim que ser maior do que está, com os recursos públicos em peso voltando para os serviços essenciais à população, diferente do que se fez com as privatizações no passado e que embora os fanáticos não aceitam, mas elas continuam neste governo com a mesma política econômica cedendo aos interesses destes especuladores.

É engraçado ele citar no seu artigo o absurdo que realmente é a porcentagem do PIB que é retirado para pagar os juros da dívida pública, comunistas são contra isso, mas Cafeo, sem demagogia barata agora, pois muitos da sua turma vivem da compra de títulos públicos, o que mostra o continuísmo deste governo aos interesses dos grandes, já passamos dos 50% na verdade do que é utilizado para pagar juros da dívida pública, para se ter uma ideia, os investimentos no ano, e diga-se as obras superfaturadas e empreiteiras e tal, mas que não é o foco no momento, esse valor é na casa dos 70 bilhões de reais, os juros da dívida pública no ano passam dos 190 bilhões, aí vem essa mesma política do superávit primário, e o Tesouro coloca novos títulos a venda para ajudar a cobrir o pagamento destes juros, o que vira uma dança das cadeiras, e os investidores fazem a festa. Quando ele fala de inflação também, escondido nisso, está a ideia de uma reforma trabalhista, para ferrar o trabalhador, arrocho salarial e outras merdas mais para segurar inflação.

O que preocupa ver também é como pessoas que se dizem de esquerda, sectárias em defender governo, acabam comprando esse discurso de reformas sem ter noção do que significam e sem perceber tem o mesmo papo econômico do Cafeo, pressionando o estado por estas reformas. Eu já tentei algumas vezes seja pela rádio que o Cafeo comenta ou pelo jornal confrontar essas falácias dele, mas não me deixam, e o Cafeo tem também uma soberba que costuma olhar populares como gentinha por ter uma bosta de título de doutor, adora dizer "mas quem é esse cara pra falar alguma coisa??", eu já sou diferente, deixo o cara falar para ver quem é a pessoa, assim se mede conteúdo.

A verdade é que o Cafeo só arranca aplausos dos doutrinados que se acham conhecedores de economia e doentes com os Mises da vida, e de pessoas que tem "noção" de economia lendo revistinha de banheiro, cheias de dados forjados, um sujeito que se acha superior apenas por ter um doutorado, mas que se pauta em soluções do século passado que comprovadamente levaram países a desgraça”.


ADOREI E QUERIA SENTIR A REPERCUSSÃO AQUI E AGORA...

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CARTAS (130) e BEIRA DE ESTRADA (40)


1.) O “POBRE PAÍS” DE RICARDO COUBE, A REAÇÃO NECESSÁRIA E IMEDIATA e UM ECONOMISTA PREGANDO O MEDO E O CAOS
Ontem na página 2 do Jornal da Cidade – Bauru SP, o empresário Ricardo Coube, também presidente do BTC – Bauru Tênis Clube escreve um tacanho texto com o título, “POBRE PAÍS”, podendo ser lido com um click a seguir: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=236299. Pela bestialidade exposta, as reações foram imediatas. Só eu recebi três pedidos para responder ao grotesco do escrito. Minha carta sai publicada hoje, mas antes de sua reprodução abaixo, quero também postar outras com igual teor, todas publicadas na edição de hoje. Claudio da Silva Gomes, do Sindicato da Construção Civil no mesmo espaço, o Opinião responde dessa forma, “Deixamos de ser um pobre país”: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=236309. Na Tribuna do Leitor, além de minha carta, mais essa de Leandro Gavaldão Vilela, com o título “Menos ódio, Sr Ricardo!”:http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=236321. O vereador Roque Ferreira –PT, publicou um texto via facebook, o “Ódio, ira e arrogância”, com comentários dos mais interessantes:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=866085633410203&set=a.101141503237957.2236.100000263230735&type=1&permPage=1.

Agora minha carta, “A RIQUEZA DO LADO VENCEDOR”:

Pobre de um país onde um conceituado empresário da cidade escreve no seu facebook, logo após saber da reeleição da presidenta Dilma: “Essa vaca...”. Essa manifestação, além de ultrapassar os limites da civilidade é corroborada por muitos como sendo a coisa mais normal desse mundo, afinal, o seu lado perdeu uma eleição e nem aceitar o tal do jogo democrático é mais salutar. Salutar é desafogar todas as mágoas no adversário, agora já declarado inimigo e mortal.

Na edição do JC de ontem, seção Opinião, a continuidade disso. Num texto de outro empresário, dessa vez podendo ter seu nome mencionado, pois a declaração foi feita no jornal de maior circulação da região. Ricardo Coube, do alto de seu posicionamento, reafirma o que mais se repete hoje dentre parcela significativa dos paulistas: “Como somos muito religiosos, podemos rezar para algum avião cair, mas com as pessoas certas, e não Eduardo Campos, etc...”.

Quando fui ler o conteúdo, primeiro do post no facebook e agora na opinião do empresário, em ambos a mesma interpretação caolha da realidade à sua volta. O mundo só tem valor para esses quanto atende aos seus interesses de dominação, nada mais vale, nada mais é levado em consideração, mesmo que a realidade do país tenha sofrido uma profunda melhora nos últimos doze anos.

Não importa que o pobre hoje possa cursar o mesmo curso universitário que o seu filho, que possa ocupar a poltrona ao lado no mesmo avião, que a saúde ambulatorial melhorou a olhos vistos, que a habitação popular deu uma guinada. Não importa que o país tenha conseguido sua independência financeira junto ao FMI, tenha participado da mais alvissareira iniciativa econômica mundial, o Brics, ou tenha conseguido tornar-se respeitado internacionalmente pelas suas posições firmes e altaneiras. Nada disso é sequer enxergado. O que vale é a sua situação, a do empresário que não quer dividir mais nenhuma fatia do seu bolo em prol desse imenso país clamando por mais e mais.

Ainda bem que o lado mais palatável venceu a contenda. A corrupção não é exclusividade desse ou daquele, sendo endêmica, pois não vive sem o capitalismo, aliás, faz parte dele. Já as realizações de cunho social possuem um lado e, quando atendidas, esse outro mostra-se como sempre arrogante, impertinente, insensível e retrógrado. A hegemonia está por um fio e isso é inconcebível. Pelo que vejo, para esses, três séculos e meio de escravidão é muito pouco. Manter tudo como dantes na ‘casa grande e senzala’ é o que vale. Esses querem sempre mais e não possuem escrúpulos para conseguir isso. Até rezam pela morte dos adversários.

Bom, essa minha carta e depois no mesmo JC, edição de hoje, também no Opinião, texto tacanho de Reinaldo Camafeu (sic), "E agora, como fica a economia?" (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=236310), apregoando estarmos na pior das inflações, mercado incontrolável, desemprego galopante, setor externo despirocado, déficit puxando desempenho da balança comercial para baixo, nervosismo dos investidores e o precipício logo ali na curva da esquina. Esse cara deve morar em outro país, ou enxerga esse aqui com os mesmos olhos do Ricardo. Não pode ser. Tem algo de muito errado com esses economistas ligados umbilicalmente ao neoliberalismo. São uns cagões ou nos querem dependentes e servis de corpo e alma ao deus mercado dinheirista. Não pensam em outra coisa. Merece outra resposta amanhã no jornal, mas essa eu não posso fazer de novo. Eles não me publicariam dois dias seguidos. Quem se habilita?


2.) MEU TEXTO NO JORNAL DE PEDERNEIRAS “PEDRA DE FOGO”, DOIS DIAS ANTES DA ELEIÇÃO
Chu Arroyo é um jornalista do balacobaco. Meses atrás estava em Jaú envolvidíssimo com uma nova cria, fruto de sua lavra e criatividade, o ‘República Jahuense’ e agora está também em Pederneiras, num outro aprontamento bem ao seu estilo, o jornal PEDRA DE FOGO. Três dias antes da eleição dominical do dia 26/10, nos falamos e ele me diz desse seu novo projeto. Pinta um convite para um texto sobre a cidade vizinha. Topo a parada e envio no mesmo dia em que a edição iria para a gráfica. Optei por escrever sobre algo que tenho acompanhado e acredito ter acertado na mosca. São atentas observações de quem está de longe e a observar o desenrolar da trama nesse intrincado jogo de xadrez político. Não sabia de nada do que estaria saindo na edição e me foi dada total liberdade para escrevinhar o que quisesse. Saiu isso aqui:

BASTIDORES DE PEDERNEIRAS: IVANA, CURY E O FUTURO DA CIDADE DIANTE DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
Essa eleição em Pederneiras tem uma conotação um pouco diferente de outras cidades. Quero comentar algumas delas. A ex-prefeita Ivana Camarinha é uma das próceres do PV – Partido Verde, uma sigla que, acabou por se tornar um tanto preconceituosa, conservadora e pasmem, aliada ao governo tucano de Geraldo Alckmin – PSDB em São Paulo. Dentro desse imbróglio todo, Ivana destaca-se por vários tópicos, a maioria deles positivos. Primeiro pela expressiva votação obtida, aproximadamente 40 mil votos. Com essa força de votos por detrás de si consolida-se como uma importante e digna política da região abrangendo Jaú e Bauru.

Ela, mesmo estando nas hostes do PV e talvez sendo pressionada para fazê-lo, em nenhum momento atacou a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República. Ótimo isso, demonstrando acima de tudo seriedade no que faz. Muito do que conquistou como prefeita, ela bem sabe disso, foi conquistado às duras penas e na maioria das vezes quando foi em busca de recursos federais. Eles vieram e até por causa disso, sabendo empregar muito bem essa verba recebida, deixou sua cidade com um diferencial das demais da região. Além do toque feminino, o da boa administradora. Foi tida como exemplo, reconhecida competência. Não havia porque mesmo atacar quem tanto lhe ajudou e nunca lhe virou às costas. Passou todo o primeiro turno numa campanha tentando defender o nome do seu partido à presidência, mas sem ferir suscetibilidades em relação à Dilma.

Por outro lado, até as pedras do reino mineral sabem que um dos homens fortes da Casa Civil do governo Alckmin, o também ex-prefeito Cury – PSDB, mesmo não se cacifando para nada nessa eleição via voto, até por residir e ter todo seu ainda reduto eleitoral em Pederneiras, continua merecedor de certa reserva e cuidados especiais. Inegável a existência de um confronto de administrações e nesse quesito, Ivana nada de braçada, elegeu muito bem o seu sucessor e possuiu uma administração comprovadamente realizadora, obra em cima de obra. Já de Cury, exatamente o contrário, pífia administração, o fazendo permanecer mais em São Paulo do que em sua cidade. As rusgas permanecem e pela forma como foram causadas, talvez sejam eternas. Cury possui um estilo, muito mais de bastidor e de salão de convescotes. Gosta de ser paparicado e de se apresentar como eminência parda. Já Ivana é típica executora, dessas que arregaça as mangas, vai à luta, faz e faz bem feito. Daí, quando no confronto, a cidade já demonstrou pender muito mais para o estilo dela. O motivo é simples, ela não enrola, fez e executa exemplarmente o serviço público. Pederneiras vicejou em seu período administrativo.

Daí Alckmin ganhou a eleição paulista no 1º Turno e Cury deve continuar fora da cidade e ocupado em fazer o que gosta, freqüentar os salões refinados da paulicéia. Ivana perdeu a eleição, devendo também continuar executando tarefas distantes de sua cidade e à serviço do seu partido, mas já pensa no seu futuro político. E no 2º turno presidencial, Cury está lá com Aécio, mesmo a contragosto, pois todos sabem que Alckmin nunca fará força para elegê-lo ciente de que, se eleito Aécio atrapalhará seus planos daqui a quatro anos. Ivana, respeitosamente não consegue e nem deve acompanhar o que seu partido determina no momento, o de se posicionar ao lado de Aécio. Naturalmente, mesmo que de forma não incisiva, modesta, sem presença ostensiva, Ivana deve estar ao lado de Dilma, pois com toda a certeza sabe que, para sua Pederneiras, a vitória dela será a possibilidade concreta da cidade continuar recebendo verbas e mais verbas do Governo Federal. Ivana pensa sua cidade e sabe o que é melhor para ela. Daí, não tem como ela votar junto de Cury nesse e em todas as demais eleições. Até porque, como é sabido, tucano não gosta de privilegiar com verba cidade onde exista Prefeitura que tenha alguém deles como adversário. Pederneiras padeceria demais da conta com Aécio.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

FRASES DE UM LIVRO LIDO (84)


GALEANO NO “NÓS DIZEMOS NÃO” RENOVA AS ESPERANÇAS DAS POSSIBILIDADES DE OUTRO MUNDO
Num momento onde viceja país afora a intolerância e o preconceito bate as raias da anormalidade mórbida, nada melhor do que ir aos alfarrábios em busca de leitura palatável. Para esses momentos recorro a um dos maiores escritores da América Latina, o uruguaio EDUARDO GALEANO e num velho caderno guardado aqui no mafuá, vou revendo uma a uma frases anotadas por mim do livro, “NÓS DIZEMOS NÃO” (EDITORA Revan, RJ, 1990), que tive o prazer de ler em 2008, quando o emprestei (e devolvi, viu!) de uma biblioteca pouco conhecida, a do antigo Centro de Memória RFFSA/UNESP, hoje só Centro de Memória Ferroviária. Eis as frases, que quando lidas com os olhos voltados para nossos dias, caem como uma luva nessas ávidas mãos em busca de uma explicação dos motivos de tanta iniqüidade:

- “A cultura dominante, que os grandes meios de comunicação irradiam em escala universal, nos convida a confundir o mundo com um supermercado ou uma pista de corrida, onde o próximo pode ser uma mercadoria ou um competidor, mas jamais um irmão. Essa cultura mentirosa, que grotescamente especula com o amor humano para arrancar-lhe mais-valia, é na realidade a cultura do desvinculo: tem por deuses os ganhadores, os exitosos donos do dinheiro e do poder, e por heróis os rambos fardados que cuidam de suas costas aplicando a Doutrina de Segurança Nacional”.
- “A banca internacional se preocupa com a liberdade do dinheiro, não com a liberdade das pessoas. (...) Fecham-se os cofres aos governos do Terceiro Mundo que querem transformar a realidade em lugar de administrá-la”.
- “Quem cria o doente vende o remédio. Duvidosa receita, essa sangria que diz curar a anemia. O remédio é outro nome da mesma doença: novos empréstimos pagam velhos empréstimos, e a dívida se multiplica misteriosamente”.
- “Assim estamos: cegos de nós, cegos do mundo. Desde que nascemos, somos treinados para não ver mais que pedacinhos. A cultura dominante, cultura do desvinculo, quebra a história passada como quebra a realidade presente; e proíbe que o quebra-cabeças seja armado”.
- “Cada pessoa pode morrer uma vez só, pelo que se sabe, mas as bombas nucleares armazenadas permitiriam matar cada ser humano doze vezes”.
- “A burocracia está empenhada em transformar a vida cotidiana das pessoas numa subida ao Gólgota”.
- “Cada vez é maior a distância entre a imensa maioria que necessita muito mais do que consome e a mínima minoria que consome muito mais do que necessita”.
- “A cada dia nos ensinam a resignação. A cada dia aprendemos a resignarmos para poder sobreviver. Faz pouco tempo, numa parede de um bairro de Lima, um aluno rebelde escreveu: ‘Não queremos sobreviver. Queremos viver!’. Ele falava por muitos”.
- “Os pobres vendem jornais que não sabem ler, costuram roupas que não podem vestir, lavam e polem carros que nunca serão seus e erguem edifícios onde jamais irão morar. Com seus braços baratos, eles oferecem produtos baratos ao mercado mundial”.
- “No mercado livre é natural a vitória do forte, e é legítima a aniquilação do fraco”.
- “Somos todos convidados ao enterro mundial do socialismo. O cortejo fúnebre abriga, pelo que se diz, a humanidade inteira. Confesso não acreditar nisso. Esses funerais se enganaram de morto”.
- “O sistema imperial de poder não quer países democráticos. Quer países humilhados. (...) Simetricamente, com razão dizem por aí que os EUA estão a salvo de golpes e ditaduras militares porque nos EUA não existe embaixada dos EUA”.
- "Este é o meu depoimento. De alguém que crê que a condição humana não está condenada ao egoísmo e à obscena caça ao dinheiro, e que o socialismo não morreu, porque ainda não era: que hoje é o primeiro dia de uma longa vida que se tem para viver”.

QUER COISA MAIS ESTIMULANTE PARA AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS QUE LER ALGO DESSA NATUREZA?

MUJICA CONTINUA DANDO O TOM...
A eleição do Uruguai também terá 2º Turno. Mujica não pode concorrer, pois no país vizinho não existe reeleição. Ele, o "mais pobre presidente em exercício", o mais liberal, o menos pragmático, o mais simples, o menos bestificado, demonstra continuar mais lúcido que nunca. Continuará na vida pública, como senador e diante da campanha já iniciada para o 2º turno demonstra preocupação com algo bem em evidência por lá, como por aqui, nesse torrão tropical brasileiro: "A imprensa não pode se achar acima do bem e do mal. Não pode querer escapar da aplicação da lei". Essa sua fala pode muito bem ser trazida para cá e demonstra que isso não tem nada a ver com fim da liberdade de expressão ou de imprensa, mas diz muito sobre a responsabilidade do que se publica, como se publica, com quais interesses e a mando de quem. Ler a entrevista dele ao jornal diário Página 12 e publicada na edição de hoje é para lavar a alma e constatar que, tanto lá como cá, está chegada a hora de uma bela de uma revisão na licenciosidade promovida de forma irresponsável pelos detentores da maioria dos meios de comunicação. Leiam a entrevista clicando a seguir:
http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-258591-2014-10-29.html

terça-feira, 28 de outubro de 2014

RETRATOS DE BAURU (165)


CLAÚDIO E PAULO LAGO FAZEM PARTE DA NOSSA HISTÓRIA POPULAR
Algo entristecedor é o que ocorreu nesse período eleitoral, quando postagens seguidas demonstravam desapreço total a esse tal de “comunismo”, como se quem o praticasse fosse o pior elemento desse mundo. Repugnante e desaconselhado até manter amizades ou se aproximar desses (continuariam comendo criancinhas?). Desconhecimento total do que venha a ser comunismo ou algo pior que isso, o conhecimento, mas mesmo assim a necessidade de usar o termo como depreciativo. Puro preconceito e a evidência do empobrecimento político no país. Em outros tempos, não tão distantes, ser comunista exprimia exatamente o contrário. Afinal, mudou o comunismo ou a cabeça das pessoas piorou? Escrevo de dois que, nunca tiveram problema nenhum de serem chamados e taxados de.

PAULO E CLÁUDIO LAGO são duas pessoas um tanto confundidas na cidade até hoje. Mas quem é um e quem é o outro? Ambos bancários, ambos lutadores intransigentes na defesa da classe operária, dos direitos dos trabalhadores, dos movimentos sociais e fazendo das ruas o lugar de reconhecimento popular e de muita ação.
A confusão começa no fato de serem irmãos, com pouca diferença de idade e formação um tanto parecida. Saíram de Águas de Santa Barbara muito cedo e aqui em Bauru se formaram, adentraram o Banco do Brasil e daí para iniciar o engajamento no Sindicato dos Bancários foi um pulo. Ambos diretores e paralelo a tudo algo também marcante, tendo seus nomes ligados à Causa Operária, um segmento comprovadamente de muita resistência, valiosíssimo em várias conquistas na cidade. Não havia atividade social onde ambos não estivessem metidos e um tanto difícil fazer a separação, mesmo ela sendo evidente ao conhecer ambos. Foram tantos os embates, tantas as lembranças e até no momento de saírem da cidade, parece que tudo acabou se dando num mesmo momento. Ficaram um bom tempo longe de Bauru e nessa campanha eleitoral, para surpresa geral e felicidade de todos seus amigos, acabaram retornando e se engajando na campanha pela reeleição de Dilma. Esses irmãos são merecedores mais do que um capítulo só para eles (talvez um livro), quando alguém vier a contar a verdadeira história do movimento operário e sindical ocorrido na cidade. Impossível não parar diante deles nesse momento de um quase retorno e não permanecer ali prostrado, ouvindo e recebendo uma verdadeira aula de História. Honrados e dignos sujeitos da história, personagens principais quando se leva em conta o seu lado B, ainda não devidamente contado (nem revelado). Por tudo o que representam, eu ainda me emociono muito ao vê-los.

OBS.: Cláudio é o da esquerda e Paulo, o da direita - desculpa viu! - na primeira foto. Peço desculpas pelo perfil em conjunto, mas como sempre achei que fossem mesmo uma mesma pessoa.

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (87)


GIRO A METRALHADORA PRA TUDO QUANTO É LADO E JEITO
Esses muros da cidade falam por nós. Lá perto do único e original aeroporto de Bauru (o outro é uma piada), um estencil colado no que restou de um muro de placas, onde antes funcionava um drive-in (que já frequentei décadas atrás com meu saudoso opalão), eis uma réplica da carinha do Aécio e um portentoso NÃO com um "X" cortando tudo. Parei o carro no meio da muvuca da manhã, quase fui abalroado, mas cliquei aquilo antes que os despeitados aecistas quebrem o muro só para retirar o ali colado. Desço a Araújo, caminho diário para a casa do meu velho pai e no lugar onde antes funcionou o Martins Machado e a Kalunga, eis o mesmo estencil, só com a carinha do Aécio e só. Fiquei intrigado, pois estava rasgado na parte debaixo. O original foi feito para reverenciar o Aécio. É isso? Se for, nada demais, coisas da campanha. Mas confesso, gostei mais do lá do aeroporto, com o NÃO acoplado. Mais a minha cara. Eu fui um dos que rejeitei o que esse cara representa, verdadeiro lobo em pele de cordeiro.

Deixei de ler os jornalões paulistas faz um tempo e olha que décadas atrás já assinei a ambos. Adorava o Caderno 2 do Estadão quando feito pelo Emediato (tinha crônicas do Caio Fernando Abreu e tiras diárias do Gilberto Maringoni - colecionei aquilo). A Folha e seu Folhetim eram o uó do borogodó e quando impressa nos tempos do Cláudio Abramo, um primor. Hoje ambos definharam. Por fim, a demissão do Xico Sá foi mesmo para enterrar de vez minhas pretensões de continuar lendo aquilo. Alguns ainda resistem em ambas as publicações e adoro ler as crônicas do araraquarense Loyola, o Veríssimo, tiras do Laerte e Angeli. Pouca coisa. Mas não é disso que quero versar aqui. Comprei a ambos ontem, tudo por causa de saber in loco como foi a eleição na versão deles (e na banca da Hilda lá no Aeroporto - o verdadeiro). Achei num dos jornais uma fotinho do baurense EDSON CELULARI click feito pelo DOPS, ele fichado, cabelão comprido. Cliquei a mesma e a reproduzo aqui. Como esquecer aquele nefasto período, quando muitos dos nossos foram injustamente detidos, fichados, torturados e banidos do país. Celulari, até as pedras do reino mineral sabem não foi nenhum revolucionário, mas se até a ele fizeram questão de fichar, todos nós sabemos muito bem o que se sucedeu aos demais. Saquem a profundidade da foto e peço aos que ainda falam bem daquele período, para que voltem um bocadinho só no tempo e no espaço: aquilo foi uma merda só.

Todo ano bato cartão numa atividade promida pela unidade do SENAC, ali na Nações Unidas, a FEIRA DE TROCA DE LIVROS, que esse ano completa 10 anos (festa com data redonda - parabéns). Quem organiza tudo é a Marinês Ferreira, gente compente do ramo livresco. É só levar um livro em bom estado de conservação, romance, biografia (não vale religioso, nem desses tipo de Direito...) e escolher outro por lá. Pronto, a troca é feita. E não adianta querer levar um velhusco, desses que voce quer se ver livre e querer levar um novo no lugar. Livro é para ser mesmo compartilhado, repassado, mas sem excessos. O marido da Marinês, oValter Tomaz Ferreira Junior, meu querido amigo Valtinho tem outra proposta com as bancas da Cultura e lá, voce pode levar o que quiser, pois o negócio é mesmo estimular a leitura. Se não tiver nada para colocar no lugar tudo bem, mas o Senac é mais rigoroso e nem por isso deixa de apresentar mais uma boa opção de distribuição e permuta de livros. A Feira ocorre de 27 a 31/10 lá no saguão da unidade e tem outras atividades rolando junto disso tudo, podendo ser conferidas nowww.sp.senac.br/bauru. Fui ontem com a mana Helena e trouxe duas novas crias para casa.

E para encerrar, como não podia deixar de ser, eis um algo mais sobre a Banca de Livros do amigo Carioca, lá na Feira do Rolo, espaço dominical de papos variados, sol na moleira e até vinhos/cerveja e outros líquidos, alguns recomendados, outros nem um pouco. Gastei R$ 50 paus nessa semana entre CDs, livros e até uma bolsa. Consegui pendurar para pagar semana que vem (se estiver vivo até lá - Carioca é louco de fazer fiado para mim) e dentre os livros um que já tenho aqui no mafuá, mas fiz questão de comprar para presentear meu filho, o HA. Trata-se do "Aos trancos e barrancos - Como o Brasil deu no que deu", historinhas ano após ano, de 1900 até 1980, do imortal DARCY RIBEIRO. Esse livro é um Inventário do Brasil, lindo demais, até porque as observações do Darcy, além de proféticas, são o uó do borogodó. Nem preciso dizer que ao entregar o livro ao filho ganhei dele um beijo na cara, desses que você depois fica o dia inteiro sem lavá-la só para não esquecer jamais da beijoca. Do livro, duas coisinhas marcantes, na primeira a charge do Caulus (cadê ele? Nunca mais vi nada dele por aí?), com o sujeito com a espada enfiada na cabeça e a frase "SÓ DÓI QUANDO EU PENSO" e depois a frase que abre o livro e serve como medida exata para esses nossos tempos, do Brecht: "DESGRAÇADAMENTE, NÓS, QUE QUEREMOS ABRIR CAMINHO À CORDIALIDADE GERAL, NÃO PODEMOS SER CORDIAIS". É verdade, até ontem, ainda achava que devia ser cordial com o lado que perdeu a eleição, mas vendo-os cada vez mais fascistas, retrógrados, preconceituosos e arrivistas, sem querer num só momento baixar a guarda, decidi, minha espada vai continuar desembaiada e pronta para o ataque. Recomendo tomarem cuidado, pois está enferrujada e se não mato sangrando o sujeito, o faço de tétano.

OLHA COMO EU ERA LINDINHO DA SILVA...
Outro dia me perguntaram e até me pediram (de joelhos) para que tirasse a barba. Mantenho esses pelos na cara desde que saí de um trabalho num banco (junho de 1989), onde era obrigado a passar barbeador diariamente na face. Não aguentei, surtei e desde então tenho essa penugem descuidada e nem a aparar direito tenho feito a contento. Pois bem, ontem, atendendo a pedidos, achei umas fotos 3x4 minhas em documentos diversos e variados, quando procurava outros documentos para fazer uma inscrição e juntei algumas delas. Eis aqui um acompanhamento de como foi minha evolução (sic) ao longo das últimas décadas. Para não me deixar tristinho, por favor, limitem-se a elogios. Nada depreciativo, pois já estou um tanto chateado com algumas coisas e isso estragaria meu dia. Em tempo: Nem Aninha, nem meu filho nunca me viram sem barba, pois bem, cá me mostro.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

MÚSICA (114)


BRASIL HOJE NA IMPRENSA INTERNACIONAL

Muita coisa saiu publicada mundo afora sobre a reeleição de Dilma como presidenta do país. Destaco uma. O Página 12 argentino deu destaque em toda sua primeira página, edição de hoje e com uma conotação que poucos ousaram dar: a importância dessa reeleição para todo o continente sul-americano. 

Aprender a ler um bocadinho na língua espanhola é algo maravilhoso, nem que for como mero exercício. No texto principal, a possibilidade de leitura de um dos maiores jornalistas em atividade no país, além de tradutor oficial durante toda a vida do Gabo (Gabriel Garcia Marquez). Falo de Eric Nepomuceno, escrevendo tão pouco para publicações nacionais e muito para variadas em países latinos. 

Seu texto merece ser lido e debatido. O título diz muito: "A ALEGRIA NÃO É SÓ BRASILEIRA". Sacaram a profundidade da coisa, a importância dessa reeleição para todo o continente. Vale a pena 'hablarmos' disso sem o ranço pairando no ar. Continuar a discussão é mais do que necessário.

http://www.pagina12.com.ar/diario/elmundo/4-258461-2014-10-27.html

O ‘PRA QUE DISCUTIR COM MADAME’, CAI COMO UMA LUVA NO CASO PAULISTA
O que mais fizemos nessa eleição do 2º turno presidencial foi discutir com ‘madame”, ou seja, com gente cheia até as tampas de preconceituosos valores. E fizemos isso aos borbotões. A coisa hoje está ganhando outras proporções, a dos que perderam e rejeitam a outra metade do país e a dos ganharam e estão propondo um armistício, ou seja, uma real integração, não totalmente aceita pelo outro lado. Eu cá do meu lado, confesso ter participado ativamente da contenda em umas das trincheiras e hoje saco aqui da estante do mafuá um belo de um CD, o “JOÃO GILBERTO AO VIVO – EU SEI QUE VOU TE AMAR” (Epic, 1995), desse menestrel do violão e escolho a dedo uma canção versando sobre algo muito parecido, o PRA QUE DISCUTIR COM MADAME (Haroldo Barbosa e Janet de Oliveira). A madame do samba tem problema exatamente com o samba e o paulista de hoje em dia diz ter problema com o nordestino. O problema não seria como no caso da madame, com ela e no caso da eleição com o arraigado conservadorismo paulista? Só ouvindo e vendo se não é isso mesmo? Mas que negócio é esse de “parafuso a menos, só fala veneno, meu Deus, que horror!”. Enfim, “pra que discutir com madame/ madame não gosta que ninguém sambe”. Mas o caso é que nós queremos mais é continuar sambando, cada vez mais e mais. Cliquem a seguir e curtam: http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/joao-gilberto/pra-que-discutir-com-madame/2485191

EXATOS UM ANO ATRÁS PERDÍAMOS UM GRANDE LUTADOR, ISAÍAS DAIBEM
No Jornal da Cidade de dois dias atrás a família publicou essa homenagem ao grande socialista católico, algo que só ele e Plínio de Arruda Sampaio sabiam fazer tão bem (inclusive eram amigos). Reproduzo aqui a foto da publicação:

domingo, 26 de outubro de 2014

UM LUGAR POR AÍ (58)


INDO VOTAR SEM MEDO NENHUM DE CONTINUAR SENDO FELIZ...
Hoje não quero confrontação, quero só ir votar, tranquilinho da silva e esperar o resultado do pleito, além é claro de dar o meu quinhão de participação na fiscalização aqui no La Salle e depois, se tudo der certo e correr bem como o previsto comemorar até o sol raiar na segunda.
Quem vem comigo nessa "petralhada" dominical... A militância adotou o termo, um tipo de tapa na cara dos tucanos.
Coisas do HPA

Reproduzo uma postagem do João Neto, com um tema dos mais instigantes aqui em Bauru: “VERGONHA! Vi algumas postagens de apoio a Dilma, feitas ontem no calçadão. Parabéns aos que tiveram presentes, bateu saudade. Mas algo me deixou indignado . CADÊ A DIREÇÃO DESTE PARTIDO. O VEREADOR SANDRO, A VICE PREFEITA E CANDIDATA A DEP ESTADUAL,CADÊ O BATATA, E PRINCIPALMENTE CADÊ O PRESIDENTE DESTE PARTIDO EM BAURU. Na hora da disputa interna eles levaram quase mil pessoas para votar, onde estão essas pessoas. Fui mesário no encontro, e confesso, FOI UMA VERGONHA. CHEGA DESSA PALHAÇADA, TEMOS QUE UNIR FORÇAS E VARRER ESSES ESTRUPADORES DOS SONHOS REVOLUCIONARIOS. Próximo encontro vamos, montar campana aos arredores das ruas, fotografar e denunciar o pleito, antes de sua finalização, se for preciso, criar uma barreira humana, e não deixar que votem. É preciso BANIR essa prática. CHEGA DE ENGOLIRMOS ISSO DENTRO DE NOSSO PARTIDO”.

Fotos ontem no Calçadão da Batista tiradas por esse HPA:
1 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936614836368526
2 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936618623034814
3 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936621363034540
4 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936624459700897
5 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936836523013024
6 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936843706345639
7 - https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/936852513011425 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ALGO DA INTERNET (92)


A REVISTA E A DESLAVADA TENTATIVA DE GOLPE MIDIÁTICO:
A revista "veja" (minúscula mesmo) sai com um golpe muito abaixo da linha da cintura contra Dilma e Lula. Algo sujo, sórdido, nojento, fora de qualquer padrão jornalístico sério.

Eu escrevo isso a seguir no facebook:
UMA FALÁCIA DESMENTIDA ASSIM DE BATE PRONTO PELO PRÓPRIO ADVOGADO DO CARA QUE HAVIA FEITO UM DEPOIMENTO SIGILOSO E ALGO DISSO SAI NA REVISTA MAIS SÓRDIDA DA NAÇÃO, DE FORMA DETURPADA E DOIS DIAS ANTES DO PLEITO:

E abaixo a montagem tirada do facebook. Foi o bastante para o pau comer nos comentários (todos reproduzidos nos comentários anexos)
A REAÇÃO DE DILMA FOI CONTRA O GOLPE MIDIÁTICO, ESSE SEMPRE EM CURSO:
A revista "veja" (minúscula mesmo) foi ao fundo do poço da sordidão humana ao publicar supostas partes de um depoimento sigiloso e provavelmente irreal, montade para favorecer Aécio às vésperas do pleito. A revista já havia tomado a decisão de só sair segunda com o resultado das urnas (assim como Carta Capital), mas quando soube que Aécio estava 8% abaixo de Dilma, imprimiu uma edição às pressas, na correria e atropelou os fatos, fez o que qualquer manual do bom senso jornalístico proibe. Fez o que sempre soube fazer bem feito: mentir e escamotear a verdade dos fatos. Esse é um fato que já é do conhecimento geral. As reações é que foram interessantes. Pela internet o tema virou chacota e a partir daí, numa fina ironia os internautas passaram a reproduzir capas da revista com Lula e Dilma culpados de tudo (mas tudo mesmo). Foi a maneira de demonstrar o quanto existe de inverdade e leviandade na publicação. Outra reação, essa precisa, cirurgica foi a da própria Dilma. Ele usou seu programa eleitoral para fazer o que Lula jamais teve coragem de fazer, ou seja, peitou a revista. Daí uma admiração a mais por causa disso, bem ao seu estilo do saudoso PDT de brizola, que não deixava o momento passar, ia na veia. Ela foi. O que esté em andamento é mais do que uma armação ilimitada, é um golpe baixo, sujo, vil e ultrajante. Um golpe contra a liberdade de imprensa (não confundir com a licenciosidade praticada pela revista), contra a verdade factual dos fatos. É isso que toda a nação precisa fazer daqui para frente e de uma forma compacta, decidida, vibrante, organizada e irrefreável: uma luta incessante contra esse desmedido poder midiático de alguns poucos grupos que se dizem acima de tudo e de todos, inclusive da própria lei. A fala da presidenta candidata é histórica e merece ser ouvida e guardada para a posteridade. Vejam e ouçam a mesma clicando a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=JFR2xZr9Ti0#t=118
Coisas do HPA

MEMÓRIA ORAL (168)


A IGREJA DO DIABO NO TEATRO E A PRÁTICA DISSO NA ELEIÇÃO BRASILEIRA – O ENCAPETAMENTO BESTIFICA (E BEATIFICA) AS PESSOAS
O teatro em alguns momentos acaba nos mostrando exatamente a vida como ela é. Ontem fui ao Teatro Municipal de Bauru assistir mais uma apresentação dentro do FACE – Festival de Artes Cênicas de Bauru (www.facebauru.art.br) e a demoníaca peça, ‘A IGREJA DO DIABO’, uma adaptação de texto escrito quase cem anos atrás por nada menos que Machado de Assis e interpretado magistralmente pelo grupo ribeirãopretano Cia Boccaccione (http://www.boccaccione.com.br/). Dias atrás, ao comentar com um amigo sobre o nome da peça, eis sua resposta assim na lata: “O que mais temos em Bauru e país afora, meu caro, são as tais igrejas do diabo, hoje só pensando no deus dinheiro, esse em primeiro lugar, enriquecimento ilícito e abuso da exploração da fé pública”. Concordei assim de bate pronto, não tem como remediar que se formos mesmo ver os bastidores das maiores e menores hoje por aí, na verdade professam mesmo é a sacanagem explícita e generalizada, uma enganação total e escrachada da fé, baitas empresas comerciais, com fins meramente acumulativos. “A relação dicotômica encontrada nas contradições humanas norteou a criação do espetáculo. (...) Cansado de ser desorganizado, de ficar com as circunstanciais sobras das diferentes manifestações de fé, o Diabo tem a idéia de fundar uma igreja e organizar seu rebanho. Após comunicar deus de seu futuro ato, volta à terra e com muito sucesso faz a igreja que idolatra os defeitos humanos”, prescreve o folheto do Face. Quer dizer, o sucesso da igreja é absoluto. Viva Machado de Assis, que já sacou isso há cem anos lá atrás!

A sacanagem está por todos os lugares e domina mesmo o mundo. Meu sobrinho quase cai ontem num golpe de uma empresa que queria comprar todo seu estoque, levar tudo e pagar com cheque pré datado. Por pouco não perde até as cuecas. Meu amigo Mauro, do mercado lá do Gasparini caiu nesse conto e vendeu tudo o que arrebanhou de gado para um único cara. Deixou o cara levar tudo e dias depois, ao descontar o cheque, viu sua vida em ruínas. Os golpistas estão por aí e fazendo e acontecendo, desde um simples golpe do bilhete premiado, até a ganância do sujeito que cai na artimanha por vislumbrar um desmedido lucro no negócio. “Tá tudo dominado”, diz o gaiato. Tudo mesmo, digo eu, tudo adepto da tal igreja, a que mais cresce no planeta. Ontem mesmo antes de dormir, abro pela última vez a internet e lá a capa da edição chegando às bancas da revista veja (minúscula mesmo), com a última tentativa aecista e tucanista de virar a mesa e ganhar o pleito eleitoral na cara dura, na dita mão grande, engambelando o incauto eleitor. Botaram Lula e Dilma na capa e escreveram que o doleiro preso, prestando juramento secreto de delação premiada (se é secreto, como está na revista?) disse que ambos sabiam de todo o desvio da Petrobras. Isso a dois dias do pleito, exatamente quando Dilma assume a liderança com 8% de vantagem sobre o oponente. Se isso não é coisa do diabo, não sei mais o que venha a ser essa tal de Igreja Diabólica.

O diabo é mesmo matreiro, faz que vai e quando percebemos vai mesmo. Na peça, a orgia carnal é sacralizada como coisa diabólica, mas se assim for, como não participar de tal festim, tão suculento. O sexo fora dos padrões “papai e mamãe” é mesmo coisa do diabo, daí já fico sem saber se devo também adentrar essa tal igreja, pois coisa que não suporto é coisa tudo certinha, dentro dos padrões da dita normalidade pregada pela sociedade em que vivemos. Daí minha cabeça funciona (sai até fumacinha) e percebo que assim como tudo na vida, essa tal de igreja do diabo tem várias ramificações, umas mais diabólicas, outras menos. Umas pegando mais pesado, outras menos. Ri muito na peça quando o diabo pegou no pé de uns fiéis que queriam voltar atrás após algum tempo na igreja e já queriam cometer atos humanitários, ajudar o próximo, compartilhar o subtraído, essas coisas. Entrar na tal igreja é uma coisa, sair deve ser outra. O negócio é assim mesmo, o cara vê a facilidade ali diante dos seus olhos uma vez, depois vicia, mas chega um momento em que cai em si, quer voltar atrás. Isso, na maioria das vezes, quando é pego em fragrante delito, daí chora, se diz arrependido e pede perdão. Alguém aí já não viu esse filme? Criticar a ação do outro todos fazem que é uma belezura, mas reconhecer o seu próprio defeito, isso nunca, nem quando é pego com a mão na botija.

Impossível não voltar para o caso da eleição em andamento. Não existe santos, nem de um lado, nem de outro. Existem sim, os mais diabos e os menos diabólicos. O neoliberalismo em si, assim como capitalismo é a própria essência do diabo encarnado na Terra. Essa desmedida loucura pela acumulação só pode ser coisa do diabo, assim como esse desenfreado consumismo, tão desnecessário. O supérfluo acima de tudo e de todos. O individualismo predominante nos dias de hoje é um dos mandamentos dessa igreja. Pregar a mentira e fazer ela se passar por verdade é outro mandamento. Ludibriar o semelhante, tentar mostrar que o seu lado é menos maléfico que o outro idem. Na comparação dos dois concorrentes ao pleito, um já escancarou que o neoliberalismo é mesmo o seu negócio, privilegiar a iniciativa privada e sacanear com todos os direitos trabalhistas é outro, pois para uns continuarem ganhando muito, a massa que sua a camisa precisa ser explorada e muito. Não existe outra saída. Um faz isso declaradamente e o outro, tá com um pé dentro da igreja, tentado a todo instante cair de boca, mas ainda povoa esse nosso mundo de médicos humanitários, de edificações populares, de programas sociais para atender o pobre, de cursos profissionais para tentar minimizar a situação do não preparado e tal e coisa. A disputa se dá entre o diabinho e o diabão. Eu, como tô com um pé dentro e outro fora da tal igreja, ainda não totalmente influenciado por ela, prefiro o diabo, no caso a que menos maldade promove.

Ainda da peça, no meio dela um discípulo diabista percorre os corredores do teatro e distribui um jornal, o “DEMONEWS”, com uma manchete de primeira página, “Igreja do Diabo cresce no mundo inteiro”. No texto de convencimento algo assim: “Hoje em dia as pessoas vivem um momento de ruptura com qualquer religião que as impeçam de ser elas mesmas. A partir daí, onde encontrar mais liberdade que na igreja do Diabo?”. Nela, afinal, ninguém tem compromisso com nada, a não ser consigo mesmo, com seus próprios desejos. Impossível não fazer uma alusão direta com o que produz de nefasto a mais perversa e sórdida revista semanal brasileira, a veja (minúscula mesmo – querem que entre no mérito da questão?). E mais, quando vi no meio da peça atores interpretando personagens das religiões católica, muçulmana, judaísmo e evangélica, aquele discursinho pra lá de conservador, preconceituoso, reducionista, tudo farinha do mesmíssimo saco, a certeza de que o diabo ganha terreno e sua igreja é a que mais cresce. Assistam esse trechinho da peça:https://www.youtube.com/watch?v=JyRbSbbm5Hs.

A peça é ótima, faz pensar e pensando a gente saca melhor sobre isso tudo à nossa volta. Agora mesmo quando vejo a diabada tucana fazendo de tudo e mais um pouco para incutir que suas diabices são santificadas e as do adversário é que são as cavernosas, chego a conclusão de que o diabo sabe muito bem ocupar espaços. Encerro esse texto parabenizando um garotão bauruense, servidor público municipal e homem de teatro, o Fábio Valério (fabiovalerio.blogspot.com.br), idealizador do espaço alternativo mais encantador da cidade, o do grupo Protótipo Tópico (http://www.prototipotopico.art.br/ ), que brilhantemente traz para Bauru esse festival cheio de alvissareiras novidades. Não existe como não aplaudir em pé uma iniciativa como essa, com a cara jovem e ousada dele e de todos naquela casa endoidecedora e diabólica (sic). E para os que querem conhecer na íntegra o texto do Machado de Assis, eis o mesmo em áudio livro: https://www.youtube.com/watch?v=JyRbSbbm5Hs. E para as eleições do próximo domingo, algo nada diabólico, ou seja, um pedido para votemos observando quem dentre os dois produz menos dessas coisas e mais faz pelo tal do povo brasileiro. Daí, voto nela.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (71)


HOJE NÃO QUERO NADA COM ELEIÇÃO E SIM COM A BETTY – BRUTA SAUDADE
Hoje não quero escrever nada de política. Ou melhor, quase nada. Todos aqui já sabem de minha absoluta predileção por Dilma e pela força que continuo fazendo pela sua reeleição. Mas confesso, ando um pouco cansado disso tudo. Fico muito contente com essa diferença dela em relação a ele, o Aécio e o que representa. Mas não é disso que quero escrever. Primeiro peço antecipadas desculpas para dona Ana Bia, pois me deu vontade de fazer uma confissão. Ela, a Ana, fica todo dia assistindo lá na TV de casa uma antiga novela no canal Viva, a Dancing Days e rememoro ali uma antiga paixão, a BETTY FARIA. Sim é dela que quero escrever. Só umas linhas. Quero sair um pouco do prumo hoje, só isso. Acho que amanhã volto ao normal (por acaso eu sou um sujeito normal?).

BETTY FARIA foi uma de minhas primeiras deusas. Colecionei por algum tempo a revista Homem, depois a Playboy (eu e o PH) e a revista com ela nua (ou quase nua, pois naquela época nem tudo era devidamente mostrado) era das minhas preferidas. Fazia parte de um seleto time de atrizes me fazendo ferver (por dentro e por fora). E não era preciso muito para isso. Aqueles seios pequenos e uma coxa bem torneada, o conjunto da obra me enlouquecia. Anos atrás recebi uma página de jornal com uma matéria sobre ela e o guardei. Tinha a Betty como matéria principal. E hoje o reencontrei fuçando papéis por aqui. Acho que o colei num velho caderno como prova inconteste de que nunca nos esquecemos desses amores antigos. Quem nunca se apaixonou por uma professora que levante o braço? Eu tinha uma lá na EE Madureira, meus 13 pra 15 anos que me tirava do sério. Tudo são lembranças.

Hoje, além da velha Dancing Days ela está numa outra, coroa, com mais de 70 anos, decote escondido, pernas cobertas, nem de longe aquela beldade do passado (eu também não sou mais o mesmo). Outro dia falei da Betty para a Ana e ela me olhou atravessado, não deu muita bola, não me levou a sério e logo desconversamos. Na verdade, toda vez que olho para ela hoje, tento não vê-la com os olhos de hoje, mas os de ontem (façam o mesmo comigo, viu!), tudo para não perder o entusiasmo. Afinal, não se destroem símbolos construídos durante anos e anos assim da noite para o dia. Aqui em casa tem um baita de um espelho bem no meio do corredor e toda vez que passo por ele ou lá em outro no elevador do apartamento que me leva para ver minha Ana, me olho ali, mas com os olhos do passado.Eu tento resistir, mas meu ombro dói, meus cabelos caíram, a barriga cresceu, a miopia acentuou-se e tudo o mais (sim, aquilo também não é mais como antes). Com a Betty, a mesma coisa. Inexorável o tempo, infelizmente.

Puxa, sinceramente, hoje nem sei se a Betty vota na Dilma ou no Aécio. Também isso tanto faz, mas sei que toda vez que a revejo, bate lá no fundinho aquele desejo incontrolável que tinha por ela décadas atrás. Eu achava que se ela me conhecesse iria se interessar por mim. Por fim, nunca a vi pessoalmente, mas conheci outra carioca, minha Ana e somos felizes ao nosso modo e jeito. Vamos envelhecer juntinhos e revendo o passado com a galhardia necessária. Ela sabe, lembro da Betty de vez em quando, mas nada que provoque a alteração do mercado, queda do dólar ou rachaduras no ambiente doméstico. Na comparação entre ambas, acho que estou em vantagem, Ana sabe levar e domar esse velho lobo das estepes. Agora me respondam com toda sinceridade desse mundo duas perguntas: 1) Quem aí tem coragem de revelar quem foi a sua paixão televisiva entre as estrelas que invadiam nossa sala diariamente? e 2) Não é mesmo muito mais gostoso falar disso do que dessa briga que nos consumirá até domingo?

Mas como dizia ontem e volto a repetir hoje, acho que o Aécio não leva essa. Dilma ganha de novo.