quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (144)


O MOTIVO DO USO DAS CALÇAS LISTRADAS JUNTO AO BLOCO DO TOMATE - NECESSÁRIA EXPLICAÇÃO

A cada ano a pergunta se repete e sempre venho com a mesma justificativa e explicação, pois enquanto ela não for devidamente sanada continuarei descendo o Calçadão com a mesma surrada calça listrada, que há sete anos uso somente uma vez por ano, não a lavo desde então e só a retiro do armário para explicitar algo ainda não resolvido das GRANDES MENTIRAS bauruenses. Pois bem, num ano um gaito chegou perto de mim e com aquele jeito maledicente me disse ao pé do ouvido: "Sai com a calça listrada para homenagear o Zé Dirceu?". Dei a resposta a ele na lata e todo ano republico como forma de manter acesa a chama pela solução de tão intrincado problema. Eis a mesma: Saio e continuarei saindo com a dita cuja enquanto não for devidamente culpabilizado o grande mentor do escândalo da AHB - Associação Hospitalar de Bauru, o mensalão bauruense que lesou de forma cruel e insana dinheiro público destinado para a Saúde desta cidade. Alguns de menores porte já estão com o nome na boca do sapo, criminalizados e tal, mas o mentor continua incólume, impoluto e se livrando das garras da lei. Até quando?, eis a pergunta que não quer calar. Enquanto durar o bloco do Tomate, enquanto viver e enquanto ele não receber a pena merecida para tão ultrajante crime estarei nas ruas no sábado de Carnaval expondo essa falha na Justiça bauruense, paulista e brasileira. Está explicado. Pra bom entendedor meia palavra basta!

Belas Mentiras no carnaval, "doutor eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano". Isso você só encontra no bloco do Tomate aqui em Bauru, nenhum outro lugar. Desmascarada a cidade que se oculta de revelar seus segredos, todos agora expostos na cantoria do Tomate...
Eis o link 1: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/2552039668159360/

Eis o link 2: https://www.facebook.com/claudio.lago.1840/videos/2231054783775246/


PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (138)


O BLOCO FARSESCO, BURLESCO E ALGUMAS VEZES CARNAVALESCO "BAURU SEM TOMATE É MIXTO" SEGUINDO O LEMA "A GENTE FAZ FESTA, MAS TÁ PUTO DA VIDA", DESCE HOJE O CALÇADÃO DA BATISTA ÀS 12h E SE DECLARA DE LUTO CONTRA A INSANIDADE INSTALADA NESTE PAÍS.
Que os sensatos venham conosco e a repudiar o baú de maldades sendo despejado nos nossos costados. Desceremos o Calçadão com o coração partido, pelo que temos lido, visto e ouvido de gente doente, ainda apoiando os que hoje nos governam e nos levam para um buraco sem fim. O Tomate resiste, persiste, insiste e segue altaneiro, brioso e de cabeça erguida trilhando caminhos muito mais palatáveis para Bauru, São Paulo e o Brasil.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

RETRATOS DE BAURU (224)


JOÃO BATISTA E SUA MUSICADA BICICLETA PELAS RUAS
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é Mixto sai no próximo sábado no Calçadão de Bauru, destilando irreverências e picardia contra as "Belas Mentiras" desta cidade decididamente "sem limites". Estávamos à procura do rapaz, que com sua bicicleta sai espalhando música pelas ruas e vive de fazer anúncios. Publico um comunicado solicitando ajuda para encontrá-lo e em menos de duas horas duas pessoas, Mariza Basso e Antonio Ramos, o Tonhão me avisam onde ele se encontra. Vou ao seu encontro e conto algo de sua história.

JOÃO BATISTA é um amante desse negócio viver nas ruas. Mora no Hotel Avenida e de lá, seu quartel-general, sai com sua bicicleta, equipada de som com baterias, vendendo publicidade e colocando pra rodar música por onde passe. Não sabe direito a idade, nem o nome completo e de sua atividade me diz: "Trabalhava antes com carrinho de som, desses de supermercado. Vivo do dinheiro que recebo, tem dia que como e dia que passo fome, dependo de ter serviço". Uma figura mais que popular, tanto que lhe ofereceram até para disputar a vereança. Não troca a vida nas ruas e sua bicicleta por nada: "Essa é minha filha. Tenho essa há doze anos, chamo ela de caçula, nem penso em me desfazer dela. Sou feliz, ouço música o dia todo. Não tenho telefone, preciso de um, pois querem me contratar e a todos digo, me procure no hotel Avenida. É meu lugar". Um andarilho pedalador, desses que a cidade inteira conhece e até reverencia. Parado por todos os lugares por onde anda, sempre sorrindo, mas sabe muito bem separar o joio do trigo: "Tem muita gente que não respeita a gente, já fui roubado e até facada já levei. Não reclamo, sigo em frente, tomando cuidado e não entrando em dividida. Gosto de Bauru,mas falta um local apropriado para shows, aqui nessa cidade tem falta de espetáculos na rua e o povo carece de lazer". Acaba de ser contratado para estar com o bloco do Tomate no próximo sábado, colocando seu som para o esquenta do pessoal antes da descida pelo Calçadão. Vai rolar muita marchinha vinda do potente som de sua bike.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

FRASES (180)



FESTA TRANSFORMADA EM ALGO PERIGOSO - COISAS DOS NOVOS TEMPOS

Publico nas redes sociais uma foto gileteada das redes sociais com a seguinte legenda:
"O Carnaval é pra festar, principalmente nas ruas, mas ontem no "bloquinho", parque Vitória Régia, alguém andou jogando bombas de gás lacrimogêneo nos jovens. Ah, se esses reagissem, pois estavam em incontestável maioria....".

Muita indignação com algo visto no Vitória Régia quando da concentração de jovens em torno do "bloquinho". Vejam a repercussão:

- "Amigo me desculpa falar aqui mas olha que nojento q estava a praça cheia de lixo.Sem contar a zona q tava os estabelecimentos eu fui com minha filha comer em 2 lugares eu saí e procurei um bem afastado, tive que forrar o banco pra ela sentar , pessoas não têm respeito , acha que é a casa deles , senta sujo , deixa sujeira , nossa olha isso foi o que presenciei , fora as coisas escandalosas q logo deve estar pintando por aí nas redes , nas 2 últimas festas q teve de universidade eu trabalhei como motorista de aplicativo e vi e ouvi muitas *estórias*. Colegas tiveram que por lona nos carros , e depôs fazer uma extrema higienização... Bom, esse é o perfil da maioria , mas existe uma minoria q sim , não faz parte desses q estamos cotando", Karen Romano.

- "Não justifica a quantidade absurda de inocentes que acabaram se ferrando por causa de poucos. O evento já é tradicional na cidade, todos sabiam que ia acontecer e não foi novidade pra ninguém. Se faltou preparo e estrutura a culpa não foi das pessoas que estavam presentes. Para de passa pano", Mateus Nardini.

- "Mateus Nardini amigo me desculpe mas parte e culpa das pessoas ... Se teve briga a culpa é de quem? Não apoio tbm a polícia chegar metendo o pé só que se tem briga e bagunça o que fazer? E só pra lembrar que bagunça e briga tem em qualquer lugar mesmo em festas organizadas em lugares fechados ... então no fim se o povo entope o cu de pinga e fica brigando na rua qual a saída?", João Neto.

- "Ainda ontem minha grande amiga, professora Kelly Magalhães publicou uma foto das ruas tomadas de jovens e diante de uns gritando "Somos Unesp",; escreveu em seu Facebook a melhor interpretação que li até agora dessa aglomeração carnavalesca nas ruas de Bauru, aliás a maior de todas, com mais de 40 mil pessoas: "Quero ver quem levanta a bandeira pela universidade pública, gratuita e de qualidade". Não ouvi um só gritinho nesse sentido, mas nem por causa disso irei me posicionar a favor da violência policial. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", Henrique Perazzi de Aquino.

- "Gente, vcs n pisam na universidade e julgam os estudantes. Na Unesp teve uma puta mobilização, vários gds pra conscientizar as pessoas a não votar nos dois e com certeza não passa de 50 alunos(excessoes) q votaram no Bolsonaro. A galera da Unesp tava de boas em frente a uma republica e a policia chegou do nada jogando bomba na cara da galera. A galera se dissipou sem causar confusão nenhuma com a polícia, na paz, apenas reclamando q foi uma violência sem necessidade. Nenhum unespiano entrou em briga, ninguém fez escarcéu. Se vcs odeiam universitário, encontrem motivos para tal, não espalhem fake News falando q a gente é de direita (a gente estuda numa faculdade do estado, apoiar a direita é burrice é sabemos disso). E saibam que o fluxo de pessoas q vem estudar nessa cidade tbm ajudam a fazer o comercio fluir, pq a gente tbm come, bebe e sai de casa. Se for odiar por odiar ok, fodase. Mas não se iguale aos bolsominios destilando ódio e fale News, obrigada", Iris Fernanda Lacerda.

- "Minha opinião humilde opinião !!!Por que a Prefeitura realmente não ajudou na organização a vez de colocar dificuldade em tudo ,nasci aqui em Bauru sempre teve festas no Vitória Régia e sempre teve sujeira ,na minha visão se não for bom para alguém não se autoriza a festa !!!Se tivesse os aparatos organizativo jamais tinha chegado naquela situação !!!Sujeira é o que estão fazendo com o povo ,vamos colocar a mão na consciência e avaliar ,a cidade vai de mal a pior !!!!Quero ver no aniversário de Bauru deste ano se vai ter gente falando da Sujeira no Vitória Régia !!! Prefeito assuma sua posição logo meu caro ,está situação ontem foi criada para massacrar o Carnaval não dando infraestrutura,outra coisa temos muitos estudantes em Bauru !!! Jovens é Futuro ! Jovens é vida! Se tem alguém culpado nisso tudo é a Prefeitura!!Está é minha opinião ,e respeito a de todas!!", Ailton Pereira Aguiar.

- "Foi o que falei.. se for pra falar que tem menor bebendo e fumando, lixo na rua, gente fazendo xixi em lugar errado, isso tudo tambem tem no aniversario de Bauru. Mas ninguém reclama do aniversário, nem mesmo os queridos que estão no poder e tem difamado o bloquinho, querendo associar o que aconteceu com a organização do Pe de cachaça que nao teve nada haver com o que houve...", Gabriela Nogueira.

- "Tem uma rádio na cidade de Bauru a "JOVEM PAN 97.5" que através do seu locutor e diretor ALEXANDRE PITOLLI cordenam uma campanha chamada "BAURU SEM DONO" que na verdade tem o sentido contrário. Seu principal locutor amparado por seus "comentaristas" utilizam-se dos microfones para criticarem tudo na cidade de Bauru... apontam supostos problemas mas nunca apontam a solução, emitem opinião singular, divergem e questionam a legitimidade de um evento previamente organizado sem conhecerem as normas e os propósitos dos organizadores, incitando a população invadir a área restrita do evento feito no VITÓRIA RÉGIA sem responsabilidade com a segurança dos frequentadores quando incitam uma reação agressiva por parte da polícia simplismente por não concordarem com o evento naquele local querendo assim proibir o direito daqueles que estão apenas se divertindo, com alvará devidamente aprovado pelos órgãos públicos", Montinegro Monti.

- "Esta história começou toda errada. Se havia uma negociação com quem organizava a atividade os deverism ser mantidos. Não há justificativa plausível para a violência na rua e tão pouco a invasão de domicílios. Pude observar esta mesma prática em São Paulo, onde vários blocos foram agredidos e dispersados. Lamentável", Roque Ferreira.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (122)


DUAS COISAS OUVIDAS NA TRANSMISSÃO DA RÁDIO CÂMARA, SESSÃO AINDA CORRENDO SOLTA

Ouvido 1 - O vereador Marcos Souza, ex Marquinhos da Diversidade (gostava mais dessa designação) explicou dos motivos do prefeito ter mantido a estrutura do Carnaval no Vitória Régia, para abarcar o público que se movimentava para bailar junto do "bloquinho" (o maior desta cidade). E o fez para rebater críticas bestiais, provenientes de outros vereadores, os da ala conservadora e cujas teias de aranha permeiam seus atos, que apregoaram que o prefeito havia feito convite para que a juventude comparecesse ontem ao parque Vitória Régia e imediações. Não se fazia necessário, pois ficou claro, evidente para os sensatos a intenção do alcaide. O prefeito, após o cancelamento do bloquinho e percebendo que a concentração estava confirmada, enfim, 40 mil pessoas nas ruas, manteve a estrutura. Na explicação do vereador, que me convenceu, o fez para não se omitir, fingir que não era com ele e assim o mínimo foi garantido. Existem os que não querem nem esse mínimo garantido. Precisamos dar nomes aos bois e escancarar os que não gostam nem um pouco de ações e atividades em prol dos que possuem poucos recursos e quase nenhum lazer. Enfim, não foram só estudantes de classe média ontem nas ruas e sim, a periferia bauruense em peso. Aprovo o que o prefeito fez, essa festa precisa ser mantida nas ruas de Bauru e não ser confinada, por exemplo no Recinto Mello Moraes. Perderia seu sentido, que foi o de fazer uma tour pelas repúblicas e cresceu, até pela falta de lazer na cidade. Porém, não aprovo o que o mesmo prefeito fez no outro bloco a desfilar sábado passado nas ruas de Bauru, quando me confirmaram pagou através da Cultura mais de 30 banheiros químicos, sendo que lá, havia cobrança de abadá, ou seja, atividade com fim lucrativo e assim sendo, eles que arcassem com essa despesa. Se o alvará já permitia até cercas para quem tivesse abadá, estava comprovada a cobrança. As ruas lotaram, ótimo, mas a despesa não precisava ser paga pela Prefeitura.

Ouvido 2 - O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto (com X mesmo) escolheu como Prêmio Desatenção deste ano, primeiro a rádio Jovem Pan, também denominada hoje de Velha Klan, uma ótima sacada pelo seu posicionamento reacionário, conservador e sempre a defender a minoria que massacra esse país em detrimento dos interesses populares. Capitulamos, pois existem funcionários dentro da instituição Pan não comprometidos com o que se é falado nos seus microfones, talvez os nos bastidores, sem voz, mas dependendo do ali pago como sustento. Trocamos a premiação que seria outorgada para a instituição Pan, ops, digo Klan, para o seu atual diretor, Alexandre Pitolli, o que propiciou a demissão em massa do espólio da Auri-Verde e hoje está na frente do microfone como se fosse um paladino da Justiça. Epa, que Justiça e que paladino, do que e para quem? O pessoal do bloco sabe muito bem dos motivos de ter-lhe premiado, mas percebe-se pelas andanças na cidade, a ficha pelo que a rádio produz está caindo, a audiência em queda, contratos publicitários idem e credibilidade na lona. Hoje da tribuna da Câmara o pastor vereador Luiz, obreiro da Universal fez contundente fala e mesmo não concordando com outros dos seus posicionamentos, nesse acertou: "Esse cara se acha o único dono da verdade, ele e outro lá, juntos destilam algo fazendo com que, cada vez menos pessoas se interessem em ouvir a rádio". Para nós do bloco, a certeza da escolha ter sido a mais acertada, pois iremos demonstrando em outros posts dos motivos dessa escolha. O vereador denunciou, o tal radialista usou o microfone para lhe atacar pessoalmente e não pelas suas ações e atividades. Alguém tenta fazer o mesmo com este HPA, prometendo até dossiê de minha vida pessoal, tudo pelo simples fato da escolha do Desatenção ter recaído sobre o Pitolli. Esperamos o dossiê e estamos, todos os tomateiros prontos para descrever, nada da vida pessoal do dito diretor, mas tudo do que despeja nos ouvidos dos bauruenses e pelo qual discordamos, métodos nada convencionais dentro do que ainda se pode denominar de jornalismo atuando dentro da verdade factual dos fatos. Não é que nessa o vereador Luiz corrobora o que o Tomate já tinha dado como certo. Acertamos os dois.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

DICAS (181)


JUNTANDO OS CACOS NUM DOMINGO PRA LÁ DE PROVOCATIVO


ODE AOS CORAJOSOS AINDA DE PLANTÃO
Os servidores da Unesp corajosamente expõem seus motivos, todos mais que justos e deflagam uma greve, em curso, botando o bloco na rua, a cara a tapa e deixando bem  
claro: a degradação está em curso.

O MAFUÁ É ESPAÇO DEMOCRÁTICO E DE PARTICIPAÇÃO POPULAR EM BAURU - RECEBE A VISITA DO DEPUTADO ESTADUAL CARLOS NEDER
Foi ontem à noite, reunião política no espaço do Mafuá, barrancas do rio Bauru, quando num sábado à noite, 45 pessoas estiveram presentes, atendendo pedido do Núcleo de Base DNA Petista e da assessoria parlamentar do deputado estadual Carlos Neder PT, quando foi discutida a conjuntura brasileira, além dos rumos do país, comprovando que desde que seriamente agendado as coisas fluem, interessam para certa quantidade de pessoas ávidas de participar de ambientes onde se possa debater os destinos do país e sua recondução para caminhos onde reine a justiça social. Não temos por que parar, continuamos na lida.

E POR FALAR EM BELAS MENTIRAS - O HERÓI BAURUENSE DO BOLSONARISMO
Bauru também possui seus ocultos heróis da vitoriosa campanha de Jair Bolsonaro à presidência da República. Até as pedras do reino mineral sabem que, essa eleição só ocorreu por causa de fatores baseados nas mentiras espalhadas via fakenews e outros métodos nada convencionais, diria até, criminosos e ainda carecendo de melhor investigação e punição. O cientista político Marcos Coimbra, entendedor de pesquisas de opinião como poucos nesse país escreveu dias atrás algo servindo como uma luva para dar o toque necessário para esse meu texto: "Podem-se dizer várias coisas a respeito da eleição de Bolsonaro. Mas não atestar a sua normalidade, presumir que ela decorreu de fenômenos naturais na democracia. Ao contrário, foi uma vitória eleitoral artificial, fruto de intervenções ilegítimas e manipulações que maculam o mandato que dela proveio. Há vícios de origem na ascensão de Bolsonaro, na disputa eleitoral que travou e no governo vergonhoso que, nominalmente, chefia".

Dito isso, aqui em Bauru ficamos sabendo via imprensa, em matérias feitas sem grandes informações, da existência de um núcleo espalhador dos tais fakenews, uma central contratada a peso de ouro pelo pessoal do então candidato. Ou seja, muito do que chegou para as pessoas nasceu, foi bolado, frutificou e foi espalhado por gente aqui da terrinha, os tais santos do pau oco, ainda ocultos, pois seus nomes não foram sequer divulgados. Nas matérias que saíram pela mídia, prováveis nomes de laranjas, gente de fora, sem nenhuma vinculação com a cidade. Essa mais uma das tais grandes mentiras envolvendo essa varonil cidade. Por aqui acontece de tudo um pouco, porém tudo veladamente, sem grande alarde. Aqui tivemos, talvez o maior distribuidor de grana ilícita proveniente de Furnas, esquema do ex-senador Aécio Neves e Cia. Quase nada se escreve isto por essas plagas e tudo o que foi lido, veio de fontes externas.

O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto vem para o Calçadão este ano propondo rever e recontar algumas dessas mentiras, colocar os bofes pra fora, revelar segredinhos de polichinelo. Vamos esmiuçando alguns deles aqui durante a semana até o vento do Carnaval, quando tudo será despejado em via pública. Vamos juntos revelar essa maracutaia toda?


A BANALIDADE EM FORMA DE PRESSÃO SOB A MENTE DOS INCAUTOS
Cai nessa de viramos uma Venezuela, do país quebrar de vez só mesmo gente muito mal informada. O que estão querendo aprovar e a troque de caixa é a derrocada final da classe trabalhadora brasileira. Vamos se informar melhor antes de referendar essa bestialidade em curso pelo ministro Paulo Guedes e o presidente desqualificado, despossuído de credibilidade e seriedade, quase destituído pela sua total ineficiência, o Bozonaro.

A GENTE FAZ FESTA, MAS TÁ PUTO DA VIDA
Com o país de pernas pro ar, impossível não deixar de registar a quantidade de laranjas atuando dentro do novo desGoverno. Como no saco da foto, continuamos na lida para vê-las todas espremidas e no devido lugar. Sem esmorecer...

sábado, 23 de fevereiro de 2019

CENA BAURUENSE (182)


UMA FOTO, PEQUENA LEGENDA E A CONVERSAÇÃO NA SEQUÊNCIA
01. A chaminé foi o que restou da fábrica da Antarctica, onde hoje está o shopping Boulevard
02. A feira dominical da Gustavo, junto da do Rolo é recheada de ótimos reencontros, como é o de rever o showman do teatro bauruense Manoel Fernandes e sua sombrinha, em busca de LPs e de quinquilharias variadas e múltiplas. Isso não tem preço...
03. Muito antigamente existia neste local, na avenida Elias Miguel Maluf, uma fábrica de pára-raios, restando hoje isso resumido na foto.
04. Na entrada do bairro Tiritan, saindo da Comendador, junto a um córrego e mata dos lados, a placa na rua de acesso pede cuidado para com certos transeuntes do lugar.
05. Das idas e vindas deste mundo, o relojoeiro iraquiano veio reabrir seu negócio, de Bagdá para Bauru, na rua Araújo Leite, quadra de cima da Duque de Caxias.
06. Todo sábado tem algo revitalizante acontecendo no cruzamento do Calçadão, Batista com Treze de Maio, a Esquina da Resistência, ponto de encontro dos que colocam o bloco na rua contra as maldades e injustiças desses tempos.

07. A proposta para continuar crendo está registrada no muro junto da praça Alan Kardec, mas deixo a pergunta: crer em que mesmo?
08. Acabaram com a Auri-Verde, demitiram todo seu quadro de radialistas, abandonaram o antigo prédio na Virgilio com Bandeirantes e foram propagar falatórios preconceituosos pelo dial de uma tal de Jovem Pan, mais conhecida nos meios populares como Velha Klan.
09. Numa esquina da rua Saint Martin a pequena inscrição no rodapé de um muro.
10. O Feliz Natal ficou eternizado na caixa d'água da escola junto ao Panelão nos altos da vila Nova Esperança.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

FRASES DE UM LIVRO LIDO (137)


AS BELAS MENTIRAS NO CALÇADÃO
"Este será o Tema de Enredo do Bloco Bauru Sem Tomate é Mixto, para o carnaval de 2019. O Bloco sempre utiliza o bom humor e a sátira para tratar de assuntos relevantes da cidade, exercendo sempre o direito da critica. Apresentei a proposta de tema que acabou sendo aceita, baseada na leitura do Livro As Belas Mentiras, de Maria de Lourdes Chagas Deiro, que examinou cerca de 20.000 páginas de livros didáticos, chegando à conclusão do processo de manipulação que pode ser impingido aos educandos através de tarefas antieducativas e de mentiras.

As eleições são uma grande farsa, e vimos isso em 2016 e 2018. Esta farsa se acentua com a utilização de instrumentos e ferramentas que são capazes de influenciar e moldar o comportamento de uma parcela significativa da população. Outras farsas percorrem nossa história, como a famigerada Democracia Racial Brasileira. O racismo é real. Como estamos na época da folia, também vamos a folia, para dizer em alto e bom som que: “ queremos o fim desta folia chamada racismo”, que é arma que esta matando a juventude pobre e negra.

Este ano recepcionaremos militantes e ativistas do Movimento Negro que terão participarão do Bloco, protestando contra o racismo e a matança indiscriminada de jovens pobres e negros, porque vidas negras importam. No calçadão no dia 02 de março: Tire o seu racismo do caminho, que eu quero passar com minha cor. A proposta é mostrar também através da sátira que “as belas mentiras” utilizadas durante a campanha eleitoral levaram o atual prefeito ao Palácio Cerejeiras, e o Bolsonaro ao Palácio do Planalto. A sátira e acrítica ajudam a despertar consciência.

A responsabilidade da letra da marcha que animará o bloco é de Maurinho Santos parceiro de muitos carnavais. A Intérprete é Tatiana Calmon, a arte visual é de Mariane Santinello Longhi, a banda Cananga do Alemão animará a festa e o Muso deste ano será o Alemão, homenagem in memória. O Bloco desfila no sábado de carnaval às 10 horas da manhã pelo Calçadão no centro de Bauru. A concentração é na Praça Rui Barbosa e não existe cordão. Bora lá. Monte sua fantasia e venham com a gente cantar estas “BELAS MENTIRAS”!

AMIGOS QUE SE VÃO, ESCREVO DE SARAH
Muito triste escrever de alguém recém enterrada. Fiquei ontem no velório da amiga Sarah Fernandes das 20 até perto das 24h. Oscar Fernandes é um baita amigo, seu irmão e junto dele uma legião de gente querida, enfim, o Carnaval bauruense gravitou na noite de ontem junto das homenagens para essa grande figura humana. Essas fotos quem tirou foi a Maria Inês Faneco, pois não queria fazê-lo, mas ela me disse da importância de registrar alguns amigos nessa despedida. Relembramos tanta coisa boa de Sarah, dessas coisas a mover uma vida, enfim, aquelas passagem que possibilitaram ela ser a pessoa diferenciada que foi. Dentro de tudo o que ocorreu de diálogos pra lá de interessantes, rever algumas pessoas pelas quais a gente vai se separando ao longo da passagem do tempo e acaba reecontrando num momento como esse. Revi, por exemplo, a grande amiga Michelly Pavanelli, pela qual tenho uma dívida de gratidão pelo resto da vida, quando me fez a toque de caixa uma prótese capilar para minha primeira esposa, a Wilma.
Dentre todas as boas conversas, ela na roda conosco, ela nos diz ter aceito o honroso convite de desfilar no lugar de Sarah na Mocidade Independente, uma grande honra para ela, que já se achava fora do Sambódromo. Lembrei de outro convite, algo bem lá atrás, no exato ano em que a escola de samba da Nova Esperança, comandanda pelo Roque foi campeã, Império da Vila. A escola tinha uma vaga de destaque para fechar o desfile em cima do seu carro alegórico principal e faltava a pessoa para lá estar, falei com Roque, fui até ela e garbosamente aceitou, sendo campeã. Escrevo de Michelly, mais do que todos os outros que estiveram reverenciando a grande Sarah, pois elas foram amigas uma vida inteira, são de gerações pouco distantes, perto de dez anos de diferença, mas ambas representam com muita soberba e pompa a resistência, pois enfrentaram muito preconceito para aqui estarem. São duas baita vitoriosas e isso precisa ser enaltecido. Michelly confessou que a amiga era de natureza brava, difícil para uns, um doce para outros, mas não se furtava de ir buscar conselhos com ela e até já ter levado um "bifes", um esfrega mais duro para saber se posicionar. Enfim, se entendiam até nas desavenças.Falamos muito dela, coisa boas, ela dentro do Mary Dota, sua força, sua garra, disposição de luta e de enfrentar o touro a unha. Centenas de pessoas passaram por lá na noite de ontem, vieram se despedir de Sarah e com certeza sabiam que ali reencontrariam uma pá de gente ligada a ela. Ela se foi, suas histórias não, pois continuarão mais vivas que nunca. Ter a oportunidade de papear algo de longa duração com a Faneco é algo que não tem preço.
Estamos todos dilacerados por dentro e por fora, pois ela se foi materialmente e aquela baita presença humana, preenchendo o espaço quando presente, posições firmes vai agora reinar em outras paragens. Escreveria muito mais, relembraria cada diálogo ontem na calçada, na garoa da noite, se servindo do café feito por várias mãos, cada um chegando e tendo um algo dela para dizer, algo que marca, fixa mais e por ser ela essa baita pessoa que todos sabem e conhecem muito bem. Enfim, todos gostamos demais da conta dela. Eternamente Sarah Fernandes. Ela merece um livro e ontem me certifiquei disso. Certa feita me foi proposto fazer um livro fotográfico com as trans que sobreviveram gerações, ultrapassaram barreiras e o tempo. Teria que ser com pessoas de mais de 60 anos, mais de vinte pessoas, um projeto do fotógrafo Alex Mita, que hoje voltou para seu Chipre e o projeto não vingou. Ele fotografaria e eu iria escrever, crônicas sobre cada uma delas. Começariamos com Sarah, minha sugestão, cheguei a dizer do projeto pra ela, trocamos planos, mas não deu tempo. Tanta coisa não dá tempo nessa vida e a gente fica um pouco mais triste quando percebe da grande oportunidade perdida.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (110)


DOIS BLOCOS BAURUENSES PELAS RUAS DA CIDADE LEVANTAM CERCADOS EM ESPAÇOS PÚBLICOS
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto saí dia 2 de março, sábado, descendo o Calçadão da Batista, da praça Rui Barbosa até a praça Machado de Mello. Camisetas são vendidas para pagar os músicos, mas cada um pode comparecer como melhor lhe aprouver, com a vestimenta que se sentir bem e festar ao nosso lado, cantarolando velhas marchinhas e algumas feitas exclusivamente com nossos temas, como a deste ano, o "Belas Mentiras".

Isso uma coisa mais que democrática. Leio algo publicado pela nossa pipoqueira de plantão, a querida Maria Ines Faneco e me faz ir ver do que se trata: "Não temos dinheiro nem para viver nem para morrer , não podemos vender pipoca no bloco dos ricos , é tudo muito triste ...". O bloco dos ricos dito por ela sai nesse sábado e neste ano terá um cercado na rua e ali só entrando quem pagar o preço previamente combinado. Excluíram os que não pagam mas querem festar, esses terão que ficar chupando o dedo, inclusive os pequenos comerciantes, como os vendedores de pipoca, sorvetes e afins. Ocuparão espaço público, ou seja, algumas ruas e com aprovação do pessoal da Prefeitura, erguerão um cercado e ali dentro só para os com abadá ou ingresso. Nesse próximo domingo a mesma coisa, num outro bloco, esse um que tempos atrás foi criação libertária de estudantes a festar pelas ruas, mas hoje está com uma baita firma por detrás de tudo e agindo da mesma forma, ou seja, já estão promovendo um cercado em pleno parque Vitória Régia onde ali só entrará quem tiver adquirido o ingresso da festa, talvez uma caneca ou algo parecido. Quem passa hoje pela Nações vê o cercado, também em terras públicas e com gente auferindo lucro disso tudo. Em ambos, com toda certeza, ocorreu aprovação do pessoal da Prefeitura. Onde tem lucro, não deveria ter sessão de espaço público ou isso é normal e quem pensa ao contrário não passa de um retrógrado, antiquado, ultrapassado e criador de caso.

Explicações dadas, volto ao nosso "bloquinho", onde a festa é livre, leve e solta, sem impedimentos, proibições, cobranças, ingressos e regras rigidamente seguidas. Façam suas escolhas e adentremos a festa carnavalesca alternativa pelas ruas bauruenses.

BAURU POR AÍ (161)


PRA MORRER BASTA ESTAR VIVO – DOIS QUE SE VÃO E UMA FATALIDADE NUM SINAL
“A morte do Prof. João Fernando Marar, dedicado pesquisador do PPG-MIT/UNESP, deixou-me muito triste. A vida é frágil e breve!”, professor Dino Magnoni. Outro que se pronunciou foi Antonio Pedroso Junior e desta forma: “Com pesar, recebi a notícia do falecimento do nosso querido Presidente do Diretório do PSB, amigo Dr Fernando Marar. Seu corpo foi encontrado pelo filho no apartamento em São Paulo hoje. Acredita se que tenha vindo a óbito no domingo. Quando tiver confirmação do translado e detalhes do velório, volto a informar os amigos. Sinto-me triste e desolado”. Marar é conhecido desde os tempos de moleque pelas ruas bauruenses e depois, já crescidos das conversas e afinidades. Quando Pedroso me disse da forma como foi encontrado pelo filho, lembrei de imediato do escritor João Antonio, sendo também encontrado muitos dias depois, tendo ambos morrido sozinhos, sem poder contar com a ajuda de ninguém.

Sarah Fernandes é mais que batalhadora. Soube cavar seu espaço, respeito e consideração de imensa legião de admiradores, dentre os quais me incluo. Cabeleireira de quatro costados e carnavalesca de primeira ordem, pioneira moradora do Mary Dota e musa do bloco do Tomate anos atrás. Baluarte a ser reverenciada na cidade. Dias atrás postei sobre o muso desse ano do Tomate, cito seu nome e ela me responde: “Pra mim foi uma honra participar pena que eu estava dodói”. Estava mesmo, desfilou da praça até a Primeiro de Agosto, quando a coloquei num táxi. Ainda respondi a ela no post: “Venha de novo este ano, sempre muito bem vinda. Musa uma vez, para nós, sempre musa”. Hoje pela manhã é levada ao PS do bairro onde vive, após um infarto e ali falece, para tristeza de todos nós. É dessas pessoas que fazem danada de falta, pois resolveu não viver como manada e sim, como condutora de boiada.

E hoje pela manhã, com essas tristes notícias na cabeça, cruzo a Rodrigues com a Ezequiel, malabaristas na esquina fazem suas evoluções, adentro a Secretaria Municipal de Cultura para protocolar um documento e de lá ouço um estrondo. As luzes se apagam, sinais de trânsito não mais funcionam e o estouro, numa dessas fatalidades da vida, provocado por um dos malabaristas quando joga sua peça para cima, garoando naquele momento e ela bate nos fios de eletricidade, que se juntam e provoca o curto. Um motociclista que passava justamente naquele momento, sofre ferimentos, mas nada grave, porém na região central da cidade tudo apagado, breu total. Por pouco, causado por algo mais do que inesperado, um acidente maior. Entre mortos e feridos, vida que segue, pois nada pior do que a perda de pessoas e quando tudo não passou de despesas materiais, toquemos o barco, nesses tempos de ventos surreais, nada altaneiros. Isso me faz viver cada vez mais a vida intensamente, pois de uma hora pra outra, tudo pode se esvair num piscar de olhos. Continuamos tristes, mas vivos e caminhando de uma forma e jeito bem nossa, usufruindo de cada momento tudo o que de melhor possa existir. Viver é isso, até o fim, sem carolismo e cabeça baixa.

OBS.: As fotos da Sarah e do Marar são minhas, a dela no coreto da praça num dia que me disse sobre aquele local: "Ah, se esse praça falasse e revelasse tudo o que sabe e que já fiz por aqui" e a dele na Feira do Rolo, onde nos encontrávamos sempre em busca de livros e papos, conversas muito além da seriedade da vida. Nós todos, eu e eles dois, felizmente somos rueiros e gastamos muitas solas de sapatos pela aí. Seguindo até não se sabe quando...

OUTRA COISA
ESTAVA DANDO UNS BORDEJOS PELA AÍ, QUANDO...
Descia a Nações, lá pelos lados do CEASA, chovia e ao parar no sinal, perto daquele posto de combustível Elefantinho, alguém buzinava insistentemente ao meu lado. Olhei e vi uma mulher me pedindo para abrir o vidro. Pensei ter acontecido algo e ela querendo me avisar. Abro e ela abre um baita sorriso e me pergunta: "Onde mandou fazer esse adesivo? Queria um igual". Nos molhamos, pois a chuva pegava a ambos, mas lhe disse que fui eu mesmo quem fiz. Expliquei ter achado a ilustração pelas redes sociais, imprimi em casa, cortei no tamanho adequado, juntei um pedaço de contact transparente por detrás e colei no vidro traseiro. Sorriu já com o rosto molhado, antes do sinal abrir e cada um seguir seu caminho, ainda deu tempo de me dizer: "Vou fazer um igual e se me encontrar de novo vai ver, seremos dois com o mesmo adesivo". Seguimos a descida das Nações e lá embaixo antes de nos perdermos de vista, nos buzinamos e adentramos a selva de pedra.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

ALFINETADA (174)


TRISTE SINA DOS MOTIVOS A FECHAR LIVRARIAS NUM MUNDO ONDE SE LÊ CADA VEZ MENOS
https://www.pagina12.com.ar/175994-ya-nadie-se-citara-en-cl…
Sei que o neoliberalismo predatório, como o implantado na Argentina, no Brasil e em vários países latinos, se põe a fechar portas e mais portas comerciais, pois criam uma crise, onde o pequeno é sugado pelo grandão e a sobrevivência se torna uma titânica luta, onde a maioria se perde. Ver portas fechadas é doloroso, mas o cenário se repete e esses desGovernos hoje no poder comprovam sua insensibilidade ao virarem as costas para a situação, pois o que lhes interessa é seguir fielmente as tais leis do mercado, uma a cravar a estaca nos interesses populares e da classe trabalhadora. No texto publicado na edição de hoje do melhor jornal diário impresso do nosso mundo, o argentino Página 12, algo recheado de muita dor, a história de uma famosa livraria e dos motivos de sua falência. Quando tento comparar a quantidade de livrarias e bancas de jornais que já tivemos em Bauru e as que conseguem se manter de portas abertas hoje, sou acometido de inconsolável dor.

DA EXCLUSIVA DO DEMITIDO PELAS ONDAS DA VELHA KLAN ALGO APROVEITÁVEL
Tive o desprazer de ouvir ontem a entrevista (sic) exclusiva do ex-ministro Bebianno para a pior rádio que temos hoje funcionando no dial brasileiro, a Jovem Pan, ops, digo Velha Klan. Pra começo de conversa se foi exclusiva para eles e vi entre entrevistado e entrevistadores uma intimidade de um já conhecendo o outro de outras paragens, algo como se merecerem mesmo, serem da mesma linhagem, a que crava a estaca no país. E crava mesmo, pois num dos comentários, o que me faz sentar e escrevinhar esse curto texto foi quando Bebianno diz não irá trair seu "capitão" em hipótese nenhuma e todos terão que "continuar unidos, pois do contrário a esquerda volta ao poder".

Isso me tocou. Quando ele diz isso, do receio da esquerda voltar ao poder, algo tem que ficar bem claro. Com eles, essa turma hoje no poder não existe nenhuma possibilidade dos interesses populares serem mais atendidos. Trabalhador irá se danar mais e mais, pobre não terá vez e uma minoria irá nadar de braçada, isso bem claro. Quem não percebe isso ou é bocó de mola ou está se locupletando na conversa direitista da pior espécie, pois está só a danar com o país. Ele deixa claro nas entrelinhas algo bem simples e repasso para quem ainda não sacou: para o povo ver atendidas suas reivindicações daqui por diante só mesmo com a esquerda voltando ao poder. Ou o povo, essa parcela que votou no Coiso promove a queda dessa ficha o mais rápido possível e abandona o apoio dado para esses que lhe traem descaradamente ou tudo será irreversível num curto espaço de tempo. Fiquei contente, pois o cara deixou bem claro que, eles agem de um jeito, o mais sacana possível e a esquerda de outro, com olhos voltados para o povão brasileiro. É isso mesmo, sem tirar nem por e entenda quem quiser. Está tudo tão límpido, cada dia mais e continuar seguindo religiosamente esses caras é, além de sinal de burrice, jogar contra o próprio patrimônio, como defender o algoz, o que lhe apunhala, ao invés de se posicionar ao lado de quem lhe ajuda de fato e de direito. Sacaram?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

MÚSICA (170)


BELAS MENTIRAS, O ENREDO DO TOMATE 2019
Para quem pede a letra, eis a mesma e junto a marchinha cantada nas vozes do compositor Maurinho e de Tatiana Calmon Karnaval. Vamos esquentando os tamborins e mesmo com país dilacerado, todos buscando forças lá no fundo da alma, pois além do Carnaval ser a maior festa popular deste país, a proposta do bloco não é só festar e sim, escandalizar, ou seja, botar os bofes pra fora expondo as grandes vergonhas destas plagas bauruenses. Sem esse mote, só pela festa seria difícil promover a descida do bloco este ano, pois bagunçaram demais com o país. Hoje, mesmo quando tentam nos encurralar, estamos mais que prontos para fazer a justa denúncia e com o tema de "BELAS MENTIRAS", a oportunidade de expor quem promove rasteiras nos interesses do povo e desta cidade, além é claro, deste país, pois tudo está tão umbilicalmente ligado, quase impossível de falar de algo sem tocar noutro. Estamos se aprontando e seguindo fielmente algo sempre pregado nas paredes dos locais onde festamos: "A gente faz festa mais tá puto da vida".

Belas mentiras - Autor : Maurinho Santos
Blá blá blá galera caô
Belas mentiras no carnaval (que legal)
Blá blá blá galera caô
É golpe na maior cara de pau

Eu estou sintonizado que “não viu”,
“ouviu” que além de dinamite
Explode mala de dinheiro e fake News,
Na cidade “sem limites”

Pode ver que aqui não tem buraco,
Não tem chorume e nem enchente
A zona azul subiu pra “ficar doce”
Ficar o troco, “melhor pra gente”

Sem proibição no calçadão,
Sem tocar na privatização (que bom)

Bauru sem tomate é Mixto
Quem mandou falar no ar “deu piti”
Acho bom parar com isso
De querer me bajular.

O MUSO DO TOMATE 2019 É O ALEMÃO
Isso de escolher um Muso (a) do bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco nasceu dois anos depois dele ter dado os primeiros passos. Tudo começou quando homenageamos Esso Maciel, depois Maria Ines Faneco, Sarah Fernandes, Gilberto Truijo, Roque Ferreira e agora nesse ano, com muito pesar, uma dor incomensurável de todos os tomateiros, o eleito foi o ALEMÃO, grande manager do grupo Kananga Do Alemão, hoje comandado pela Cleusa Madruga. Foi a primeira escolha de um Muso que não está mais entre nós, mas não poderíamos deixar de fazê-lo, pois esse grande músico esteve junto ao bloco, na "alegria e na tristeza" desde os cueiros, ou seja, desde a ideia inicial ter vingado e se ternar realidade. Um entusiasta do bloco e pelo bloco, pois além da participação sempre ativa, cedia seu espaço próprio, o barracão onde está abrigada a sede do grupo Kananga para que pudéssemos realizar inúmeras festas e eventos. Quem acompanha a história do Tomate pode ir se certificando, ano após ano, da grandeza desse senhor, primeiro como figura humana e depois como personalidade ativa no meio musical, com uma rodagem em quilômetros que poucos possuem nesta cidade. A sua história de vida se confunde com a da Kananga, o restaurante bar, que primeiro começou funcionando lá pelos lados da vila Nova Esperança. Reduto de boêmia, mas daquela verdadeira, original e autêntica. Todos os grandes nomes do quesito musical desta aldeia bauruense já estiveram ladeando o palco junto do Alemão ou de seu Regional. Fez história e tem seu nome inscrito no rol dos grandes músicos bauruenses. E mais que tudo, é um tomateiro de carteirinha. Alguém que estará para todo o sempre dentro do coração vermelho de todo tomateiro. Isso aqui não é nem uma homenagem, pois Alemão não precisa disso, nem reconhecimento, nem lembrança, ou seja, talvez venha a ser tudo isso e muito mais, algo onde um tomateiro reconhece o outro, algo natural entre iguais. Estaremos todos descendo o Calçadão mais tristes, porém com a certeza de que o Alemão nos acompanhará desde sempre, dessas inseparáveis companhias. Daí o fato dele ser o nosso Muso 2019 algo tão natural como dois e dois são cinco e águas passadas moverem moinhos. Ele cantaria, com toda certeza, maravilhosamente no Calçadão o "Belas Mentiras" deste ano. E quem disse que ele não cantará?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (164)


REFLEXÕES SOBRE O QUE VEJO PELA AÍ...

1.) POR ONDE TEM CAPITALISMO, TEM DISSO...
Não, está não é uma favela na Venezuela, em São Paulo ou Buenos Aires, na Tailândia ou em nenhum país de Terceiro Mundo. Isto é Paris. E só para apimentar a discussão, em Cuba tem disso não. O país é pobre, todos vivem com o necessário, mas ninguém é miserável e a Educação, Transporte, Saúde, Cultura e todos os bens públicos são disponibilizados e compartilhados por tudo, todas e todos, indistintamente. A gente só queria isso espalhado para o mundo todo e sem querer ficar dando uma de insensato, de chamar de comunismo ou qualquer outro nome. O que não dá para engolir é ver a miséria espalhada pelo mundo capitalista e ele continuar sendo chamado de melhor modelo econômico para nossas vidas. "A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e tudo o mais". Por um mundo sem favelas e lugares como esse. Alguém em sã consciência imagina que num desGoverno como o atual do Bozonaro isso será possível? Claro que não, pois ele só apunhala os interesses das classes trabalhadoras. E mesmo assim os bestiais (só os betiais, doentes quase irrecuperáveis) continuam a lhe prestar cego apoio. Eu quero ter e que meu irmão também tenha. Eu sou daqueles que não penso somente no meu bem estar, no meu progresso pessoal, mas no da coletividade. O mundo é muito melhor quando todos possuem condições e podem usufruir das benesses todas sendo disponibilizadas. Enfim, por que uns podem e a imensa maioria não? O que pessoas como eu quer é só espalhar a felicidade para uma imensidão de pessoa e eliminar cenas como essas da foto de nossas vidas.

2.) REFLEXÕES OLHANDO PARA UMA BANCA DE JORNAIS, ESQUINA DE VILA NOVA, AMONITTE, BAGNACAVALLO, NA EMILIA ROMAGNA
Pela segunda vez ficamos hospedados na casa do casal Franco Mazzotti e Rosangela Mazzotti, morando em Amonitte, um pequeno vilarejo encrustado dentro da Emiglia Romana, norte da Itália. Desta feita foram menos dias que no ano passado e em ambas algo me intriga e me ponho a escrever dele. Num esquina, noutro pequeno vilarejo, em Vila Nova, um lugar lindo como tudo por aqui, local de passagem de novas saídas para irmos de um lugar a outro, quando percorremos as estradas em busca de conhecer outras paragens, me deparo com essa banca de jornais e revistas. Fico me perguntando como pode um vilarejo tão pequeno, com pouco mais de 2 mil habitantes, como me afirma Franco, ter uma banca tão bem frequentada, local ponto de encontro de moradores e em cidades brasileiras de muito maior porte as bancas estarem fechando, como é o caso de Pederneiras, com mais de 40 mil habitantes e hoje sem nenhuma banca? Aqui as bancas estão vivas e o modal impresso ainda sobrevive com a devida galhardia. Vizinho da casa dos Mazzotti outra, na frente de uma residência e outro dia me coloquei na janela e só vendo carros e mais carros pararem e todos saírem empunhando alguma publicação nas mãos. Sei que a leitura, por si só, não é sinal de saber votar, entre outras coisas, mas ajuda bastante. A Itália também tem um premier conservador, no mesmo estilo neoliberal, porém não tão "fora da casinha" como no caso brasileiro. As instituições italianas não permitiriam, digo do seu Judiciário, o que vejo hoje ocorrendo no Brasil. O premier se segura, pois sabe que não terá retaguarda para fazer as doidices que tem em mente. Por aqui, país hoje dominado pelos que abandonaram as bancas e não leem nem mais bula de remédio, uma perdição de dar gosto. Misturo tudo, os momentos vividos pelos dois países e essa banca na esquina de Vila Nova e minha mente pira. Sinto falta das bancas e sei dos percalços vividos hoje pelos amigos Cláudio e Ilda, dois donos de bancas em Bauru e da abrupta e irrecuperável perda de movimento em seus negócios. Creio que um povo bem informado não se deixaria ser enganado com tanta facilidade como o que se informa mais e mais. Daí, olho para essa banca e entristecido comparo com as brasileiras. Que falta nos faz ler, se informar, comparar opiniões, ter mais de uma fonte de informação e não se deixar seduzir por malucos e suas ideias de perdição. Essa banca da foto me seduz e me faz viajar na maionese.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

CENA BAURUENSE (181)


ALGO AINDA NÃO ENTENDIDO SOBRE O DINHEIRO PÚBLICO NA MAIOR FESTA POPULAR BRASILEIRA, O CARNAVAL
"Em Bauru existem cinco Escolas de Samba, e mais 12 Blocos que desfilarão no sambódromo. Esta Escolas realizam investimentos na cidade, onde compram maioria dos materiais que utilizam na composição de seus desfiles. Geram empregos temporários em várias cadeias como metalurgia, costura, artes plasticas, mercado de alimentação e bebidas, isso muito antes dos dias de desfile. O município arrecada com impostos sobre consumo. O desfile das Escolas é uma manifestação cultural, que com todos os seus componentes diversos expressa valores dos de "baixo". Bauru recebe muitas pessoas que participam desfilando em Blocos e Escolas, ou mesmo só para assistir. Os sambistas trabalham muito. O desfile da Escolas e Blocos é uma atividade institucional. Se os gestores públicos tomam a decisão de fazer o evento não cobrar ingressos, as agremiações não tem na com isso. Em Bauru quando os desfiles eram na Avenida Nações Unidas, havia cobrança de ingressos para arquibancadas, para camarotes. Os órgãos de imprensa que faziam a cobertura direta pagam direito de arena que era repassado para as agremiações, assim como parte do arrecadado com as bilheterias. Os sambistas e as agremiações realizam um trabalho que precisa ser respeitado. VEJA OS DADOS OFICIAIS DE COMO O CARNAVAL CONTRIBUI COM A ECONOMIA DA CIDADE: http://www.bauru.sp.gov.br/materia.aspx?n=32869", Roque Ferreira.

Tudo bem, concordo e dou vazão para reclamações de Bauru estar vivenciando seu caos financeiro. Se a Saúde está ruim, o transporte público deficiente, os buracos aumentam nas ruas, a Educação claudica, cada Secretaria recebe verbas específicas durante o ano e seus representantes estão aí para nos fazer entender como gastam cada centavo ali direcionado. A verba carimbada para a Cultura, uma das menores dentro da estrutura deve sim ser investida em finalidades culturais. Se é mal distribuída é outra coisa, porém mais do que justificada sua utilização também para o Carnaval, com tantos envolvimentos populares e comunitários. Sempre existiu parcela da população que se deixa levar por ideia simplória e negando a função de cada segmento público, crendo que, com a utilização do dinheiro ali empregado outros segmentos teriam vida melhor e até solucionada. Ledo engano. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Sou adepto da festa popular e também da contribuição pública para a festa e nem por causa disto não cobro da Prefeitura sobre verbas e sua utilização, porém, sei separar o joio do trigo. Não misturo alhos com bugalhos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

AMIGOS DO PEITO (155)


HISTÓRIAS QUE COMOVEM - AMIGOS QUE SABEM VOAR SEM TER ASAS
Calil, Loriza e este HPA.
 

O que me move nos tempos nada auspiciosos de hoje são as histórias reverberadas por algo que escrevo e tento transmitir por essas plagas. Quando o toque é dado e do outro lado desponta uma alvissareira resposta, um sinal mais do que claro de que tudo deve continuar, pois ainda conseguimos inebriar e envolver pessoas. Ando escrevinhando histórias de minha viagem, algo pensando desde muito tempo e colocado em prática neste momento, junto da companheira de todas as horas Ana Bia Andrade. Dias atrás escrevinhei sobre as pessoas diante dos museus europeus e a forma alternativa para tocarem suas vidas. De um dileto amigo, o fotógrafo dos sonhos Calil Neto, um ser que soube aproveitar tudo o que a vida lhe deu, saiu por este mundo sem lenço nem documento e vez ou outra abre algo do seu passado em relatos cheios de vida, como esse me passado anteontem:

"Eu vivi na porta do Louvre por 4 meses em 1982. Ali os trabalhadores eram todos clandestinos: mochileiros músicos (a maioria norte americanos e europeus, mas às vezes também um conjunto boliviano...) tocavam por alguns trocados; sul americanos vendiam artesanatos tropicais (argentinos e chilenos eram na maioria exilados, o Brasil já havia anunciado a anistia), africanos vendiam artesanatos típicos da África. E os vendedores de bebidas e saquinhos de salgadinhos eram ex-presidiários franceses na maioria. Trabalhávamos com bolsas grandes que se abriam mostrando os artesanatos e assim ficava mais fácil de fechar e fingir estar só passeando quando a polícia aparecia. Havia um tipo de assobio que quem primeiro via a polícia chegando emitia o assobio e quase sempre antes da polícia chegar perto já sabíamos.

De vez em quando vinham à paisana e normalmente iam primeiro em cima do negros africanos. Uma vez vi um policial pegar o artesanato de um Senegalês e oferecer para ingleses branquelos que desciam de um ônibus. As crianças e jovens pegavam os produtos e os adultos riam do cara. Não sei agora, quando estive lá não havia ainda a pirâmide, mas essa era a rotina da porta de um dos maiores museus do mundo... Grato Henrique, quando você voltar e já estiver readaptado ao nosso mundo sem limites podemos marcar um encontro. Eu marquei saída da viagem para 31/03 ou 06/04, quero sair em um domingo. Abraços!".

Eu tenho amigos merecedores de um livro, pois suas histórias são mais que contagiantes. A do Calil é dessas. Gostaria de ter tempo de sentar com ele antes dele bater asas e cair no mundo como sempre fez na vida, sem lenço e sem documento. Tomara tenhamos tempo, senão serei obrigado a ir ao seu encontro pelas estradas da vida, seguindo seus rastros, tudo para tentar perpetuar um bocadinho de sua vivência e sapiência.


Queria ter tempo, disposição, sabedoria e dinheiro suficiente para viver só escrevinhando desses que tem algo para contar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (122)


BERLINENSES ODEIAM PRECONCEITUOSOS

1) IDENTIFICADOS LOCAIS DE RESISTÊNCIA...

Vi isso tempos atrás em Buenos Aires e aqui ouço uma longa explicação do guia toru Pablo sobre essas placas espalhadas cidade afora e a identificar pessoas que resistiram enquanto vivas, desde militantes sociais, comunistas, operários, escritores e afins, todos (as) com atividade comprovadamente de resistência à regimes de exceção. Aqui uma dessas plaquinhas incrustadas no calçamento, porta de entrada de uma residência. História viva nunca esquecida.

2) PEDAÇOS DO MURO RESISTEM AO TEMPO...
Hospedados no lado oriental da cidade, percebo algo, deste lado algo mais com a cara do povão, as ocupações mais significativas de toda Berlim, com histórias mais que incríveis, "só possíveis aqui", como nos diz o guia de uma tour a pé pela cidade. Conhecer este trabalho de resistência, num país bem capitalista, cidade fonte de liberdade, onde é lei algo impensável no Brasil de hoje: toda edificação abandonada há mais de dez anos pode ser legalmente ocupada. E por aqui não perdem tempo, ocupam e dão um sentido social de grande valia. Circulando por esses lugares...

3) CASA DO TURCO OSMAN KALIN, BAIRRO TURCO, BERLIM ORIENTAL
No terreno de uma igreja, algo dito pelo nosso guia tour, Pablo: "Isso só é possível aqui". Vejam isso: https://www.google.com.br/search?q=osman+kalin+berlim&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjPsPWzpLjgAhUHYVAKHUZgACMQ_AUIDigB&biw=1280&bih=530&fbclid=IwAR3o3fbRWZHcQsqBd77B1z8yZ3uJdSHiBXXxOgNxd9Yu37JnqQHWsVFWAmw

4) O RECADO NAS LOJAS É BEM CLARO : "NÃO ATENDEMOS PRECONCEITUOSOS"

5) DA SÉRIE "PEQUENOS PRAZERES DA VIDA" OU "BRASILEIROS CONTRA O PRECONCEITO" VEM UMA HISTORINHA DO GRAJAÚ, RJ:
"Fila do mercado no Grajaú.
Um cachorro preso do lado de fora late, mas late muuuuuito...
O cara da fila ao lado fala:
Para de latir, Lula! Cala a boca, Lula!
As pessoas se olham ele vira na senhora do lado e fala: tá parecendo o Lula querendo sair da cadeia.
(Não sabia ele que a senhora era uma esquerdopata...)
Ela responde:
Pelo menos não é miliciano...
Começa uma breve discussão e eu falo:
O nome dele não é Lula não!
As pessoas param e me olham achando que sou o dono, e completo:
ele se chama Queiroz, da um envelope de depósito bancário pra ele que ele fica quietinho, se falar a palavra MP então, ele desaparece, vai por mim... E boto a senha do cartão.
O cara sai puto e me despeço da senhora com uma piscadela e um sorriso.
Da série "pequenos prazeres da vida", professor universitário André Kit.