segunda-feira, 14 de julho de 2025

BEIRA DE ESTRADA (197)


SEGUNDA FOI DIA DE MARCAR PRESENÇA NA U.P.
Enfim, vim aqui primordialmente para estar junto com Ana Bia, Edna Cunha Lima e Flávia 
Geraldo Santos, todos aqui num apartamento do Airbnb, na região da famosa avenida Corrientes, altura do seu nº 1800, com o intuito de marcar presença no Congresso Anual de Design da UP - Universidade de Palermo. Evidentemente, ninguém é de ferro, pois essa fantástica cidade nso convida a, estando nela, fazer peripécias mil por todos os cantos, os possíveis e os inimagináveis. Impossível antes de tudo, as caminhadas pelos já conhecidos lugares dessa incrível avenida, com livrarias abertas até altas horas da noite, teatros e cinemas aos borbotões. Ela é a, culturalmente falando, a que mais abriga espetáculos por metro quadrado, creio que em toda a América Latina, quiçá, mundial. Uma perdição perambular pela sua extensão do Obelisco até a rua Callao. Isso não é tarefa para algumas horas e sim, para muito mais tempo. Faço o que posso com o tempo que vou cavando dentro de cada novo dia. Primeiro a Corrientes, depois o que me trouxe até aqui. E isso toma tempo, nunca minha disposição. Para mim, como naquele ditado, estar em Buenos Aires e não cair de boca em suas livrarias e sebos é como ir pra Roma e não ir ver o papa - bem que eu confesso, faria facilmente isso em Roma, não em Buenos Aires. Livrarias e seu característico cheiro são para mim algo como um fortificante, um Biotônico Fontouro dos velhos tempos, um recarregador de baterias. A expressão "ir às compras", no meu caso é aqui sua melhor aplicação. Me sinto em casa. A tentação não é só grande, é arrebatadora.

E hoje, marcado para 15h30 a abertura oficial do 20º Congresso de Diseño - como chamam aqui o Design -, tendo minha Ana Bia Pereira de Andrade, participado desde seu primeiro ano, ou seja, é fundadora e com muito reconhecimento por essas bandas. Eu venho na cola, hoje sem atuação acadêmica, mas peguei gosto por preparar apresentações anuais por essas bandas. Sento a bunda na cadeira lá em Bauru e divago sobre temasm onde procuro estbelecer alguma relação com o Design e a Comunicação, meu tema de Mestrado é o Jornalismo Histórico. Num outro momento conto do que apresento este ano. Hoje, todos fomos para o evento de apresentação, reencontro com acadêmicos de quase toda a América Latina, num congraçamento realmente emocionante e envolvente. A língua falada é a castelhana, mas o português sempre está presente, assim como a inglesa. Na mistura, sempre aprendizados substanciosos. O entrelaçamento de ideias e de concepções diferentes de abordagens e de vida são o mais interessante de tudo, mais que nossas apresentações. Neste ano uma justa homenagem para Edna, pelos seus 80 anos e pela trajetória. Ana com algumas apresentações e trazendo pela primeira vez fora de seu país, a paulistana e sua aluna Flávia, estudando em Bauru. Dois momentos inebriantes, o de Edna, do alto dos seus 80, voltando para ser homenageada e Flávia, seu primeiro congresso fora do país. Nessa história das duas, passa um filme pela minha cabeça. Um roteiro que, em partes se passa também na convivência dentro do apartamento, onde estamos em sete, numa convivência das mais instigantes. Conto também depois algo de como se dá essa convivência, junto com Neiva Santos, que vem  conosco pela segunda vez, adorando passear pelo Once, a 25 de Março/Saara daqui e o casal, o carioca André de Freitas Ramos, o Kit e sua esposa, a polonesa Ania Sadowska.

Da abertura, dois quarteirões à fernte, caminhando pelas calles, o coquetel de abertura, onde todos se entrelaçam numa agradável conversação, com petiscos e alguma babericagem. Ouço quase tudo em espanhol e, como já desisti de tentar hablar nessa língua, o faço em português. Quando muito repito algumas vezes minha fala, mas tudo perfeitamente dentro de uma entedimento salutar. E dentro do coquetel, uma parada para algumas homenagens e na de Edna, nossa hóspede, emocionante, até por ter reencontrado dois ex-alunos, também brasileiros entre os presentes. De lá, a cidade iluminada clama por outros lugares, porém o corpo já não acompanha com o mesmo entusiasmo os clamores incontroláveis de rua. Percorro com Flavinha algumas quadras da Corrientes antes de adentrar o apartamento e de lá trago CDs com a chancela do Página 12 e um inolvidável livro, o "Cortázar - De la A a la Z", com ilustrações e fotos de parar o trânsito. Isso é o que me faz chegar perto do limite permitido da mala - 23k, para o retorno. Eu faço tráfico de livros e CDs.

NOITES MAL DORMIDAS
Pela segunda vez consecutiva tenho tido sonhos horríveis e por incrível que pareça, até então, a maioria eu esqueço tão logo o faça. Desta feita eles continuam bem presentes na minha cachola. Seria sinal dos tempos que se aproximam? Seria premonição futura? Conto o seu conteúdo principal, roteiro macabro futurista.

Estou envolvido dentro da tomada do poder pelos ultra-direitistas, não precisando se no Brasil, na Argentina ou no planeta todo. O fato é que, existe uma data anunciada para estes assumirem o poder e os reflexos já começam a ser sentidos, com uma preparação para a persgeuição, já anunciada e dada como certa. Como agir diante dos que assumirão o poder e já se declaram inimigos ferozes de gente como eu? Tento me desvencilhar de objetos comprometedores - quase tudo o que tenho é mais que comprometedor, diante da imbecilidade se avizinhando. Estes, mais que trogloditas, estão afiando a faca para nos decapitar em praça pública. E como fugir destes? Pelo visto não há meio der fazê-lo, pois o Facebook me avisa diariamente minha localização, todos meus passos e como não consigo mais viver separado dele, em entrego em cada passo dado.

O roteiro vivido é essa aflição da espreita dos dias antecedendo o fascismo, algo idêntico ao nazisdmo assumindo o poder no lugar onde me encontro. Acordo uma hora rodeado de gente fardada e lhe peço - creio estava na Argentina -, para me deixarem ao menos chegar em casa. Tudo envolto numa penumbra, sem ainda chegar o dia deles com o tacão do poder nas mãos, mas todos já com as manguinhas de fora, anunciando a boa nova - para eles -, ou seja, todo e qualquer opositor está frito, fodido dos pés à cabeça. Os detalhes do sonho são perturbadores e me fazem perder o sono. Acendo a luz, olho para o relógio, leio algo e volto a dormitar. O sonho me persegue. Tento nos próximos capítulos, pelo menos so sonho, reverter a situação e dar um jeito deles tropeçarem e nãp conseguir seus intentos malignos. É o jeito de imaginar como poderemos reverter e transpor esse Rubicão, não permitindo o avanço da direita mais perversa. Talvez seja um anúncio de como devemos proceder para não mais permitir o avanço destes. Temos sido muito contemplativos com estes, deixando o avanço ocorrer com pouca resistência. O passado nos mostra que, deixando-os irão mesmo nos destruir. Daí, a reação tem que ocorrer já, neste momento. Permitindo o avanço, depois será um desastre.

QUAL O SEU LADO?

domingo, 13 de julho de 2025

ARGENTINIZANDO O DOMINGO
Tudo começa pela caminhada na amanhecida avenida Corrientes, depois de uma noitede sábado. As livrarias, cinemas e teatros todos fechados. Abertos só as cafeterias e nela paramos para que, Flavinha, nossa dileta hóspede, aluna de Design, oriunda da Grande SP, São Bernardo, estuda em Bauru, pois bem, ela diante da mesa repleta de pães, ela ansiosa, querendo ver a rua o quanto antes, não come nada e ao sair, no primeiro quarteirão bateu fome e foi se lembrar, estava com fome. Paramos um café pioneiro e esla se esbaldou. Nossa primeira viagem é simpre assim, como a dela, inesquecível. 

Contonuamos descendo a Corriente, passamos pelo obelisco e logo estamos na praça da Casa Rosada. Fotos diante de um pixe contra Milei e o começo da subida da Feira de San Telmo. Comento com quem anda comigo. Antes aqui na feira só via muitos motivos de esquerda e lembrando o peronismo e Cristina, Nestor e mesmo Maradona, hoje um quase "não querido" pelo desGoverno de Milei. Não se encontra mais nada com a cara da Cristina para vender, muito menos de Peron ou algo da esquerda. Um dos feirantes me conta: "Tenho na caixa aqui debaixo alguns, quer ver? Não posso mais expor, pois posso perder a consessão do espaço". Entenderam? Nada diferente do que Bolsonarto faz na cabeça de uns tantos abilolados de nossa pátria varonil.

Finalizamos com show no Be Bop, o com Sexteto Sep7eto 40 Graus, todos argentinos e cantando a supra supro da MPB, algo até pouco conhecido por quem, como eu, ouço MPB o dia inteiro. A cronner esteve conversando no nosso grupo e nos conta, não saber ao certo quando começou a sinteressa por música brasileira. Sabe que começou a ouvir, não parou mais. Pegou gosto e o grupo foi montado, dentre todos os que gostam de ouvir e de tocar música brasileira por aqui.

No retorno para o Airbnb, um motorista de UBER com uma história de vida das mais instigantes. Podia muito bem ser personagem de uma longa história, dessas que gosto de fazer por aqui. Puxamos conversa e ele logo deixa claro: "Podem falar em português, pois fui casado com uma brasileira. Por três anos morei em Pereira Barreto, uma cidadezinha pequena pra lá de São José do Rio Preto, onde só eu era o único que tocava tango. Por lá muita música sertaneja, tipo Chitãozinho e nada de MPB. Lugar muito quente e coonservador. Falo bem o português daí, mas não culpem a brasileira por ter ficado tão pouco tempo. Pois, logo depois casei de novo, com mulher argentina e também não passou de três anos. Enfim, voltei e da antiga relação, o filho em comum não quis morar com a mãe e hoje o tenho comigo. Já passou dos 35 anos".

O uberista, cujo nome não perguntamos é dos mais simpáticos. Quando lhe pergunto sobre o governo do Javier Milei, ele tentou deixar algo bem claro e estabelecido: "Falo de tudo, menos de polítca". Perguntei porque e ele: "Já omiti milha opinião aqui para outros e não me dei bem. Não falo de política, nem para argentino e nem para brasileiro.". Lentamente o fiz ir se abrindo, confiando que estávamos no mesmo barco: "Sabe de uma coisa, esse presidente que vocês tiveram é muito ruim. Nada pode ser pior do que Bolsonaro. Se um preto, um gay, um imigrante, uma mulher acreditar num cara deste é porque são bestas e não estão entendendo nada, pois ele só fala mal de gente como eles. O de vocês é muito ruim, mas conseguimos eleger uma ainda pior e mais demente, Javier Milei".
Daí a conversa desandou e ele, até então ressabiado e desconfiado do grupo, abre sua caixa de ferramentas e até o final da viagem falamos de tudo um pouco. Disse não ser um cristianista, alguém que aqui defende Cristina Kircnher com unhas e dentes. Vê algo errado em sua administração, mas não pelo motivo que encontraram para prendê-la. Foram longe demais e o povo está reagindo. Em frente a casa dela sempre tem muita gente. Aqui fizeram diferente do que com Lula. Lá o prenderam numa delegacia e aqui ela, ao menos, teve direito a prisão dominiciar. A Suprema Corte daqui é também muito pior que a de vocês. Aqui os juízes jogam bola com um dos lados da questão. Nunca irão beneficar os peronistas. Já imaginaram um presidente que tem quatro cachorros, clonou um morto, o que mais gostava e hoje, diz ter cinco e ainda fala com o morto, pois ele está presente em sua casa. Esse é o louco que nos governa. Viaja a todo intante, gastos exorbitantes e não traz nada de novo para o país, só faz discurso pelo mundo, falando do lugar onde se encontra no fascismo. Demite muita gente, trata mal os aposentados e acaba com nossas instituições. Vai terminar preso, tenho isso bem evidente, pois não conseguirão sustentar tamanha loucura por muito tempo. Ele não é o primeiro e pelo visto, aqui na Argentina, vez ou outra damos espaço para um maluco nos governar".
Queria anotar a placa, ou seja, pedir seu telefone para continuar a conversa, mas não o fiz, pois se ele não queria nem falar do assunto, quanto mais passar telefone e dizer seu nome e sobrenome. Fico com sua imagem e boa prosa do encontro, muito bem aproveitado. Foram uns vinte minutos, onde faço o que mais gosto, intercambeio relações humanas de aproximação, tipo "contatos imediatos do terceiro grau". Era o tipo de gente que queria encontrar pelas ruas e pegar a opinião sobre a Argentina de hoje, suas idas e vindas. Não podemos cobrar eles de nada, nós conseguimos eleger alguém como Jair Bolsonaro e eles, na mesma vibe, não se sabe como, conseguiram eleger um Javier Milei.
Outra coisa: Não resisto e quando passo diante da Casa Rosada, um pixe na parede contra Milei e, evidentemente, tiro a foto tendo a casa Rosada ao fundo e eu diante do "Fuera Milei e o FMI".

sábado, 12 de julho de 2025

DOCUMENTOS DO FUNDO BAÚ (207)


NÃO CONFUNDIR O PT AQUI DENUNCIADO, COM MEMBROS DO NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA QUE, RENUNCIARAM AOS CARGOS NO DIRETÓRIO MUNICIPAL DA SIGLA
A incompatibilidade agora está explicitada, demonstrada. Denunciamos irregularidades desde muito tempo e sendo minoria dentro da estrutura local, preferimos sair. Nenhum dos que sairam do Diretório Municipal meses atrás, teve acesso a qualquer ocorrência narrada na matéria do JC. Temos todos o máximo interesse na apuração, esclarecimento dos fatos e se constatadas irregularidades, severa punição dos envolvidos. A Federação dos partidos, comandante da última eleição envolvendo a sigla petista, o PCdoB e o PV é quem pode esclarecer como se deu a distribuição de valores aos candidatos e ninguém do Núcleo DNA Petista Bauru teve acesso, inclusive o então presidente local do PT Claudio Lago, alijado de qualquer poder decisório. Continuamos militando no PT, acreditando em seu ideal de luta, porém distante das instâncias locais. Para o bem do PT num todo, isso precisa ser explicado e esclarecido. Também decidimos não concorrer com nenhuma chapa dentro da eleição nacional do PED, domingo passado, onde foram renovados os nomes de sua liderança nacional, estadual e municipal.

É lamentável, triste demais ver o PT envolvido em questões dessa natureza. Qualquer militante fica mais que entristecido em ver o nome da sigla na qual acredita envolvido em situações dessa natureza. E se estão, se isso ocorre, nada melhor do que aproveitar o momento para resolver muitas questões internas. Eu, defensor intransigente de Lula e de seu governo, não posso pactuar com nenhum irregularidade, ocorra onde estiver. Neste momento, quando vejo a militância petista voltando para as ruas, disposta a defender não só Lula, seu governo, mas principalmente o país contra os desmandos de uma famiglia fascista e do que se diz imperador do planeta, não dá mais para o PT, possibilitador de tanta mudança, manter dentro de suas estruturas algo dessa natureza. Quiçá não seja verdade e se for, que não demore para resolver internamente algo que o atravanca e suja o nome de tão valorosa sigla.

NA ÍNTEGRA MATÉRIA DO JC, EDIÇÃO DE 12/07/2025
APÓS DENÚNCIA PF apura irregularidade em candidatura de federação com o PT
Por André Fleury Moraes | da Redação

JC ImagensSede da PF em Bauru, na avenida Getúlio Vargas; delegado do órgão preside o inquérito que apura denúncia de ex-candidato

Uma investigação sigilosa que tramita desde o final do ano passado apura supostas irregularidades na utilização dos recursos de campanha pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Bauru nas eleições de 2024 e pela Federação "Brasil da Esperança", que reúne os partidos PT, PCdoB e PV.

A Ação de Investigação Judicial (AIJ), como é chamado o procedimento, foi aberta em novembro do ano passado a partir de denúncia de um candidato a vereador pelo PT, Denilson Jardim Moreira, que aponta duas frentes de potenciais problemas. A Polícia Federal (PF) está à frente do inquérito, que segue sob sigilo e ainda na fase de oitiva de investigados. Pelo menos três integrantes da federação já foram ouvidos.

A principal investigação da PF envolve acusações que Denilson faz sobre a candidatura à vereadora de Débora Gazzetta. Em nota, o PT afirmou que o procedimento ainda se encontra pendente de conclusão e que "durante a instrução, foram produzidas provas e foi realizada a oitiva da candidata, o que demonstrou de forma inequívoca a mais absoluta regularidade de sua campanha, e evidencia a ausência de fundamento na acusação". Ainda segundo a legenda, o Partido dos Trabalhadores tem a certeza de que a conclusão dos trabalhos culminará com o arquivamento do procedimento, uma vez não há qualquer irregularidade na utilização dos recursos na campanha da candidata". O texto é assinado por Luciano Assis, Kiko Celeguim e Edinho Silva, presidentes dos diretórios municipal, estadual e nacional, respectivamente.

Uma segunda linha de apuração envolve um valor de R$ 15 mil, que Denilson diz ter estranhado, classificado como "recursos estimáveis em dinheiro" relacionados à produção de programas audiovisuais. Essa denominação, "recursos estimáveis em dinheiro" se dá a questões que, ainda que gratuitas, possuam valor econômico e possam ser convertidas em quantia financeira - como doações de bens móveis ou imóveis, prestação de serviços e outros aspectos relacionados a campanhas eleitorais. A legislação eleitoral dispensa comprovação na prestação de contas de "doações estimáveis em dinheiro entre candidatos ou partidos, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de propaganda eleitoral" e salienta que esse "gasto deverá ser registrado na prestação de contas do responsável pelo pagamento da despesa".

"Esse valor não foi por mim utilizado, e mesmo que tenha sido utilizado na produção de programa de rádio, televisão ou produção de programas audiovisuais, fato que desconheço, entendo que esse valor está acima do preço de mercado cobrado por uma produtora de vídeos para realização desse tipo de serviço", afirmou Denilson ao MP.

Segundo apurou o JC, uma das alegações é que esse recurso guarda relação com as gravações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo votos a candidatos petistas em Bauru. De fato um valor apenas mensurável - em torno do qual não há movimentações financeiras a nível local. A PF investiga, segundo apurou a reportagem, se esses recibos foram utilizados no âmbito federal para justificar repasses a produtoras.

outra coisa
SUÉLLEN ROSIN PRECISAVA ENTENDER ESSE CONCEITO
Dilma foi, quer queiram ou não, uma presidenta que não se vergou aos hipócritas deste país. Foi cassada pela turma que hoje domina quase que totalmente a Câmara dos Deputados, exatamente por não fazer os gostos destes. Seguiu e segue altaneira, impávida e soberana. 

Nesta atitude aqui vislumbrada na postagem, só mais um detalhe de como age a vida inteira. Sem comparação com essa bandidagem proliferando hoje nas hostes políticas brasileiras. É um personagem político, que perfilada ao seu lado, não só a defendo, como me espelho.

Quando vemos ocorrendo, de forma continuada, exemplar ocorrência de nepotismo, com a mãe da alcaide municipal, Suéllen rosin, atuando como secretária de seu governo e com qualificação duvidosa para ocupar o cargo, isso por si só já é mais que condenável. Pode atéser legal, mas totalmente condenável. E mais, seu agora marido exerce AINDA a função de presidente da autarquia municipal, o DAE - Departamento de Água e Esgoto. Repito, o procedimento pode ser até legal, mas nada recomendável e também, totalmente condenável. 

Que Dilma Rousseff lhes sirva de exemplo.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (183)


COMO PODE? NA BAURU DOS ÚLTIMOS TEMPOS TUDO É MAIS DO QUE POSSÍVEL
Relembremos bocadinho da história. Em 2021, portanto, menos de quatro anos atrás, dentro da primeira administração da alcaide Suéllen Rosin, a Receita Federal doou para a Prefeitura Municipal de Bauru mais de 400 celulares, que haviam sido apreendidos em suas operações. O feito ocorreu com certo alarde. Do Intagram Debauruzando algo interessante: "Dois anos depois, ninguém sabe, ninguém viu. Nem a própria prefeitura! A CEI descobriu que:
• Não há registro de quem recebeu os aparelhos
• Não tem documento comprovando o destino
• Só se tem ideia de onde foram parar mais ou menos 200 celulares (o resto evaporou!)
Ah, e detalhe: o Fundo Social não cadastrou os aparelhos como patrimônio público. Prestação de contas? Só se for de outro município… E os sumiços não param por aí! Pneus, veículos e sabe-se lá o que mais… tudo no modo invisível".

O assunto voltou à tona dias atrás em Bauru, foi novamente tema de muitas conversações e passados mais alguns dias, tudo volta ao esquecimento. Guardião, o super-herói bauruense que não deixa coisas como essa cairem no esquecimento, está fazendo averiguações por conta própria, ainda sem conclusões e dá seu pitaco sobre o tema. "Em Bauru, se deixar, muita coisa acaba por cair logo no esquecimento. Essa CEI mesmo, que terminou sem uma definição sobre o tema tratado, ou seja, tivemos ou não itens públicos desviados para a igreja da família da alcaide Suéllen? E antes disso, esse caso dos celulares é mais do que estranho. Pelo que se sabe, dos 400, pelos menos uns 200 foram localizados, mas a outra metade continua com destino incerto e não sabido. Vejo isso como um tema que não podee cair nos esquecimento. Teriam sido abduzidos por alguma entidade maligna?".

E Guardião volta à carga: "Qualquer Prefeitura do mundo teria o máximo de interesse em explicar e resolver a questão, até porque isso se não for explicado pode se - se já não o é - transformar num rumoroso caso de polícia. E como age a Prefeitura de Bauru? Por enquanto, muito pouco resultado prático. E quanto mais demoram para explicar, mais rumores surgem e conversinhas desencontradas pipocam pelas esquinas da cidade. O assunto viralizou nas rodas de discussão da cidade. Lembram-se de quando aquele cargueiro despejou nas águas do Rio de Janeiro milhares de latas de maconha e elas viraram folclore na cidade e no país. Muitos faziam questão de dizer ter conseguido uma das latas. Pois bem, por aqui os tais celulares estão na boca do povo, em algo quase igual as tais latas. Isso pega mal para uma administração. Creio que, deveria já estar disponibilizado e atuando dentro da estrutura da Prefeitura uma equipe de busca, espécie de S.W.A.T., onde não só averiguariam, como descobririam e revelariam os resultados. Poderiam, por minha sugestão, estabelecermos um grande placar em praça pública, um outdoor lá na Praça Rui Barbosa e a cada dia irmos vendo quantos mais localizados e assim dando baixa. Fazendo isso, a Prefeitura demonstraria interesse absoluto na solução do sumiço".

Guardião não é irônico e sim, está em busca de uma solução definitiva para o problema e desta forma lança, sem cobrar nada, use seja, sem custos de consultoria, sugestões aplicáveis e gostaria que, as mesmas pudessem chegar a quem de direito dentro da Prefeitura está encarregado de efetuar a contagem final dos aparelhos. "Até a presente data, não sabemos o nome dos encarregados para essa tarefa e quando isso for informado, de minha parte, poderei auxiliá-los com muitas outras ideias de como localizar os desaparecidos. Tenho várias". Como sabe-se, Guardião é sempre muito interessado em resolver pendengas envolvendo o bom nome desta cidade varonil, também denominada por alguns como Terra do Sanduíche.
Obs.: Guardião é realizado de forma presencial, sem utilização de IA - Inteligência Artificial, objeto do traço do artista do desenho, Leandro Gonçalez, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

FRASES DE LIVRO LIDO (220)


TENTANDO AMENIZAR A PRESSÃO

1. TRÊS LIVROS ASSIM DE SEGUIDINHO
Era para ter escrito algo quando terminei a leitura do primeiro, ainda em junho e fui deixando. Acordo hoje sob os costados de uma taxação para cima dos nossos costados de 50%. Coisa do insano Trump, com anuência de parcela significativa de perversos da elite e seus capachos nativos. Enquanto isso, minha fuga é ler. Caio de bruços, de boca diria, em leituras a me consumir boa parte dos meus dias. Intercalo a leitura com atividades mais incisivas, tudo para ir enlouquecendo aos poucos e não de uma só vez.

Com o “Simples Cartum”, do amigo reginopolense, hoje incrustrado em Guarulhos, acordando com o som de aviões ao seu lado no famoso aeroporto, ele consegue ir botando na prancheta suas ideias sonhadas e vivenciadas nas andanças pela aí. Os cartuns do Fausto Bergocce, a maioria sem diálogos, nos fazem parar e pensar muito. Num livro só de desenhos, as vezes, demoro mais tempo para decifrá-lo do que um com infindáveis letrinhas. Tento ir decodificando o que o danado quis dizer ou nos mostrar. Ele continua tentando e eu o consumindo, neste seu 19º filho. Fausto é do time – eu também -, que não consegue guardar para si seus feitos, no caso seus desenhos e os expõe anualmente na forma de livros, uma mais cativante que o outro. No meu caso, escrevo e vou publicando, loteando meu Mafuá de variadas escrevinhações que um dia juntarei em alguns livros. Meu amigo, parceiro já em dois livros, traça histórias em cada cartum. Dalto Trevisan produzia contos curtíssimos, saborosos pelo vislumbrar do ali contido, grandioso desmembramento. Os cartuns do Fausto me fazem divagar no tempo e no espaço. Este aqui, sai pela Samu Cartum Produções SP e tem 64 páginas, que multiplicadas pela quantidade de cartuns, passa fácil de mil. Orgasmo total, como diria Arrigo Barnabé.

Recebo através de uma doação e pego para mim o livro “Reminiscências”, do artista plástico bauruense Walter Mortari, que tive o prazer de conhecer pessoalmente andarilhando aqui na região onde moro, perto da USP. Era muito bom de prosa e agora, vejo, além das belas pinturas, botava muito coisa no papel e guardava. Impressões colhidas aqui e ali, tudo sendo transformado num livro. Ali reunido sua forma de encarar este mundão sem porteira. Sua saída, ele deixa claro foram as pescarias. Delas subtrai pérolas, algo muito leve, porém revelando o grande ser humano por detrás de cada sentimento expressado através da escrita. Isso tudo é muito revelador de como somos, onde estamos e como atuamos. Mortari se revela e deixa a mais nítida impressão de ter sido um cidadão, antenado com seu tempo, sabendo se posicionar e também usufruir de tudo o que a vida lhe proporcionou. Seu livro saiu pela editora Cá Entre Nós, da Carminha Fortuna, minha amiga bauruense, ano de 2007, 117 páginas.

O terceiro finalizei anteontem e já é sobre este país, mas precisamente essa cidade, que consigo rever a cada ano, Buenos Aires. Ganhei de presente da mana Helena no meu aniversário e como queria ler por estes dias só textos sobre a Argentina, comecei por este, “O amor segundo Buenos Aires”, do jornalista brasileiro Fernando Scheller. Este seu primeiro romance e muito bem concatenado. Entrelaça a história com o que conhece da Buenos Aires. O cenário proporcionado por essa cidade sempre rendeu livros, os mais variados possíveis. O autor, que não conhecia, junta suas histórias, entrelaçadas uma com a outra e assim desenha um carinhoso mapa da cidade, que pelo visto, ele tanto amo – eu também. O percebo um tanto direitoso, pois cita muito o Clárin, jornal abominável daquele país e nadica de nada da resistência peronista. Vale pela boa história de Hugo, que deixa o Brasil rumo à capital argentina. E a partir dele, despontam toas suas relações, tendo como pano de fundo os lugares desta indecifrável cidade. O livro é da editora Intrínseca RJ, 1ª edição, 2016, 288 páginas. Duas ou três frases para se enveredar pela escrita do Scheller:
- Desde que me entendo por gente, Buenos Aires é assim. Tem centenas de restaurantes vazios e uns dois ou três onde todo mundo quer ir e está disposto a esperar horas a fio por uma mesa.
- Não importa que a Argentina seja logo ali na esquina, você vai sempre ser um estrangeiro fora do Brasil.
- ...gostar de andar pelos subsolos da rua Florida nos fins de semana para achar preciosidades nos brechós de livros e discos.
- ...precisava levar uns amigos brasileiros para jantar em um daqueles restaurantes para turistas de Puerto Madero, ideia que sempre achei detestável.
- Vinho é a coisa mais barata no supermercado.
- Gosto do Teatro Colón, mas fui criado no interior do Brasil, onde a coisa mais próxima de uma ópera são os circos de leões desdentados e de humanos um tanto cansados, todos palhaços meio trágicos, não importa a função que exerçam no picadeiro.

02. A PADARIA COM CARA E IDENTIDADE PAULISTANA E CARIOCA
Em Bauru existe de tudo um pouco e ontem conheci algo pelo qual acabei me surpreendendo. Rose Barrenha convidou o casal para um almoço diferente e lá defronte o residencial Camélias. Retrucamos quando ela nos disse que iríamos almoçcar numa padaria. Aqui em Bauru, padaria não tem tradição de ter junto almoço, petiscos e bebidas. Corto volto de alguns lugares assim na Zona Sul, onde o público e diferente dos das pontas da cidade. Fomos por se tratar do Camélias e ali pelas redondezas sempre pintaram coisas inusitadas.

Na entrada, nenhuma novidade, uma mera padaria, mas seguindo pela direita (sic), logo um corredor e frequentadores ali sentados junto a um balcão. Ali já começa as surpresas e reencontro o primo Eduardo, noroestino de quatro costados e aposentado da White Martins. Ele bebericava com amigos um chopp geladíssimo, algo que me diz, faz com certa regularidade, pois mora no Camélias. A conversação foi longa, pois quem já se encontra num calibre superior ao seu quer te segurar, nem que seja pela barra das calças. Consegui escapulir e fui para o salão ao lado. Quarta é dia de feijoada por lá e ela é servida num prato feito, saborosa demais e pasmem, chega junto de uma bisteca de porco. Daí me entreguei e fiquei curtindo o lugar e, evidentemente, aceitei um chopp.

Toda casa assim só é boa se o pessoal do atendimento corresponde e o de lá, mesmo um palmeirense nos atendendo, tudo esteve a contento. O clima do lugar é mais que agradável. Não havia sentido isso em nenhuma outra padaria bauruense. Em Sampa, mês passado estive numa com essas características lá na Faria Lima e no rio, noutra em maio, no Largo do Machado. Nessas duas cidades, as padarias são muito mais que fabricantes de pães. Juntar padaria com aquele clima aprazível de botequim é para fazer o cidadão se render e tecer rasgados elogios. Tudo na VIA PÃES é merecedor de elogios. O dono é simpático e pega pesado junto dos funcionários, circulando entre as mesas. E assim num vapt-vupt já estávamos íntimos da garçonete, trocamos figurinhas e tudo. Portanto, escrevo assim somente de lugares que gosto. Já penso em arrebanhar amigos (as) e irmos juntos desfrutar de momentos diferenciados lá pelos lados do Camélias. Essa é mais uma dica do andarilho e gastador de sola de sapatos, o mafuento HPA.

ATO NAS RUAS DE BAURU
BAURU NAS RUAS, ATO AMPLIADO CONTRA TODOS OS QUE APUNHALAM O BRASIL
Não é só contra os ricos que não querem pagar impostos e não só contra o que Trump quer fazer com o planeta. Unidos estamos aqui contra as injustiças se perpetuando. Resistir e estar pras ruas é preciso

“Histórico! As ruas deixaram o recado de que o Brasil é uma nação soberana! E eu estive presente somando à multidão que se formou na Avenida Paulista nesta noite, exigindo o fim da escala 6x1, taxação das grandes fortunas, isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais e por respeito ao nosso país que não aceitará a manobra para libertar os que tentaram perturbar a democracia no 8 de janeiro. Foi um lindo ato”, Eduardo Suplicy.

“AGORA NA AV. PAULISTA! - Milhares de trabalhadores brasileiros organizados por movimentos sociais, centrais sindicais e políticos de esquerda, protestam contra a taxação anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre as exportações brasileiras e pelo aumento na cobrança de impostos para milionários e a isenção para os mais pobres”, Jornalistas Livres.

ROBERTINHO CLARO NÃO PODE COMPARECER, MAS JUNTA MINHAS FOTOS E MONTA ALGO QUE ESPALHO E COMPARTILHO, ENFIM, ESTAMOS NAS RUAS CONTRA OS DESMANDOS DOS QUE QUEREM CONTINUAR APUNHALANDO O BRASIL - ESTAMOS NAS RUAS
Eis o link de seu vídeo, se utilizando de minhas fotos:

GRAVO UMA DAS FALAS DA MANIFESTAÇÃO DE BAURU: Sindicalista Jesus Garcia:

LACRANDO
Fazia muitos anos - bote anos nisso - que não via ninguém em Bauru botando fogo em praça pública nas desgraças que assolam este país, como o representado ontem diante da Câmara Municipal de Bauru, no ato contra uma pá de coisas juntas. Foi uma junção de tudo, exigindo o fim da escala 6x1, isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, a taxação anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre as exportações brasileiras, pelo aumento na cobrança de impostos para milionarios e a isenção para os mais pobres, e por respeito ao nosso país que não aceitará a manobra para libertar os que tentaram perturbar a democracia no 8 de janeiro. Lavamos a alma e queimamos nossos males, todos na mesma fogueira. Bauru presente!!!




quarta-feira, 9 de julho de 2025

CARTAS (245)


É COM ESTES QUE EU ANDO
Domingo passado, 06/07, teve eleição ao PED do PT, quando foi renovado suas instâncias. E lá estávamos nós, o grupo onde milito e todo meu dia a dia partidário. Muito tempo atrás uma amiga lá de Pirajuí me disse uma frase e nunca mais esqueci: "Boi preto anda com boi preto". É isso, não merece nem explicação. Uma delícia andar em bando, num grupo onde ocorre um entendimento e congraçamento de ideias e opiniões. Não que todos ali pensem da mesma forma. Longe disso. É que, no frigir dos ovos, mesmo entre alguma discordância, estamos sempre juntos e lutando pelo mesmo ideal, um mundo melhor, diferente do onde estamos hoje inseridos e a causa comum é o ser humano e essa desbragada contenda de não se deixar ser explorado. Estamos todos a viver dentro do sistema capitalista e sem forças para conjuntamente promover uma revolução e assim sendo, nada melhor do que ir tocando a vida, inquietos e sempre a propor o algo novo.

Na disputa lá do PT, como se sabe existem vários grupos, por lá denominados Núcleos de Base e cada qual, segundo suas ideias, se inserem na lida e luta. Deste grupo onde estou inserido, muitos faziam parte do Diretório Municipal do PT e optamos por sair, discordância absoluta dos métodos de trabalho e atuação. Todos continuamos inseridos no partido, mas longe do seu DM. Na disputa dominical, tínhamos um lado e por ele estávamos lá. Perdemos novamente, algo natural. Nossos métodos são os de seguir à risca, sem desvios, de uma linha ideológica onde nunca agiremos dentro do tal do "vale tudo". Na foto que tirei, nós ali na frente do lugar de votação, acompanhando o processo e deu pra ver, representamos muito bem o PT.

O Núcleo de Base DNA Petista tem gente de fribra e na foto se vê, eu, Wellington Jorge Braga DE Oliveira , M Cristina Zanin Sant'Anna ,, Maria Cecilia Campos , Alexandre Gasparotti Nunes , Vitor Antonio Dota e Adham Marin (nos visitando, chegou anteontem da Argentina, onde estuda medicina). Estiveram presentes Claudio Lago , Jesus Francisco Garcia , Helena Aquino, Chicão Monteiro, Roberto Claro, Vinícius Negrão e Luzia Aparecida Siscar . Outros tantos como Valquiria Correa , Celso Zonta , Rose Barrenha, Ana Rosa Atique, Salvador Dias, Mauricio Passos, Milton Epstein, Ivana Da Selva, Abel Barreto, José Aparecido Dos Santos (prof Cido), Fatima Aparecida Napolitano, Luzia Conceição Quinezi Quinezi, Heloísa Alves Ferreira Leal, Helder Leal Lopes... 

Essa lista estará sempre inconclusa, faltando muitos nomes. Militamos juntos e assim defendemos Lula, o atual Governo Federal e estaremos todos na ato de protesto marcado para quinta, 10/07, contra a bestialidade dessa Câmara dos Deputados e Senado favoráveis a que os ricos continuem não pagando impostos. Somos de esquerda, somos petistas e estamos juntos numa luta de uma vida inteira. E quem não é petista, como Ivana e Epstein, possuem o mesmo espírito, garra e disposição de luta. Causas comuns e juntos não só por causa delas, mas para muito além da amizade. Tudo "boi preto".

DIA 10, 17H DEFRONTE A CÂMARA DE BAURU. ATO PELA TAXAÇÃO DOS SUPER RICOS JÁ
O presidente Lula não comprou briga com ninguém, simplesmente ele está fazendo o que já deveria ter feito há muito tempo. Isso de exigir que os super ricos deste país começem a pagar impostos seria algo natural, espontâneo se estes fossem honestos e pensassem bocadinho que fosse no engrandecimento do país. Temos uma mídia massiva, encabeçada pela TV Globo, a defender os interesses não do povão, mas dos ricos. E como a imensa maioria dos ricos é inconsequente e só pensa nos próprios bolsos, Lula foi obrigado a reagir e se contrapor à decisão da Câmara dos Deputados rejeitando o início dessa cobrança. Conversa fiada isso do IOF atingir a população num todo. O que os ricos não querem é contribuir com a nação, querem continuar ganhando muito e sem pagar nada de imposto. Até quando a nação vai suportar algo dessa natureza? Quando Lula peita o que foi feito e remete tudo para uma revisão, pelas vias normais e democráticas, ele está se colocando, mais uma vez ao lado dos interesses populares e demonstrando que, neste país, não é só pobre e classe média que devem pagar a conta. O rico precisa começar a pagar e já.

O país só vai conseguir vergar esse Congresso conservador e sacana com o povo se existir uma reação popular. Ela está marcada para amanhã, dia 10/07 em muitas cidades brasileiras. Bauru não ficou de fora e entidades sindicais, partidos políticos e outros organismos sociais se juntaram e estarão defronte a Câmara, 17h, demonstrando que a insatisfação tem que buscar apoio popular. Juntando forças e não tendo receio, medo ou se escondendo nestes momentos, só assim iremos vergar quem defende e escabrosidade dessa irracionalidade do rico não pagar imposto. Quem é de luta e defende verdadeiramente o país estará nas ruas e lutas amanhã.

"A isenção para quem ganha pouco e a redução da jornada de trabalho deveriam ser medidas óbvias e urgentes. Mesmo a implantação dessas medidas, especialmente devido ao tamanho da desigualdade, ainda manteria o lucro dos mais ricos. As tentativas parlamentares, de impedir isso, querem manter a situação inaceitável em que vivemos. Os mesmos parlamentares, que pretendem barrar o fim da escala 6x1 e a isenção tributária para quem ganha até R$ 5 mil, também querem transformar a pauta (necessária e óbvia) em objeto de negociação com o presidente Lula. A pretensão criminosa é normalizar a injustiça tributária e a superexploração do trabalho", José Claudio de Paiva.

MISSIVA DESTE HPA PUBLICADA HOJE NO JC
Eu abro o JC e na sua sessão de cartas, a Tribuna do Leitor uma constância de cartas com teor muito conservadoras, o que demonstra que, ao publicá-las, o jornal segue refém destes, o segmento mais obtuso da cidade. Como reajo? Respondo enviando carta de minha lavra e responsabilidade, com solicitação de publicação. Sou prontamente atendido pelo seu Diretor de Jornalismo, João Jabbour, ainda abrindo espaço para este diletante missivista. Li uma carta horrenda contra o BRICS e a favor dos desmandos dos EUA, essa minha resposta, publicada na edição de hoje:

"MENSAGEM DO BRICS É DE ESPERANÇA
Se faz necessário enxergar as relações comerciais de um país fora do alcance proporcionado pelos Estados Unidos. Com estes hoje, só pitos e tarifas, além de intromissões nos negócios alheios. Paralelo a isso, desponta no horizonte um novo formato, mas humanizado, não cobrando e exigindo que se permaneça de joelhos, subserviente e calado. O BRICS é mais que uma nova realidade e assim precisa ser enxergado e entendido.

Os EUA hoje, me parece, pode até continuar sendo um bom lugar para se conhecer, visitar e passar alguns dias. Até ficar doente por lá não é bom negócio. Não existe o olhar para o ser humano. Tudo é um negócio. Não dá mais. Cansou. Estagnou. E tudo também foi acelerado com um presidente humilhando todos e exigindo subserviência total.

E daí, na mensagem final do encontro do BRICS no Rio, algo totalmente contrário, propondo o multilateralismo, onde um país entende o outro e na junção, unidos, se apresentam mais fortes. Pipocam projetos concretos, no caso brasileiro, como essa ferrovia cortando o país até o Peru. Diante de um mundo clamando mais e mais por desenvolvimento com cooperação, vejo os EUA cada vez mais isolado.

Outro dia um político de um país africano qualificou bem essas relações. Disse que indo aos EUA em busca de projetos para colocar em prática no seu país, recebe como resposta um pito e indo à China, no mínimo, recebe, para começar a realização de uma ponte, uma obra. São questões de escolhas. O mundo mudou e o dólar já não navega em mares tão tranquilos como dantes. O BRICS veio para ficar."
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História

terça-feira, 8 de julho de 2025