sábado, 31 de agosto de 2019

CARTAS (203)


JÁ PASSOU DA HORA DE CAPIPULAR*
* Esse texto é uma missiva de minha autoria, escrita da forma mais amena possível, prevendo possibilidade de publicação na Tribuna do Leitor do Jornal da Cidade. Enviada na quinta e não publicada até o presente momento, o faço aqui no meu modesto e restrito espaço para conhecimento do que ainda ando enviando para publicação nos meios massivos à minha volta:


"Tudo na vida tem limites. O momento brasileiro exige mais que reflexão, pois todos os que um dia acreditaram na solução para o país com Bolsonaro, hoje, depois de trapalhadas, desacertos, pisadas na bola e no tomate, enrascadas e alucinações, se não chegaram na conclusão de terem se equivocado, estão muito perto disso. Só os muito insensíveis continuarão de olhos fechados para a sucessão de indecência sendo praticada pelos atuais governantes. Não dá mais para o país continuar apostando nessa gente fora da casinha a nos governar, pois estamos perdendo o que nos resta de credibilidade. Reconhecer os erros é sinal de maturidade. Podem ficar tranquilos, ninguém que o fizer será por essa causa considerado esquerdista ou mesmo petista. Serão todos avalizados como sensatos, pois continuar referendando o que está sendo feito com o país, isso sim beira já beira insanidade. Existem muitas outras saídas, algumas bem viáveis para o país e em nenhuma esse pessoal hoje no comando do país pode estar nelas. Continuar referendando a perdição do país será algo de difícil volta e o momento de dar um basta em tudo já está passando do tolerável. Não é possível alguém dentro de sua sanidade mental continuar apoiando o que esse pessoal faz com a outrora soberana nação. Fazendo vistas grossas estaremos dando sinal verde para a continuidade da loucura governamental e daí, todos os hoje calados, se dizendo isentos e alheios, também terão sua dose de culpa na derrocada final, prestes a ocorrer logo ali na curva da esquina".
Carta saiu publicada edição domingo, 01/09, em destaque, bem no centro da página dedicada aos leitores.

O FISCAL DE QUARTEIRÃO - A CADERNETINHA DO PEDROSO, OU MELHOR, A LISTA DE SCHINDLER BAURUENSE
Antonio Pedroso Junior é o popular Chinelo, hoje residindo em Sorocaba, mas vez ou sempre por aqui, ruminando conversações das mais alvissareiras. Um emérito contador de causos, desses que o interlocutor tem até medo do que vai sair de sua boca e ser espalhado pela aí aos quatro ventos. O danado é bom observador e de uma coisinha que ouve, junta o lé com o cré e faz disso uma imensidão. Um juntador de pedaços e nesta semana, em mais uma de suas incursões por terras bauruenses, escolheu o Bar do Genaro, seu mais novo quartel-general para ir fazendo as conversações de praxe e de direito. De lá, sentadinho agora não no lado interior, mas no exterior, está com nova missão no local, a de ir anotando em sua cadernetinha os nomes de todos os que ali aportam, como quem não quer nada, mas logo estão a subir a ladeira da rua Wenceslau Brás, tudo para ir dar com os costados, logo ali pra cima, na casa do declarado candidato a prefeito Izzo Filho. Diz ter perdido a conta dos que aparecem por ali do nada, olham para todos os lados, inventam algo, um assunto assim sem nexo e lógica, tomam uma talagada e se despedem à francesa, tomando rumo da subida, mesmo sem aparente motivo para fazê-lo.
Dentre todos os que, tendo seus nomes anotados, ele diz isentar da tal lista dos prováveis e improváveis visitantes, retira somente dois nomes, Roque Ferreira e Roberval Placce, pois ambos moram pouco mais pra cima e esse é o caminho do retorno aos seus devidos lares, mas dos demais, ninguém escapa da dúvida de estar fazendo algo às escondidas. Se alguns dos senhores(as) já passou por lá, cruzou com o Pedroso, passou pela inquisição de indiscretas averiguações, tenha certeza faz parte da lista. Ontem dizia lá do lugar a ele reservado que, dependendo das movimentações futuras da Bolsa de Apostas Eleitorais pode divulgar a lista ou até mesmo fixá-la no poste na esquina para conhecimento de tudo, todas e todos.

O PESSOAL VAI PARA REUNIÃO DO PT EM JAÚ E DÁ DE CARA COM BAR DO TOMATE
O bloco burlesco, farsesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é MiXto faz escola. Uma turma de bauruenses, todos do Núcleo de Base DNA Petista encontram-se na vizinha Jaú, numa reunião do PT estadual e quando lá, como não podia deixar de ser, vão em busca de um lugar para afogar o ganso, ops, digo, desafogar as mágoas e ressentimentos, mais conhecido, como tomar umas e aportam numa embaixada do Tomate por lá. Estiveram em casa e as fotos comprovam que a investida foi mesmo acertada. Viva o Tomate, reunindo esforços e força para voltar a bagunçar e agitar o coreto dos "forças vivas" da aldeia bauruense.

COMÉRCIO EM BENEFÍCIO PRÓPRIO - AS CAMISETAS DO FILHÃO

Meu estimado filho escolheu Araraquara (cidade das mais arejadas hoje em SP, única por essas plagas governada pelo PT) para viver e por lá, cada vez mais longe das ditas coisas acadêmicas, toma conta de um sebo, namora, troca o óleo, conspira, faz bottons e agora, desde um mês e pouco, atua também no ramo de impressões de estampas diversas e variadas em camisetas e afins. Henrique Aquino, do alto dos seus 25 anos, faz escolhas para sua vida e este pai referenda, investe e propaga. A mais nova, foi quando adquiriu a perder de vista uma máquina para imprimir estampas e já tem agora um mostruário com muitas delas, espalhando sua subversão pelos quatro cantos do mundo. Chegou ontem para passar o final de semana junto aos país (vamos assistir juntos Bacurau), bocadinho com cada um e me trouxe dois estimados presentes, duas camisetas que havia ganho no meu aniversário em junho, deixei com ele e disse: "Escolha duas estampas que são a minha cara e desta forma pague o investimento que fizemos em ti". O danado chegou e já foi me mostrando uma no seu peito, essa dele e mais essas duas que eu, na qualidade de divulgador, mostruário, modelo exclusivo e agenciador espalho por essa via e meio. Diz estar vendendo cada uma por R$ 36 reais, dependendo da conversa, dando a camiseta um preço, o cara trazendo outro. Aberto a negociações. O fato é que hoje, já saio para as ruas com essa linda do Mariguella, "O homem deve ser livre", deixando a outra, também linda da URSAL, com a "América Latina pra cima", como me diz ser o correto, para outro momento. A que veio vestida é mais abusada, versa contra a bestialidade em curso com esse bolsonarismo já passando de todos os limites. Pedidos, informações só com o mesmo pelo reservado aqui do facebook. Não vou intermediar negociações e futuras vendas, pois o prometido a mim pelo mesmo em comissão está muito aquém do meu merecimento, daí que o façam diretamente com o danado.


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

COMENTÁRIO QUALQUER (192)


JUNTADA DE ESCRITOS NUMA SEXTA DE INTENSA MOVIMENTAÇÃO
1.) PREMIAÇÃO DA ACIB, CAFEO E OS MODERNINHOS CHEIRANDO A MOFO - SERIA ISSO O TAL PROGRESSO?

Acabo de assistir entrevista com o presidente da ACIB - Associação Comercial e Industrial de Bauru, o indefectível Reinaldo Camafeu, ops, digo, Cafeu, versando desta feita sobre a premiação anual do agrupamento de empresários que comanda, mesmo não tendo sido um único dia de sua vida empresário e sim, um mequetrefe professor de Economia, digo meia boca, pois defensor como é das leis de mercado, possui visão limitada e caolha, não enxergando nada mais além delas. Com visão curta, pois não aceita enxergar o óbvio, as aberturas possíveis e outras concepções, fica sempre chovendo no molhado e tentando tapar o sol com a peneira do beco sem saída do neoliberalismo mundial e na defesa do desGoverno bolsonarista. Assisto parte de sua entrevista na TV Preve para o Samuel Ferro, naquele momento de bajulação de mão dupla e da fala, algo tento extrair, quando salienta nomes dos vistos por ele como grandes empresários desta cidade, os tais "forças vivas" a impulsionar a aldeia bauruense rumo ao progresso, inexoráveis avanços e uma modernidade nunca vista nas galáxias. Os nomes são os de sempre, com poucas renovações, prova inconteste deste ser um mercado fechado, restrito, poucas famílias, grupos constituídos décadas atras e com pouquíssimas caras novas. Jeito e cheiro de mofo, isso ficou salientado, ressaltado e sobressalente.

Dito isto, como senti nítido cheiro de mofo na premiação, apimento a discussão com um algo mais. Se esses representam a modernidade, o avanço, o progresso, o tudo de bom, não seria uma contradição quase todos apoiarem cegamente tudo o que foi feito do Brasil no pós golpe de 2016, chegando aos dias de hoje, com essa derrocada absoluta das leis trabalhistas e previdenciárias? Não enxergo nenhuma modernidade num dito homem culto, letrado, moderno, antenado com as inovações empresariais estar alinhado a algo colocando praticamente um fim nas leis que protegiam o trabalho, davam garantias para o trabalhador no mínimo suprir suas necessidades básicas com seu salário e o amparava com uma Previdência, onde no mínimo conseguia se aposentar em vida. Que raio de modernidade é essa que defende o fim do 13º salário, da hora extra, de férias, auxílio alimentação, insalubridade e um arroxo cada vez maior, espécie de torniquete no já danado trabalhador? Muitas décadas atrás, quase cem anos, um empresário com outra visão de mundo e do que é ser moderno, o sr Ford, ao criar sua empresa, tinha como lema que seu negócio só teria valor se o seu empregado tivesse condições de, com seu salário comprar o bem produzido pela empresa. Quem pensa assim hoje dentre esses ditos modernos empresários? Com o advento do neoliberalismo predatório, algo cruel e insano prevalece. O moderninho o é para "inglês ver", pois na verdade, pratica os ensinamentos oriundos da cartilha da "Casa Grande & Senzala". Impossível alguém se dizer moderno e ser a favor da destruição de toda uma legislação protetora ao trabalhador, ou seja, para mim, não existe nenhuma modernidade em curso e sim, um retrocesso grandioso e essa panelinha de empresários, pelo menos os que não levantarem o dedinho na platéia e se dizerem contrários a isso tudo, são não só coniventes, como coparticipes do cruel momento em que o país vive. Quem mesmo dentre eles já se manifestou contrário a bandalheira e no mínimo faz a defesa do seu empregado, seu maior bem? Conto nos dedos, de uma só mão.

2.) "BACURAU" ATERRIZANDO EM BAURU
Essa não é para os amantes do cinema, mas para os libertários em busca de um filme dando um tapa na cara dos golpistas de 2016 e dessa esbórnia brasileira bolsonarista. "Bacurau flagra um vilarejo sob ataque dos americanos num Nordeste de faroeste que foi separado do Brasil do Sul", desta forma Carta Capital apresenta o filme para seus leitores. Trata-se de um ficção futurista, o Brasil do Norte separado do Sul, em algo plausível neste cruel e insano momento da realidade tupiniquim. Acolhido calorosamente em festivas internacionais de cinema, chega aos brasileiros e pasmem, ufa!, também aos bauruenses. É sempre bom ver a casa cair para os norte-americanos, que são representados de forma propositalmente caricatural, como vilões chapados, hiperviolentos e sedentos de vingança contra não sabe o quê. Sônia Braga encabeça o elenco e enfrenta os tais dragões da maldade, povoado por personagens brasileiros negros, indígenas, mestiços, trans etc, versus estrangeiros brancos, altos e musculosos. A reação não é apática como se vê ocorrendo neste momento com o país praticamente olhando a bestialidade do Bozo sob nossos costados. No filme, os nordestinos reagem e vão pro pau, pra luta, igual fizeram não dando seu voto para aquele que hoje literalmente destrói o país. O Nordeste resiste na vida real e no filme. Para quem acha que ideias são perigosas, Bacurau chega no exato momento em que a reação já está passando da hora de acontecer na vida real. Uma trama muito próxima da vida real e com aquela pitada de coisa mais que boa, enfim, se incomoda os bolsonaristas, certeza que deve ser coisa mais que ótima. Imperdível e nas salas bauruenses.
Eis o trailler: http://www.adorocinema.com/f…/filme-247818/trailer-19562460/

3.) O MAU CARATISMO NEOLIBERAL - MACRI QUEBROU A ARGENTINA E AINDA QUER SER REELEITO - BOLSONARO FAZ O MESMO COM O BRASIL
Só mesmo um sujeito muito do salafra pra fazer o que Mauricio Macri está a fazer com a Argentina e ainda ter a cara de pau de tentar a reeleição. O cara ganhou a eleição dizendo que ia fazer mundos e fundos, mas o que fez realmente foi afundar o país, num poço de difícil volta, situação insustentável para o trabalhador, com seguidas perdas e agora, há dois meses do primeiro turno da eleição, entrega de vez o país para o FMI numa declarada e insana moratória, onde estará totalmente atrelada aos interesses e direção do órgão especulador mundial. Não existe mágica nesse negócio: o neoliberalismo rima com arroxo salarial e domínio do mundo especulativo, ou seja, uma minoria tomando conta de tudo, da forma mais predatória possível e o restante da população numa miséria de fazer gosto. Macri está sem saber o que fazer e ainda tem o disparate de tentar a reeleição, de insuflar empresários a pagar bônus pra seus funcionários que votarem nele, numa aberração eleitoral sem precedentes e pior, promete aos eleitores o que não fez e não fará, pois em seu programa de governo não existe facilidades para o povo e sim, somente aos seus, uma legião de aproveitadores das benesses governamentais. Propõe algo criminoso e deve levar a maior tunda da história daquele país, com uma das maiores derrotas eleitorais já vistas em toda sua história. Algo de igual teor em curso no Brasil, com o descalabro de um desGoverno, mais do que perdido, ações totalmente insanas e doentias, algo levando o país irremediavelmente para situação similar ou até pior. Por lá a derrocada durou quatro anos e aqui já em apenas oito meses tudo muito bem encaminhado para a perdição final. Quem consegue votar em gente dessa laia, primeiro, ou é louco, despirocado, fora de sintonia ou mal intencionado. Não pode haver outra opção, pois ninguém em sã consciência daria um voto para um louco alucinado governar seu país, sabendo de antemão todo o baú de maldades que esse iria defecar sobre a população. Nesse quesito de maldades, ambos se merecem, Macri e Bolsonaro são da mesma laia, a pior possível, destrutivos e insanos, doentes pelo deus mercado e por negociatas escusas beneficiando os seus e mais ninguém. Ou a América Latina põe logo pra correr esses vendilhões, ou estará fadada a ser um dos piores lugares do planeta para se viver. Eis o link da publicação do Página 12, edição de ontem: https://www.pagina12.com.ar/215208-como-reaccionaron-los-diarios-del-mundo-a-la-reestructuracio?fbclid=IwAR1X1NYghwOia7M_-kRvEwumXBY_C90t_slb8apBndHRJ59VEwkJKhZi_gU

4.) OS DIFERENCIADOS NESTE MUNDO:
IVONE BALBINO O SORRISO DOS BATÉ INVADE A CIDADE
Pronto, chego ao perfil 950 e com ele um novo alvo, buscar o milésimo e ainda este ano. Com quatro meses pela frente, aproximadamente 120 dias, algo parecendo fácil, mas como já não os produzo diariamente como tempos atrás, espero ter forças para chegar lá e ano que vem, algo além da exposição, hoje no Poupatempo (até dia 07/09) e depois em outros lugares sendo já agendados. Escrever esses perfis é algo muito prazeroso, pois retrato as pessoas comuns, as que conheço, trombo pela ruas, conheço algo de suas histórias e já quero passar adiante, mostrar o quão são importantes e movimentam essa cidade, tanto quanto os tais importantões. Para mim, os importantões são esses, os que aqui descritos, como essa linda personagem desta cidade, aqui revisitada no dia de hoje e aqui retratada com os braços cheios de livros, prontos para serem devorados.


IVONE BATÉ mora em Tibiriçá, terra dos seus, os Cosmos, também conhecidos como Batés. Com a perda do pai e nesses atrás do irmão, Zé Roberto, até então administrador do distrito, o casarão da família hoje está ocupado somente por ela e a mãe, a matriarca de todos, dona Irene. Duas valorosas mulheres, uma se escorando na outra, buscando forças com os demais, irmãos e a família toda, sempre muito unida, tudo para não possibilitar nenhum esmorecimento no que sempre fizeram, eventos e festas para manter todos muito juntos, seguindo sempre irmanados e coesos. Enquanto a irmã Dulce hoje administra o distrito, ela segue trabalhando no Posto de Saúde local, parte administrativa e acompanhando muito de perto da vida dos à sua volta, interessada no destino não só do pequeno distrito, mas no bem estar de seus moradores. Hoje lê mais, procura se informar, conhecer a fundo os meandros do mundo político, buscando informações novas aqui e ali, pois sabe que, quanto mais conhecimento tiver, menor será a possibilidade de ser ludibriada. Sua missão é levar adiante o ideal dos Cosmos, dessa aguerrida família, não deixar que ninguém venha tirar lascas de tudo o que foi tão duramente construído. Aos 54 anos, solteira, vive para o trabalho, a convivência com os seus, os cuidados com a mãe e agora, esse interesse pela leitura e ampliação de conhecimentos. Ivone tem o respaldo dos seus, um acreditando e escorado no outro, como deve ser mesmo uma família de verdade. Admirável pessoa, buscando ampliar os horizontes, abrir mais e mais sua mente diante de um mundo cada vez mais confuso e conturbado.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

ALGO DA INTERNET (155)


ESCREVENDO DE MANU, PRESTO HOMENAGEM PARA QUEM TEM CORAGEM EM TOMAR ATITUDES ACERTADAS NA VIDA - AOS QUE NÃO SE BANDEIAM PRO LADO DE LÁ

"Oi amigos, preciso fazer uma inscrição pra tocar num Festival e pra isso preciso ter no minimo 5000 pessoas me seguindo no Instagram... faltam só 32 seguidores pra isso... por nao serem muitos achei que valia pedir esse help. De voces, que ja me seguem aqui no face, quem puder me seguir la no insta tb ... vai me ajudar 🎶😘 beijo!! Obrigada 😍🙏✨ O link: https://www.instagram.com/manu_saggioro/…", Manu Saggioro. Li isso ontem aqui pelas redes sociais e em menos de 24h, Manu havia chegado ao seu objetivo. O que dizer de uma pessoa assim? Amada, querida, desejada, feliz da vida, sincera e muito lúcida, uma cabeça como poucas dentro deste país querendo se enveredar por descaminhos destrutivos, asquerosos e mafiosos.

Escrevo um algo mais dela, pois quero juntar ela postar um pedido, ser tão bem recebida e de como é sua vida pessoal, seus procedimentos dentro da balbúrdia atual. A história que vos conto é da época da eleição, disputa acirrada entre Haddad e Bolsonaro, 2º Turno e ela, que nunca foi, nem esquerdista, muito menos petista, teve a audácia, coragem de vir a público e declarar seu voto, feito mais ou menos desta forma e jeito: "Não dá para votar em Bolsonaro por tudo o que ele representa. O bom senso me faz votar em Haddad, para ele peço o voto dos meus amigos e estarei engajada na campanha". Ela foi pra rua, empunhou bandeiras, distribuiu propaganda, fez boca a boca, colou adesivos, falou com tudo e todos os que estiveram ao seu alcance, ou seja, cumpriu maravilhosamente o papel que lhe cabia numa pessoa defendendo a democracia se esvaindo no vão dos dedos. Inteligente, não só pressentia, como tinha certeza do desastre chegando com Bolsonaro. Não deu outra, perdemos o pleito e hoje o desastre está consolidado, materializado e acabando com tudo de bom que até então duramente havíamos conquistado. Uma coisa é defender ideais de esquerda, outra é ter a razão em pleno funcionamento e mesmo não o sendo, quando necessário a esses se aliando. Manu exerceu isso, como sempre o fez em tudo na sua vida, daí ser a pessoa admirável, da qual tenho a maior sorte em ser seu dileto amigo.


Hoje ao ler a linda declaração do cantante João Gordo, "Os estúpidos já se arrependeram, agora só falta os hipócritas" (Eis o link: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/joao-gordo-os-estupidos-ja-se-arrependeram-agora-so-falta-os-hipocritas/?fbclid=IwAR25E6KKvppSwRCpGcEpV8hhN3u68Qpgj3Vg4V8CANYpSTYe2n1Ey6LpgpQ), me veio à mente Manu e como agiu durante o pleito presidencial. Ela peitou tudo, enfrentou muitos dos seus, não mediu esforços, pois tinha certeza do que estava em jogo. Atitude e pessoa das mais admiráveis, bem diferente de tantos hoje se arrependendo pela metade e dos tantos ainda conseguindo prestar apoio para a bestialidade em curso. Amo muito pessoas corajosas como o foi e o é Manu. Abomino cada vez mais pessoas cagonas, medrosas e falsas, vivendo num mundo de plena falsidade. Manu é tudo isso demonstrado pela reação das pessoas para com ela, pois tem atitude, não é cordeirinha, vai à luta, sabe o que faz, como faz e com quem faz. É de gente assim que precisamos, cada vez mais e mais. Um efusivo VIVA pra ela, hoje fazendo sucesso lá pelas bandas de Londres. Cidadã do mundo, mente arejada e sadia, por dentro e por fora. Ela merece mesmo estar e desfrutar dos píncaros da glória.

Em 21/03/2016 postei isso dela no blog Mafuá do HPA: AS CORAJOSOS ARTISTAS QUE NÃO PRECISAM DIZER MAIS NADA DO QUE CANTAR CONTRA O ATUAL DISTORCIDO ESTADO DE COISAS - Na gravação que recebo da amiga cantante e encantante Manu Saggioro, ela cantando algo em homenagem, primeiro ao Chico Cesar, "no meio desse absurdo todo depois dele no SESC", depois para outros tantos Chicos, Joãos, Manés, Marias e assim pod diante. na letra de "A Lista", algo bem explícito do que está se criando, sendo construido pela aí: "será reflexo de um momento desconexo em que ser livre tanto faz". Tem aqueles que se omitem justamente agora, tem outros que põe para fora, como o fez aquele ator no Rio, fazendo uso da obra do Chico para fins bem distintos dos propostos por ele, tem os que possuem um lado bem definido e gritam horrores como se nada disso dissesse respeito a eles, vivendo onde vivem. Enfim, tem gente de tudo quanto é laia e espalhada em tudo quando é lugar. Chico Cesar nãoabriu a boca para falar nada, não discursou, não emitiu sua opinião durante e nem depois do show, pois existia termo contratual que o impedia de fazer isso, mas cantou todas as que tanto queríamos ouvir. Um artista não fala somente discursando. Seu mais discurso é seu repertório. Me encanta mais e mais os que enfrentam o dragão da maldade com o que sabem fazer. Eu me derreto todo. Fico ouvindo a gravação de Manu, vou e volto e não me canso, pois saquei maravilhosamente o que está dizendo com aquele jeitinho só dela. Daí espalho por aqui:https://www.youtube.com/watch?v=QPcvHEob5tg".

OUTRA COISA
LEMBRANCINHAS DO MUSEU FERROVIÁRIO NOS SEUS TRINTA ANOS
Eu também faço parte dessa história, mesmo que, pífia, ínfima, pequena participação, mas a única vez na vida quando estive atuando num órgão público, foi no governo de Tuga Angerami, 2005/2008 e na função exercida por mim, tinha direto acesso ao Museu Ferroviário e Regional de Bauru e tudo o mais à sua volta. Experiências das quais tenho a mais grata recordação. Foram tantas que, ao querer citá-las, temo em esquecer de muitas, daí fico nas superficialidades. Grata recordação de um tempo quando o museu vivia cheio, muitos eventos, efervescência que hoje vejo sendo resgatada, valorizada e incentivada, motivado pelo trabalho de dedicados profissionais com os olhos voltados para essa finalidade. Esse museu é a cara desta cidade, pois como até as pedras do reino mineral sabem, o progresso desta aldeia, mesmo muito renegando as evidências, é proveniente dos seus trilhos. A história de Bauru está fundida com os trilhos e este museu segue em pé, altaneiro e renovado para relembrar, não deixar o bauruense esquecer desses auspiciosos momentos. A vida pulsa por ali e ao ver sendo renovados seus espaço internos, aquela lúdica praça interna com novas atrações, já a imagino cheia não só de bauruenses, mas de ferroviários, os remanescentes de uma frase que nunca me sai da cabeça: "Por aqui, se não é filho, deve ser neto de ferroviário".
Ao passar pela frente do mesmo e ver aquela pequena locomotiva ali encrustada, me bate uma bruta saudade do dia em que, movimentamos o possível e o impossível para trazê-la em definitivo ao local. Excelente recordações de algo hoje necessitando ser reativado, o Conselho Deliberativo do Museu, pois com ele uma concreta e real possibilidade de ter um algo a mais, um núcleo pensante e atuante em prol deste museu. Mais que isso, deliberando a respeito. São tantas coisas e neste momento, quando perpasso as homenagens todas ocorridas, me sinto contemplado e feliz pelo seu momento atual, uma flor se abrindo para a cidade, pronta para frutificar. Esse museu mora no coração desta cidade, no meu, com certeza. 


Duas inesquecíveis recordações, seu quadro de funcionários e ao aqui homenagear o amigo Paulo Henrique PH (não existe monitor como este e se fosse citar outra pessoa do local, o faria por Orlando Alves, irretocável no que sempre fez por ali e em toda SMC), o faço a todos e tudo o que já escrevi ao longo deste anos através do Mafuá do HPA, podendo ser recordado clicando no link a seguir: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=museu+ferrovi%C3%A1rio+bauru&fbclid=IwAR02YQVVVRQAbMqv4WqpKp-qUEc5I5QF_H6x9SHFHFnkcqUj3UeLF-PiIxE

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

DIÁRIO DE CUBA (111)


TRÊS HISTÓRIAS E ALGO QUE IREI RELER ATÉ QUE SE FINDE MEUS DIAS POR AQUI

1.) PRIMEIRO INTIMIDAM OS ISOLADOS, APARENTEMENTE MAIS FRACOS, DEPOIS OS DEMAIS - ALGO MAIS DO MEDO COLETIVO*
* Em Cuba tem disso não, questão de Estado, mas mesmo assim descem o pau nos costados da ilha. Pérfidos, não enxergam o quanto o neoliberalismo é cruel para com o povo.

Domingo a tarde converso com o professor Juarez Xavier, quando caminhávamos juntos nos despedindo da Parada da Diversidade 2019. Falava a ele da perseguição que alguns já sofrem, simplesmente por se declarar de esquerda e cito o caso do agudense Tita Pardin, que por somente fazê-lo sofre uma retaliação vinda de Auro Octaviani, vereador e irmão de ex-prefeito de Agudos: "Cuidado, pois os militares estão anotando tudo e pode ter problemas futuros. Eles não suportam comunistas". Juarez não se espantou disso já estar acontecendo e me responde com algo bem interessante, objeto desta reflexão: "Henrique, as pessoas mais isoladas, sem muita possibilidade de se defenderem já são acuadas pelo medo, incutido exatamente desta forma, para que não mais se manifestem. Querem a todos calados e numa simples manifestação mostram as garras. Com gente como você isso ainda não acontece pelo motivo de sua ativa participação, de sua exposição contínua, de não se apresentar sozinho, isolado. Esses ainda não chegaram a nós, os atores participando de forma mais clara, expositiva, mas já o fazem com os que consideram mais fracos e com menos possibilidade de reação". Algo de muito insano sendo construído, ou pelo menos a tentativa disto já em curso e se multiplicando pela aí. Aceitar isso quieto e isolado, eis outra questão. Se quando provocado e acuado, instigamos outros iguais a nós a se unir e fazer uma coletiva defesa, eis uma boa maneira de aplacar a bestialidade em curso.

2.) DOS ENCONTROS PELAS RUAS SEMPRE ALGO DE PRODUTIVO - O ABRAÇO EVANGÉLICO NA PARADA
Desta feita a trombada foi com a sempre carnavalesca (também cabeleireira e auxiliar de necropsia) Cristiane Ludgerio, lá dos altos da Nova Esperança e além dos assuntos de praxe, Carnaval, política, Bauru, aproveitamos e adentramos o terreno a envolver a Parada da Diversidade. Confabulávamos sobre o fato de todo ano, pelo menos há uns três, um grupo de jovens evangélicos participa do evento com cartazes e se postando num local pré-determinado oferecendo e distribuindo abraços. Num momento em que, ânimos estão acirrados, alguém de uma trincheira oposta vir oferecer uma possibilidade de aproximação, algo alvissareiro. Tanto que, ao passar pelo grupo no domingo passado, uma pessoa junto de nós diz: "Essa é uma atitude que merece consideração positiva. Estão de parabéns". Da Cris ouço algo além disto: "Henrique, eles tentam a aproximação e na maioria das vezes são bem recebidos. Imagino bem pequena a rejeição ou mesmo os que ignoram o que fazem, mas gostaria de ver e tomar conhecimento de como seria a reação se algo parecido ocorresse do lado oposto". Ela me explica: "Imagina um grupo de drag-queens, todas muito bem vestidas, sem nenhum espalhafato, bem comportadas, nada erótico, mas com suas vestimentas bem coloridas se postando, por exemplo, num local pré-determinado junto da Marcha pela Família, essa que ocorreu num desses domingos. Qual seria a receptividade? Seria a mesma que o público LGBT teve? Qual o grau dessa possibilidade ser bem sucedida, com nós dentro de um evento deles? O abraço seria bem recebido?". Pergunta inteligente merece um parar para pensar e é o que faço em busca de uma reflexão coletiva junto de quem aqui me lê. O que vocês acham? Seria possível o mesmo dentro de um evento religioso evangélico ou católico?

3.) QUANDO PAREI NO SINAL - BATEU A SAUDADE DA "VOZ DO BRASIL"
Parado no sinal da avenida Nações Unidas, esquina com Julio Prestes, perto do Assaí, agorinha mesmo, 21h, eu e somente mais outro carro, do lado lado de fora um senhor negro, maltrapilho, descalço, poucos dentes na boca e saindo da janela de um e vindo para a minha. O local estava escuro, só os dois carros, momento de apreensão, ele ser aproxima e me pede algumas moedas e eu as pego no console. Antes de entregá-las, sorri sem jeito e me diz: "O que o senhor escuta aí é a Voz do Brasil, não? Faz tanto tempo que não ouço mais isso, mas nunca me esqueço". Ele me sensibiliza, cato tudo o que tenho de moedas no console e lhe entrego. Deu tempo ainda de ouvir dele: "De onde eu venho, senhor, meu pai escutava todo dia a Voz do Brasil e eu aprendi a conhecer pela voz e o jeito da apresentação. Minha família parava toda em volta do rádio. O senhor não imagina a saudade que me deu agora ao reconhecer o programa, é como um filme na minha mente. Eu vou ficar aqui pensando naquilo tudo, na minha família e em tudo que tinha e hoje não tenho mais". O sinal abriu e ali continuei, agora sozinho, eu e ele, pois não tinha como interromper sua narrativa, ele queria, tinha necessidade de falar e estava relembrando algo que o enchia de muita saudade. O sinal fechou de novo, chegou mais outro carro do meu lado, fiquei ali até abrir de novo e na fisionomia do meu interlocutor um quase choro, uma dor sentida, querendo saltar pra fora, revivida ali naquele momento com os locutores da Voz do Brasil. Acelero mais que desconsertado, perdidinho da silva, sem saber direito o que tinha mesmo para fazer depois da experiência ali vivida.

4.) COLECIONEI DOS TREZE ANOS ATÉ O ÚLTIMO EXEMPLAR NAS BANCAS
Agora a boa novidade, vou poder ir relendo um a um, todos os seus 1072 números. Que falta faz um jornal de humor como O Pasquim, para desancar a bestialidade em curso no momento. Aguardo ansioso essa liberação, para ir consultando um por um, passando meu tempo com essa dileta leitura, matando baita saudade dos meus tempos de antanho, quando meninote descobri O Pasquim e dele não consegui mais me separar. Devo estar com laços umbilicais, desses indissolúveis para todo o sempre. Eis o link: https://oglobo.globo.com/cultura/pasquim-podera-ser-lido-na-internet-partir-de-agosto-23764532?utm_source=aplicativoOGlobo&utm_medium=aplicativo&utm_campaign=compartilhar&fbclid=IwAR0DlYbw7z-x8nPs-HoNQCmCtGkYHBcrhN6_IJFz053zyV0i-kaPWt_RGpw

terça-feira, 27 de agosto de 2019

CENA BAURUENSE (189)


DE DEZ EM DEZ, ALGO DESTA BAURU NA PERCEPÇÃO E VISÃO MAFUENTA DESTE HPA
01. Enfeitando a avenida Duque de Caxias: onde antes havia um muro como outro qualquer, agora essa belezura.

02. Casas oriundas da ferrovia, beirada linha férrea, entre estação Cia Paulista e a da NOB, resistem ao tempo, em foto tirada de cima do viaduto João Simonetti e num dos raros dias em que a área estava toda capinada, sem aquele costumeiro matagal tomando conta de tudo.

03. A foto desta casa arborizada nas esquinas das ruas Mem de Sá e Ory Pinheiro Brisola, perto do Hospital Manuel de Abreu é muito linda, mas praticamente não existe mais calçada para as pessoas transitarem, sendo necessário caminharem pelo asfalto.

04. "Que Alcântara que nada, em Bauru, no Núcleo Geisel, temos a nossa própria base de lançamento de foguetes", assim José Vinagre descreve a casa do seu Adão fotografada por ele na periferia da cidade e publicada em seu facebook.

05. Defronte o Confiança da Vila Falcão o ex-juiz de futebol amador e PM aposentado Adélio vende desde muito tempo salames pendurados na tampa traseira de seu carro, nessa luta de todos por melhorar seu soldo, o que o senso comum de hoje insiste em denominar de "empreendedorismo".

06. Estação Férrea de Curuçá, Vila Dutra, hoje dentro de uma área privatizada e só lembrando ser ela tombada pelo CODEPAC de Bauru, porém esquecida até pelos que se movimentam ao seu lado.

07. Na parte mais íngreme da subida da Alameda das Primaveras, no Parque Vista Alegre, essa casa com seu oratório ao alto resiste ao tempo, desbotada e persistente.

08. Painel nos fundos do restaurante Luso Brasileiro, na Nossa Senhora de Fátima reverencia grandes nomes da MPB e me faz lembrar de algo ainda não bem elucidado das questiúnculas em discussão no momento: como alguém gostando de todos esses pode nutrir alguma simpatia pela onda conservadora em curso no país e apoiar alguém como Bolsonaro?

09. A criatividade do brasileiro suburbano não tem fim, expressa aqui no letreiro criado pelos próprios frequentadores do lugar, reduto deles, aposentados e afins, junto ao linhão, parte central do bairro Gasparini.

10. Eis a situação da Praça Val Rai, pra depois do Geisel, inaugurada em 2009, sem nenhuma placa de identificação homenageando o artista e com a denominada Bioescultura, fruto de um Programa de Estímulo Cultura mais que abandonada.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

FRASES (187)


A MELHOR HISTÓRIA DA PARADA DA DIVERSIDADE 2019
Essa eu ouvi de um comerciante das imediações. Não declino seu nome, ou seja, não revelo o santo, mas a história passo adiante. O conheço de longa data, sei ser um tanto homofóbico, principalmente em relação do movimento LGBT. Sempre o vi se posicionando de forma preconceituosa e pelo que sei, assim como tudo o mais neste país, vive uma situação de penúria no seu segmento comercial. Já tiveram tempos muito melhores, hoje penam para manter as portas abertas. Sofrem um bocado, mas demoram um tempo além da conta para capitular. A ficha, pelo visto caiu ontem. Me dizia: "Seu Henrique, as coisas não andam boas, já pensei mais de uma vez em fechar as portas, mas resisto e insisto. Tento de tudo quanto é maneira, dívidas se acumulam sob minha mesa. Juntei várias delas dias atrás e não sabia o que fazer para quitá-las e com a Parada bem aqui na minha porta, tenho a certeza de que tudo será quitado com o movimento de hoje, o dos que tanto falava mal. Eles lotaram meu estabelecimento e com o lucro, pagarei todo o atrasado e isso num só dia. Tenho que me penitenciar. Não sei se isso é uma mensagem vinda dos céus para abrir meus olhos e deixar de ser tão cego em relação a certas coisas. Vou embora hoje olhando para todos eles com outros olhos, ou pelo menos tentando. Tudo o que dizem deles, a permissividade toda, mas no fundo, o ocorrido acabou provocando um estalo na minha cabeça". Nada mais necessitando ser dito, encerro por aqui esse breve relato das ruas e postado aqui para reflexões diversas e múltiplas.
OBS.: A foto é meramente ilustrativa, tirada por mim do movimento de ontem no Parque Vitória Régia.

NÃO DÁ PARA TAPAR O SOL COM A PENEIRA - ATÉ TU, MILITARES!!!
Após a devastação de parte significativa da Amazônia pelo fogo, algo abertamente incentivado por Bolsonaro, não só agora, mas desde sempre, não só ele, como o vice-presidente, o general Mourão investem contra o fogo e atacam quem menos tem culpa no ocorrido, no caso a esquerda. Enfim, para esses, tudo de mal se deve a esquerda e com esse pífio discurso convencem os ceguetas de que fazem e acontecem, sendo a oposição a culpada de tudo. São boçais, banais, irresponsáveis e, principalmente, danosos em tudo que fazem, sem tirar nem por. Quando vejo fotos do Mourão com roupa militar de combate, como pronto para a guerra, lembro de frase dita pelo jornalista Nirlando Beirão, num dos recentes textos de Carta Capital, quando elogiava o Marechal Rondon e numa comparação com os atuais generais: "Se você reunir todos os generais que gravitam hoje em dia à sombra do Executivo em Brasília, todos eles juntos valem a cutícula da unha do dedo mindinho do pé esquerdo do Marechal Rondon". Não altero nada na frase, só incluo o Mourão no balaio com todos os demais do momento, uns que tempos atrás, golpistas em 1964 poderiam ser cruéis, mas eram ao menos nacionalistas e defendiam os interesses e riquezas nacionais, hoje não mais, estando todos fazendo parte do conluio golpista, entregando tudo, apoiando o desvario deste desGoverno fora do pino e ajudando a afundar ainda mais o país num atoleiro de difícil retorno. Mourão e tudo o mais, sabem, o país inteiro sabe de onde veio a ideia desse fogaréu na Amazônia e ficam tapando o sol com a peneira, dando aval para que as maluquices continuem. Cada vez que leio novas manchetes jornalísticas me certifico: o conluio foi feito mesmo com tudo, com "Supremo e tudo", inclusive com a cúpula militar. Desalento para o futuro deste país.

E POR FALAR EM MENTE AREJADA, EIS UM BOM EXEMPLO DE LEVAR A VIDA
GRA BARACAT É A MUSA E INSTITUIÇÃO DA FEIRA
Meus personagens Lado B estão espalhados pela aí, primeiro numa exposição com 30 deles no Bar do Genaro e neste momento, 50 no salão principal do Poupatempo Bauru, até dia 30/08 (ainda dá tempo de ir ver de perto). A intenção com a retomada é chegar logo aos 1000 e depois tudo se transformar num algo mais além de exposição, talvez num livro. As fotos deverão continuar num circuito pela aí e o Bar do Barba junto da Feira do Rolo quer que, saindo do Poupatempo, tudo vá para lá, com o acréscimo de gente da feira, seus personagens, como essa que aqui hoje escrevo, alguém cativando corações e emoções no espaço mais democrático desta insólita Bauru nas manhãs dominicais. Confiram.

GRA BARACAT é uma estonteante loira, que ao sair de casa todos os dias sabe muito que irá causar e o faz com a devida maestria, algo permitido só para uns poucos escolhidos. Mulher para 400 quilates, sorriso largo, esbanjando simpatia e conversando com tudo e todos ali na entrada baixa na feira dominical da Gustavo. Uma espécie de cartão de visitas do local. Para um marinheiro de primeira viagem, ao vê-la ali um espanto e impressionados se aproximam com conversa fiada. Ela sabe muito bem como ir tocando a vida e esses querendo algo mais além de uma boa conversa. Tira tudo de letra e aí reside o seu grande diferencial. A Gra é uma instituição da feira, algo que chegou assim como não quer nada e conquistou a todos, hoje sendo também defendida por esses todos. Mexer com ela é criar problemas com uma legião de abnegados admiradores da liberdade existente no local e ela bem sabe disso. Faz parte do imaginário de seus frequentadores, sendo um dos dos tantos bons motivos para não deixar de comparecer todo domingo na feira, mais precisamente junto do Bar do Barba, esquina da Julio Prestes com Gustavo Maciel. Ela mora ali perto, junto da mãe e filha, todas também, frequentadoras do domingo no local, comprovando ser o espaço mais do que família, uma grande família, a das pessoas que saem de casa em busca de felicidade, alegria e congraçamento umas com as outras. Pessoas como ela, esbanjando espontaneidade por todos os poros faz uma falta danada no mundo atual e a temos ali tão pertinho, amizade sincera e gratificante, sem decepções. Preservar a alegria da Gra no local é um benfazejo para a manutenção dos fluidos positivos ali distribuídos gratuitamente.
OBS.: Essa foto estará na expo lá no Bar do Barba quando encerrar a no Poupatempo.

domingo, 25 de agosto de 2019

AMIGOS DO PEITO (163)


NEIVA ROUBOU A FESTA NA DESCIDA DA PARADA
Um dia após o facebook inteiro conhecer a tal história da "NEIVA DO CÉU", eis que outra Neiva faz e acontece hoje na descida da Parada da Diversidade 2019 em Bauru. Conto a história desde o começo, para dirimir dúvidas e mal-entendidos. Eu no reservado do meu lar e tomado pela pressa confeccionei um apressado cartaz com dizeres muito simples "Fora Bolsonaro - Lula Livre" e com o mesmo me dirigi para a Praça da Paz, reduto de concentração dos que desceriam a avenida Nações Unidas na tarde de hoje. Dei de cara com muitos amigos (as) e por ali zanzamos até ter início a descida.

Tudo corria bem, até o momento em que, querendo tirar algumas fotos dos muitos foliões e da agitação nas ruas, pelo para a dileta amiga Neiva Santos segurar por alguns instantes o cartaz. Sumo da vista de todos e me enfurno no meio da massa, clicando para todos os lados, jeitos e maneiras. Quando me dou conta e me volto para o lugar onde deixei o restante do pessoal amigo, eis que uma revolução estava em curso e tudo causado pela Neiva e seu cartaz. Ela estava fazendo o maior sucesso e empunhando o dito cujo, além de chamar muito a atenção, era cutucada a cada instante com pedidos clamorosos: "Posso tirar uma foto contigo junto com o cartaz?".

Moça muito dada, ela cedia a todos os pedidos e em certo momentos formou até fila para posar e ser clicada junto de tão espevitada pessoa e sua indumentária. Ela muito sorridente, atendia a todos, conversava, abraçou e foi abraçada em todo o trajeto do cortejo. Não houve quem conseguisse tirar de suas mãos o dito cujo cartaz e todos os louros da festa podem ser creditados a ela, pois foi a grande dama, a personagem mais clicada em todo o percurso. Como é do conhecimento até das pedras do reino mineral, Bolsonaro e esse desGoverno preconceituoso faz de tudo e mais um pouco contra tudo o que tenha como pano de fundo algo ou simplesmente a defesa do movimento LGBT. Daí, a imensa maioria dos presentes fez questão de prestar seguidas homenagens para o predador presidente e em todas, Neiva foi convidada a estar no centro das atenções e com o cartaz levantado o mais alto possível.

Nossa amiga teve seus momentos de glória e se a máxima de Andy Warhol, a dos cinco minutos de fama ainda estiver em vigência, ela os teve em muito maior espaço de tempo, pois além do sucesso, chegou até a dar autógrafos por ter tido a brilhante ideia de trazer para a avenida algo de tão contundente unanimidade. As fotos não me deixam mentir e estão aí para comprovar como a Parada é mesmo um sucesso quando não estática como no ano passado e mesmo descendo este ano somente com um trio elétrico, cumpriu maravilhosamente seu papel e marcou presença pelas ruas da aldeia bauruense de forma contundente. Todos os que estiveram nas ruas não querem e não estarão acuados e amedrontados, como querem alguns dos próceres da nova linhagem de conduta querendo tomar conta do país. Além da resistência, mais que necessária, a Parada se consolida este ano como um brado contra o preconceito.

Neiva e seu cartaz deram um decisiva contribuição para engrandecer mais o ato político ali ocorrido, pois mais que a beleza dos corpos sendo vistos na avenida, o que mais deve permanecer no inconsciente de todos é a união em torno da defesa dos interesses coletivos, não só da comunidade ali presente, mas de todo um país padecendo nas mãos do que pior temos hoje no cenário político nacional. As fotos que quero publicar da tarde noite de hoje não são do show, dos artistas convidados ou mesmo de quem se preparou e veio para a rua com uma fantasia, algo a merecer destaque, mas até pelo momento vivido pelo país, posto aqui somente as da corajosa Neiva empunhando de forma contundente seu cartaz e merecendo apupos de todos. Foi a cereja do bolo da Parada bauruense, a mais beijada e apertada hoje na Nações. Ela muito bem representou o segmento, essa significativa parcela dos brasileiros querendo virar logo essa mesa e devolver a dignidade e a soberania para este sofrido país.
OBS.: De um total de 29 fotos, selecionei aqui algumas para eternizar esses dignificantes registros. 

A NECESSIDADE DO DESMONTE DO PROJETO AUTORITÁRIO
O ex-capitão, hoje ainda presidente desta insólita República investe com bastante força na formação de uma milícia ideológica, um núcleo largamente minoritário na sociedade, porém atuante e suficientemente grande para ameaçar as instituições e seus atores. Esses agem para que, pelo medo as pessoas se calem, sabendo que falando, se expressando e opinando contrárias a eles terão que enfrentar os milicianos bolsonaristas e se expor à violência. O que Bolsonaro almeja é uma matilha pronta para morder, uma milícia que, ao seu comando, sai para bater nos outros. A sociedade que ainda acredita poder vencer a violência suprimindo a liberdade, bobinha, inocente, não se dá conta de que essa a maior violência. Nítido perceber como a truculência do Estado tenta se impor à vontade do cidadão. E vou me aquietar diante disto? Ciente de ser mais do que necessário o desmonte desse projeto autoritário, continuarei na minha trincheira, participando cada vez mais de atividades contrárias a tudo o que está hoje estabelecido e vinculado aos que chegaram ao poder através do golpe de 2016. Para mim, não existe outra alternativa e possibilidade. Não quero ser chato com meus repetitivos escritos, mas é isso ou isso. Estamos todos num beco sem saída e nenhuma outra opção. Ou defenestramos isso tudo, conseguimos jogar esse modelo autoritário na lata do lixo ou ele vergará a nação e daí o país estará perdido, num mato sem cachorro, num caminho de volta muito demorada e da qual muitos padecerão. Escrevo, me posiciono e estou nas trincheiras disponíveis, pronto para o bom combate. Tínhamos una nação e a quero de volta, daí estou na luta pelo seu resgate.

sábado, 24 de agosto de 2019

MÚSICA (176)


CONFESSIONÁRIO - QUASE CURADO

Meu estado quando lia muito a mídia massiva
Confesso estar bem melhor que dias atrás, pois acabo de completar uma semana sem dar ouvidos e olhos para nenhum noticiário provindo da TV Globo, vide Jornal Nacional ou mesmo o local da TV Tem, assim como da rádio Jovem Pan Bauru, ops, digo, Velha Klan Bauru, na voz do bolorento Alexandre Pittoli. Creio eu, se passar mais tempo sem presenciar a bestialidade ali proferida estarei totalmente curado de informações infundadas, inverídicas e da bestialidade em curso no momento. Existe salvação e ela reside em se desplugarmos dessa merda de mídia massiva.

Em tempo: Na leitura diária do Jornal da Cidade, para o bem de minha saúde andei pulando artigos recentes de Reinaldo Cafeo e Caio Coube, ambos na louvação ao capirotismo vigente, assim como missivas na Tribuna do Leitor de contumazes escribas dourando a pílula bolsomínia, como Paulo Panossian, Paulo Boccato, Mara Montezuma Assaf e Cesar Augusto Teixeira de Carvalho.

Com a ausência destes em minha vida, alegremente confesso: estou QUASE CURADO. E mais, não me fazem nenhuma falta, aliás, ganhei muito não absorvendo a intolerância contida no que produzem. A vida é bela.


ODE PARA RITA CADILLAC - ESTAREI AMANHÃ NA PARADA POR SUA CAUSA
Amanhã é dia de Parada da Diversidade em Bauru, algo movimentando esta cidade desde mais de uma década, agitando não só o mundo LGBT, como interessados outros em festas e afins. Particularmente gosto de festas nas ruas, algumas me recuso a sair de casa, mas noutras compareço com a devida galhardia. Perdi somente uma Parada em Bauru, pois estava fora da cidade, nas demais bati cartão e tenho tudo registrado em belos álbuns fotográficos. A cada ano renovo meus escritos, procurando sempre uma abordagem sob um tema novo, uma perspectiva diferente. Ano passado fiquei invocado com o fato da Parada quase não ter ocorrido e por ter permanecido estática, ou seja, literalmente PARADA, não descendo a avenida Nações Unidas até o parque Vitória Régia. Ouço dizer que amanhã descerão (melhor, desceremos) novamente. Lá estarei para presenciar, rever pessoas queridas, tirar fotos, aproveitar ao máximo a tarde de domingo e se possível, levar meu descontentamento contra esse desGoverno capirotista, que odeia tudo o que venha a se declarar LGBT, como todas as demais minorias e afins.
O bolsopata e tudo o que está junto dele representa um atraso, retrocesso e pérfidos, querem ver tudo e todos num gueto, calados, mirrados e se possível, convertidos. Eu, como quero mesmo é colocar o bloco na rua lá estarei para testar se as liberdades democráticas ainda estão em plena vigência. Mas não estarei lá somente por isso e aqui confesso outro motivo. Sou chacrinista juramentado, ou seja, nos meus tempos de moleque tinha uma admiração mais do que especial pelo Programa do Chacrinha, mais ainda por ter a oportunidade de apreciar as lindas chacretes que ali dançavam diante de nossos ávidos olhos. Tenho lembranças alvissareiras de várias delas. Prestei homéricas homenagens para varias e não me arrependo de nada, pois elas fervilharam não só a minha cabeça, mas a de toda uma geração. Toda Parada é encerrada com um show e no deste ano quem canta é Wanessa Poposuda, que desconheço totalmente, ou seja, não consigo citar nenhuma de suas músicas, nada sei a seu respeito, qual seu gênero musical ou coisa que o valha, daí fica prejudicada minha avaliação a respeito da artista. Por outro lado, ela trouxe para uma participação especial no show, nada menos que RITA CADILLAC, uma das chacretes que mais se sobressaiam junto ao Chacrinha. O tempo passou, todos envelhecemos e Rita fez e aconteceu para continuar merecedora do carinho do público. Tempos atrás a vi como Rainha dos Presidiários, em apresentações delirantes nos pátios dos presídios. Ela cantou, dançou, rebolou, esperneou, encenou e chega aos dias de hoje fortalecida, revigorada, encorpada e na ponta dos cascos, ou seja, sobreviveu a todo tipo de intempérie.
Quero botar os olhos na Rita, revê-la com todo carinho e atenção. Além de tudo o mais, estarei na Nações amanhã por causa dela e não tenho vergonha ou nenhum receio em assumir isso publicamente. Rita Cadillac sempre morou no meu suburbano coração e pela sua trajetória é merecedora de todo meu eterno carinho. A antiga música do banco Bamerindus dizia que "o tempo passa, o tempo voa, mas a Rita Cadillac continua numa boa" (tirei o nome do banco e coloquei o dela), pois creio eu, ela não me decepcionará. Quem vem comigo amanhã que levante a mão...

Obs.: Será que não consigo uma credencial para dar um abraço nela pessoalmente? Vou tentar, enfim ela já chegou nos 60 e eu estou quase lá, o fã e seu sonho. Somos todos sobreviventes e com muita história para contar. Ela merece meu afago e muito mais.

SENDO DIDÁTICO SOBRE O PROCEDIMENTO DE BOLSONARO EM RELAÇÃO AO MEIO AMBIENTE, QUIÇÁ, AMAZÔNIA, DESMATAMENTO E QUEIMADAS:
"Por acaso foi o Bolsonaro que colocou fogo na mata?
Que culpa o governo tem nisso?"
Vamos supor que:
► Ele nunca tenha dito que causa ambiental é "coisa de vegano" e que atrasa o país...
► Ele nunca tenha proposto extinguir o Ministério do Meio Ambiente...
► Ele nunca tenha dito que o Ibama era indústria de multa...
► Ele não tenha dito que estava ao lado dos ruralistas e contra o Ibama...
► Que ele não tenha dito que não ia mais criar área protegida...
► Ele não tenha dito que dá pra explorar minério em terra indígena...

Mesmo assim, como podemos apontar a culpa do governo?
► O corte para o ministério do Meio Ambiente foi de 187 milhões de reais.
► O corte relacionado ao Ibama foi de 89 milhões, quase metade do valor contingenciado.
► Estamos perto de um incidente diplomático e econômico com a Alemanha e Noruega, que suspenderam o Fundo Amazônia, no qual corresponde a um valor de 3,4 BILHÕES DE REAIS. Esse fundo mantém por exemplo, os helicópteros usados para fiscalização e combate a incêndios.

E tem mais...
► O governo ignorou todos os alertas de incêndio enviados pelo INPE desde janeiro.
► Desqualificou e negou dados científicos sobre o desmatamento.
► Transferiu o serviço florestal brasileiro do MMA para o ministério da Agricultura.
► Anunciou um sistema que alerta antecipadamente os locais onde haverá fiscalização (assim fica fácil pra irregularidades).
► Cortou 50% do orçamento do Prevfogo.

Calma que tem mais...
► A tal "indústria da multa" do Ibama alegada por Bolsonaro, até 2018, conseguia apenas 5% de multas quitadas.
► Como se não bastasse, houve redução de 34% no número de autuações ambientais em 2019.
► Pra piorar, o governo criou em abril desse ano, o tal Núcleo de conciliação, que tem o poder de anistiar multas ambientais.
Lelé da cuca, zureta, despirocado seguidor do Bozo.
Definitivamente, o governo sinaliza, grita e esperneia que o crime compensa. E muito!
Sim, o discurso anti-ambientalista estimula o crime.

Mas as ações são ainda piores:
► Em 40 anos, desmatamos 17% da Amazônia. Se chegarmos a 20%, já era. Pois ela atinge o "ponto de não retorno", não conseguindo se manter, não conseguindo captar CO2, formar os rios aéreos que promovem chuvas e estabelecer os serviços ecossistêmicos para reservas de água, produtos naturais, regulação do clima e até polinização de insumos agrícolas"
, Shalimar Nogueira Angerami

Creio eu, HPA, estar muito bem fundamentado de quem é a culpa por tudo o que está em curso. Alguma dúvida?

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

DICAS (187)


A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:
O QUE VOCÊ JÁ FEZ HOJE PARA DAR FIM A ESSE TRISTE MOMENTO DA VIDA BRASILEIRA?

Se todos fizermos algo ele não dura nem mais um tiquinho. Basta querer. Se convocado, vou pras ruas e não saio mais delas num estalar de dedos. Está cada vez mais difícil de se concentrar e escrever sobre outras coisas, pois hoje uma sucessão de problemas causados pela continuidade desse desGoverno, encurralando o país, beco sem saída e na continuidade disto, algo podendo até desembocar em algo pior, sem volta, com a mentalidade desses hoje ocupando o poder permanecendo mais tempo do que deveria. Ninguém consegue nada sozinho, de forma isolada. Já está mais do que claro, evidente não existir mais condições mínimas de uma governabilidade sadia para essa gente totalmente desqualificada, despreparada e muito mal intencionada que veio junto do Bolsonaro e se instalou no comando do país. O retrocesso é mais do que evidente e os prejuízos para o país num todo se vê em cada novo ato, um pior que o outro. Vamos logo pras cabeças tirar esse pessoal daí e devolver o país, pelo menos em algo mais tranquilo, confiável. Não creio mais em eleição, pois no conluio criado para possibilitar a chegada desses, a perdição tomou conta do país, as instituições todas se venderem e fazem parte deste cruel golpe. O que mais precisa acontecer pra gente se sensibilizar e ter a certeza de que só com mobilização a gente consegue acabar com o descalabro.

QUERO LHES APRESENTAR UMA ALTERNATIVA: POLICIAIS ANTIFASCISMO
Conheci o grupo POLICIAIS ANTIFASCISMO através da leitura de entrevista com o músico BNegão, quando os descreve positivamente. Um receita de combate a tudo o que está sendo imposto nos nossos costados ele diz ter encontrado no movimento dos Policiais Antifascismo, do delegado Orlando Zaccone, adepto do hare krishna e defensor da legalização da maconha. "Nunca na vida imaginei que pudesse um dia dizer que tenho um policial amigo meu, mas esse cara é um policial e considero um grande amigo. É um movimento que está crescendo, tem no Brasil todo", diz. O tempo urge, todos sabem disso, pois diante do que se passa hoje país afora e adentro, é preciso, cada vez mais, coragem para enfrentar o que está sendo posto. É preciso um mínimo de senso de humanidade e entendimento do quão grave é a situação, esse limite do absurdo a que estamos submetidos a cada instante, entre os mínimos marcos civilizatórios e a barbárie completa e absoluta. BNegão sabe muito bem disto, pois vem de uma escola de embate, ele preparado para essas missões de enfrentamento, muitas já ocorrendo em seus shows, com o medo estampado na face de muitos ainda resistindo, mas cada vez mais receosos. Ele reitera a importância de não se calar diante do cerco que se fecha. Num momento em que a grande imprensa está dando todas as permissões para o grande crápula continuar fazendo livremente o que faz, essa bestialização e normalização dos absurdos, encontrar os na luta contra essa absurda invasão é auspicioso. Convido a tudo, todas e todos, ao menos conhecer mais essa experiência, a dos Policiais Antifascismo, clicando no link a seguir: https://www.facebook.com/policiaisantifascismo/

MARIA FUMAÇA SAIU DA TOCA
É lindo ouvir novamente o apito da composição da Maria Fumaça, hoje estrebuchando na linha defronte a estação, quase debaixo do viaduto JK - Juscelino Kubitschek. Tinha até um enorme guindaste dando suporte para algo sendo realizado ali nos trilhos, uma movimentação sui generis para quem esteve parada, adormecida por bom tempo dentro da gare da Estação da NOB. Ver a composição fumegante e com o apito acionado e nos trilhos é algo para pensar numa provável volta, quando a Prefeitura estará obrigando o permissionário dos trilhos na cidade a construir o trecho que falta para os trem poder circular e a partir daí, a alegria de tantos loucos para vê-la em pleno funcionamento. Hoje, ao ouvir o som do apito, parei o caro, fui até o centro do viaduto e de lá de cima fiquei apreciando por longos minutos a belezura que é essa volta ao passado. Volta logo Maria Fumaça!

DIVIDINDO EMOÇÕES - VAMOS JUNTOS VER DE PERTO A ELEIÇÃO ARGENTINA?
Fui agraciado com um inolvidável convite para acompanhar o primeiro turno das eleições argentinas, escrevendo relatos jornalísticos do pleito ocorrendo dia 27/10. Estarei embarcando na sexta de madrugada, 25/10 e voltando na terça seguinte, 29/10, cinco dias em Buenos Aires vendo de perto uma eleição das mais importantes para o destino de toda a América Latina. Em quatro anos, Mauricio Macri mostrou o que vem a ser isso do neoliberalismo tomando conta de um país e dos destinos de um povo. O resultado será mostrado nas urnas, talvez de forma tão contundente nem precisando de uma outra "vuelta", o segundo turno. Será algo inesquecível para mim, estar no palco dos acontecimentos e para tanto, tendo parte dos valores pagos, outra bancada por minha conta e risco. Pessoalmente estar nesses lugares é algo para se guardar dentro de um lugar mais que especial dentro de cada um. Para mim um significado mais que especial. Honrado com o convite, busco outras formas de bancar o projeto, verificando interesse de outras publicações em ter alguém relatando as ocorrências diretamente do local dos acontecimentos. O que me traz aqui é dividir emoções e também propor algo para amigos(as): não queria ir só, uma vez que Ana Bia Andrade, no meio de um semestre letivo estará impedida de me acompanhar. Havendo interessados em dividir comigo essa experiência, seriam relatos coletivos e algo pelo qual, concluo, teremos boas histórias para contar pro resto de nossas vidas e num custo ainda absorvível. Será algo do mesmo quilate de quando estive em Cuba, 30 dias em 2007, junto do amigo Marcos Paulo Resende, com boas lembranças e histórias sendo contadas para todo o sempre. Quem estiver com disposição, financeira e disposto a botar o bloco na rua, façam contato. Eis uma proposta de parceria andativa, estradeira, ideológica e muito além de movimentação muscular. É pegar ou largar, pois prevejo estarmos diante de auspicioso momento na reconstrução da dita Pátria Grande...

JUSTA PREMIAÇÃO PARA BATALHADORA DE MUITAS CAUSAS
Dentro da Semana da Diversidade, destaco o Troféu Eu Faço a Diferença entregue anualmente para pessoas que, de uma forma ou outra se destacaram na intransigente defesa de uma causa, não só a do Movimento LGBT, mas de um todo, lutadores incansáveis nesses brutos e abomináveis tempos. Sou eternamente grato por anos atrás ter sido lembrado e agraciado com esse troféu, guardado com todo carinho, pois fui enxergado, destacado e reverenciado. Hoje meus olhos se voltam para uma aguerrida cidadã, digna representante destes tempos de muita luta e resistência, Greice Luiz, jovem esgrimista e sabendo tão bem empunhar suas armas num campo hoje mais que minado. Seu trabalho é diferenciado, sua atuação idem, sua persistência é ressaltada pela coragem com quem desfralda suas bandeiras. Merecedora da premiação, deixo aqui meu fraterno abraço a todos (as) os demais e em nome dela, felicito os que criaram tal prêmio e o entregam com tanta dignidade ano após ano. Ações como essa precisam mesmo ser muito bem divulgadas, pois ao ressaltar os que estão na defesa de ideias hoje meio difusos, se perdendo diante deste mar de mediocridade que querem nos impingir, esses são valorosos em dobro. Greice um desses, justa premiação. Algo engrandecedor dentro da Semana em curso.