quarta-feira, 13 de novembro de 2019
MEMÓRIA ORAL (248)
A GRÁFICA QUE PARA SOBREVIVER VIROU BAR EM BH
Os paulistas conhecem muito o prédio da Galeria do Rock no centro velho da capital, um conglomerado só com lojas antenadas e os melhores points de vinil, além de bares temáticos e espaços alternativos todos reunidos num só espaço. Em Belo Horizonte existe um lugar muito parecido, é o Edifício Archangelo MALETA, localizado bem no centro velho da cidade, rua Bahia 233. No andar de baixo alguns restaurantes, um parede meia com o outro e no andar de cima, subindo por escada rolante emperrada (ou seria engripada?), mas com seta indicando qual se deve subir e qual descer, desemboca-se no maior reduto da cidade em matéria de sebos e afins, alguns brechós e lojas especialiadas em vinis e CDs. Margeando a varanda do primeiro andar, com vista para a movimentada rua, alguns bares e no canto direito (toc toc toc), local onde por décadas funcionou uma gráfica, hoje um bar, o GRAFFICA.
É ele que me faz escrevinhar algo sobre o local. O reduto chama a atenção por essa congruência de fatores, todos conspirando para atrair a atenção dos velhos lobos do mar, aqueles interessados não só na poeira das estradas, mas no que ela possui de mais salutar e saudável. O Graffica tem uma história dessas merecedoras de ser contada aos quatro ventos, espalhada por todos os cantos e dessa forma atrair novos adeptos. Na noite em que lá estive quem estava no comando da casa era Roberto Freitas, experiente na área de comunicação, com 26 anos atuando na edição de arte do Diário do Comércio de BH, jornal ainda em artividade, desempregado e há três anos, completados no último dia 1/11, ajudando a irmã, a proprietária do empreendimento etílico a levar bom público para o primeiro andar do Maleta. O intento vem dadndo certo.
Marilda de Freitas tinha uma gráfica no local, mais de décadas fazendo barulho e rodando todo tipo de impressos no local. A coisa foi piorando, movimento caindo e para não fechar definitivamente as portas ela tem a sacada de transformar o local num bar. Tentou tocar as duas coisas juntas, mas o bar venceu a gráfica e é o que tem garantido o sustento dela, do irmão e dos funcionários da nova casa. "O máquinário ela não quiz remover e para não tirar as máquinas pesadas do lugar, o jeito foi adaptar, com tampas de vidro e acrílio, cobrindo tudo. As mesas são todas de tipos antigas e com a tampa de vidro, o clima foi mantido. Na maior delas, a rotativa, uma tampa bem no meio faz o cliente viajar e voar com a imaginação. Sempre aparece gente oferecendo grana alta pelas máquinas, mas ela não quer vender, quer mesmo é conseguir tocar adiante o projeto do bar e fazer a roda girar", conta Roberto.
Quem vem pela primeira vez, como eu e um bando (jeito carinho de denominá-los) de professores oriundos de um Congresso Acadêmico de Design na UNIBH, na noite de terça 12/11, fica impressionado, pois tudo é um tanto inusitado, diferente, ousado e a transformação logo cai nas graças de todos, pois são entendidos dos motivos da adaptação e remodelação. A comida é honesta, o preço da bebida é justo e algo mais se diferencia de tudo o mais, o gosto musical da música que rola no som ambiente é dos melhores. Só MPB escolhida a dedo e na ponta dos cascos, primeira linha, agradando a gregos e troianos. Roberto não queria falar, mas o convenci, pois achava que as histórias do lugar deveriam ser contadas pela irmã, a mais adequada anfitriã do lugar, mas na sua ausência aceitou e em pouco tempo, estava a contar detalhes da história do bar.
"Sempre ocorre por aqui lançamento de livros, festas variadas e na última algo que está virando rotina. A gente recontrata um profissional para ligar a impressora maior e com ela em funcionamento enquanto rola a festa, ela gira suas engrenagens sempre lubrificadas e dela saem algo a ser distribuido para os presentes. No lançamento do livro, foram poesias e todas sendo autografadas pelos autores ali presentes. Faz sucesso o homenageado do dia e também o profissional pilotando a potente máquina. Bate o saudosismo em todos e assim a gente vai se virando, sendo, fazendo e acontecendo", conta Roberto, enquanto acompanha o desenrolar dos pratos pedidos na cozinha e preparando uma bebida como autêntico barman, ou seja, de experiente editor de arte de jornal para um quase perfeito coqueteleiro. Parafraseando o famoso filme do ator José Dumont, ele poderia ser, guardadas as devidas proporções, o próprio "O homem que virou suco". De uma coisa tive certeza, não está triste nem depressivo, pelo menos com o movimento do bar (já com o país isso é outra coisa), pois a coisa flui de vento em popa.
O Maleta é lugar mais que folclórico em BH, ponto de encontro de refugiados do momento atual, onde buscam cada um ao seu modo e jeito continuarem botando o bloco na rua e saracoteando para lá e para cá. Encontraram no Graffica um desses lugares com a cara da resistência tão necessária nos dias de hoje, um dos motivos do seu sucesso e vai nadando de braçada em tempos intranquilos, pouco oxigenados e até um tanto perigosos. Um ótimo lugar dentro da atribulada capital mineira para se bater um papo num ambiente sem luxo, requintes e ricocós, porém desses onde o astral sobre, a carcaça sai sempre recarregada e fica sempre aquele gostinho de quero mais. Se a primeira impressão é a que fica, a minha, após ser instigado a ali comparecer, pois tinha a cara dos profissionais do design naquela noite, ninguém foi pra seus hotéis decepcionado. O Graffica cumpre seu papel com a devida galhardia e sapiência. Um ótima pedida em BH. Fica a dica desse mafuento escrevinhador.
DAS BOAS COINCIDÊNCIAS DA VIDA EM BH - APROXIMAÇÕES ORIUNDAS DO "LULA LIVRE" Esse mundo véio sem porteira é mesmo supreendente e pequeno demais da conta. Rodei ontem à tarde o tal do Mercado Central de Belo Horizonte MG e lá cai de boca em queijos e doces mineiros numa das famosas casas do lugar. Eu sempre saracoteando pra lá e para cá com o botton do "LULA LIVRE" na camisa e sempre que abordado, distribuindo alguns. Na loja onde degustei os quitutes, a moça que nos atendia demonstrou a sua felicidade com a soltura do ex-presidente e disse gostaria de ter um botton igual ao meu. Ofereci um para ela e o moço do caixa gritou lá do fundo: "Se der um pra ela, quero também". Os dois ganharam e o colocaram na camiseta na mesma hora. Me fui.
Isso uma coisa, outra se deu no bar Graffica à noite e juntou as dus histórias. Chego com o botton fixado na camisa e um cara grandão vem me abordar logo de cara. "Estive hoje à tarde no Mercado Central e numa loja de queijos vi a atendente usando um, perguntei como conseguiu e ela me disse ter ganho de um cliente muito legal (no caso eu). Ao te ver, vim te abordar e perguntar, pois queria saber onde arrumou, queria um". Olhei para ele ainda incrédulo e lhe disse: "O cara que deu o botton para a moça lá no mercadão fui eu e agora também darei uma para ti e outro para sua esposa". Seu nome, Igor e a esposa, ambos colocaram as indumentárias ali na hora e trocamos fotos pra lá e para cá.
É isso, o LULA tem mais aproximado que apartado as pessoas nesses tempos, porém daqui pra frente estamos mesmo precisados de mais ação que contemplação, beijos, abrços e apertos de mão. Aguardando instruções, pois o cerco está se fechando no entorno.
A PASPALHICE BRASILEIRA SE ALASTRANDO COM O VENTO
01.) Um país ilhado pela idiotice - Diante de tanta iniquidade, ainda observar pessoas defendendo o seu Jair, o da casa 58, o que deixou Brasília mais cedo no dia do assassinato da vereadora Marielle, só para atender seus amigos chegando no condomínio onde mora no Rio, torna-se caso de idiotice aguda, algo praticamente sem cura. Como pode ainda pessoas se dizendo sensatas, pobretão perdendo tudo, ainda conseguir apoiarba criação desse novo partido, mais doentio que o PSL? Burrice quase sem volta, desalento e perdição para endoidecer agente sã. Eis o link: http://bemblogado.com.br/site/neodiotas-uma-gente-doente-que-comemora-a-morte-da-democracia/?fbclid=IwAR00iKKqEm7q1clLq_5IT-dQNKoCrrxviqCahB6PLRGZF1lbkarwp0XRSQI
02.) Invasão Embaixada venezuelana em Brasília - Por si só, um crime, mas no Brasil de hoje, tendo retaguarda e garantia do desGoverno de seu Jair, o da casa 58, o que é reconhecidamente e internacionalmente entendido como ilegal, ganha ares de legalidade no país de ponta cabeça, tudo sendo degenerado e desvirtuado. Um perigo, legalidade por um fio. É o que querem os bestiais, pois para esses não existe lei, que não a sua. Se isso virar moda estamos adentrando o "salve-se quem puder" e o "vale tudo". Mas não e exatamente isso o que querem para trucidar com tudo pela frente? Eis o link: https://www.redebrasilatual.com.br/destaques/2019/11/embaixada-da-venezuela-em-brasilia-e-invadida/?fbclid=IwAR1QWyG5AXM97vY6_jhzFlOpid6WR-GRpF6PuNTeNX4Px-xzCDTT3N2Kb34
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