DIÁRIO DE CUBA (114)

PROJETO RUAR EM BH (05) – URSAL, O BAR DA ESQUERDA PETISTA NA CAPITAL MINEIRA

Eu me divirto com a rica possibilidade dos bares temáticos. Tem para todos os gostos e preferências, agregando gregos, troianos e tudo o mais que possa imaginar nossa vã filosofia (sic). Sou declarado militante de esquerda e na recente estada em Buenos Aires fui rever e bater cartão no conhecido, por lá, o Nestor Bar, no bairro de Palermo, reduto peronista e hoje abrigando tudo e todos do kirchnerismo, de Cristina à Alberto. Local de congraçamento e de resistência, principalmente nos anos onde imperou o neoliberalismo de Macri. Quem por lá comparece sabe muito bem o que irá encontrar. Vivenciei por lá, papo rolando amigável, agradável e dos mais aprazíveis. No Rio, o Bar do Omar, região portuária, abriga não só os petistas, mas toda a desgarrada esquerda nativa em busca dessa salutar convivência entre os iguais (e os quase iguais) na defesa dos interesses comuns. Em Bauru, cito o Bar do Genaro, na vila Falcão já instituído como ponto de convergência dos amantes de bares e libertários. Todos esses bombam, cada um atendente a público bem específico.

Em BH MG, onde estive por uma semana, não podia deixar de procurar algo nesse sentido e, é claro, acabei encontrando. A dica veio de amiga militante mineira e chegou em boa hora, justamente após uma semana de intensa participação em seminários, reuniões, apresentações e performances em congresso acadêmico. O lugar se chama URSAL, nome dos mais convidativos para aglutinar a galera, não só o enfurnado com o tema da Pátria Grande, como o petista e também muitos outros esquerdistas. Sua localização é fácil, centro da cidade, bastando a busca no google: bar da esquerda em BH. Se fizer o contrário e clicar: bar da direita em BH, também surgirá opção, o Destro Bar, um que só pelas fotos ilustrativas, com pôsteres de Reagan e FHC, fugi de passar perto.

Já na entrada, na subida da escada do URSAL, quando lhe entregam a comanda, o recado já vem para não ter decepções: “Aqui é um bar com temática esquerdista. Tudo bem?”. Grafitada numa parede frontal e sem inscrições, o rosto de Marielle e uma banca com produtos, desde camisetas, bottons, canecas e afins. Num cômodo ao lado, muitos alimentos e me dizem terem sido arrecadados para assentamentos, algo inerente aos movimentos de esquerda, a solidariedade para com os na luta. Tudo lembra algo petista, um grande pôster com cara da ex-presidente Dilma junto ao balcão de chopp (muitos caseiros) e todo o cardápio lembrando algo da luta e da resistência. O cenário do bar lembra ironicamente o apartamento do Guarujá, o que a Lava Jato usou para prender o ex-presidente Lula, mesmo nunca ter sido dele. Uma piscina no centro e cadeiras de praia, com paletes de mesinhas de centro. No palco um grupo de rock. Por ali, de quinta a domingo, sempre música, primeiro com um DJ, depois shows variados.

A URSAL fica numa movimentada avenida e o garçom da casa me diz de algumas perseguições, ligações sobre barulho no meio da tarde, provocações que não assustam. Ligam também, provocam á distância, mas quando estavam, em outro endereço, com mesas na calçada o risco de algo era maior. Nesse, num casarão e tudo rolando no andar de cima, até hoje nenhum problema a merecer destaque. O clima é de confraternização e mesmo sem se conhecer, existe um papo rolando solto de mesa em mesa. O pessoal da casa circula todo com camisetas vermelhas, com o nome do bar da frente e nas costas Prusia Bier. No final do rock, samba rolando solto e o pessoal levanta das mesas e vai para o centro da pista. O clima é esse, festivo, mas todos os presentes sabem muito bem isso sempre transpirado nas conversas: um bar pode ser ponto de encontro festivo, hora de lazer, mas a certeza de estarmos numa guerra, disputa acirrada entre posicionamentos antagônicos e irreconciliáveis. Todos os presente sabem muito bem, inclusive um dos homenageados pela casa, Lula, acabou o período de conciliação. No copo de todos, uma ironia a festa famosa, "Lullapalooza - Mais Música, Menos Fome".

No editorial da melhor revista semanal brasileira, Carta Capital, "A conciliação já era - Lula entendeu que, para consertar o Brasil, o confronto é inevitável". Quase ao fina ldo texto Mino Carta escreve: "Não há como confiar em muitos ministros que agora tardiamente reconhecem a insconstitucionalidade da prisão na segunda instância, muitos deles, a começar pelo presidente Toffoli, já empenhados transparentemente em inventar uma nova fórmula de neutralizar Lula. Estou à vontade para expor desta maneira o quanto penso, convencido pelo meu velho e admirado amigo de que a conciliação já era. Comover-se com aderradeira decisão do STF é uma demonstração de parvoíce até os limites da insensatez. A ameaça continua a pairar sobre o Brasil e seu maior líder popular, enquanto o país padece os efeitos da demência como forma de governo". Pelas conversas no bar, pelo menos por essa parcela dos presentes, todos conscientes do momento não ser de festa e sim, de intensa luta e disputa. O Ursal Bar de BH é mais um, dentre tantos a fazer sucesso, reunir militantes e esquerdistas, todos querendo algo mais para ver o país voltar a ser soberano, sem nenhum conciliação. Essa a mensagem dos ursalistas de plantão espalhados país afora.

O CALDEIRÃO CONTINUA PELANDO DE QUENTE
01.) QUAL O PAPEL DESSAS INSTITUIÇÕES TIPO OEA? ESTÃO A SERVIÇO DE QUE E QUEM

https://www.viomundo.com.br/politica/jeferson-miola-onde-esta-o-canalha-da-oea-que-sumiu-apos-fraudar-informe-para-viabilizar-golpe-na-bolivia.html?fbclid=IwAR2kcClTp8ar7D-8seB2kqz6CNqz2W-6cZXV6Tg79EfEYK5fV4Q1SZmSsrQ
O OEA - Organização dos Estamos Americanos foi criada para defender os interesses dos estados dessa América num todo, mas em cada ato comprova-se o contrário, eles agem e estão à serviço dos interesses de um patrão todo poderoso, os EUA. Simples assim. São tendenciosos e agem contra os interesses populares. Mais que claro e evidente isso com o que ocorreu e ocorre nesse momento na Bolívia. Primeiro denunciam a reeleição de Evo. Sugeriam algo de errado na eleição, quando essa foi limpa e inclusive eles sempre souberam disso. Evo, sob pressão, chega a aceitar até nova eleição, mas o jogo já estava decidido, a elite o retiraria do governo de qualquer jeito e com respaldo desses bestiais da OEA. E agora, novo momento, Evo já fora do Governo, um claro golpe e todos calados, nem um pio sobre o que aconteceu no país e as atrocidades em curso. No texrto abaixo algo mais sobre esse instigante texto, demonstrando por A + B como age perversamente quem teria que fazer uma coisa, mas na prática faz outra.

02.) NOVO PARTIDO NA PRAÇA...

Não há nada a ser dito, tudo tão explícito. Sem palavras. Chargista Aroeira define tudo num só desenho.