A cena não é nenhuma novidade para quem frequenta diariamente a praça Rui Barbosa, tanto que a paróquia católica contratou alguém para fiscalizar a entrada, o portão principal a abarcar os fiéis para dentro do templo. Esse é uma espécie de fiscal e ali permanece, no meio da escadaria, com o poder de barrar ou abrir a passagem para o templo religioso. Um difícil missão, a de filtrar quem pode e quem não pode entrar. Conhecido dos comerciantes locais, os camelôs do local, enquanto fotografava, notei que alguns o chamavam pelo nome e ironizavam a situação, que deve se repetir muito durante o dia. O abnegado funcionário tenta impedir a entrada e o homem investe repetidas vezes, tentando driblar a barreira. Foram várias tentativas, todas infrutíferas e da cena muito se extrai. Na praça, hoje tomada por moradores em situação de rua, de todas as espécies e modalidades, desde desocupados, drogados, mendigos, nóias, arruaceiros, criadores de caso e gente simples, sem ocupação e morada. De um comerciante no local ouço que a polícia nem mais aparece, passa batido, tudo vê e tudo sabe, deixa a coisa rolar e a problemática se amplia, multiplica e se espalha com o vento. A questão é social, todos sabemos, algo de complicada solução. E na praça principal do centro de Bauru a conjunção de tudo, a reunião num dos mais afamados espaços públicos, céu aberto e ali um bocadinho de tudo, reunido e exposto.
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
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