sábado, 30 de novembro de 2019

CENA BAURUENSE (194)


DE DEZ EM DEZ, MOSTRO ALGO BAURUENSE, SEGUNDO MINHA VISÃO E PERCEPÇÃO
01. Na rua Presidente Kennedy, três quadras acima do Teatro Municipal, um oásis de resistência, o Clube Arapongas, 50 anos de existência, reduto de adoradores da bola pesada, a bocha, numa quadra sendo quase sufocado por um gigante querendo tomar conta de todos os espaços, uma famosa igreja evangélica neopentecostal: Resistir é preciso, seus fiéis frequentadores seguem o lema.
02. Uma delícia ser considerado "força viva" destas plagas e ter seu nome eternizado em várias placas espalhadas pela cidade, como Moussa Tobias, eminência parda de período político e aqui devidamente homenageado no aeroporto Bauru/Arealva, dentre tantos outros lugares, enquanto lideranças populares amargam o eterno ostracismo.
03. Do lado de fora de condomínio fechado nos Altos da Cidade, num pequeno espaço reservado para o lixo dos de dentro, eis que a arte floresce e se mostra viva, aqui representada pelo inconfundível traço do artista Fino, Marques Mateus Pinheiro.
04. Das lindas casinhas de rua na alameda Octávio Pinheiro Brisola, portão de entrada do Aeroclube, essa da Viviane Mendes se destaca pelo esmero, visual onde o verde e a criatividade tomam conta de todos os espaços.
05. Bem ali pertinho do Bauru Shopping, o bunker central da cobradora Paschoalotto, lugar onde dizem trabalham aproximadamente mil pessoas e na frente do prédio um jardim com placas indicativas de proibição para ali proceder alimentação ("Proibido se alimentar no local"), sem se importar com os que comem sentados na sarjeta das calçadas.
06. Na galeria (ou seria festival?) das portas fechadas, essa é mais uma de doer. Atrás desse ponto de ônibus na avenida Rodrigues Alves, funcionou por décadas o Frutal Lima, ponto de lanche no centro da cidade, hoje só saudades.
07. Após 33 anos de atividades etílicas botequeiras, o Makalé Bar, nos altos da rua Gerson França, oficializa e comunica ontem o melancólico fechamento de suas portas, outrora pujante, quando por lá se podia fazer shows de MPB com artistas locais.
08. Um portentoso e bem feito despacho defronte uma agência do Banco do Brasil, centro da cidade, em flash de Silvio Selva, ilustra um algo a mais das calçadas.
09. Os vermelhos da ONG Arca da Fé, dita como protetora de animais de rua se dirigindo em bando para o centro da cidade, no intuito arrecadar fundos, em procedimento antes feito somente nos sinais de trânsito, hoje espalhados por todo lugar.
10. Seu Adelino Silvestre, funileiro da velha guarda, na porta de sua oficina, após momentos depressivos, dando a volta por cima e sacudindo a roseira, tocando a vida adiante e reunindo não só clientes, mas dileta legião de amigos na rua Rio Grande do Norte, vila Cardia, seu reduto diário não só de serviço, mas de contação e revival de histórias de antanho: iluminado lugar.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI DE BAURU (127)


BLACK FRIDAY: A LIQUIDAÇÃO É TAMBÉM POLÍTICA
"É hoje, amanhã não tem mais, o forrobodó consumista do Black Friday está em curso nessa sexta país afora (e adentro também) e como não podia deixar de ser, arrebanha também o considerável público da aldeia bauruense", dessa forma e jeito o intrépido Guardião, o super-herói bauruense começa a discorrer sobre o que está em plena ebulição diante dos seus olhos, marejados por promoções, concursos, sorteios, devorteios outros.

Bonachão como todo sensato super-herói, Guardião apregoa ser isso tudo mais uma experiência de Golpe de Marketing. Desta forma continua: "Bauru, na verdade, é toda uma cidade em completa liquidação, promoção e sendo colocada a leilão a preço de banana, mas só para eles. Eles quem?, me perguntariam. Respondo. Os que se acham donos, proprietários, forças vivas dessas plagas, os que arrematam tudo, vilipendiam com os preços de tudo, barganham para sempre estarem nos píncaros da glória, tirando proveito sob os costados dos pobres mortais. Junto a festa consumista em curso hoje com outra, essa da pouca vergonha explícita dos que negociam nossas vidas, inclusive a alma do sujeito já não muito bem das pernas e levando uma rasteira atrás de outra. São tantos os golpes, os projetos engana trouxas, os cerca lourenços, que a maioria já não sabe mais quando é o oferecido é sério, piada, pegadinha ou truque de mágica".

Isso da liquidação ser bem outra causa estupor em mentes recatadas e do lar, algo demonstrado em detalhes por Guardião, para dirimir dúvidas. "Tudo é feito para te pegar, te fazer adentrar o negócio. Veja isso dessa hashtag "Bauru Sem Dono", uma que condena o fato da cidade supostamente ter donos, mas no fundo propaga simplesmente a substituição desses pelos que estão por detrás da propaganda. No um pelo outro, a cidade trocará o seis pelo meia dúzia e ainda pode trocar o ruim, pelo muito pior. O fato é que ninguém dentro do sistema capitalista predatório vivido pelo país e muito bem incorporado por parcela significativa dos empreendedores bauruenses faz nada de graça ou pelos lindos olhos coloridos de ninguém. Lucro, lucro, lucro e lucro, tudo embutido no preço. O empresário que hoje se cala diante das reformas trabalhistas, tem seu lucro aumentado e em nenhum momento defende aquele que trabalha e perde tudo que tinha até então de direitos. A modernidade despontando serve para uns poucos, nunca para a maioria, daí o prometido, o divulgado não consegue se concretizar. Fiquemos todos mais que atentos, não só para as promoções do comércio no dia de hoje, mas outras, essas nos pegando pelo emocional e fazendo crer que, o joio é trigo. Entre de leve, ciente de que, provavelmente tem gato nessa tuba, pois reclamar depois é como está ocorrendo nesse momento com Bolsonaro. Diziam ser fácil, bastava tirar Dilma, tudo melhoria, depois se o cara fosse ruim, tirariam ele. Entraram todos de gaiato no navio. Até quando?", conclui.

OBS.: Guardião é criação do traço do artista Gonçalez Leandro, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

COMENDO PELAS BEIRADAS (80)


CRÔNICA FOTOGRÁFICA DA PRAÇA
A cena não é nenhuma novidade para quem frequenta diariamente a praça Rui Barbosa, tanto que a paróquia católica contratou alguém para fiscalizar a entrada, o portão principal a abarcar os fiéis para dentro do templo. Esse é uma espécie de fiscal e ali permanece, no meio da escadaria, com o poder de barrar ou abrir a passagem para o templo religioso. Um difícil missão, a de filtrar quem pode e quem não pode entrar. Conhecido dos comerciantes locais, os camelôs do local, enquanto fotografava, notei que alguns o chamavam pelo nome e ironizavam a situação, que deve se repetir muito durante o dia. O abnegado funcionário tenta impedir a entrada e o homem investe repetidas vezes, tentando driblar a barreira. Foram várias tentativas, todas infrutíferas e da cena muito se extrai. Na praça, hoje tomada por moradores em situação de rua, de todas as espécies e modalidades, desde desocupados, drogados, mendigos, nóias, arruaceiros, criadores de caso e gente simples, sem ocupação e morada. De um comerciante no local ouço que a polícia nem mais aparece, passa batido, tudo vê e tudo sabe, deixa a coisa rolar e a problemática se amplia, multiplica e se espalha com o vento. A questão é social, todos sabemos, algo de complicada solução. E na praça principal do centro de Bauru a conjunção de tudo, a reunião num dos mais afamados espaços públicos, céu aberto e ali um bocadinho de tudo, reunido e exposto.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

CARTAS (207)


DELATENTO MATINAL – DESABAFO AO VENTO
Saio de casa com a fatura vencida desde o dia 15, dinheiro contadinho para pagar a conta em atraso e tentar garantir a continuidade do crédito. Chego no mafuá e um amigo me espera no portão. Sua história é dolorosa, foi despejado. Outro amigo o abrigou numa casa bem distante de onde estava. Foi o que encontrou e terá que dividir espaço com uma biqueira, coisa de duas casas distantes de onde estão agora amontoados seus pertences. Desceu a pé para o centro e se lembra de mim ao passar ali por perto. Por sorte me encontra e o ouço. Era o que queria. Diz tanta coisa que precisa e fico na indecisão de lhe oferecer o valor no meu bolso, o que penso em usar para quitar o meu problema, porém o dele é imensamente maior. Ele só quer uma carona e o levo para onde quer, vamos conversando. É muito triste ver um amigo chorando ao seu lado e você ali impávido, sem saber direito como ajudá-lo. O deixo no lugar combinado, ele sem celular e marcamos de almoçar juntos. É o que posso fazer.
Adio o pagamento da fatura no bolso e leio o jornal. Nele o ministro Guedes, o todo poderoso da economia tupiniquim ameaça os insurgentes e descontentes com algo parecido com o AI5, ou seja, gritou e esperneou, resistiu ao achaque praticados por eles, a reação será truculenta. Estão ainda na fase dos avisos, em algo bem próximo de acontecer se nada for feito. No mesmo jornal, o presidente está liberando os militares para agir em atos de protesto com toda a violência que acharem necessário para manter a paz e tranquilidade das ruas. O país caminhando para um mato e sem cachorro. A mensagem é uma só, ou aceitamos calados tudo o que está sendo feito, ou o pau vai comer pro lado dos revoltosos. Daí me ponho a pensar, como alguém, como esse meu amigo, que até bem pouco tempo estava a reagir contra as investidas desse desGoverno, como ele diante de sua atual situação pode pensar em outra coisa se não a sua sobrevivência? A luta perde a todo instante mais e mais pessoas, pois esses sem o básico, estão por demais fragilizados e perdem até a noção de tudo o que continua sendo feito contra gente como ele. Antes de voltar pra casa, o telefone toca e do outro lado um lamento doído, triste de alguém numa situação mais que de penúria. Ouço parte de sua história e me comovo, pego parte do que iria pagar e lhe dou. Vou levar até ele, pois nem vir até mim ele conseguiria. Não considero como empréstimo, pois sei, ele até tem vontade de me pagar, mas o que lhe arrumei é muito pouco diante de tudo o que precisa e amanhã estará novamente precisando e tentando se virar de outra forma, que nem imagino qual possa ser.
Abro meus e-mails e neles muitos pedidos de cestas básicas, caixas de leite e ajudas para uns e outros. São muitos, aumentaram muito nos últimos meses. Tudo me comove, mas passo batido com a maioria deles. Ajudo muito menos que antes, pois hoje até minhas contas estão no atraso e mesmo com toda redução de gastos, estou tendo que adiar a quitação de algumas. Um amigo me manda uma mensagem para acompanhar uma discussão política ocorrendo na cidade e não lhe retorno o contato, pois minha cabeça está plugada em outro canal nesta manhã. Não tenho como sintonizar num assunto, quando tudo me conduz para outros. Paro no banco e no saguão dos caixas eletrônicos, uma senhora chora copiosamente, sendo amparada por alguns. Não me esquivo, mas não me aproximo, pois imagino o que lhe acomete. Vejo meu saldo, saio de lá com o boleto no bolso, circulo pela praça e vejo a quantidade de desocupados ali sentados, muitos com olhares distantes, perdidos e sem rumo. Um senhor me chama a atenção, pois do seu lado uma pasta, ele de cabeça baixa, reclinado e pensativo, totalmente distraído, talvez esperando a hora de ir comer no almoço a R$ 1 real na quadra de baixo. Muitos ali esperam por esse momento. Ali tem de tudo, desde esses, como pontos de droga e prostituição, formando esse emaranhado de todo centro urbano.
Vou pegar o carro, já paguei a Zona Azul, mas o moço, que não havia visto quando estacionei, se aproxima e me pede algo. Diz ter cuidado do carro. Sua fala é diferente dos demais. Eu acho que sei quando estão me ludibriando ou não, quando a história é verdadeira ou não. Hoje nem quero saber se é ou não verdade, sua cara me diz muito e lá se vai mais um pouco do que iria pagar. O boleto que espere. Podem achar que exagero, mas antes de abrir a porta do carro, algo mais. O conhecido, que sei ter sido um ótimo garçom na cidade e hoje é vendedor de panos de prato pelas ruas, me diz se não posso ajuda-lo com um pequeno valor para colocar crédito em seu celular, pois precisa se comunicar com urgência com os seus e não tem como. Pergunto onde está morando, diz e sei ser bem longe, dou o que me pede e mais algum para voltar de ônibus. Venho para casa, nem sei se devo sair mais hoje, pois perdi completamente a vontade de tudo. Sento no sofá, a TV está ligada, resolvo aguar as plantas e decido tentar descrever como foi a minha manhã. Mal chego no meio do dia e estou com o astral em baixa. Tomara me aconteça algo de grande valia para me levantar no restante do dia. Recebo convite para sair à noite, lançamento não sei do que, mas estou sem clima para essas coisas e o que queria mesmo era nesse exato momento estar fazendo algo de construtivo contra esses todos que fodem de verde-amarelo com a vida deste país. E se reencontrasse meu amigo, o que me esperava no portão, iremos almoçar, mas ele está sem celular, lhe daria todo o resto que me sobrou nos bolsos. Eu sou um sortudo, pois ainda tenho onde bater palmas e filar um rango, enquanto muitos já nem isso tem mais, pois já usaram toda a lista de pessoas próximas nesse sentido. Eu sei muito bem quem são os culpados disso tudo, mas tem uma legião de desorientados e sacanas ainda os aplaudindo. Meu país está insano, doente e seu povo cada vez mais vagando pela aí, perdidos e sem rumo. Creio estar indo pro mesmo caminho.
Obs. : Gente, eu quero que todos entendam, diante de tudo à minha volta, 
eu não tenho quase nenhum problema. E mais, confesso, aos que chegaram até aqui, não reclamem dos meus prováveis erros, pois escrevi tudo de uma só sentada e não estou com saco para corrigir nada. Vai ficar assim mesmo. As fotos são meramente ilustrativas e foram gileteadas do tal do google.

BAURU NO JORNAL, POR ENQUANTO SÓ NOTÍCIA - AÇÃO É PARA QUANDO MESMO?
1 - VINGANDO MESMO, MOTIVO DE MUITOS ELOGIOS
Já era tempo. Ufa! Minhas expressões poderiam ser essas, mas passarão facilmente para rasgados elogios, pois essa novela já vinha se arrastando há mais de uma década e sem nenhum sinal positivo. O sinal foi dado e desta feita muita possibilidade de ser realmente concretizado. Tomara que o prefeito Clodoaldo Gazzetta, após emenda parlamentar do deputado federal Rodrigo Agostinho, no valor de R$ 250 mil reais, consiga revitalizar, restaurar e devolver para alguma atividade cultural a Casa dos Pioneiros. Não existe mais o que dizer a respeito. A edificação necessitará de ser praticamente reconstruída, pois está em ruínas, além de seguir os padrões recomendados pelo Codepac para obras dessa natureza, algo mais me intriga: o valor da desapropriação já foi devidamente pago aos familiares das herdeiras? Presidi o Codepac mais de dez anos atrás e tenho lembranças da família proprietária da edificação, todas já com idade avançada e desde então, pelo que sei, não haviam recebido nada, cobravam e estavam numa eterna fila de espera. Tomara tudo tenha sido devidamente acertado e esse restauro saia mesmo do papel. Seria mais uma obra louvável no final da administração Gazzetta, assim como a do Mercado Municipal, para atendimento da agricultura familiar, essa na edificação defronte a Feira do Rolo, barracão da extinta Cia Paulista. Aplaudiria a ambas de forma efusiva, mas primeiro quero ver algo mais concreto e não somente meros anúncios pela mídia. Projeto pronto é uma coisa, obra em andamento e concluída é bem outra. Já embarcamos em outros tantos anúncios e nada saiu, estando tudo e todos com os dois pés atrás, mas cheios de esperança. Toc toc toc. Torço demais para que realmente consiga vingar. A matéria do Jornal de Cidade, edição de hoje joga mais lenha na fogueira: https://www.jcnet.com.br/…/705128-casa-dos-pioneiros-sera-r…

2 - O MERCADÃO PRECISA CAMINHAR, AVANÇAR O SINAL...
O Jornal da Cidade deu em manchete o fato da Prefeitura ter firmado acordo com o Governo paulista (toc toc toc) e este estaria viabilizando valor de aproximadamente R$ 2.200 milhões para início obras junto a galpão que foi da Cia Paulista, defronte a Feira do Rolo, região central da cidade, onde seria erguido e funcionaria o tão decantado Mercadão Municipal de Bauru. Eis o link com a notícia, de setembro deste ano: https://www.jcnet.com.br/…/697027-estado-autoriza-r--2-2-mi…. Tudo é muito alvissareiro, mas a cidade já teve muitos outros anúncios de igual teor feitos no passado e nada acabou saindo do papel. O prefeito Gazzetta está em final de mandato e sabe da importância de vingar esse projeto antes de deixar o cargo. Anunciar é uma coisa, vingar é bem outra. Nem se faz necessário dizer que a cidade possui um pé atrás com esses anúncios e depois mais um balde água fria em tanta expectativa. O Mercadão seria algo alvissareiro demais para toda a região central e degradada da cidade. Já vi reuniões, lançamentos, conversações onde projetos estão sendo mostrados, o tempo urge e nada além da notícia. Torço muito para que tudo saia e Bauru ganhe esse rico espaço de amplas possibilidades, ainda mais se chegar para atender antiga reivindicação, a de beneficiar o escoamento da agricultura familiar da região. Junte-se a essa notícia mais outra, essa também difundida no dia de hoje pelo JC, a de emeda parlamentar de R$ 250 mil para restauro da Casa dos Pioneiros. Se Gazzetta quer ter um final de administração amena, tranquila, terá que acelerar o passo e viabilizar isso tudo, do contrário, tudo servirá para aumentar as críticas sob sua administração. Duas obras necessárias e importantes de resgate histórico e ambas podendo ter utilização voltada para atendimento de interesses populares. Cruzando os dedos e torcendo muito.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

MÚSICA (179)


MEUS AMIGOS ME AJUDEM A PREENCHER O ESPAÇO NESSA CAMISETA

Ganhei hoje à tarde a famosa camiseta que vejo pela aí, uma com uma inscrição bem grande, FÉ. Não a usarei somente com essa palavra, pois creio eu, ela precisa estar acompanhada de um algo a mais, uma inscrição denominando o motivador dessa minha FÉ. Já matutei um pouco por aqui e como ainda não cheguei em nenhuma definitiva conclusão, recorro a tudo, todas e todos em busca de inspiração: o que devo colocar na sequência da palavra FÉ? Eu mesmo, atrevido em pinturas farei o serviço e com ela quero sair pela aí, não sem antes estar devidamente completada. Me ajudem...

E a resposta veio de tudo quanto é lado, jeito e maneira:
1. Luciana Franzolin: Fé Cega e Pé Atrás
2. Fátima Brasília Faria: Fé no socialismo.
3. Vinícius Negrão: Lembrei de banda "Faith No More"... Fé Nunca Mais
4. Wilson Luiz Monaco Junior: CAfé
5. Juliana Guido: Fé demais não cheira bem.
6 - Suely Umbelino: FÉ, PAZ, AMOR E GRATIDÃO
7 - Fábio José Torres: Como diriam Os Tribalistas: "Pé em Deus e fé na taba"
8 - Wagner José Gomes: FÉ NA VIDA, FÉ NO HOMEM, FÉ NO QUE VIRÁ...
9 - Marcos Marcos Marcos: Fé de + Fé de - Fé de =
10 - Elton Matheus: Cá fé.. 👏👏👏👏
11 - Marcelo de Freitas: Lu Ci fé R kkkkk
12 - Luiz Giannini de Freitas: Fé cega, faca amolada.
13 - Alberto Villas: Féde Muito
14 - Montinegro Monti: A outra palavra está desenhada de forma subliminar na representação da Cruz! "FÉ EM CRISTO"
15 - Tatiana Calmon: Fé cega, faca amolada
16 - Maria Cristina Romão: Café ☕
17 - Helena Aquino: Fé na Vida
18 - Lázaro Carneiro: efémera
19 - Oscar Fernandes da Cunha: Fé de menos, fé de mais.
20 - Maria Aparecida Lopes: Estando tão em foco o oportunismo no nosso querido Brasil......que tal uma alfinetada..".Fé e Oportunismo "
21 - Ana Cabrera: Fé não falha....Valha-me🙏(rsrs)
22 - Maria Cecília Campos: Depois que ouvi assim uma vez, nunca mais consegui cantar diferente: 2 com fé eu dou, 3a. costuma falhar
23 - Reginaldo Tech: CaFÉ não costuma falhá!
24 - Almir Ribeiro: Fé: crença ilógica na ocorrência do improvável.
25 - Yone Santos: Ca... Fé ou Fé Na Revolução
26 - Daneil Dalla Valle: StrogonoFé
27 - Marisa Favinha: Fé na Cruz, os representa Jesus crucificado ( se vc olhar bem ) vai ver abç fraterno
28 - Masé Santos: Fé Revolucionária
29 - Sonia Mauricio: Fé sem ação não vale nada
30 - João Winck: FErrou
31 - Rafael Santana de Lima: Fé move montanhas e Fé Demais
32 - Izildinha Aparecida Gonçalves Vitoreli: Fé cega não tem valor. É preciso juntar raciocínio e ação.
33 - Fausto Bergocce: CaFÉ!

34 - Léa Ferreira Bonaci: Féde mais não cheira bem
35 - Murilo Soares: Fé na vida é a melhor. É preciso ter fé, senão não se faz nada, é só derrotismo.
36 - Vítor Peruch: Carlos DaFÉ
37 - Márcio Oliveira de Castro Coelho: https:/g.co/kgs/Z32LuR - Fé demais não cheira bem, o filme de Richard Pearce com Steve Martin vivendo o papel de um reverendo.
38 - Nádia Barnes: Café
39 - Geovanna Ishikawa: Persistência ou Resistência
40 - Lydiane Moura: Fé sem ação, não vale nada❗
41 - Valquiria Correia: Fé em Deus e pé na tabua.
42 - Adilson Chamorro: Coloca + um D

43 - Valério Marques Vianna: Tem espaço suficiente pra colocar todas (ou quase todas) as sugestões, uma linha após a outra. Que tal?
44 - Antonio Dangió Neto: CON FÉ LICIDADES
45 - Nereide Aparecida Soares: Fé sem ação não vale nada. Também pode colocar Andar com fé eu vou, a fé não costuma faiá.
46 - Antonio Pedroso Junior: Fé...Jajá vai embora!
47 - Gleison Salles Contador: 
fé no mé !
48 - Valdir Ferreira de Souza: Andar com fé , eu vou, que a fé não acostuma faia.
49 - Gilmara Oliveira: Nunca perca a fé em Deus
50 - Milton Epsteins: Vai na Fé irmão
51 - Tuca Américo: Fé na Taba (Tribalistas)
52 - Luana Cortez: Fé na vida, fé no homem, fé no que virá!
53 - Chu Arroyo: Dido
54 - Dandara Renault: Café
55 - Maria Angélica Andrade: FELIZ

56 - Katya Braghini: Fé de muito
57 - Renata Nassralla Kassis: Fé de
58 - Fábio Dias: Fé demais não cheira bem...
59 - João Alcará: so acredito em cafe mesmo
60 - Rosângela Canhete: Fé no que acredito
61 - Jean Morales: Fé Nunca Mais... ou Ave LuciFÉr ou Ca Fé
62 - Camys Fernandes: Fé Na Vida!
63 - João Vale do Igapó: Fé em "Deus"!!!
64 - Celso Fonseca: “Fé sem ação não vale nada” pertence a Tiago. Cap. 2:17.
65 - Cristiane Santos: caFÉ
66 - Carlos Norberto Osilieri: Jamais usaria isso
67 - Antonio Luiz Ferreira Ramos: FÉ EM DEUS MUITO MAIS ??
68 - Sonia Santos Medeiros; Uns FÉ de menos, outros FÉ demais.
69 - Baracat neto: Fé e Deus acima de tudo.... - Todo mundo tem fé, os que afirmam não te-la o faz baseado na fé que o que causa a fé não existe. Assim mafuento, use como está.. ...sera uma boa oportunidade para você explicar sua fé, seja la no que for, a quem lhe perguntar.
70 - Vande Silvia Novelli: Fé..........deu.
71 - Julio Hernandes: Andar com FÉ eu vou...
72 - Rosângela Silvia: Fé cega, faça amolada!
73 - Oscar Fernandes da Cunha: Fé..rias.
74 - Patrícia Caju: Tribalistas "Fé em deus e pé na tábua"

75 - Corral José Gonçalves: FÉ... NO.....BRASIL
76 - Ana Mara Mendes: Fé...Li Cidade
77 - Guilherme Reis: Desenha um saca rolha
78 - Marlene Miola: A fé é sua use como quiser a minha uso sempre.
79 - Roberto Claro: Fé rias no que virá...

E para encerrar a letra de FÉ CEGA FACA AMOLADA, de Milton Nascimento, uma de minhas preferidas:
Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada/ Agora não espero mais aquela madrugada/ Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada/ O brilho cego de paixão e fé, faca amolada/ Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranquilo/ Deixar o seu amor crescer e ser muito tranquilo/ Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar faca amolada/ Irmão, irmã, irmã, irmão de fé faca amolada/ Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia/ Beber o vinho e renascer na luz de todo dia/ A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada/ O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada/ Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia/ Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia/ Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser muito tranquilo/ O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
E o link para cantarolar enquanto pinto o sete, ops, digo, a camiseta: https://www.youtube.com/watch?v=mWDTXhy6yuc

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (153)


DIÁLOGOS IMPROVÁVEIS
1 - Reencontro o excomungado padre Beto no restaurante, horário do almoço e pelas costas não o reconheço, mas me chama a atenção uma sugestiva e instigadora camiseta reverenciado nada menos que, EMILIANO ZAPATA, o revolucionário mexicano que, até hoje deixa em estado de incômodo bestializados conservadores de plantão, algo como: "Como pode alguém sair às ruas expondo sujeito tão violento, cruel, intolerante e perverso?". Quando fica de frente e o reconheço, não resisto e na saída do lugar vou até ele e lhe digo ao pé do ouvido: "Meu caro, me diga com toda sinceridade. Que padre ou pastor dos tempos atuais teria a coragem de sair às ruas envergando uma chamativa camiseta com a cara do Zapata?". Ele, primeiro se assusta, me reconhece, sorri e diz: "Nenhum. Se encontrar algum, deve ser uma dessas aberrações da natureza". E nos despedimos dessa forma e jeito.
OBS.: A camiseta do Beto não era essa, aqui algo meramente ilustrativo. A dele muito mais charmosa, frente e verso, ocupando todo o espaço com os dizeres em homenagem ao ilustre e saudoso revolucionário, algo tão em falta nos dias de hoje.

2 - Essa se deu hoje pela manhã no elevador do prédio onde moro. Eu na descida do elevador, cruzo no andar térreo com vetusto cidadão, emérito professor aposentado de uma conceituada universidade pública paulista (USP ou Unesp, eis a questão?). Descemos juntos um andar e depois, breve paradinha até terminar o diálogo. Eu tendo nas mãos a última edição de Carta Capital e ele, segurando a cordinha do seu cãozinho e noutra o Estadão, eu na propositura de ser de esquerda, ele de direita. Não resisto e lhe digo da questão do dia: "E essa eleição no Uruguai, hem, o resultado final vai ficar só para quarta, empate técnico". Ele sorri e me diz: "Vocês da esquerda só não ganharam por único motivo, o candidato da direita foi esperto e recusou apoio do Bolsonaro. Se tivesse aceito, teria atraído mais atenção negativa, repulsa e teria perdido a eleição. Foi esperto e por causa disso deve ganhar". Sim, tive que concordar, Bolsonaro foi mesmo o fiel da balança e vendo estarmos no final do diálogo, aproveitei para estocar: "Bem diferente daqui, né! Aqui os ditos sabichões e intelectuais de plantão, progressistas de araque, preferiram afundar o país e se debandaram pro lado do seu Jair, deixando de lado o professor universitário de reconhecido valor. Hoje, pelo que vejo, muitos preferem omitir até em quem votaram, bem diferente lá do Uruguai, não?". E nos despedimos ambos com sorrisinhos marotos no canto dos lábios.
OBS.: O resultado oficial ficou para quarta, portanto, ainda existe esperança de vitória para ambos os lados. Torcendo mais para o Uruguai não se transformar numa Bolívia, se direita perder e não aceitar resultado.

3 - Na feira dominical, reencontro antigo conhecido, um dos maiores entendidos em plantas que conheço, hoje com banca dominical na feira e de segunda a sábado no CEASA. João é um sujeito muito simples, teve uma vida cheia de boas aventuras e desventuras até o momento em que, tocado se enveredou pelos caminhos de seguir preceitos evangélicos neopentecostais. Perdeu mulher, sua vida esteve numa agrura danada, agora se reerguendo, porém, cada vez mais só aceitando o que lhe impõe a igreja. Chego com uma camiseta vermelha (a cor já lhe assusta) e tendo um Che meio Lula (e vice versa) na estampa. Ele já me olha meio atravessado, mesmo nos conhecendo há décadas. "Você não pára com essas coisas, hem! Isso lhe faz mal, carrega uma carga muito pesada por causa dessas suas escolhas", me diz. Sem perder o humor, olho bem para ele, chego mais perto e lhe retruco na mesma intensidade: "Não só eu, né João, veja o que essa carga pesada de ter deixado tudo o mais em sua vida em prol da religião fez contigo. Se minha carga é pesada por causa da política, eu não perdi tanto assim, mas tu deves ter perdido muito mais que eu". Ele silencia e assim permanecemos por alguns instantes calados um olhando para o outro, até o instante em que se aproxima de mim e me dá um caloroso abraço. Mudamos de assunto.

ALGO DE UM ENXERGANDO MUITO BEM TUDO O QUE SE PASSA À SUA VOLTA
DARIO, FUNILEIRO, MILITAR, PILOTO DE AERONAVES E REFUGANDO O CONSERVADORISMO
Diante de muita indiferença advinda das ruas, outro tanto movidos pelo ódio de classe ou pelo engajamento resistindo contra o avanço desses, nada mais salutar que, perceber os muito atentos e não se deixando levar por esse momento, quando parcela significativa segue bovinamente fortalecendo com seu silêncio o que foi instalado no país, com o conluio e golpe institucional de 2016. Existe uma imensa turba ainda calada, mas ciente dos fatos e serão esses, quando instados a participar, os que darão o tom dos destinos do país, não permitindo que ocorra um retrocesso além do já em curso. Muito gratificante ir conhecendo essa camada da população, sua história, trajetória de vida atuando pela legalidade, onde se instalou ao longo dos anos o real entendimento do que de fato ocorreu e ocorre, enfim, impossível para esses deixar de apoiar ou aceitar que apaguem da História quem lhe proporcionou bons momentos enquanto ser humano. Essa história aqui relatada é de um bravo guerreiro, desses que não sai da lida e tem muito definido seu posicionamento.

DARIO LUIZ TAVARES SANTANA, 66 anos já fez de tudo um pouco na vida e relembra seu passado com muito orgulho, fazendo questão de folhear e mostrar um álbum de fotos guardado em seu veículo. Nasceu em Andradina, esteve no Exército, mais precisamente no 2º Batalhão da Guarda, anos 70. Chegando em Bauru aos 35 anos daqui não mais saiu, nos anos 80 foi piloto particular no Aeroclube da cidade, além de ter sido também piloto de planador. Relembra com preocupação de tempos quando ainda atuando fardado presenciou pelos lados de Campo Grande MT, “pessoas que não podiam usar vermelho e se assim o fizessem corriam o risco de ser chicoteadas nas ruas”. Com quatro filhos, morando hoje no Gasparini, olha para tudo onde esteve atuando em sua vida e fica preocupado em ver o país com rompantes de voltar a atuar movido pelo ódio de classe, algo que, segundo ele, já deveria ter sido superado e o país avançado por outros caminhos. Segue trabalhando, num outro ofício, esse aprendido aqui mesmo em Bauru, quando tinha 14 anos e sempre o acompanhando. É funileiro e presta serviços em algumas oficinas da cidade, sem vínculo empregatício. É chamado, lá vai, executa o serviço, faz novas amizades e complementa sua renda. Grandalhão, corpo bem definido para sua idade, um tanto calado, mais ouve do que fala, mas quando sente segurança no ambiente, diz o que pensa e expressa sua opinião, contundente contra o perigoso clima atual. Sabe muito bem comparar o país que tínhamos pouco menos de uma década atrás e o que está hoje em curso. Depois de tudo o que já viu na vida, não quer nem pensar em ver a repetição de fatos tão lamentáveis e dolorosos para tudo e todos.

domingo, 24 de novembro de 2019

AMIGOS DO PEITO (167)


VOU-ME EMBORA P'RA PASÁRGADA! - CRONICA DOMINICAL

Ah, se não houvesse feira aos domingos e o povo não tivesse onde circular e botar o bloco na rua? Creio que a gente faria até uma boa de uma revoluçãozinha. Tudo vale a pena por causa desse maravilhamento proporcionado pelo advento das ruas existirem e nos encherem de alegria, esperança e buscar nelas o reparo para os estragos proporcionado pelos inconsequentes, tipo os provocados pelo desGoverno atualmente em curso na república das bananas. Saio aos domingos em busca desse vento que vem lá dos rolistas, ali ganho mimos, me misturo a outros pobres mortais e empurramos o barco bocadinho mais pra frente, como um poema de Manoel Bandeira (o Cirço me vende o livro do Bandeira por meros R$ 2 reais, uma antologia sem preço, pois seguirá comigo pro que me resta de existência). Ali leio algo a me conduzir e confortar: "A vida/ não vale a pena e a dor de ser vivida./ Os corpos se entendem mas as almas não,/ a única coisa a fazer é tocar um tango argentino". Eu toco (toco nada, sei tocar essas coisas, não!) tango, bronhas (isso eu ainda sei tocar) e toco mesmo é a vida adelante, como posso, ao meu modo e jeito.
 
É tão lindo ver a moça bonita vasculhando livros e mais livros na banca do fervilhamento cultural. Em duas bancas, duas histórias de gente conhecida adoentadas, em hospitais, entrevados e sem esperanças. O João, também reinando no Ceasa me conta coisas de gente que gosto e estão enfermos, muito mais novos que eu e recebo tudo como sinal para pisar no acelerador e fazer mais e mais coisas mundanas, pois falta pouco pro ciclo se dar por findo. Montinegro me enche o coração de bonança da boa, pois ao me ver me diz, aos bocadinhos, domingo por domingo, ir tentando me ajudar a preencher novamente o mafuá de cultura boa. Ganho dele um LP de uma banda da velha guarda e a trago debaixo do braço cheio de orgulho. Carioca, o da banca de livros me faz o mesmo, me beija na face, revejo Esso Maciel (ele vem de moto táxi para feira e o faz para comprar vídeos) e Maria Lopes circulando pela aí. Ela me diz para passar em sua casa, pois tem livros e LPs para me dar, coisa de não sei quantas décadas atrás, reafirma serem raridades. Anoto e junto a outros escritos no bolso traseiro da rancheira.

 O João do Vale do Igapó quer que vá lá conhecer seu oásis, espécie de paraíso no meio do mato e me promete, se precisar, vem me buscar. Outro com o mesmo carinho é o Tarcisio Mazzei, que vez ou outra reabre seu negócio de comidinhas caseiras e quer que passe em sua casa, agora na rua XV, para levar amostra grátis de suas massas, para só se gostar, depois pensar se vou ou não querer comprar. Passo no Barba e nem provo um chopp, pois quero ir dirigindo até Tibiriçá ainda antes da comilança do almoço. Consigo chegar no carro, coloco pra rodar um dos CDs comprados no Carioca, meros R$ 2 cada, um com a voz imbatível do formigão, o Ciro Monteiro e ele me levanta a libido degustativa. São tantas coisas, todas emboladas numa só manha, tantas boas trombadas, algo pelo qual não abro mão, enfim, só assim para sair devidamente recarregado pros embates todos que, certamente virão logo ali na virada da esquina. Tô pronto pra eles, antes busco Ana e caímos no mundo no que nos resta de domingo. A gente só volta pra civilização quando passar o efeito do espinafre que comprei agorinha na feira e vim mastigando sem lavar. Misturei com a poesia do Bandeira, o Formigão, mais a banda Saraiva e a massa do Tarcísio, que me esqueci de buscar (ele me chama de Cascudo e me cobra, insiste para que busque sem pagar, fico acanhado), só sei que deu uma aplainada da boa.

Tô nas alturas. É isso que me move, viver no meio desse furdunço, mas sem seu Jair, o da casa 58, aquele que manda lá no condomínio Barra Pesada, querer ficar cagando regras de como se anda pra trás. A gente ainda manda ele pros quintos dos infernos, pois o pavio está mais do que curto. Viva o domingo e essa Pasárgada que me guia.

OUTRA COISA
1 - SÓ DECISÕES CONTRA INTERESSES DOS TRABALHADORES
Renegados que votaram no Bozo só tomam na tarracheta
Uma atrás de outra, as medidas tomadas pelo seu Jair, o da casa 58, Condomínio Barra Pesada são contra os interesses dos menos favorecidos, porém muitos desses, não só votaram, como continuam apoiando quem lhes craca a estaca. Como pode? O cara do vídeo vai na veia, sem dó e piedade. Talvez assim, sentindo na pele o que venha a ser de fato Bolsonaro e tudo o que ele representa, esses possam ver a ficha cair e mudar de lado, postura, dando início a uma reviravolta colocando pra correr esses todos a tornar o país mais intolerante e conservador. Eis o link: 
https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/3054963651200290/

2 - CUIDADO COM A "DIRECHITA"
Uma música bem humorada, porém, muito clara e revendo a desgraça que são os desgovernos de direita sob os costados da América Latina. A sequência é brutal, assassina dos interesses populares e todos contra a emancipação dos países latinos, tornando-os escravos subservientes de interesses que não os seus, na maioria dos norte-americanos. Liberdade e soberania é preciso! Eis o link: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3054757264554262?__xts__[0]=68.ARA7mcgkZYba0CnOhpjUfKchj_Z8bbtZTOV9ayy8xMvab_HgcLCdRiCWcGingudBTyonhk7wnJvYuaGT5iSWT4aGG9vubnlDxaLWDWORo0Q2gsMS4UKts-Mcv2k5Q2TIkSjWp44FhPOcz0ndB-qgSnbuhl2yqza1LYlUFiUKBoTtmoKWttaGwZofzLzGinqko8cbdwNyQ67laafOofwEWOnctZsKq2APt7g9hXi1ylsNppgVav9ii0Xikxzcy3JQF0ybkKXLyn5qrRYFEZeEeQrcDIec_ln8g3cM7D5XuFtXPYD6N4S9uGOJ3Pn_5SspC3FrSzsZkoIW6mTul8uLoQ&__tn__=-R

sábado, 23 de novembro de 2019

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (173) e CHARGES ESCOLHIDAS A DEDO (152)


O BRASIL QUE ESTÁ NAS PARADAS DE SUCESSO - HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORES SEM CARTEIRA DE TRABALHO


1 - Fui dar aula numa escola rural, convidado por amigo para debater com seus alunos. Conheci um deles, trabalhando numa fábrica de roupas de banho. Sua função é dobrar essas peças, desde lençóis, aqueles com bordas de elástico e tudo o mais, acondicionando-os em embalagens plásticas. Me disse que tinha acabado de sair do trampo e ganha por peça, sem registro em carteira, algo em torno de R$ 0,05 a R$ 0,08 centavos no máximo por peça dobrada e devidamente colocada na embalagem. Tem dia que faz 400, noutros 600, já chegou no máximo, com produção de mais de dez horas dia a ganhar R$ 100 dia, cinco dias por semana, mas isso é o topo quase inalcançável. Não vê outra perspectiva para si ali onde mora. Com o que ganha sobrevive, sai para fazer suas festas, seus bebes com amigos e está quase sempre duro. Fiz as contas de um dia normal de trabalho, quando dobra e embala 400 peças auferindo no final do dia um total de R$ 20,00 e quando o patrão está de bom humor, lhe paga R$ 30,00. "Costureiras ganham um pouco mais, mas não tanto e ralam muito, muito mesmo, muito mais do que o senhor possa imaginar", me diz e acredito.

2 - Do mesmo aluno ouço outra. A dona do empreendedor negócio, lucrativo e muito, mas só para ela pois nem registro em carteira faz mais e não se acha mais necessário preocupações com algo dessa natureza, pois tem agora respaldo federal para agir contrária aos ditames da legislação. Pois bem, o funcionário estava no seu limite, trêmulo com sua situação, muito novo e sob enorme pressão de produção, sendo nem registrado. Sua mãe pegou suas dores e foi ter com o patrão. Chegando lá, ele uma pessoa teatral, o recebeu bem, cafés e rapapés, chorou ao contar de sua situação e do tanto que faz por todos os seus funcionários, todos eles abrigados ali sob suas protetoras asas e por fim, o que seriam deles sem alguém como ele para lhes dar o que comer, vestir. Quase choraram um no ombro do outro e na saída, a mãe do funcionário estava dando razão para o competente e nobre empresário, um a abrir mão de tudo, até de suas horas de lazer, para acompanhar as horas extras que cada funcionário faz. Saiu de lá e foi ter com o filho, pois não poderia por nada nesse mundo perder um emprego igual a esse, com patrão tão leal e sincero. Tem quem, ainda consiga convencer por esse viés e assim me foi dito em detalhes.

3 - Com o carro no estaleiro pego vários uberistas durante a semana e me vejo diante de muitos com pensamento conservador, outros nem tanto, até militante do PSTU encontrei. Em todos, a imensa maioria para ganhar algo razoável, produção diária a conseguir pagar suas contas se faz necessário ralar por dez a doze horas diárias. Teve gente que pediu a conta em emprego, sua profissão de décadas, pois os direitos foram retirados e estava sem garantia nenhuma daqui por diante. Optou pelo uber, mas mesmo ganhando um pouco mais, horário flexível, me afirmou ter chegado na conclusão que hoje trabalha num moto contínuo, rodando sem parar e sem poder parar, com muito menos tempo de lazer que antes, muito mais inseguro, com dinheiro no bolso todo dia, mas tudo de forma enganosa, pois suas perdas ao olhar para o passado são irreparáveis. Um deles se mostrou contra tudo o que vem da "maldita esquerda" (suas palavras), mas não consegue me explicar os reais motivos, dele engenheiro ali estar sem perspectivas e cada vez mais, com um futuro em ruínas. Culpa a crise e o governo anterior, sei o fará daqui há muitos anos quando o reencontrar, pois foi cegado e com os olhos vendados segue tentando, sem sacar que quem o colocou onde está é o lado que defende.

4 - Ainda dessa fábrica de colchas, ouvi mais uma, essa com alguém desistindo de trabalhar como camelo. Ela tinha uma saída, uma outra possibilidade na vida e a colocou em prática. Quem me contou a história foi a mesma pessoa dos relatos sobre o ganho baixo. Uma trans, 19 anos e tentando a vida ali na pequena fábrica, das poucas alternativas na cidade. Trabalhou por um tempo, até o momento em que descobriu uma outra vertente para sua vida. Nos poucos meses que ali atuou ganhava como os demais, no máximo R$ 50 a R$ 80 dia, ralando muito. Fez um e mais outro programa, até que um cliente de fora pegou gosto e voltou mais vezes, ela abriu os olhos e viu que, na prostituição podia ganhar num dia o que estava ganhando no mês. Criou coragem, enfrentou a reação da família e hoje está em Curitiba, até ajudando a família com o envio de valores todo mês. O rapaz que me contou a história, com um olhar muito desolado me diz: "Ela tinha uma possibilidade, se descobriu e não posso culpá-la de nada. Eu como não tenho um corpo bonito, não posso fazer o mesmo e só me resta continuar por aqui ganhando o que consigo com uma esforço imenso".

5 - Os entregadores são por demais sofredores, pois na inexistência de outros empregos, o que lhes resta no atual mercado é sair pelas cidades carregando essa corcova nas costas. Na maioria muitos jovens, tentando um primeiro emprego e sem muita escolaridade e condições de comprar um carro e adentrar o Uber, o fazem de bicicleta ou com motos alugadas, quando não da empresa onde trabalham. José está fora da curva, pois tem quase 50 anos, trabalhou na Ajax e ao me trazer um pedido, paramos por segundos no portão. Não consegue nem receber o atrasado da firma de baterias e diante de tanta necessidade, conseguiu que a pizzaria famosa na cidade, atendendo pedido de um conhecido do patrão, cedesse a moto e ele ali na lida até o último pedido do dia, alta madrugada. "Eu não posso trair a confiança em mim depositada, pois quando mais precisei me deixaram trabalhar e com a moto deles. Ganho pouco mais de um salário mínimo, mas é o que ainda consigo fazer na minha idade. Queria mesmo me aposentar, falta tão pouco, mas creio ganhando o que ganho não poderia nunca fazê-lo", me diz.

6 - Na Batista o garotão está a vender doces, guloseimas embaladas em sua casa com papel celofane. Com uma cesta ela circula pelos pontos mais movimentados da cidade e além de oferecer os doces, levanta um cartaz e nele dizeres apregoando ser ele um empreendedor. Tudo começou a mais de um ano e ao perguntar se algo melhorou de lá para cá, abaixa a cabeça e diz que não. "Eu devo estar fazendo algo errado, pois se outros conseguiram eu também preciso conseguir. Não sei onde estou errando, faço de tudo e sei que a culpa é minha, preciso rever o jeito de fazer, a maneira de abordar as pessoas, de convencer elas a acreditar em mim". diz. Ele até consegue vender os doces que traz diariamente para as ruas, mas isso não o torna nenhum empreendedor, mas somente um sobrevivente, alguém que não morrerá de fome, mas não chegará nunca a um patamar além disso, porém o fizeram entender que, ele está no caminho para se tornar um empresário fazendo o que faz. Ele insiste, persiste e quer vencer na vida, faz o que pode, instigado por uma regra capitalista, a de que todos poderão chegar lá, mesmo quem a formulou tendo a mais absoluta certeza de que isso não é possível. Vê-lo com sua cesta e sua placa nas ruas é de uma crueldade sem fim, mas ele não aceita perder e todo dia volta pras ruas em busca de uma luz no final do túnel.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (119)


DUAS PREMIAÇÕES, DUAS PESSOAS E SUAS FALAS - SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA DE BAURU

Não participo como gostaria da Semana da Consciência Negra de Bauru. Em dois dias alternados, primeiro na quarta, acontece a premiação Luiz Mahim no Teatro Municipal de Bauru e nela 17 agraciados e depois na quinta, premiação do Zumbi dos Palmares, desta feita mais três escolhidos. São homens e mulheres negras com algo contundente em prol da sociedade num todo e da comunidade onde estão inseridos. Tudo devidamente escolhidos e organização de um dos mais movimentados e organizados conselhos da cidade, o da Comunidade Negra. Estar nesses eventos, pelo menos para mim, algo primordial, pois essa sim uma escolha de caráter popular, sem os rapapés de tantas outras. Nessas não existe o tal “jabá” para ser escolhido, mas sim, somente, a real necessidade de ter prestado um serviço para os seus e demais. Em ambas uma assistência popular da maior responsa, ou seja, algo muito além da comunidade em si, mas o povo ali presente e prestigiando alguns dos seus sendo agraciados e reconhecidos. Assim entendo ambos os prémios e mais não escrevo, pois o intuito desse escrito é outro. Ao todo são vinte agraciados e quero destacar dois. O faço nesse escrito, em primeiro lugar por serem meus amigos e depois, por entender terem sido bem escolhidos, finalizando com algo realizado por ambos, cada um em seu evento, a fala representando os demais.

Vamos por partes, como muito bem fazia Jack, o Estripador. Começo pela noite de quarta, 20/11, exatamente o Dia de Zumbi de Palmares, data consagrada para reverenciar a Consciência Negra no país. Aqui em Bauru o feriado municipal foi antecipado nesse ano para segunda, pelo motivo de se juntando com o final semana, permitir aos servidores três dias em casa. Essa premiação, realizada com toda pompa esse ano ocorreu no recinto do palco principal da cidade, o Teatro Municipal e lá 17 pessoas ouviram da voz de Suzana Libório, o seu currículo, subiram ao palco e receberam a honraria sob aplausos de todos os presentes. Nenhum senão e até no discurso do Secretário de Cultura, Rick Ferreira ele acerta na mosca lembrando o ocorrido com Juarez Xavier, o professor agredido com ato racista nas ruas da cidade. Com uma fala bem posicionada, deixa claro o posicionamento não só seu, como de sua pasta e num momento onde muitos funcionários públicos se omitem, se calam, até amedrontados ou mesmo intimidados com tudo o que está a acontecer com o país. Ao final, representando os agraciados, muitos falaram e ressalto uma fala, a de Salvador Dias, advogado do Detran e militante social. Fez uso de seu tempo para denunciar o estado de coisas no Brasil atual, principalmente contra os negros. Foi na medida necessária, algo pelo qual todos hoje necessitamos não só marcar presença, mas expor realmente o pensamento e a ação que se faz necessária para reverter o quadro dantesco de destruição das instituições e do próprio país. Salvador é meu amigo, militamos no mesmo partido político, estamos em muitos embates juntos e ao vê-lo na tribuna, com uma fala corajosa, o entendimento de que o que vale mesmo a pena em momentos com o esse é ter coragem. O mundo realmente não é para os fracos.

Na segunda noite, na quinta, evento ocorrendo no palco principal da Câmara de Vereadores de Bauru, sessão solene sendo presidida pela vereadora Yasmin Nascimento, ela desta feita, deixa de lado sua principal causa, a animal para fazer um pronunciamento a favor da causa negra, das qual está inserida, pois é negra e desta forma, também sofre os efeitos de um preconceito que não cessa e só aumenta neste país cada vez mais racista, incentivado por um desgoverno fascista e homofóbico. Yasmin se mostrou indignada e causou espanto, pois pelo visto está se interessando por temas mais voltados para os interesses populares. A premiação ocorreu dentro do esperado, três pessoas dignas representantes de distintos segmentos e trazendo para o recinto da Câmara a comunidade a qual estão inseridos. Diante desse público, Sivaldo Camargo, diretor da Cia Estável de Dança da Secretaria Municipal de Cultura recebe o prêmio e fala em nome dos agraciados. Ele também é meu amigo, baita amigo, já atuamos juntos nas hostes da Cultura Municipal e a cidade sabe do seu valor no que faz, um reconhecido e competente profissional da dança. Diz do preconceito inerente ao seu ofício, quando muitas vezes foi comparado e visto como “bicha”, pelo simples fato de dançar, mas foi além e de forma corajosa falou em alto e bom som do momento atual do país e da destruição em curso, ocorrendo na área onde atua, a Cultura, mas também em todas as demais. Foi emocionante, pois ele se emocionou e foi preciso, cirúrgico com sua fala. Num certo momento, eu sentado a assistir o evento não conseguindo me segurar solto um alto “Fora Bolsonaro”. Sivaldo é um bravo guerreiro, desses que, mesmo diante de todos os riscos no momento presente, não se omite, diz o que tem que ser dito.

Foram dois belos momentos, aliados também ao da presidenta do Conselho da Comunidade Negra, Greice Luiz, com fala também contundente em ambos os eventos, numa clara demonstração de que, esse conselho continua sendo, pelo meu ponto de vista, o mais atuante e participativo da cidade. Para encerrar a noite no recinto da Câmara, uma apresentação musical com a batida dos terreiros de umbanda e levantando a plateia. Souberam dar a devida resposta no exato tom que se faz necessário, ou seja, num momento em que igrejas neopentecostais e mesmo católicas promovem atos de cunho eminentemente conservador, a Umbanda se apresenta num tom progressista, capitaneada no ato por Agnaldo Lulinha da Silva. Fiz questão de ressaltar as falas como ponto central deste texto e desta forma, assim como muitos o fazem, expor um algo a mais desses dois eventos. Poderia fazê-lo com qualquer outro agraciado com a premiação, mas escolhi esses dois, pois vi em suas falas algo a ser ressaltado nesse momento. As fotos aqui publicadas foram disponibilizadas na internet pelo jornalista Ademir Elias, assessor de imprensa da Prefeitura Municipal de Bauru e por mim compartilhadas, com a devida citação da fonte.


UMA NO CRAVO OUTRA NA FERRADURA, SEGUE O JOGO
1 -
PROIBIR CULTOS DE CUNHO AFRO VIROU
Sivaldo, o pres. do PT Bauru Cláudio Lago e este mafuento.
MODA
https://www.causaoperaria.org.br/grupo-de-extrema-direita-tenta-impedir-missa-africana-no-rj/?fbclid=IwAR21qjIklrUwNNr1imqFzcX2DW9zc4pAwIxe64xy_ye17lpfZs-KVjSWE6o#.Xdgiz8vp8sU.facebook
Motivos não faltam para querermos nos livrar do seu Jair, o da casa 58, lá no condomínio Barra Pesada. Eis mais um motivo, o do aumento indiscriminado do ódio religioso, quando grupelhos se dizendo os únicos enviados dos céus (existirá algum?), querem destruir tudo o que venha dos seus concorrentes (foi o melhor termo que encontrei). Bolsonaro prega um mundo desigual, sem liberdades individuais e com perseguições contínuas a tudo o que não tenha sua benção pessoal. Não dá para viver no mesmo ambiente com quem prega algo com o teor proposto por Bozo e a cada dia um algo novo, um repúdio novo e a ânsia de vômito só aumentando.

2 -
NO PRÓXIMO DOMINGO A ELEIÇÃO DO FUTURO DA VIDA URUGUAIAhttps://www.pagina12.com.ar/232283-uruguay-un-ballottage-de-musica-ligera?fbclid=IwAR2_eGe8xbbkEn1j2OYDmLhYtWilRlt6BvYF7tcCd3AawQqxdQyq3l6fbl8
O Uruguai é um mar de tranquilidade ali no Cone Sul, mas tem também lá seus problemas. Mesmo diante de toda estabilidade apresentada nos últimos anos, sendo uma espécie de paraíso onde muitos queriam passar os últimos anos de suas vidas, está agora diante de uma encruzilhada. Assim como tudo nessa América Latina, mesmo vivendo tempos de inolvidáveis avanços, uma oposição de direita, tenta e pode conseguir transformar a vida no pequeno país ao sul do Rio Grande do Sul algo não tão bom de se viver. O Uruguai de hoje não é socialista, mas encontrou uma fórmula para ir tocando o barco, com belos avanços sociais. Isso pode ser sacado da vida deles assim num vapt-vupt com a chegada de um desGoverno ao estilo neoliberal predatório, onde muitos avanços seriam colocados por terra. A eleição do segundo turno deles ocorre no próximo domingo e o pleito está parelho. Entenda algo mais da contenda lendo esse belo texto publicado hoje no melhor jornal do nosso mundo, o diário argentino Página 12.