quinta-feira, 30 de junho de 2016

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (78)


“DIFÍCIL EU ESCREVER, MANDA EU CANTAR”, PEDE DENISE AMARAL SOBRE O SHOW REVERENCIANDO IVONE LARA

No próximo domingo, 3/7, um show desses imperdíveis para quem gosta do verdadeiro e original samba, o DENISE AMARAL CANTA IVONE LARA, com participação especialíssima dos SAMBADORES, uma união do que de melhor existe na cidade de bons sambistas. Falar e tecer loas a Dona Ivone Lara é chover no molhado, mas temos que reconhecer, o repertório da renomanda sambista não é dos mais conhecidos. Muitos clássicos, mas no meio de tudo algo valoroso, mas um tanto desconhecido do grande público. Uma de nossas melhores cantantes (e também encantante) se preparou com o devido afinco para melhor demonstrar a grandiosidade da velha senhora e sua importância para a música brasileira. Será um domingo inesquecível nessa nova casa de shows, a WINS, ali na Nações Unidas nº 20-10, esquina ao lado do Obeid Hotel. O samba em Bauru vive um dos seus melhores momentos com muita gente mais do que bem preparada, na ponta dos cascos para explodir e ganhar o mundo. E quando a gente vê uma casa explorando esse filão, quase obrigatório a divulgação. Só para apimentar a discussão vejam quem são os tais do SAMBADORES: Leandro Miguel, o Borracha; Anderson de Paula, o Lemão; Anderson Silveira, o Gordo e o Anderson Vianna. Nesse domingo com participação especial de Eliel Firmino e Valter Nabeiro. Olha ela num vídeo anunciando o samba:https://www.facebook.com/baladawins/posts/813846618716461, depois o Lemão também faz o seu convite:https://www.facebook.com/denise.amaral.3914/posts/1112005815502457.

Falando um pouco sobre isso tudo e mais um pouco, fiz um entrevista por escrito com DENISE AMARAL, onde ela desabafou na frase que dá título a esse texto, pois me diz que canta melhor do que escreve. Conferindo a seguir, a certeza de que ela bate um bolão nas duas canchas de jogo.


1) Como você vê Bauru hoje dentro do cenário do samba? Estamos bem situados?
Resposta: Ai, Henrique essa primeira pergunta me deixa meio assim, assim. Temos excelentes músicos voltados para o samba na cidade e já estou visualizar um movimento forte o suficiente para ultrapassar os limites da nossa sem limites. Temos exemplos de batalhadores como a galera do "Coletivo Samba"..."Kananga"..."Grupo Elite"...”Sambadores”... "galera do Chorinho" são pessoas que eu tenho contato e vejo que insistem no bom samba. Ele e eu no meio disso tudo, estamos nos aprimorando cada vez mais, crescendo em todos os sentidos. Ótimo para nós e para a cidade.

2) Tanto aqui em Bauru como no país todo, esse samba sendo executado de variadas formas e jeitos. Você escolheu o clássico, o original, o que homenageia grandes nomes do passado e segue adiante com uma batida diferente da do pagodinho? Um atrapalha o outro...
Resposta: Sempre pauto minha trajetória primando por canções de qualidade e nas pesquisas sempre me deparo com riquezas do passado e sinto muito vontade de mostrar essas canções para as novas gerações e brindar a galera da minha geração com essas belezas, fico encantada e entusiasmada...acho que sou artista mesmo ...rs.

3) Faltam lugares na cidade para se reverenciar o samba como ele merece?
Resposta: Sim, na verdade a cena cultural Bauruense é pouco incentivada, em todos os setores artísticos, no caso da música que é minha área vejo que a galera não consegue manter um trabalho a longo prazo pois não dá pra se dedicar somente à música e pra sobreviver. A música fica em segundo plano, é claro que temos exceções.

4) Quando se toca esse samba no estilo que vai tocar, existe público para ele? O bauruense paga para ver samba ou só vai em show gratuito?
Resposta: Acho que o público na verdade ainda não entendeu quão valioso é o nosso samba.

5) Fale de dona Ivone Lara e do seu repertório. Como é desvendar o samba através do que ela cantava?
Resposta: D. Ivone Lara é a nossa grande dama do samba. Reverenciada pelos grandes. Quando vou pesquisando sobre ela tento me colocar em seu lugar. Neta de Angolana, primeira mulher aceita em uma ala de compositores de uma escola de samba. O primeiro samba enredo que uma mulher fez foi o dela e em uma época machista demais, tanto que usava o nome de um amigo em suas composições. Dançava o "Jongo", uma dança meio que camuflada na época por associarem à religião. Compõe com sensibilidade única, sua figura no palco é poderosa mesmo, de uma rainha, uma mulher à frente do seu tempo e uma mulher dona de casa, feminina entre outros talentos E sua obra tem que ser revisitada sempre e sempre, pois só nos engrandece... Eu estou completamente apaixonada.

6) Cite alguns dos bambas do samba em Bauru...
Resposta: Temos tantos bambas...fico com medo de não lembrar de todos, então vou citar os que apresentaram o samba em minha vida. Meu irmão Beto, meus amigos da família Araújo (Zé Luiz ...Serginho...), minha escola de samba Mocidade Unida da Vila Falcão. Mas existem tantos outros e todos levando essa onda sempre para a frente.

Diante de tudo isso, nada como marcar presença no próximo domingo, 3/7, a partir das 18h, lá na Wins, uma das novas caras do samba na cidade. Tudo com a chancela do COLETIVO SAMBA, do bambambã do Ivo Fernandes. Para convites antecipados, R$ 10,00, liguem, para 14.988003674.

E VIVA O SAMBA E ESSES SAMBISTAS MARAVILHOSOS.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

INTERVENÇÕES DO SUPER HERÓI BAURUENSE (94)


AOS VEREADORES QUE COSPEM NO PRATO ONDE COMEM
Guardião, o super-herói bauruense já estava querendo pegar no pé dos vereadores que, antes alinhados ao lado do prefeito Rodrigo Agostinho, com muito cargos dentro da atual administração, mas de uma hora para outra acabam por se transformar nos maiores críticos. Não se segurou e comentou: “Coisa típica de quem cospe no prato que come”.

Teve mais. O vereador Roque Ferreira - PSOL posta um curto texto pelas redes sociais sobre o tema e vem com um algo a mais. Leiam: “ENGRAÇADO - As sessões da Câmara estão interessantes. Vereadores que foram fiéis escudeiros do prefeito Rodrigo, que apoiaram até pouco tempo seu governo, que receberam cotas de emprego na prefeitura, passaram a ser os críticos mais ácidos do prefeito. É muito oportunismo eleitoreiro, pois, agora procuram se distanciar do prefeito. Deveriam começar entregando todos os cargos dos apadrinhados que enfiaram no serviço publico.”.

Pois bem, Guardião, aproveita a deixa e quer saber: “É realmente muito feio, a pessoa se beneficiar até não mais poder e nas vésperas das eleições virar as costas e além de cuspir no prato onde comeu até então, fazê-lo mas não por completo. Sim, esses se transformaram em críticos, os piores deles, enxergando tudo o que até então não viam, mas deixando de fazer algo, o de pedir para os que foram impostos para atuarem nas hostes da Prefeitura saíssem de seus cargos. Olha a baita cara de pau. Hoje enxergam tudo de ruim, mas os seus indicados continuam por lá. Mais do que pouca vergonha”.

Teriam entre os tais hoje opositores, alguns postulando o Executivo? É isso que o nosso intrépido super-herói quer saber: “Vereador, pelo que se sabe é pago para fiscalizar, propor e não compor. Os que agem assim, costumam indicar pessoas, seus apaniguados para atuarem na Prefeitura e com isso amolecer votos e decisões. Um horror o procedimento. Pior ainda esses que, usufruem da indevida benesse e, ainda traem. Até hoje, dentre os 17 atuando, mais os que saíram recentemente, quais se utilizam desse artifício? A cidade precisa conhecer seus nomes? E quais seriam esses, piores de todos, hoje tão críticos e ainda com penduricalhos dentro do staff da Prefeitura? Dar nomes aos bois é uma bela forma de impedi-los de continuar tentando se reelegerem. Quem souber de alguns nessa situação, aproveitem a deixa e tornem a denúncia publica.”.

Por fim, Guardião lança a campanha: “Vamos desmascarar os santos, os do Pau Oco”.

PS.: Guardião é criação do artista Leandro Gonçalez (www.desenhogoncalez.blogspot.com) no traço, com pitacos desse mafuento HPA no texto.

terça-feira, 28 de junho de 2016

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (87)


DOIS ASSUNTOS NUM SÓ: ARTEMIO E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, ROQUE FERREIRA E A DISTORCIDA INTERPRETAÇÃO DA AURI-VERDE SOBRE OCUPAÇÕES


A sessão da Câmara de ontem, 27/06 estava para começar, tudo relativamente calmo, até que:
“Movimentos sociais se concentram neste momento em frente à Câmara Municipal de Bauru. A manifestação é referente à fala do vereador Artemio Caetano, na última sessão legislativa, onde o parlamentar discursou sobre os recentes furtos cometidos na cidade por integrantes de movimentos sociais.”, vereador Roque Ferreira. Vejam o link:https://www.facebook.com/roque.ferreira.988/posts/1197950073557089.

“Movimento Social de Luta na porta da Câmara, cobrando posição do vereador Artemio, que os ofendeu tanto na tribuna quanto em emissora de rádio. De longe se pode ouvir o cantar: "Pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com formiga, não atiça o formigueiro.”, Tatiana Calmon.

“Vereador Artemio Caetano (PMDB) acaba de se retratar com integrantes do Movimento Social de Luta (MSL), quanto às declarações feitas na última sessão legislativa sobre aumento de furtos nas regiões dos movimentos.”, vereador Roque Ferreira. A seguir o vídeo da retratação do Artemio:https://www.facebook.com/roque.ferreira.988/posts/1197953363556760?pnref=story.

Que dizer disso tudo? Abaixo dois comentários extraídos das redes sociais após a tomada de conhecimento do imbróglio:
1.) “O melhor acontecimento do dia foi vereador metido a "fodão" no facebook arregar e pedir desculpas para as famílias do MSL... PS.: Não, não acredito que o pedido de desculpas tenha sido sincero... tampouco que o fulano tenha mudado de opinião sobre os movimentos sociais... tenho para mim que a encenação em frente à Câmara foi "ca**ço" mesmo...”, Márcio Machado.

2.) “Esse vereador só foi se desculpar depois de o movimento ter exigido retratação. Como a maioria da Câmara bauruense, só quer viver na zona sul e fazer parte da elite. Agora que viu o "formigueiro" foi se desculpar com medo das eleições que se aproximam. Só fica dando nome às ruas a fim de conquistar votos. Precisa ir trabalhar e fazer jus ao salário que o município paga.”, Murilo Coelho.

Depois teve mais...
O vereador Roque Ferreira (sempre ele, só ele...) no uso dos seus dez minutos de tribuna, aproveita para juntar outro tema ao do ocorrido. O das ocupações na cidade de Bauru. Num certo momento, após fazer citação de como a Justiça usa dois pesos e duas medidas, pois no caso da Felivel, quando está sacramentado que o terreno onde estão localizados é da Prefeitura e nada é feito para retirá-los, nem existe grita geral, nem da mídia, muito menos dos demais vereadores, ele diz que, estaria na hora dos movimentos sociais ocuparem prédios abandonados. Eis no link a seguir a fala na íntegra do Roque ontem na Câmara:https://www.youtube.com/watch?v=S2J7oKjGiak.


Até a própria TV TEM já tinha feito tempos atrás uma matéria sobre os imóveis abandonados em Bauru, esquecidos pelos donos e com um projeto de lei que os transfere para a Prefeitura Municipal. São mil e quinhentos no total, com donos só no papel. Revejam a matéria:
http://g1.globo.com/…/imoveis-abandonados-pelos-do…/2553847/

E o engenheiro José Xaides, ex-secretário do Planejamento da Prefeitura e professor da FAAC/Unesp publicou artigo do JC tempos atrás sobre o esmo tema:https://www.facebook.com/enioverri/videos/819756554821089/

Na sequência, a aberração do dia e na voz de duas pessoas debatendo em cima da fala do Roque. Primeiro, acredito que o diretor da rádio Alexandre Pittoli e o economista Fernando Pinho estavam tentando sair da sai justa pela entrevista do Artemio dada à rádio, onde o vereador falou algo forte sobre os movimentos sociais, teve que se retratar, mas na entrevista contou com o aval da emissora. Encontraram algo na fala do Roque a arrepiar a penugem sob seus corpos e desceram a lenha, só que erraram completamente o alvo. Primeiro, porque descontextualizaram o que Roque disse. Pegaram um trecho da fala, o da invasão e não o conectaram com a fala num todo. Pegou mal, pois tentaram encurralar o vereador por algo dito num sentido mais amplo. O que Pittoli e Pinho fizeram foi darem opiniões eivadas de preconceito aos movimentos sociais, à luta de classes e demonstraram ter a rádio um lado, um contra o povo e a favor de interesses, talvez ligados ao atual (des)Governo interino e golpista. Não escondem isso e a cada cinco palavras ditas, continuam a ladainha a favor dos golpistas e contra avanços sociais. Para eles (deixaram mais uma vez claro ontem), não existir outra saída para o país a não ser uma dizendo “amém”, sempre e tão somente, seguindo cegamente o que dita o “deus mercado”. Fora disso, para gente como eles, o caos e a proliferação dos de linha "vencida" ( deles seria o que, hem?).

A linha editorial da rádio estará engessada enquanto Pittoli estiver por lá, limitada e reducionista até a medula, pois não amplia o debate, aliás exclui o mesmo e quer impor um ponto de vista excludente, o da "zelite" (lembram-se dele?). Chegaram ao desplante de acusarem Roque, de “não fazer falta à Câmara” e que, com “a renovação que deverá ocorrer na próxima eleição, elementos dessa natureza, com certeza, estarão fora da política, pois são ultrapassados e perigosos”. O maior perigo, vejo eu, reside exatamente nos microfones da mídia atual e de como é feito o uso deles. Segundo, a rádio comprova ser hoje o canal mais à direita dentre os órgãos de comunicação na cidade, com posições e defesas bem ao estilo das que eram levantadas em 1964, período que antecedeu o Golpe Militar. Pittoli seu maior propagador. Depois de algum tempo oxigenada, hoje, atolada até o pescoço no esquema de Furnas e com a chegada de Pittoli, enveredou para uma linha conservadora, vivendo seu pior momento na história dos seus 60 anos.

A situação da mídia está toda explicadinha na citação a seguir: “O jornalismo brasileiro vive um dos mais ignóbeis períodos de sua história. Não só se transformou em pouquíssimo tempo, em uma imprensa adesista, como se mostra disposta a omitir, escamotear e falsear fatos no intuito de defender os golpistas. Qualquer pessoa que se colocar no caminho da mídia hegemônica e seu apoio ao governo ilegítimo de Temer terá sua reputação atirada no lixo. E dizem que é o PT quem possui uma máquina de moer reputações... (...) Em nosso país só sobrevivem jornais (rádios também) de direita, que apoiaram o golpe. E que mal disfarçam o conservadorismo em seu DNA, apelando a uma falsa pluralidade, dando espaço, em suas páginas (e microfones), a algum pensador de esquerda que ainda aceita em participar dessa farsa. (...) As redes sociais fizeram uma democratização da mídia a fórceps. (...) Jornalismo se faz com boas histórias, não só com denuncismo. Não é à toa que os leitores (e ouvintes) vem minguando. (...) A novidade, o frescor, está no digital e nas iniciativas independentes”, Cynara Menezes, a Socialista Morena, no artigo “Um epitáfio para o PIG”, revista Caros Amigos, edição 231, nas bancas.

Em tempo 1: A Auri-Verde podia publicar no facebook ou site deles o diálogo de Pittoli e Pinho. Com isso a ampliação do debate sobre a questão em pauta e daí, todos e todas tirariam suas conclusões de forma mais adequada. Teriam coragem para tanto? Não acredito.


Em tempo 2: Muitos me dizem para deixar de ouvir a rádio, pois pouco continuem a fazê-lo hoje em dia. Insisto, mas só alguns dias, pois do contrário, não me seguraria nas calças e teria motivos para escrevinhações diárias. Fazendo vez ou outra já me fazem vomitar...

Por fim, bem ao final do dia de ontem, sono chegando, Tatiana Calmon publica um poema versando sobre as necessárias ocupações, invasões ou mesmo desonerações fundiárias, feita pelo cineasta argentino/baiano Carlos Pronzato: “As cercas/
Crescem com o dia./ Demarcam/ A imensidão/ Do latifúndio/ E calam/ O murmúrio/ Das sementes./ Nas madrugadas./ O camponês/ Arma o coração/ Da derrubada./ O arame farpado/ Não deterá jamais/ O grito/ Da aurora/ Ocupada!".


A luta continua...

segunda-feira, 27 de junho de 2016

ALFINETADA (146)


MEUS TEXTOS NO SEMANÁRIO ALFINETE – ABRIL E MAIO DE 2004

Hoje a reprodução de mais oito, temas variados e múltiplos, ótimos para serem reeleitos hoje e tentando se imaginar há exatamente doze anos atrás. Vamos a eles:

Edição 266 - nº 195 – Uma conversa delicada - 10/04/2004
Edição 267 - nº 196 – O que penso de um monte de coisas - 17/04/2004
Edição 268 - nº 197 – Ode ao Rio de Janeiro - 24/04/2004
Edição 269 - nº 198 – Nem tudo está perdido - 01/05/2004
Edição 270 - nº 199 – Justiça seja feita - 08/05/2004
Edição 271 - nº 200 – Gente do lado de cá 3: Matilde - 15/05/2004
Edição 271 – nº 201 – Lula, a língua e a birita – 22/05/2004
Edição 272 – nº 202 – Clientes e Amigos: Declaração à Praça – 29/05/2004
No mês que vem tem mais. Até lá.

domingo, 26 de junho de 2016

COMENDO PELAS BEIRADAS (21)


O GONÇALEZ NO SEU MELHOR MOMENTO: NOSSA TERRA
Leandro Gonçalez é um raro artista atuando nessa varonil terra bauruense. Cartunista de boa cepa, adora retratar os heróis do quadrinhos de antanho, dos tempos medievais do Thor & Cia. De seu traço estão pela aí trabalhos divinais versando sobre esses temas. Ele viaja no tempo, sempre baseado numa coleção sua de quadrinhos, dessas de babar colecionador. Entende do riscado. Por outro lado, eu que o acompanho quando fazemos juntos o super-herói bauruense, o Guardião, frequento seu ateliê, digo mais desse artista quase completo. Para mim, seu grande trunfo, o que faz melhor é retratar os do povo, os mais simples nas suas atividades, nas suas especialidades, ou seja, no dia a dia. Seus trabalhos feitos com olhos de bom observador e cima das manifestações populares, das ocorrências das ruas, do que ocorre ali na esquina é, dentre tudo o que faz, o que mais me enche de contentamento. É um expert nisso.

Pois bem, o danado acaba de inaugurar algo mais do que único em tempos de crise e de gente contida, esperando o que vai acontecer, para ver o que pode e vai ser feito. O danado do Gonçalez não esperou nada disso, arregaçou as mangas da camisa, como sempre faz e fez, criou praticamente sozinho, com a ajuda de alguns poucos abnegados próximos, uma exposição que essa cidade precisa ver, conhecer e divulgar. Com essa "NOSSA TERRA", um bocadinho disso tudo que escrevo acima. Ele pegou seus novos pincéis (comprados para a ocasião) e produziu em guache e aquarela, técnicas difíceis e com resultados espantosos, tudo o que vinha fermentando dentro de sua agitada cabeça. O resultado está exposto no único lugar onde encontrou espaço para colocá-los à mostra, no corredor que dá acesso ao seu ateliê, ali na rua Bandeirantes, quadra detrás da Câmara Municipal, entre a Azarias Leite e a Gerson França. Na esquina um restaurante, depois um longo corredor. É ali, uma dentista na frente e lá dentro, no fundo, uma janela aberta e nela Gonçalez atuando e vivendo.

Não é a primeira vez que o danado faz exposições ali no corredor. Ele tem gana de fazer, de pintar, desenhar e expor. Ele já conseguiu mostrar seus trabalhos nos mais diferentes lugares na cidade, desde bares aos locais públicos, mas tem algo bem peculiar, não para um só instante de produzir e daí fica meio sem jeito de ficar pedindo espaço a todo instante para esse ou aquele. E diante disso, fez um acordo com os demais ocupantes da galeria onde está instalado seu ateliê e tudo fica exposto regularmente ali, da forma mais simples, singela e honesta possível. Esse o seu jeito, um só dele. Trabalhos reproduzidos em folhas simples e coladas em cartolina ou papel cartão, sem moldura, pois isso encareceria demais os custos. Essa outra de suas imensas virtudes. Um artista que dá muito murro em ponta de faca, mas nada dessas adversidades o impede de continuar produzindo mais e mais. Incansável e necessário.

Ontem, sábado, 25/06, ele abriu sua exposição e deve ter se desdobrado mais um pouco, pois o fez com a devida pompa e garbosidade. Fez ais do que um lançamento público, produziu uma Festa Junina por lá, com direito a quitutes e bebidas típicas. Deve ter fervido de amigos e com isso, abriu a NOSSA TERRA. Pela amostra do que publico aqui, dá para notar o quando ele é do povo, um dos que vivenciando as ruas como seu habitat, retrata como ninguém isso do povão mais simples. Esse toque que dou aqui sobre esse artista é para sensibilizar alhos e bugalhos, ou seja, gente de todas as matizes, para dar uma passada por lá, ver in loco tudo o que saiu da mente e mãos do Gonçalez e está ali exposto. Para entender a diversidade do seu trabalho só mesmo indo ver a coisa de perto. E quem não for, vai ficar sem assunto e sem conhecer algo grandioso.

O convite está feito e com a abertura de ontem, tudo ficará por ali exposto até dia 20 de julho. É tempo suficiente, sem nenhuma possibilidade de desculpa para darmos uma, duas, várias passadas por lá e olharmos com nossos próprios olhos, obras feitas com o que denomino de "sangue, suor e lágrimas". Um sujeito dos mais simples, de pouca conversa, mais calado que falante, observador atento de tudo à sua volta, tentando e conseguindo algo divinal nesses bicudos tempos, o grande feito de viver exclusivamente de sua obra, produzindo arte, pintando e retratando os que lhe pedem trabalhos. Por tudo isso representado por esse original e competente artista, Bauru precisa descobrir o que existe de fato por detrás de tudo o que produz e, para isso, só mesmo indo lá conhecer seu reduto e sua obra. Vamos? O convite está feito. Vá desarmado, sem algo preconcebido na cabeça, sem recalques, sem aquila doença de que tudo deve estar em galerias chiques e cheias de pompa. Desfrute do lugar, do ambiente criado, entenda como ele conseguiu fazer aquilo e nas condições ali existentes e misture tudo com esse nosso país, daí entenderá um bocadinho do que venha a ser esse tal de Gonçalez. Um sujeito pra lá de admirável.

Dica dominical do HPA

sábado, 25 de junho de 2016

UM LUGAR POR AÍ (83)


UMA DAS SOLUÇÕES É IR VIVER COMO NA COMUNIDADE “NOIVAS DO CORDEIRO”
Diante de um mundo cada vez mais irracional, onde quem dita as normas são as trais leis do mercado, o tal de “deus dinheiro”, nada como conhecer outra realidade, ainda possível. São tantas coisas a nos embaralhar o cerebelo, que já nem sei para que lado devo seguir. Ontem um tal de Pinho disse na Auri-Verde, junto com Alexandre Pittoli que “não existe mais saídas e os que tentam viver fora do mercado, como esses governinhos latinos de esquerda, a traulitada é para se reencaminharem ao único caminho possível, os dos que seguem cegamente as leis ditadas por grandes grupos. Enfim, eles possuem o poder, os grandes interesses e contas, daí contrariá-los impossível”. Ouça essa bestialidade humana elevada à sua máxima potência, uma que nos quer vivendo como gado, manada de cabeça baixa e olho para os lados. De um o golpista Temer, aliado à mídia e ao Judiciário ditam tudo conforme suas conveniências, nos EUA Donald Trump tem tudo para guiar o mundo para infindáveis guerras e até a Inglaterra capitula e num plebiscito diz sim para sair da Comunidade Européia, se isolar e guiada pelo pior conservadorismo existente no mundo, toma as rédeas de uma inerte Europa. Macri na Argentina, dois neoliberais horrorosos disputaram o Governo peruano, A Venezuela sendo conduzida para o caos social, refugiados sendo tragados pelo mar a cada novo minuto, países destroçados pelos interesses financeiros (Síria, Afeganistão, Líbia, Iraque, Palestina e outros).

E daí, o que nos resta? Sim, lutar e resistir é preciso, mas como diante de tanta iniquidade? A vontade é mandar às favas tudo isso e ir viver de uma outra maneira, ais humana, mais sensata em lugares ainda permitidos para tanto. Mas como viver de um jeito diferente dentro desses cruéis e insanos sistemas espalhados mundo afora? Imagine alguém propondo, por exemplo, uma vida alternativa no Iraque? Lá impossível, mas e aqui? Sim, existem redutos. Alguns amigos já demonstram vontade de ir morar em lugares distantes, longe de tudo, reunindo tudo o que possuem e longe dessa podridão que nos cerca. Escolher uma ladeia qualquer e fazer de um cantinho escondido seu mundo, sem se importar com o mundo à sua volta. Sei da impossibilidade disso, pelo menos para mim e amigos mais próximos, todos tendo suas vidas envoltas até hoje em ações sociais, lutas e embates constantes. Reflito muito sobre isso e busco saídas. Encontro algumas e cito uma.

Já ouviram falar na Comunidade NOIVAS DO CORDEIRO? Não, pois antes de fala deles é bom lerem um breve histórico no link a seguir:http://serfelizeserlivre.blogspot.com.br/…/noivas-do-cordei…. Essa localidade mineira, cheia de mistérios, envolta sob o véu de sugestivas iniciativas coletivas é o local onde vivem aproximadamente 250 mulheres e suas famílias. Vale a pena também conhecer o documentário com o mesmo nome, da diretora Regina Santiago:https://www.youtube.com/watch?v=cVmj1hORxso. A experiência de comunidades como essa não é única e devem ser copiadas, melhoradas e colocadas em prática. Vejo como salutar o que “elas”, as mulheres do Cordeiro fizeram num certo momento, quando resolveram entre si abolir o jeito religioso, castrador e indutor de medo que vicejava no seio da comunidade. Podem ter certeza, a partir daí, vicejaram mais e mais. Gosto muito de ir conhecendo algo nesse sentido. Isso me toca e muito, ainda mais no mundo atual, onde predomina essa irracionalidade do dinheiro como condutor de tudo. Daí, nada como começar a espiar experiências como e pensar seriamente em, qualquer dia desses, ir prum lugar assim. Isso se chama cansaço. Nos EUA tem algumas, em Portugal tem uma maravilhosa, aqui mesmo tem tantas outras e assim, penso em cair fora desse mundo adestrado e servil, resignado e cordeiro.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (24)


OS QUE VIVEM SE ESCONDENDO...
Eu só me escondo de credores. Já os tive em maior número, hoje bem menos. Um horror ter que inventar desculpas e sair pela tangente. Tempos atrás um alto funcionário público ao ser inquerido de forma bruta na recepção do seu local de trabalho, pulou a janela e saiu voando pelas portas dos fundos. Deve ser horrível fazer isso, mas em algumas circunstâncias necessário. Quando o negócio resvala para uma provável cena de violência fujo mesmo, sem pestanejar. Enfim, não gosto de apanhar.

E de vaias, quem gosta? Ninguém. O negócio hoje vai um pouco além das vaias e em alguns casos o sujeito, diante das malversações que proporciona pode levar tortas na cara, ovos na fuça e até algo mais. Daí, o fato de muitos políticos hoje não avisarem mais com a devida pompa quando chegam para inaugurações variadas. Avisam só os mais chegados, os de confiança e mesmo assim quando a coisa vaza e um tal de tentar contornar na hora agá. Divertido ver como alguns tentam se safar do contato com o povo.

Tem quem marque num lugar e aparece noutro, diz que vai entrar por uma porta e acaba chegando até dentro de um porta malas, tudo para evitar a vergonha. E se assim age, sem motivo é que não é. Eu mesmo já disse que, fujo dos credores, mas político eleito foge do que, hem? Se o cara foi eleito, teve a maioria dos votos, qual o motivo que possui para não querer encarar seus diletos eleitores? No mínimo, fez algo e tem vergonha de encarar olhos nos olhos o oponente ou até mesmo o situacionista.

Tem um jeito hoje de via internet, meios virtuais do sujeito descobrir antecipadamente onde estão ocorrendo protestos, onde são os lugares menos recomendáveis para o gajo com a popularidade em baixa comparecer e daí ele vai exatamente em outro, o com menos perigo de encontrar inoportunas pessoas. Tem aquele durão, que sabe o que vai encontrar e manda o aparato policial antecipadamente, desce o sarrafo e depois, chega com a cara mais lavada desse mundo e ainda sorri para os de sempre, os pagos para bater palmas nesse tipo de evento.

Ainda ontem vi algo engraçado (e surreal) na TV. Jornalistas da TV Globo fazendo uma matéria nas ruas e contando com segurança para espantar os que poderiam melar a gravação. Eram uns brucutus de dar medo e isolaram o lugar da gravação. Escrevo tudo isso por um simples motivo, o governador Alckmin chega amanhã bem cedo em Bauru e vem na moita. Sem pompa, nem tapete vermelho. Se pudesse seria tele-transportado diretamente do Palácio dos Bandeirantes para o local do evento, esse todo cercado e faria o mesmo na volta. Ele é a minha fonte inspiradora para essa escrevinhação de abertura do final de semana. Viva o amoitado!

SE É FEITO ÀS ESCONDIDAS, COISA BOA NÃO É
Político golpista age sempre na surdina. Vejam o Temer, o interino, até agora não botou as caras nas ruas. Sabe muito bem que, o seu (des)Governo é não só impopular, como destruidor de direitos e tudo o mais. Age na surdina e foge do povo. Mas não é só ele quem age assim.

Amanhã cedo, por volta das 9h da manhã quem desce no aeroporto de Bauru, o da área Octávio Pinheiro Brisola é o governador GERALDO ALCKMIN. Vem sem avisar, quietinho, calado, escondido e de lá segue com os carrões para ali pertinho do trevo da Eny, cruzamento das duas rodovias, mais precisamente no km 337, onde vai dar o pontapé inicial para a duplicação da Rod Mal Rondon, do km 336 ao 347, perímetro urbano de Bauru.

Antigamente tudo era feito com ampla divulgação, hoje não sai mais em lugar nenhum. Esse povinho morre de medo de protestos. Pois era isso o que devíamos fazer, desde o aeroporto e por toda sua permanência na cidade. Podíamos questioná-lo da vergonha do que ocorre agora na ALESP quando um apaniguado seu é o comandante da CPI da Merenda Escolar ou das maldades todas feitas com as universidades públicas paulistas. E questioná-lo de sua participação no golpe impetrado ao Estado de Direito. Ou tudo junto e de uma só vez. A oportunidade é essa, amanhã cedo...

Será que o danado chega disfarçado ou oculto dentro de uma mala? Espalhem a notícia...

quinta-feira, 23 de junho de 2016

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (86)


O QUE FIZERAM HOJE NA SEDE DO PT E COM A PRISÃO DE MAIS PETISTAS É A ANORMALIDADE SE PERPETUANDO
O que está ocorrendo hoje no país é algo saindo e muito da normalidade dita democrática. Que o PT errou, isso já é do conhecimento das pedras do reino mineral e não discuto mais isso. É o único partido a pagar pelos seus erros, isso faço questão de discutir e expor. A Polícia Federal e o Exército cercarem a sede desse partido é mais do que uma perseguição, algo vergonhoso, pois ocorre repetidamente somente ao PT. Prender novamente um político desse partido, dessa vez um ex-ministro também. Não faço aqui defesa do PT pelo PT, faço a defesa deles, pela absoluta anormalidade do ocorrido. Está explícito um algo mais por detrás disso.

Está mais do que claro estarmos com um Golpe De Estado e pleno curso. O golpista Temer, instrumento na mão de interesses vis, ainda precisa ter sua situação oficializada pela decisão dos senadores. O jogo é bruto e não é nada democrático. Dilma e Lula são do PT e ambos hoje são o empecilho no momento para a instalação de vez do neoliberalismo nesse país. Podem me dizer que ambos fizeram o jogo neoliberal, com alianças espúrias. Sim, mas se ódio a eles continua é porque fizeram algo a desagradar essa elite, do contrário estariam todos aliados. Esse algo é o atendimento a clamores e reivindicações populares. Erraram e pagam pelos seus erros. Muitos dos seus estão presos. Só eles estão presos. Zé Dirceu hoje é um preso político, sem tirar nem por. Diante do que fez está numa espécie de prisão perpétua e tantos outros, de outros partidos, comprovadamente com atos muito mais danosos estão soltos e sem possibilidade do Judiciário os alcançarem. Enxergar isso é o mínimo diante de tanta iniquidade.

Quando vejo alguns que comigo trilham os caminhos contra os desmandos e referendam o que a Justiça brasileira faz, os vejo como míopes. Não dá para aceitar a decisão dessa Justiça, toda entrelaçada para referendar o golpe e com decisões somente punindo petistas, fazendo vista grossa aos demais. O que a mídia e o Judiciário fazem hoje é motivo de escárnio, repúdio e de denúncia internacional, uma vez que aqui não adianta, esses órgãos estão comprometidos com o que de pior temos. Nem é preciso muito para demonstrar tantos outros, de variados partidos com atos imensamente piores do que os petistas hoje sendo presos e cujas ações são acobertadas e jogadas para debaixo do tapete. Aniquilar o PT, eis o ato em curso, isso o que interessa.

Independente de sigla partidária que defendo, não posso me omitir de enxergar a doença a tomar conta do Estado Brasileiro. Ele hoje padece de uma doença sem cura. A ação de hoje é a prova inconteste disso. Isso só tem um nome: perseguição e destruição de um partido político, num conluio entre poderes, para perpetuar o que de pior temos na política. Chegamos ao fundo do poço e não existe mais como contemporizar. Daqui para frente só existe mesmo uma solução para tudo isso: povo nas ruas e revolta popular. Nada mais resta a ser feito. Nossa mídia e também Judiciário, junto com Polícia Federal e parte da Forças Armadas referenda algo que já fugiu há muito da legalidade. Vivemos um momento de pura exceção. Com os poderes corrompidos e a serviço dos interesses de uma elite cruel e insana, eles não mais defenderão a causa popular.

O que ocorre ao PT hoje é parte desse processo. Para perpetuarem-se no poder, impondo sua forma espúria de governar, para poucos em detrimento da imensa maioria, se faz necessário aniquilar primeiro o que fez algo e o que pode continuar fazendo algo, depois com a terra arrasada, nadarem de braçada. Ficar quieto e indiferente agora é ver o país ser dilapidado de uma forma meio que irreversível. Não é o momento de apontar erros na conduta por caminhos já percorridos. Fazendo isso nesse momento, estarei ajudando o inimigo. Quero reverter a situação atual e precisamos de união. Ela existe? Veremos. Se nem com o que ficou mais do que escancarado hoje, ela ocorrer podemos desistir e se resignar. Estaremos entregando o ouro para o bandido e com tudo perdido, viro alienado de vez e vou me enfurnar pela aí nos anos que me restam de vida. A defesa dos que hoje estão sendo presos e do que fizeram na sede do PT é algo para ser feito por todos e se acham que isso é algo normal, me desculpem, continuem fazendo o jogo do bandido e não reclamem depois. Hoje é com o PT, amanhã estaremos num mato e sem cachorro. A situação do país hoje, pela quantidade de maldades já impostas ao país em pouco mais de um mês é a derrocada dos direitos individuais e coletivos, em detrimento da insanidade neoliberal no poder.

NÃO TEM COMO ESCONDER: ISSO SE CHAMA PERSEGUIÇÃO E NADA ALÉM DISSO
https://www.facebook.com/SocialistaMorena/photos/a.422338444493331.97100.419178804809295/1112700462123789/?type=3&theater

CONCORDO COM ESSA MANIFESTAÇÃO - POR QUE SÓ O PT SE EXISTEM OUTROS IMENSAMENTE PIORES E COM CRIMES COMPROVADOS DE MUITO MAIOR VALOR? Você aceita isso de boca fechada? Eu não. https://www.facebook.com/redetvt/videos/1115899318480145/


CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (109)


AMIGOS E AMIGAS NOVOS E ANTIGOS

Não vou conseguir responder a todos que me desejaram Feliz Aniversário no dia em que completo 56 anos de existência. Minha resposta, feita ao meu modo e jeito segue no melhor estilo que poderia ter encontrado no momento, o Laerte de viver.

Obrigado por tudo.

Não está nada fácil tocar o barco nessa maré golpista a nos rodear, mas tento com ironia, picardia e um pouco de maledicência, além de contar com a companhia de vocês todos.

Resistir é preciso, sempre, hoje mais do que nunca, pois tempos horrorosos nos espreitam.

HPA

quarta-feira, 22 de junho de 2016

FRASES DE UM LIVRO LIDO (104)


EU ME APAIXONEI PELAS “PEDRINHAS MIUDINHAS” DO CARIOCA SIMAS

Estive duas semanas atrás no Rio de Janeiro e conto aqui algo ocorrido por lá. Toda vez que passo pelo centro do Rio faço questão de rever o Rodrigo Ferrari, lá na livraria mais carioca de todas, a Folha Seca, localizada na rua do Ouvidor 37, centro velho e reduto de bons reencontros. Rodrigo estava revoltado naquele dia, pois tinha acabado de ser notificado que não poderia se utilizar da frase “ano olímpico” na vitrine da loja (https://www.facebook.com/daniel.a.deandrade.90/posts/10206639952824630). Como sempre, fiquei à vontade e também como sempre, desde mais de uma década atrás, passo e levo algo. Dessa vez, escolhi a dedo e pelo título do livro “PEDRINHAS MIUDINHAS – Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros” (Editora Morula RJ – www.morula.com.br), do ilustre professor de carioquice Luiz Antonio Simas. Fiquei zanzando pelo Rio naquela tarde e depois voltei de ônibus no dia seguinte para Bauru. Não consegui dormir, mesmo com o frio enquanto não terminei a leitura do danado do livrinho. Foi identificação à primeira vista e como indico para tudo, todas e todos, deixo junto como espécie de tira gosto algumas frases sacadas das crônicas de 132 páginas devoradas e redevoradas, algumas várias vezes. Grifo todos meus livros e nesse quase acabei a caneta marca-texto. Não consigo tirar o danado de cima de minha mesa e logo na abertura, num escrito do poeta Manoel de Barros, um dos motivos por ter gostado tanto: “Passava os dias ali, quieto, no meio das coisas miúdas. E me encantei”.

Sintam o que veio a seguir e foi por mim grifado:
- “Nas histórias que conto, por prazer ou ofício, não cabem grandes batalhas, feitos extraordinários, líderes políticos, gênios da humanidade, efemérides da pátria e similares. Esclareço, portanto, para abrir a gira. Acontece que não me sinto confortável nos jantares requintados, dentro de ternos bem cortados, nos salões da academia ou nos templos suntuosos. (...) Eu sou maravilhado pelas pedrinhas miudinhas, nelas me vejo e dela faço meu pertencimento”.
- “Os homens que me civilizaram chegaram às praias do meu país nos porões infectos dos tumbeiros e foram vendidos e marcados feito gado no mercado”.
- “O Brasil em que fui criado passa longe, muito longe, de salões empedernidos, bancos acadêmicos, bolsas de valores, altares suntuosos, restaurantes chiques e esquinas elegantes. O Brasil dos meus olhos de criança e das minhas saudades de adulto é o dos campos de futebol, mercados populares, terreiros de macumba e rodas de samba”.
- “Fujo de responsabilidades que impliquem em dar ordens a alguém. Canto Noel, João do Vale, Wilson Batista, Geraldo Pereira e Pixinguinha enquanto trabalho e vejo nisso, como no batuque, um privilégio. (...) ...e tenho a decência de não almejar fortuna”.
- “O sujeito tratava os vinhos com uma intimidade impressionante e parecia um psicólogo descrevendo a perfil emocional da bebida: ‘é um vinho que a princípio se mostra tímido, mas aos poucos revela um caráter agressivo e grande responsabilidade’. Dei um jeito de pular fora”.
- “O botequim é o anti-shopping center, a recusa mais veemente ao corpo irreal dos atletas olímpicos ou ao corpo pau de virar tripa das anoréxicas, sintomas da doença comum desse mundo desencantado:: metáforas da morte”.
- “Não sou um homem de fé; sou um homem de ritos. (...) Só compreendo a devoção quando ela se manifesta em reza, festa, dança, batuque, comida e camaradagem. (...) Se a fé me falta, sobra o apreço pelos ritos do povo”.
- “A arte da criação e o exercício da simplicidade generosa é, para os filhos de Ogum, o descanso na loucura e a única maneira de domar o inimigo que (me) espreita ao final de cada jornada”.
- “Comemoro gols de todos os atacantes que não vi jogar, defendo pênaltis perdidos, apoio amores desvairados, serestas ao luar, rodas de capoeira, cachaças pros santos e beijo a nobreza em mãos calejadas. Navego rios imundos, sou carpideira de suicídios das putas, brindo em copos quebrados aos beijos partidos, aos cantos dos fodidos e aos passos gingados. A cidade, emaranhada em mim, comove feito o diabo. Porque é hoje”.
- “...divinas são as damas dos cabarés e todas as boas fodas”.
- “O homem justo bebe cerveja como quem reza, reza com o fervor amoroso de quem toma umas geladas com os do peito no boteco da esquina e sabe que ninguém faz amizades tomando leite em balcão de padaria”.
- “Amante que sou das miudezas que bordam e iluminam as histórias dos homens”.
- “A educação precisa, urgentemente, assumir a única tarefa hoje digna deste nome: deseducar. Aos professores cabe a condução da tarefa desafiadora de deseducar as gerações. É ela que me estimula”.
- “Há um senhor de engenho morando em cada brasileiro, adormecido. Vez por outra ele acorda, diz que está presente, se manifesta e adormece de novo, em sono leve”.
- “Às armas, pois, meus camaradas! Sigam-me os que forem baderneiros, bradarei feito um general da banda à sorrelfa”.


Quem quiser algo sobre Carnaval, Samba, Rio de Janeiro e Futebol precisa conhecer a Folha Seca. Para tanto acessem:https://www.facebook.com/livrariafolhaseca/. E para se comunicar com o inebriante Simas, cliquem a seguir:https://www.facebook.com/luizantonio.simas?fref=ts

terça-feira, 21 de junho de 2016

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (88)


O IMPROVISO, A POESIA NA CALÇADA E AQUELES A NOS SACANEAR...

PRIMEIRO O POVO - ESSA HABILIDADE EM IMPROVISAR E SER FELIZ NAS PEQUENAS COISAS
É disso que vos falo, é disso que quero continuar escrevendo, é isso que quero continuar presenciando pela aí. Desculpem-me, mas coisa séria mesmo é isso aqui no vídeo, o resto é o resto. Viva o povo e esse seu jeito malemolente de levar a vida pra frente. Eu surfo com eles todos. Cliquem nessa linha em azul e vejam o que acabo de ver e se maravilhem das possibilidades da felicidade se achegar de ti:
https://www.facebook.com/NosEPobreMasEFeliz/videos/312355952277015/

OS COM ATITUDES IMPERDOÁVEIS - MINISTRO EMPREENDEDOR COM INVEJÁVEL CURRÍCULO

Viajei com os do povo surfando numa lona azul, igualzinho o mar, enquanto do outro lado da rua, sacanas proliferam como mato em terreno baldio após uns dias de chuva. Estava aguardando, parado com o carro num congestionamento no centro da cidade e na revista que lia, lá algo sobre esse novo ministro da Educação, o golpista paranaense de Maringá, engenheiro Ricardo Barros. Um engenheiro cuidando da Saúde é o mesmo que relembrar do Serra quando ministro dessa pasta e de tudo de ruim que depois nos é repassado via ações burocráticas e sem colocar o povo em primeiro lugar. Dizia a matéria que, “após quase 25 anos, ainda adormecem nas gavetas e salas dos tribunais pendências jurídicas de atos cometidos por ele contra o erário, servidores e população. No site do Supremo Tribunal Federal constam dez inquéritos contra Barros”.

Acho lindo isso, o cara ter um currículo desses. É por demais engrandecedor. 25 anos de labuta e dez inquéritos, num tendo que devolver mais de 72 milhões de reais aos cofres de Maringá e noutro, por ter feito remissão parcial de tributos para apaniguados, mais algumas dezenas de milhões. O sinal abre, eu deposito a revista no banco do carona e me ponho a viajar em tudo o que esse senhor já fez na vida. Um EMPREENDEDOR na justeza do termo, um que muito fez, pois para você conseguir ter no currículo mais de 10 inquéritos de improbidades, além de já estar sentenciado em ter que devolver perto de 100 milhões, convenhamos, não é pra qualquer zé mané. Se ele possui tudo isso de folha corrida, é mais do que merecedor receber como bônus um Ministério, mais um brinquedinho em suas mãos. Esse, com toda certeza, vai resolver todos nossos problemas de corrupção. O homem certo no lugar certo, na hora certa, na medida certa e com tudo para, em pouco tempo (até acabar a interinidade do golpe) vai, com toda certeza, dobrar esse valor e chegar aos píncaros da glória. Ó Glória! Abençoado seja quem lá o colocou. Ele vai cuidar muito bem da Saúde. Da do seu clã. Viva Temer e seus homens de OURO.

O ENCANTO E A SIMPLICIDADE DE SEU JOAQUIM POETANDO PELAS RUAS
Fiquei tocado, primeiro por ver dois jovens num clip via facebook, surfando com uma lona azul como se estivessem no mar. Depois, revoltado por ver o novo e golpista ministro da Saúde, tendo no currículo dez inquéritos por improbidade, já estar sacramentado a devolver quase 100 milhões aos cofres públicos e ainda ser nomeado. Depois de tudo me envolvo com as histórias de um velho conhecido, muito simples, escrevinhador e que, toda vez a cruzar comigo pelas ruas, me cerca e quer me mostrar seus escritos. Imprimiu um último e me fez fotografar para avaliar. Li e agora ele quer saber o que acho? Digo, lindo e não minto. Ele é lindo. Esse mundo tem lindas e podres pessoas. Vivo com os lindos e simples.

JOAQUIM CÂNDIDO VIEIRA tem jeito de ter sido ferroviário, como a maioria das pessoas de antanho, mas nunca o foi. Foi escriturário, contador, sempre serviços dessa natureza, burocráticos e onde pode exercer a escrita. Pegou gosto e hoje, com oitenta e lá vai fumaça nos costados vive para escrever. Anos atrás quando soube de um evento ferroviário na estação da NOB fez uma poesia sobre os trilhos e pediu para um amigo imprimir tendo ao fundo uma locomotiva.
Foi lá e mostrou para todos e assim faz com tudo o mais. O encontro na Batista de Carvalho e me mostra um poema, esse sobre o caráter das pessoas. Pego o papel, impresso com um fundo verde e leio. Quando me vê querendo dobrá-lo e colocar no bolso me pede com muito jeito para que o devolva, pois é peça única. Dou um jeito e o fotografo antes de devolvê-lo e assim fico com seu escrito. Ele sorri, pede para ler com calma e avaliar. Dias depois liga e pergunta o que achei. Só posso achar a coisa mais linda do mundo, ele andar com seus escritos no bolso e mostrando para uns e outros. Joaquim é de uma velha cepa, desses quase extintos ou em fase de, pessoa encantadora, que ao enxergar no semelhante alguém com os mesmos gostos por escritos, não perde tempo, cerca o mesmo e a cada reencontro puxa assunto. Eu e ele somos amigos desses reencontros e quando o vejo, esqueço de tudo o mais e passo a dedicar longos momentos para ele, pois do contrário ele ficaria muito triste pela pouca atenção. Sábado que vem, com certeza, vai estar com escrito novo nos bolsos.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (131)


FAZER 56 NÃO É BRINCADEIRA - O DIA DO NASCIMENTO É 23, MAS O FURDUNÇO COM AMIGOS FOI ONTEM

A coisa foi acontecendo de um jeito tão natural, que nem sei como chegou a se concretizar de fato. O que sei é que a mafuá ontem esteve lotado. A Ana Bia Andrade diz que contou até uma certa parte da tarde e já tinham 45 pessoas, mas outras chegaram. Umas se fora mais cedo e outras ficaram até o fim. Foi um encanto de tarde/noite.

O mafuá, como sabem era a antiga residência do meu finado pai, Heleno, falecido 40 dias atrás e desde uns oito anos, meu escritório pessoal, reduto de minhas preciosidades. Aquilo tudo que não tenho onde levar, acaba tendo seu destino em algum canto do mafuá. Ele acabou ocupando ao longo dos anos um espaço muito maior do que imaginei no começo, ou seja, quando oito anos atrás, separado resolvi voltar a morar com meus velhos. Cuidei de minha mãe e depois de meu pai. Acompanhei eles até o fim e hoje, Ana e meu filho, o Henrique Aquino prometem fazer o mesmo comigo. Já inspiro de cuidados,sei disso, quero ver.

Hoje mais mafuá do que nunca, o que restou de uma brava e conspiratória enchente continua armazenado, aguardando um melhor tratamento, mas tudo ali, no mesmo local. Com o tempo prometo organizar tudo, pois agora tenho mesmo é que me organizar no meu mestrado. Depois penso no resto e até no restauro da casa. O fato é que meu pai se foi e tudo ficou mais triste. Meu cão, o Charles passou semanas na maior tristeza e aquilo também me fez não mudar nada por aqui. Ana entendeu. Minhas coisas não cabem no apartamento onde moramos, nem as dela aqui. Pior, ela nem pensa em vir morar na beira de um rio e meus bagulhos não cabem por lá. Continuamos como dantes, mas eu tentando permanecer mais ao lado dela, afinal meus horários já são muito mais flexíveis. Ou melhor, nada mais é tão sério assim e até o país perdeu o último ar de seriedade quando golpeado pelos brucutus do neoliberalismo nativo. Com tudo de pernas para o ar, tento manter um ar de inexistente normalidade. Eu mesmo finjo ser sério.

E daí, como estou às vésperas de fazer 56 anos e sem muita grana nos bolsos, vendi a ideia para amigos e amigas de que abriria o reduto do mafuá para visitação geral, desde que e ajudassem a bancar uma festança. E assim foi feito. Festa compartilhada é o que há de bom nesses bicudos tempos. A gente convida só os que cabem na casa e estipula a facada: tragam uma bebidinha e alguma carne. Fui correspondido e tudo deu muito certo. Nem sei como agradecer os que vieram e nem sei como me desculpar com os que não convidei. Nem sei os critérios usados para fazer uma lista, nem sei direito como contataram todos e o fato é que a casa encheu ontem.

Claro que muitos amigos (as) aqui não estiveram e antecipadamente me desculpo. Justifico dizendo ter sido um primeiro ato, numa peça sem fim e com muita água ainda a passar por debaixo dessa ponte. Dizem que vai ter uma Festa Julina pela frente ocupando o campo defronte a mansão mafuenta. Não tenho a mínima condição de escrever de todos os que lá estiveram, pois com certeza vou me esquecer de alguns e todos são importantes nessa minha atribulada vida. O gostoso de viver num país como o Brasil de hoje, querendo assumir uns ares de maldade no ar é saber estar rodeado de gente que pensa e age igual a ti, luta por mundo verdadeiramente melhor e vive na luta. E mesmo assim encontra tempo para se encontrar, festar, conversar e conspirar juntos. E não tem ódio nas ventas e nem veste verde-amarelo de forma a provocar os do lado contrário.

Eu adoro meus amigos e boa parte deles passaram ontem pelo eu mafuá. Quem não conhecia o local, agora sentiu o ar da desorganização no ar. Vi no olhar de alguns o espanto, noutros algo assim, "isso aqui é a sua cara" e noutros indiferença, mas com certeza pensando lá com seus botões: "não viveria num lugar desse jeito". Tenho livros espalhados pela casa toda, papéis e mais papéis, escritos, quadros, discos, desde LP e CDs e daí não sei como cuidar de uma casa, tendo tanto coisa para olhar, ver, ouvir e ler. Fico dividido e esqueço de que o lugar necessita de reparos. Vou vivendo e daí, percebo já terem se passado 56 anos de minha vida.

Ontem dividi a festa com outro aniversariante, o Nicola Augusto, marido da Silvia Regina e pais do Regis Augusto, todos lá do Rasi. Ele fez aniversário ontem e juntamos os trapos, festando aqui. Acho que deu tudo certo, pois convidados de um e de outro se deram muito bem. Vejam a cantoria como foi: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/1332720170091322?pnref=story. Tenho muito mais o que falar e dizer, mas encheria demais o saco de vocês. Sou assim, um desconsertado na vida e nem sei como a Ana Bia Andrade, consegue ir tocando o barco comigo nesses já quase sete anos juntos. Somos felizes, sou feliz, sempre ao meu modo e jeito. Não precisamos de muitos salamaleques para viver bem, fazer as coisas que gosto e estar ao lado de pessoas que me fazem bem. Hoje mesmo, dia seguinte da festa, uma linda pessoa me liga, Audren Ruth, quer me dar os parabéns e quando antes da despedida me diz um "você merece" eu me derreto todo. Chego a acreditar que sou um cara legal, desses que se pode confiar e botar a mão no fogo, mas não por todo mundo e nem por todas as causas. Tenho meu lado, já conhecido da maioria dos que comigo convivem. Nem tentem me mudar, pois não dará certo. O melhor mesmo é convivermos numa boa, pois como não acredito numa outra vida num outro lugar, tenho que fazer e acontecer aqui e nesse mundo.

ISSO ACONTECEU NO MAFUÁ ONTEM...::

https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/1332956663401006?pnref=story
Sabe oi que é um ilustre visitante carioca, o Dantas, vindo lá do Encantado, bairro suburbano carioca e depois de conhecer em São Paulo uma bauruense acaba aqui aportando e fixa residência. Tempos depois conhece o Alemão da Kananga Do Alemão e dona Cleusa Madruga. Passam a tocar umas "coisinhas" juntos e ontem, lá numa festança que me fizeram (a mim e ao Nicola Augusto) pelo meu aniversário no próximo dia 23/06, juntam-se a um arretado pernambucano, com quase quarenta anos de Bauru e também com passagens pela Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, o jornalista esportivo Leonardo de Brito. Jorge Alves Viana gravou tudo e agora me faz chorar toda vez que revejo a belezura da cantoria. Dessa união mais que imperfeita, o Dantas relembra um samba citando vários bairros cariocas que deixaram de existir com um nome e foram ocupados por outros. Zeca Pagodinho cantou isso maravilhosamente em um dos seus CDs. E isso foi cantado ontem lá no quintal do mafuá, dessa peças para serem gravadas e imortalizadas. E por sorte, o fizeram bem ao pé de entrada, ou seja, entrada principal do Mafuá, ontem sacramentado como reduto de morada de boa música com a cantoria deles todos com essa "Sapopemba e Maxambomba". Foi um luxo demais para mim isso ser cantado na porta de casa. Petrifiquei na hora e só agora estou voltando ao normal. Sintam a letra e me digam se tenho ou não razão. Rogo aos poetas de Bauru, como meu querido Lázaro Lazaro Carneiro Carneiro, para fazer algo com os bairros de Bauru. Acompanhem a letra e a cantoria dos meus queridos amigos (quem tem amigos assim vive muito mais e sempre feliz):
Tarietá hoje é Paracambi
E a vizinha Japeri
Um dia se chamou Belém (final do trem)
E Magé, com a serra lá em riba
Guia de Pacobaiba
Um dia já foi também (tempa do vintém)
Deodoro também já foi Sapopemba
Nova Iguaçu, Maxambomba
Vila Estrela hoje é Mauá (Piabetá)
Xerém e Imbariê, mas quem diria
Que até Duque de Caxías
Foi Nossa Senhora do Pilar
Atualmente a nossa velha baixada
Tá pra lá de levantada
Com progresso que chegou
Tá tudo "Olinda"
O esquadrão fechou a tampa
O negócio é Rio sampa
Grande Rio e Beija-Flor
Morreu Tenório
Terminou sua Epopéia
E Joãozinho da Goméia,
Foi Oló, desencarnou
Naquele tempo
Do velho Amaral Peixoto
Meu avô era garoto
E hoje sou quase avô

do HPA (ainda em estado de graça)

domingo, 19 de junho de 2016

DICAS (149)


QUER TOMAR CONHECIMENTO DE ALGO CONTUNDENTE SOBRE A GREVE NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS PAULISTAS?

Greve nas universidade públicas /Unesp, USP e Unicamp/!
Direito à Universidade Pública e Inclusiva

"Nesta segunda feira (20), em nome do comando de greve da UNESP/Bauru, ocuparei a tribuna livre da câmara municipal de cidade, a partir das 14h /início da concentração no local às 13h/, para apresentar os pontos centrais do direito de acesso à universidade pública e inclusiva, que orienta o atual movimento de paralisação dos servidor@s e estudantes.


Na tribuna, destacarei quatro pontos essenciais:

1. O desmonte da universidade pública afeta a soberania do país, na produção de conhecimento, tecnologia e inovação de interesse social;
2. O arrocho salarial desidrata o espaço criativo e inovador das instituições de ensino superior e provoca a fuga de cérebros das universidades brasileiras;
3. A fragilização da infraestrutura paralisa os avanços das políticas de inclusão de acesso ao ensino superior de qualidade, em especial as cotas, com o comprometimento da permanência estudantil d@s estudantes em condições vulneráveis;
4. A desarticulação da Unesp /uma das principais instituições de ensino superior do país/ afetará o desenvolvimento regional de diversas cidades do interior do estado de São Paulo, pela importância que tem nas cadeias produtivas e criativas dos municípios.

Convidamos tod@s para a luta em defesa do ensino público, de qualidade e inclusivo!

*Na foto, Elizabeth Eckford (1957), símbolo da luta pelo direito de acesso e permanência à universidade pública, inclusiva e de qualidade" PROFESSOR JUAREZ XAVIER.



SE É PARA VER E OUVIR O PROFESSOR JUAREZ XAVIER FALAR SOBRE A GREVE NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS PAULISTAS EU DOU UMA PARADA EM TUDO O QUE FAÇO E LÁ VOU.
Foi hoje na Câmara Municipal de Bauru, no Tribuna Livre e por meros dez minutos. Disse tudo, um libelo contra os desmandos privatistas, neoliberais e para bom entendedor, um contundente e sonoro soco na linha de conduta neoliberal do (des)Governo paulista de Alckmin, louco para se desvencilhar das universidades paulistas, jogando tudo para iniciativa privada. No momento que ligou o trabalho da Unesp, o lugar onde trabalha e os projetos em comum com a comunidade foi de arrepiar. Juarez sabe o que faz e sempre faz bem feito. Baita negão (expressão que usavam quando viam Monsueto se aproximando e reputo para ele)! Eu lá na galeria da Câmara dos Vereadores, eu ao lado da esposa do gajo, a querida Patricia Alves, tendo do outro lado uma mestra na acepção da palavra, Loriza Lacerda de Almeida e ao fundo outra, a sensível e antenada arquiteta Kelly Magalhães. Tudo propositura do único lá na Câmara que coloco a mão no fogo, Roque Ferreira. Acabou a fala, deram o intervalo, bati em retirada, pois minha missão por lá estava mais do que cumprida. Engrosso e muito o caldo dos que se opõe aos atos e devaneios alckministas. Na luta, sempre. Vejam e ouçam sua fala: 
https://www.youtube.com/watch?v=EwmpFNYexWI&app=desktop