sábado, 31 de dezembro de 2011

CARTA (77)*
* Saiu publicado hoje no Caderno Geral, do Jornal da Cidade, Bauru SP, um texto meu enviado ao jornal e transformado em CRÔNICA DE FINAL DE ANO, com um destaque além do imaginado.

UM CORPO ESTENDIDO NA CALÇADA
Nessa época do ano a sensibilidade humana deveria estar mais aflorada, exposta à visitação e isso devido a tudo o que nos remete a esses eventos todos envolvendo as festas de final de ano. Moro num dos locais onde a concentração de problemas sociais é mais evidente, latente e pulsante. Você ser o próprio problema social é uma coisa, vivencia aquilo no seu dia-a-dia, pulsa nas próprias veias o que venha a ser a indiferença, a insensibilidade, a rejeição, o desamparo e tantos outros sentimentos inerentes ao ser humano. Uma coisa isso, outra o vivenciar ao lado de sua morada um extrato social de tudo o que muita gente só ouve falar. Resido ao lado da linha férrea e muito perto da estação rodoviária de Bauru e nesses dois locais, um conjunção (ou seria combustão?) de duas realidades, a dos mendigos e dos drogados.

Considero-os uma espécie de vizinhos, sem a mesma sorte que tive na vida. Nas conversas que travo diariamente com os mendigos, digo a eles que o meu diferencial para com eles é por ainda não ter desistido de resistir nesse mundo, onde dar murro em ponta de faca é apenas um aperitivo. Muitos se cansam de lutar por algo, que lá na frente se mostrou insólito. Caíram nas ruas e vivem num mundo a parte. Cada pessoa possui uma rica história de vida, as labutas todas e seus motivos para lá estarem. Alguns compreensíveis, outros não. Mas quem sou eu para julgá-los, sendo também considerado um desajustado dentro dos ditos padrões normais aceitos hoje em dia. Cada um mendiga ao seu jeito, eles num, muito mais sofrível, eu num outro e todos que me lêem noutro. Os das ruas vêm e vão como plumas ao vento. A maioria surge do nada e quando estabeleço um contato mais próximo, desaparecem, partem para não se sabe onde. Uns ficam mais tempo e em alguns casos, consigo até ajudá-los, dentro de minhas possibilidades.

Com os drogados algo mais difícil. Esses escolheram as proximidades da linha férrea como uma espécie de “quartel general” e circulam de uma forma diferente dos demais. Circular por cima dos dois viadutos, o JS e o JK e olhar para baixo dá uma tristeza infinita naquilo que nos resta de sensibilidade. Ver crianças entregues ao desenfreado consumo de drogas descabidas, vidas totalmente sem rumo, verdadeiros párias, os invisíveis de nossa sociedade, pois trombamos com eles e fingimos nem mais os visualizar. Com esses um contato mais difícil, áspero e incerto. Quando “limpos”, até conversam, expõem algo de suas vidas e quando “carregados” ou na “fissura”, como dizem, tornam-se arredios, até violentos, jogam pedras em nossas janelas, viram os lixos nas ruas, passam xingando e pedem acintosamente. Conviver com tudo isso é algo inerente a quem mora nesses locais. Eles têm seus códigos de conduta e vamos nos adequando, numa convivência meio que pacífica entre vizinhos. Eles do lado de fora de nossos muros, nós do lado de dentro.

Isso tudo para descrever o que sei da história de uma dessas pessoas. Uma moça, jovem demais, cabelos longos e ainda com a última pintura feita num salão, magra, esbelta, mas degradando-se a cada dia. Ela difere do resto, pois não circula em bando. Prefere andar só e assim acaba sobressaindo-se mais que todos. Conversa quando quer e com quem quer, arredia a extremo. Consegue uma fruta ali, um pão aqui, água no seguinte, comida adiante e faz de um pequeno quadrilátero seu mundo mais do que particular. A particularidade de tê-la observado com maior detalhamento é por escolher minha calçada para dormir. Quando cansada, junta o que arrebanhou no dia, deita enrolada nos seus andrajos e hiberna por longos períodos. Depois, do jeito que chegou, some. Ficam-se dias sem saber notícias suas e quando menos se espera, lá está de volta. Nos poucos contatos, sempre de cabeça baixa, não nos encara e pede meio como se tivéssemos obrigação de lhe ajudar (e não temos?).

Escrevo algumas linhas natalinas e a reverenciar o Ano Novo em nome dela e ao fazê-lo, reverencio a todos esses, que vivem numa espécie de manjedoura, escondidos num beco qualquer, sujos, mal cheirosos e buscando algo, que ainda não consegui identificar bem o que venha a ser. Penso em ajudar mais, estabelecer novos contatos, mas nem sei se é isso mesmo que eles querem e buscam. Antes de tudo, pouco fazemos para entender os males desse mundo, o que leva as pessoas a serem tão diferentes umas das outras, concepções tão distintas, um tendo tanto, outro nada, um buscando tudo, outro querendo tão pouco e não tendo nem isso. Para mim, a serventia de cada final de ano é olhar com mais carinho para esse povo das ruas, meus vizinhos, e com eles aprender a continuar sobrevivendo no próximo ano e nos demais.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (32)

CASA DOS PIONEIROS DE BAURU, RUA ARAÚJO, BAIXADA DO SILVINO - MANTÊ-LA É MAIS DO QUE NECESSÁRIO
Documento nº 1 - "Bauru, 30 de dezembro de 2011 - Olá Conselheiros do Codepac Bauru. Boas Festas e um ótimo 2012 para nós. Como Havíamos combinado na 7ª Reunião Extraordinária realizei uma vistoria na CASA GEMINADA - CASA DOS PIONEIROS. O resultado submeto a vocês para apreciação. Prezado Conselheiro, Secretário e Amigo de longa data Elson vamos abraçar a causa de transformar essa CASA DOS PIONEIROS em um símbolo da competência de Bauru em tratar e cuidar do seu Patrimônio Cultural. Esse imóvel, em especial é emblemático, não só pela sua história na Araújo Leite (o nosso Peabiru), mas, também porque foi tombado e não reverteu de imediato recursos para pessoas de idade que necessitavam dele. Vamos prestar atenção, também, ao AEROCLUBE. Tive informações que algumas pessoas vão retornar ao assunto "POR QUE UM AEROCLUBE EM UMA ÁREA NOBRE DA CIDADE, QUE SÓ ATENDE A BURGUES E QUE PODERIA RENDER ALGO DIFERENTE?". Lembro aos amigos Conselheiros que, nas minhas pesquisas históricas sobre a cidade, que reproduzi na minha dissertação de mestrado descobri a ligação umbilical entre a EFNOB e o nosso AEROCLUBE que além da importância histórica ainda hoje é um celeiro de aviadores comerciais e volovelistas. Foi fundado pelo Major Marinho Lutz Diretor da Noroeste, a pedido de Getúlio Vargas e com recursos da mesma. Sua 1ª diretoria era composta por engenheiros da EFNOB e "personalidades" da cidade. Quanto a vistoria espero que gostem do trabalho. É necessario que se tomem as providências necessárias para a preservação da CASA DOS PIONEIROS para futuro restauro e para evitar-se um acidente que acarretaria críticas ao Poder Público e ao CODEPAC" - FABIO PARIDE PALLOTTA

Documento nº 2 - Ofício do CODEPAC para Secretaria de Cultura Bauru:
"Prezado Senhor ELSON REIS - Secretário de Cultura: O Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru – CODEPAC, instituído pela Lei nº 3.486/92 e regulamentado pelo Decreto nº 9.250 de 16 de agosto de 2002, através de seu presidente que esta subscreve, vem encaminhar Laudo de Vistoria realizado no bem tombado “Casas Geminadas” da Rua Araujo, conforme deliberações da 7ª Reunião Extraordinária realizada no dia 22 de dezembro de 2011. Diante da situação eminente de desabamento este Conselho solicita em caráter de urgência que a Prefeitura Municipal de Bauru realize uma intervenção de modo a garantir a manutenção da estrutura atual existente. Importante destacar que este imóvel é o ultimo testemunho do primeiro eixo urbano da cidade de bauru, portanto todos nós devemos sob todas as formas garantir sua existência. Segue em anexo Relatório de Vistoria realizado no dia 23 de dezembro de 2011. Sem mais, nos colocamos a disposição para outros esclarecimentos, renovando nossa estima e consideração. Atenciosamente, Sérgio Ricardo Losnak - Presidente CODEPAC".

Documento nº 3 - "VISTORIA – CASA GEMINADA - “Casa dos Pioneiros” - Rua Araújo Leite, números 2-63 e 2-65 - Processo nº 18.029/1996 - ESCORAMENTO DA CASA GEMINADA
"Conforme entendimentos durante a 7ª Reunião Extraordinária do CODEPAC (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru),realizada em 22 de dezembro próximo passado, na ANTIGA ESTAÇÃO DA CIA PAULISTA DE ESTRADA DE FERRO, me responsabilizei pela vistoria das Casas Geminadas conhecidas como “CASA DOS PIONEIROS” localizadas a Rua Araújo Leite, nºs 2-63 e 2-65, para a constatação de escoramentos que evitem acidentes com transeuntes e a ruína do bem tombado. Foi constatado o seguinte:
A) Constatação que fachada da CASA GEMINADA está prestes a ruir no número 2-65, lado direito olhando-se a casa de frente, sendo escorada pelo batente de madeira da porta;
B) Detalhe do lado ameaçado de queda, sem qualquer escoramento, salvo o próprio batente da porta;
C) Interior do número 2-65 da Casa Geminada sem nenhuma escora;
D) Interior do nº 2-63 sem escoras, onde aparecem caibros de madeira caídos dentro da construção e uma divisória de madeira que separa interiormente a construção geminada dando-lhe essa característica;
Pelo que foi percebido pela presente vistoria destaca-se a necessidade do escoramento das partes ameaçadas de desmoronamento e sinalização para o perigo iminente que a Casa Geminada oferece aos transeuntes. Essas medidas devem ter o caráter permanente até que a Prefeitura Municipal de Bauru tome posse do referido imóvel, faça o restauro adequado e dê a ela o uso pelo qual foi tombada: transformar-se na CASA DO PIONEIRO devido a sua localização no eixo inicial da ocupação do município, onde a Rua Araújo Leite era a via de ligação entre a “civilização” e a “selvageria”. Bauru, 23 de dezembro de 2011. FABIO PARIDE PALLOTTA".

Documento nº 4 - Pitaco desse conselheiro, o mafuento HPA: "A Prefeitura já tomou sua decisão quando oficializou esse tombamento e quando no mandato do atual prefeito, Rodrigo Agostinho, esse decidiu pela desapropriação da mesma (já existe decreto nesse sentido). Falta efetuar o pagamento do valor para os seus proprietários. Esse o primeiro passo. A seguir, outro passo, também difícil, o de tomar as providências para manter o que ainda resta dessa edificação e iniciar um processo de restauro imediato no local, que certamente envolveria valores próximos ou até maiores do que o despreendido para sua desapropriação. O terceiro, seria promover junto da opinião pública e dos munícipes algo sobre a importância dessa preservação, para que não pairem dúvidas sobre a necessidade das atitudes tomadas e depois sobre a sua utilização em algo útil, valorizando o que essa casa representa para a cidade de Bauru. Foi nessa região que a cidade nasceu e esse o último resquício dos seus primordios. Juntando tudo isso, algo que subtraio dos jornais de hoje, sexta, 30/12, quando tomamos conhecimento de que a Prefeitura fecha o ano com o caixa cheio e um aumento vertiginoso de arrecadação. Aproveitemos, então esse momento para agilizarmos esses procedimentos todos. Depois deve-se também ter início a um intenso trabalho pela preservação do Aeroclube, que sofre com a insana tentativa de sua ocupação pela predatória especulação imobiliária, uma só a enxergar cifrões em sua frente. São os votos do HPA".
Obs.: Não pensem que a Casa dos Pioneiros encontra-se como mostrada nessas fotos. Não, pois as mesmas são de 2008 e pertencem ao acervo do CODEPAC, acredito que tiradas pelo também conselheiro Alex Gimenez Sanches. A situação atual é calamitosa e passar pela calçada defronte a mesma é temerário, tal o risco corrido de tudo ruir na cabeça do transeunte.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (16)

UM RESCALDO DE FINAL DE ANO, COM ÚLTIMOS EMAILS RECEBIDOS
1.) Maria Braga é produtora cultural e já trouxe para Bauru Francis Hime e Marcos Sacramento, em tempos idos. Nesse ano assisti no Teatro Carlos Gomes, Praça Tiradentes, centro velho do Rio a um show do Marcos sobre o Centenário de Assis Valente. Foi lindo, estava junto de Flavio Lenz. Agora ela me passa a possibilidade do show ser visto na TV. Será no CANAL BRASIL, 30/12, sexta, 22h30. Para quem, como eu, deve passar esses últimos dias antes da passagem do ano em casa, imperdível o ESPECIAL MARCOS SACRAMENTO, um dos cantores mais afinadíssimos desse país.

2.) Tales Freitas é um jovem amigo, líder estudantil bauruense e com um fervente blog, o “Protesto Jovem”. Se fosse instituido um Prêmio para um “Jovem Revelação do Ano” esse teria que ser dado para Tales, hors concours no quesito participação atuante onde todos deveriam estar presentes. Vejam seu texto de hoje no facebook: “Hoje estive o dia todo com os grevistas da AHB (Associação Hospitalar Bauruense), como sabemos eles estão lutando pelo 13º atrasado. Papeando o dia todo, ficamos a par do drama existencial dos grevistas, a maioria sem dinheiro algum no bolso. E precisando comer, comprar uma fralda para um filho bebê. No decorrer do dia aconteceram duas plenárias. Uma para o advogado do sindicato dizer que o dinheiro já tinha sido conseguido e outra para entregar os holerites e dizer que até meia noite o dinheiro estaria na conta dos funcionários. O alívio foi instântaneo, notava-se na cara dos funcionários. Estes mesmos trabalhadores fizeram uma ressalva: “O holerite está na mão, mas o dinheiro não. Enquanto o dinheiro não cair na conta, a greve continua!”. Uma parte dos problemas dos trabalhadores será resolvida, que é o pagamento do 13º salário, mas hoje fiquei sabendo que a AHB não recolheu INSS e nem pagou Fundo de Garantia. Mas o problema de sucateamento do hospital e a dívida de R$ 150 milhões continuará. A AHB pode fechar as portas e “meter o pé na bunda” dos trabalhadores e os mesmos iniciarão uma luta judicial sem fim”.

3.) Minha amiga Maria Inês Faneco, que tem como profissão o ofício de PIPOQUEIRA, produziu uma declaração contundente e das mais expressivas para reflexão coletiva nesse final de ano, talvez a melhor do ano todo: “A maioria das associações de moradores se vendem em troca de algumas coisinhas e não lutam pelo povo, aliás ninguem luta por nós, só nós mesmos e o comércio ainda tenta empurrar calcinhas e cuecas amarelas para dar sorte... Não vou eu empurrar carrinho de pipocas não, que vou passar fome...”.

4.) New Time é um pseudônimo de uma pessoa aqui de Bauru, que cutuca aqui e ali, mas não o faz com seu nome de batismo. Recebi dele hoje algo sobre a solenidade de posse de Jáder Barbalho, ontem no Senado e seu filho, 9 anos, sentado ao lado do pai, fazendo caretas: “Logo que vi as fotos pensei : Um menino já grande como este, fazendo caras e bocas numa solenidade de posse de um senador.... como é que pode..... sem noção este garoto..... Depois pensei mais um pouco e corrijo-me : muito bem apropriadas as caretas. O fato deste Jader tomar posse como senador, depois que o Supremo Tribunal Federal derrubou a validade da Ficha Limpa para 2010, merece todas as caretas do mundo. Na verdade não é o garoto que faz as caras zombeteiras para o povo. Ele é apenas um veículo da Justiça. Tal qual numa sessão espírita. Uma incorporação. POLÍTICOS SÃO SARRISTAS, AMAM TIRAR SARRO DO POVO E ADORAM GARGALHAR DE TODOS”.

5.) José Esmeraldi é um radialista â moda antiga. Trabalhou em algumas aqui pela cidade e na maior delas, de saco mais do que cheio, pela incoerência e não cumprimento da legislação trabalhista existente, partiu para vôo solo, ou seja, criou e tenta manter uma rádio na internet, fazendo das tripas coração para mantê-la no ar. Seu desejo de Boas Festas me toca mais do que tantos outros, pois sei de sua luta, internitente na defesa de uma rádio mais “democrática” (sic). Recebo dele uns dizeres e uma Charge sobre o que acha que já está entrando na puta do dia, o Carnaval: “Amigos e amigas,Lá se foi mais um Natal (espero q todos tenham passado com muita paz e felicidade), vem aí o início de um novo ano e... JÁ É CARNAVAL NO BRASIL!!! E, sabe aquele monte de peru, pato, galinha e outras aves q vc comeu no Natal? Pois é... rsrsrs Um grande abraço! Zé Esmeraldi”.

6.) E para fechar a tampa do baú do ano, uma mensagem recebida via Ana Bia, sobre o livro “REGINÓPOLIS, SUA HISTÓRIA, que publiquei junto de Fausto Bergocce (aqui em Bauru está a venda nas Bancas do Aeroporto, com a Ilda e na Pavan, rua 1º Agosto, com Orlando). Dentre todos os elogios recebidos reproduzo aqui um, de uma professora carioca, LUCY NIEMEYER, que lá da UERJ me postou um reproduzido a seguir: “Ana Bia: Você é portadora de ótimas novas!!! O livro do Henrique é encantador. Transmita a ele, por favor, não só os meus agradecimentos pela gentileza e generosidade dele, mas também o encanto que o livro me proporcionou! Fiquei com muita vontade de ir até lá. Será que em uma próxima ida a Bauru poderíamos arranjar este passeio. Que o Natal seja muito alegre para vocês e que o próximo ano continue a trazer-lhe momentos de paz, harmonia e felicidade.
Com o carinho de Lucy”.

As duas charges, em tamanho maior no post, são do FAUSTO e do NICOLIELO e as reproduzo aqui, com autorização de ambos, uma diferente a cada semana. Ontem havia lido num blog o questionamento: "Por que ninguém da direita latino-americana tem câncer?" e hoje na capa do diário argentino Página 12, estampado em letras garrafais o depoimento da mais nova líder latino-americana (com ela são 5) com a doença: “LE VOY A PELEAR A CHAVEZ LA PRESIDENCIA DEL CONGRESO DE LOS QUE VENCIERON AL CANCER” . Chávez, o venezuelano foi na veia (nao na véia, viu!): "Isso me parece articulação dos EUA. Todos líderes opositores com câncer. Estranho, não?". De última hora, resolvo deixar esse questionamento para todos os diletos leitores que aqui me prestigiam.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

RETRATOS DE BAURU (114)

MONICA SALLES, UMA ATRIZ DE BEM COM A VIDA
Para encerrar o ano com chave de ouro, nada como postar algo de uma meninona de Bauru, dessas com um sorriso sempre estampado no rosto, de bem com a vida e fazendo o que gosta, como gosta e quando gosta. MÔNICA SALLES reúne tudo isso numa só pessoa. Astral sempre lá em cima, essa mulher, que ontem era uma menina acabou por se transformar numa bela de uma atriz. Vê-la nos palcos é de encher os olhos, pois não tem medo de ser feliz, do jeito que é, sem tirar nem por, quase sem maquiagem e assim se apresenta livre, leve e solta. Saída dos Cursos de Teatro do Paulo Neves (onde ainda milita e exercita o ofício de representar), pipoca pelos palcos bauruenses, sempre se sobressaindo e cheia de luz própria. Encarna os papéis como ninguém e cai como uma luva para fechar esse espaço com chave de ouro, ou seja, alguém a irradiar alegria, disposição, trombando com a vida, enfrentando touros à unha, rindo muito e procurando tirar proveito disso tudo, sempre à sua maneira. Mônica é a cara da felicidade de representar e se for citar sua idade, estragaria tudo, pois nunca tive a coragem de perguntar, portanto, não sei. Uma atriz com um diferencial: é ela e pronto. E precisaria mais?
OBS.: Janeiro está batendo à nossa porta, aguardem só mais um pouquinho e quando ele chegar o Festival de Teatro Paulo Neves, agora no refrigerado Teatro Municipal de Bauru e por lá além de um trupe inigualável de atores bauruenses, Mônica no palco e em ação. Aguardem para verem a surpresa de Ano Novo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (58)

ONDE ESTÁ WALLY? OU MELHOR, ONDE ESTARÁ O DEPUTADO PEDRO TOBIAS?
Meu filho quando meninote gostava muito de um personagem dos quadrinhos, um boboca de nome Wally que viajava mundo afora e adorava se esconder no meio da multidão. A distração do filho era encontrá-lo e com isso ficava entretido horas e horas. Tenho a coleção dessas revistas guardadas até hoje. Quando ele as descartou e perdeu o gosto pela coisa fiquei com a massa falida.

Hoje fui ver a quantas andava a GREVE dos funcionários da AHB – Associação Hospitalar de Bauru, que administra dois hospitais, o Hospital de Base e a Maternidade Santa Izabel e Wally me veio à mente. Tudo parado (respeitando os 30% exigidos de manutenção em lei) e uma vergonha em cima de outra. A promessa dos interventores era de o pagamento do 13º salário seria paga até 24/12, antes do Natal e até hoje, 27/12, nada na conta corrente dos funcionários. Esses fixaram na parede o documento com a promessa não cumprida. Perguntas do mesmo teor foram feitas para dois personagens a ilustrar o vergonhoso desfecho para essa história, o papel do deputado estadual Pedro Tobias – PSDB, cujos correligionários administravam o AHB até ser descoberto um rombo do tamanho de um vulcão por lá e todos serem afastados (ninguém ainda foi devidamente punido). Esse um, o outro é o governador Geraldo Alckmin – PSDB, que igualmente está fazendo vistas grossas para solucionar o impasse. Dizem que o dinheiro já foi repassado, mas não chegou até agora. Por fim, o desrespeito com a população de Bauru, que precisa desses hospitais e pelo já comentado pela imprensa local, vive um momento onde o final talvez seja a dissolução da AHB, o decreto de sua falência e abandono por parte das autoridades estaduais. Não seria melhor esclarecer os crimes financeiros cometidos lá dentro antes de tudo?

O fato é que Pedro Tobias está DESAPARECIDO e justo agora, quando todos o procuram em busca de uma solução para o problemão criado por gente ligado a ele naquelas bandas. Escafedeu-se e está com o paradeiro incerto e não sabido. Situação diferente a do também deputado Camarinha – PSB lá da região de Marília, tanto criticado por seu posicionamento e atitudes, mas que exatamente nesse momento acaba de conseguir uma significativa verba adicional para o conglomerado de hospitais de Marília. Querem mais uma dele? Conto. Ele apregoa que enquanto for deputado os pedágios não irão se proliferar na região de Marília e isso é facilmente constatável. Já na região de abrangência de Pedro Tobias é o paraíso terrestre para os administradores de pedágio, pois de 30 em 30 km temos um a nos danificar o bolso. O deputado de “lá está “APARECIDO” nesse final de ano e o nosso “DESAPARECIDO”.

Mantive contato com os funcionários em greve dos dois hospitais e ninguém sabe do paradeiro do deputado. Tentaram ligar, mas o sinal só da ocupado, desconectado, desplugado, desorientado, destrambelhado e até desmobilizado. No portão do Base um caixão com dizeres elucidativos do que o pessoal sem receber o seu 13º acha da atitude do seu representante nesse conflitante momento. Continuaremos todos procurando nosso WALLY, apesar de que, o personagem dos desenhos bastava um pouco de atenção para ser facilmente encontrado. Ele não fugia, estava sempre ali, no meio de um arbusto, agachado debaixo de uma mesa, escondido numa caixa ou amoitado atrás de um muro. O caso do deputado, que desde o Natal e o começo da greve escafedeu-se parece mais problemático. Charada difícil essa, localizar nosso WALLY. Parem tudo, pois parece que agora vai. Um grevista aqui vai ligar nesse momento o seu aparelhinho de GPS e todos seguirão a pista a indicar o caminho de sua localização. Vou nessa...
OBS.: As três primeiras fotos foram tiradas por mim defronte a Maternidade e as três últimas defronte o Base. Cliquem nelas para as verem grandonas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

DROPS – HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (64)

UMA CRÔNICA DE BOAS VINDAS À ÚLTIMA SEMANA DO ANO – PÃO, DENIS, VARME E SAKAI
Na padaria, hoje pela manhã, uma surpresa nada agradável, seis pãezinhos franceses por R$ 4,38. Ando comendo pão banhado a ouro e não sabia. Na hora, nem tive coragem de reagir, paguei e o esperneio vem agora, pois lá no Gaspa, na Romana Padaria, do amigo João, um pão igualmente ótimo, pago menos da metade pela mesma quantidade. Coisas das várias cidades embutidas numa mesma Bauru, uma atendendo um público, outra outro, mas ambas as citadas, com qualidade no que fazem. Como decidi gastar menos daqui para frente, vou é em busca de quem me oferece bom produto por preços mais convidativos. Abomino o luxo.

Conheço muitos dos tipos mais populares dessa cidade, pois circulo muito e dou atenção a maioria deles. Um deles me aperta a campainha logo cedo. Trata-se de DENIS MARQUES, 60 anos, um a se propagar eterno jornalista de um jornal, que infelizmente ele não consegue mais imprimir já há alguns anos. Continua tentando e ao revê-lo, o valorizo pela continuidade de um discurso desgastado, porém desses a incentivar sua trajetória de vida. Escrevi dele por aqui em dois momentos e quem quiser rever, basta clicar a seguir: http://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=denis+marquesblogspot.com/search?

Denis veio me comunicar algo triste. Fujo de extremados religiosos, mas um deles caiu nas minhas graças e na de milhares de bauruenses. Falo do pastor VARME DE OLIVEIRA, 74 anos, uma espécie de missionário às avessas, pois deixou de pregar como fazem esses de praça, gritando algo para o vento. O que faz possui um diferencial, pois após ser retratado num filme, ter virado assunto em vários noticiários de TV, hoje prega falando sobre seu filme e mais para cumprimentar as pessoas nas esquinas bauruenses. Esse um que paro para conversar, pois deixou de ser carola e pergunto sempre sobre sua vida anterior à religiosidade, quando era um boêmio famoso e até hoje, felizmente, não renega nada do que fez, simplesmente deixou de fazer.

A notícia triste é que no último 17/12, após falar com os populares da praça Rui Barbosa (não credito como pregação o que faz), sentiu fortes dores no peito e levado por amigos ao Pronto Socorro foi detectado um princípio de AVC. Tratado, recebeu alta na véspera do Natal e passou as festas sob os cuidados do casal Cláudio e Lúcia Siqueira, seu tio, morador do Jardim Tirintam (fone para contatos 32762592). A preocupação com tão popular pessoa, retratada até numa futura HQ, pelo traço do cartunista Gonçalez é com os problemas inerentes com a recuperação da voz e as sessões de Fisioterapia. Torço por ele, pois padecemos nessa cidade pela falta de pessoas alegres, comunicativas, espontâneas e sinceras. Igualmente escrevi dele por aqui em vários momentos e quem quiser rever, basta clicar a seguir: http://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=varme+de+oliveira

Semana insossa essa, modorrenta, ótima para arrumações caseiras. É o que faço aqui pelos lados do Mafuá. Na política, algo a provocar ojeriza é o fato do pastor presidente de nossa Câmara de Vereadores, o Sakai Pinto, já ter anunciado receber pressões mil de religiosos que o ajudaram a se eleger, todos esses querendo e buscando cargos e mais cargos. Trocou alguns importantes lá dentro, alguns técnicos por pastores ou ligados a esses e promete mais, até com pessoas bem próximas dele. Aquilo está virando uma Terra de Pregações e não, propriamente uma Casa de Leis. Imagine o Natal que algumas pessoas próximas a ele tiveram com a expectativa se irão continuar por lá ou serão trocadas pelo mais novo servo no pedaço. Sua próxima decisão é para 04/01 e quando o fizer volto ao tema com algo bombástico.

Boa semana a todos e todas. Amenidades pela frente...

domingo, 25 de dezembro de 2011

FRASES DE UM LIVRO LIDO (55)

“STUPID WHITE MEN – UMA NAÇÃO DE IDIOTAS”, LIVRO DE MICHAEL MOORE - UM PRESENTE NATALINO
Sempre gostei muito de Michael Moore pelos seus posicionamentos. Ele, para mim, faz parte de um seleto grupo de norte-americanos a resistir, espécie de dissidentes dentro do próprio território dos EUA. A ele se juntam Noam Chomsky, Gore Vidal, Susan Sontag, Ralph Nader, Danny Glover e outros poucos. Esse foi o presente mais significativo que dei para meu filho nesse Natal. Ele que concluiu o segundo grau este ano, ainda está com a cabeça em parafuso, indeciso no rumo a ser tomado dentre tantas possibilidades. Passei por isso e sei que não posso pressioná-lo, pois de sua decisão depende o seu futuro, enfim, sua vida. Um dos rumos talvez seja o cinema e se o fizer, imaginei que um dos a se espelhar seria esse cineasta e escritor, um dos maiores documentaristas em ação. Só para terem uma idéia, esse livro escrito no período do auge do insano governo Bush filho, quando em nome de uma suposta liberdade, muitas foram extirpadas e Moore, um dos poucos com coragem para combater o impostor saiu-se com essa: “Nossa liberdade não pode ser tirada em nome da liberdade”. O caso da torres gêmeas acentuou a insanidade nacional. O livro é um libelo, uma sátira contra os desmandos e o poder do rude branco sobre os destinos daquele país e do mundo. Exponho a página da dedicatória feita ao filho, pela importância de dou a essa obra. Pelas frases dá para ter uma idéia de tudo o que se passa na efervescente cabeça do cineasta. Comprei-o num sebo nesse mês (meros R$ 15 reais) e fui adiando de entregar para o filho, pois queria lê-lo primeiro e só agora o faço:

- “A pior forma de defendermos a nossa liberdade é deixar que nossos líderes tirem a nossa liberdade! É exatamente em momentos como esses que temos de ter mais liberdade de expressão, uma mídia independente forte e crítica, e uma cidadania que não tenha medo de se levantar e dizer que o rei está nu e, pior, que não tenha miolos. Se perdermos a coragem de dizer algo parecido estaremos condenados”.
- “...e que nós possamos nos unir para mudar o futuro deste país e tirá-lo das mãos desses estúpidos homens brancos que roubaram o país de nossas mãos. Eles adoram a nossa indiferença e se divertem com a nossa falta de ação. É nossa responsabilidade – a minha, a sua, a de nossos colegas – de cumprir essa tarefa: tornar esse livro irrelevante”.
- “Não desista – a história sempre dá pulinhos pra frente de uma forma progressiva, e humana (com a exceção do Canal Fox News)”.
- “Os americanos não querem mais ódio, intolerância, e exclusão como regra do dia. Estamos cansados de ver as razões corporativas levar precedência sobre a nossa própria sobrevivência. (...) Os dias dos ricos levar vantagem ede contar mentiras para mandar nossos meninos à guerra, estão contados”.
- “Liberdade de escolha é uma coisa do passado. Fomos reduzidos a seis empresas de comunicação, seis empresas de transporte aéreo, duas e meia montadoras de carro e um conglomerado de rádio. Tudo que jamais precisaremos pode ser encontrado no WalMart. Podemos escolher entre dois partidos políticos que parecem iguais, votam da mesma forma e recebem fundos exatamente dos mesmos financiadores ricos. Podemos escolher vestir roupas indefinidas em tom pastel e nos mantermos calados, ou podemos escolher usar uma camiseta com o Marilyn Mason e sermos expulsos da escola. Britney ou Cristina, Warner Bros ou UPN, Flórida ou Texas – não existe diferença, gente; é tudo igual, é tudo igual...”.
- “Estou, portanto, encalhado num carro que não funciona, em um país onde nada funciona, tudo fede, e entre os homens, as mulheres e as crianças robotizadas, prevelece o cada um por si. A sobrevivência do mais rico – não há mais barcos salva-vidas para você, ou você ou você! Há de haver um modo melhor...”.
- “...América do Norte, o continente onde vive a maioria dos homens pateticamente idiotas, vergonhosamente brancos e repugnantemente ricos”.
- “Todos sabíamos aquilo que não conseguimos admitir: vivemos agora em um Estado policial antes conhecido como Estados Unidos da América, um lugar que não precisa da polícia do pensamento orwelliana porque tem algo melhor: a Polícia Empresarial. Enquanto o Governo recolheu e encarcerou durante meses – anos -, sem qualquer acusação formal, pessoas que pareciam árabes, a Elite Empresarial fazia o trabalho sujo de manter o resto do povo idiota e reprimido”.
- “...as grandes mudanças da sociedade ocorrem quando uma ou duas pessoas conscientes agem”.
- “Não há nada mais triste do que ver líderes de outros países tentando imitar os líderes de nosso país. (...) Se vocês se divertem vendo os americanos abrindo fogo em escolas e locais de trabalho, se vocês acham que progresso é o mesmo que ter taxas de mortalidade infantil em nossas cidades piores do que em Nairobi, se vocês querem viver em um mundo com menos liberdades civis até do que desfrutamos hoje em dia, continuem simplesmente seguindo nossa trilha. Vocês terminarão sendo não só um pequeno Estados Unidos, mas também receberão todos os convites para se juntar a nós em nossa missão de explorar os pobres em outros países, para que possamos ter tênis de corrida quase de graça!”.
- “Não somos mais capazes de nos governar ou de realizar eleições livres e justas. Precisamos de observadores da ONU, tropas da ONU, resoluções da ONU!. (...) Atualmente, não somos melhores do que uma atrasada república de bananas. Perguntamo-nos por que qualquer um de nós deve levantar-se pela manhã a fim de trabalhar como cachorros para produzir bens e serviços que servem apenas para tornar a junta e seus comparsas da América Corporativa (um feudalismo à parte e autônomo dentro dos EUA) mais ricos ainda. Por que devemos pagar nossos impostos e financiar o golpe deles”.
- “Amigos e vizinhos: como dá para perceber, esse é um governo decidido a encher o bolso – e que não sairá do poder sem uma briga. A missão deles é unir seu poder econômico e político (recentemente adquirido) para governar o país e ajudar os amigos deles a ficarem ainda mais ricos no processo”.
- “Deixe-me ser rude: temo que você possa ser uma ameaça à nossa segurança nacional”.
- “Não existe recessão, meus amigos. Não há queda. Não há tempos difíceis. Os ricos chafurdam no espólio que acumularam nas últimas duas décadas, e agora querem ter certeza de que não sairemos procurando nossa fatia do bolo”.
- “Não sei o que acontece, mas toda vez que vejo um cara branco vindo em minha direção, fico tenso. Meu coração dispara e no mesmo instante começo a procurar um jeito de escapar e um meio de me defender. (...) Pode acreditar em mim: se de repente você se vir rodeado de brancos, é melhor tomar cuidado. Qualquer coisa pode acontecer. (...) Todas as pessoas que já me causaram algum mal – o patrão que me despediu, o professor que me bombou, o diretor que me puniu, o menino que jogou uma pedra no meu olho, o outro menino que atirou em mim, o executivo que não renovou o programa TV Nation, o cara que me perseguiu por três anos, o contador que pagou meus impostos em dobro, o bêbado que me atropelou, o ladrão que roubou meu aparelho de som, o construtor que me superfaturou a obra, a pessoa no escritório que me roubou folhas do meu talão de cheques e os passou para si mesma – cada um desses indivíduos era branco! Coincidência. Acho que não!”.
- “Todas as palavras cruéis, toda a dor e o sofrimento da minha vida têm um rosto caucasiano pregado neles. (...) Negro algum jamais construiu ou usou uma bomba projetada para emilinar hordas de pessoas inocentes, seja na cidade de Oklahoma, Columbine ou Riroshima. (...) Você escolhe o problema, doença, sofrimento humano ou miséria abjeta que cai sobre milhões e eu aposto dez pratas como consigo colocar um rosto branco nela”.
- “Odeio escrever isso. Adoro esse imenso país boçal e as locas pessoas que moram nele. Mas quando consigo viajar para alguma vila atrasada na América Central e ouvir um bando de crianças de doze anos me contar suas preocupações sobre o Banco Mundial, tenho a sensação de que algo falta dos EUA. (...) Quem precisa de história quando amanhã será dono do universo”.
- “...os garotos aprendem a enterrar qualquer expressão pessoal. Eles aprendem que é melhor se conformar para se formar. Aprendem que balançar o coreto pode levá-los direto para fora da escola. Não questione a autoridade. Faça o que mandam. Não pense, faça o que digo. Ah, e tenha uma vida boa e produtiva como um participante ativo e bem-ajustado em nossa flosrecente democracia”.
- “Acho que reciclar é como ir a igreja – vamos uma vez por semana, nos sentimos bem e achamos que cumprimos nossa tarefa. Daí, podemos voltar à diversão do pecado”.
- “Qual é exatamente o sentido de um utilitário. Inicialmente, eles foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem dirigir no meio do nada, onde não há estradas. Entendo que isso faça sentido em Montana, mas que diabos fazem todos esses yuppies dentro deles, correndo pelas ruas entupidas de Manhattan”.
- “Desde o nascimento deste país, há mais de 225 anos, nos asseguramos de que uma única mulher tivesse nem um cargo número um, nem o número dois no país. Durante a melhor parte desse período, certificamo-nos para que muito poucas delas tivessem qualquer tipo de cargo. Na realidade, pelos primeiros 130anos de eleições presidenciais, era ilegal que as mulheres até mesmo votassem. (...) Cedo ou trade as mulheres descobrirão como tomar o poder – e, quando isso acontecer, pediremos misericórdia. Afinal, elas são o gênero mais forte. Ao contrário do que diz o dito popular, são os homens que pertencem ao sexo frágil”.
- “Temos que pensar mais a respeito do que colocamos em nossas bocas. Se você e eu comêssemos menos e bebêssemos menos, viveríamos muito mais. Quando foi a última vez que viu uma mulher se empanturrar como se fosse a última refeição da vida dela”.