SEGUNDA FOI DIA DE MARCAR PRESENÇA NA U.P.Enfim, vim aqui primordialmente para estar junto com Ana Bia, Edna Cunha Lima e Flávia Geraldo Santos, todos aqui num apartamento do Airbnb, na região da famosa avenida Corrientes, altura do seu nº 1800, com o intuito de marcar presença no Congresso Anual de Design da UP - Universidade de Palermo. Evidentemente, ninguém é de ferro, pois essa fantástica cidade nso convida a, estando nela, fazer peripécias mil por todos os cantos, os possíveis e os inimagináveis. Impossível antes de tudo, as caminhadas pelos já conhecidos lugares dessa incrível avenida, com livrarias abertas até altas horas da noite, teatros e cinemas aos borbotões. Ela é a, culturalmente falando, a que mais abriga espetáculos por metro quadrado, creio que em toda a América Latina, quiçá, mundial. Uma perdição perambular pela sua extensão do Obelisco até a rua Callao. Isso não é tarefa para algumas horas e sim, para muito mais tempo. Faço o que posso com o tempo que vou cavando dentro de cada novo dia. Primeiro a Corrientes, depois o que me trouxe até aqui. E isso toma tempo, nunca minha disposição. Para mim, como naquele ditado, estar em Buenos Aires e não cair de boca em suas livrarias e sebos é como ir pra Roma e não ir ver o papa - bem que eu confesso, faria facilmente isso em Roma, não em Buenos Aires. Livrarias e seu característico cheiro são para mim algo como um fortificante, um Biotônico Fontouro dos velhos tempos, um recarregador de baterias. A expressão "ir às compras", no meu caso é aqui sua melhor aplicação. Me sinto em casa. A tentação não é só grande, é arrebatadora.
E hoje, marcado para 15h30 a abertura oficial do 20º Congresso de Diseño - como chamam aqui o Design -, tendo minha Ana Bia Pereira de Andrade, participado desde seu primeiro ano, ou seja, é fundadora e com muito reconhecimento por essas bandas. Eu venho na cola, hoje sem atuação acadêmica, mas peguei gosto por preparar apresentações anuais por essas bandas. Sento a bunda na cadeira lá em Bauru e divago sobre temasm onde procuro estbelecer alguma relação com o Design e a Comunicação, meu tema de Mestrado é o Jornalismo Histórico. Num outro momento conto do que apresento este ano. Hoje, todos fomos para o evento de apresentação, reencontro com acadêmicos de quase toda a América Latina, num congraçamento realmente emocionante e envolvente. A língua falada é a castelhana, mas o português sempre está presente, assim como a inglesa. Na mistura, sempre aprendizados substanciosos. O entrelaçamento de ideias e de concepções diferentes de abordagens e de vida são o mais interessante de tudo, mais que nossas apresentações. Neste ano uma justa homenagem para Edna, pelos seus 80 anos e pela trajetória. Ana com algumas apresentações e trazendo pela primeira vez fora de seu país, a paulistana e sua aluna Flávia, estudando em Bauru. Dois momentos inebriantes, o de Edna, do alto dos seus 80, voltando para ser homenageada e Flávia, seu primeiro congresso fora do país. Nessa história das duas, passa um filme pela minha cabeça. Um roteiro que, em partes se passa também na convivência dentro do apartamento, onde estamos em sete, numa convivência das mais instigantes. Conto também depois algo de como se dá essa convivência, junto com Neiva Santos, que vem conosco pela segunda vez, adorando passear pelo Once, a 25 de Março/Saara daqui e o casal, o carioca André de Freitas Ramos, o Kit e sua esposa, a polonesa Ania Sadowska.
Da abertura, dois quarteirões à fernte, caminhando pelas calles, o coquetel de abertura, onde todos se entrelaçam numa agradável conversação, com petiscos e alguma babericagem. Ouço quase tudo em espanhol e, como já desisti de tentar hablar nessa língua, o faço em português. Quando muito repito algumas vezes minha fala, mas tudo perfeitamente dentro de uma entedimento salutar. E dentro do coquetel, uma parada para algumas homenagens e na de Edna, nossa hóspede, emocionante, até por ter reencontrado dois ex-alunos, também brasileiros entre os presentes. De lá, a cidade iluminada clama por outros lugares, porém o corpo já não acompanha com o mesmo entusiasmo os clamores incontroláveis de rua. Percorro com Flavinha algumas quadras da Corrientes antes de adentrar o apartamento e de lá trago CDs com a chancela do Página 12 e um inolvidável livro, o "Cortázar - De la A a la Z", com ilustrações e fotos de parar o trânsito. Isso é o que me faz chegar perto do limite permitido da mala - 23k, para o retorno. Eu faço tráfico de livros e CDs.
Pela segunda vez consecutiva tenho tido sonhos horríveis e por incrível que pareça, até então, a maioria eu esqueço tão logo o faça. Desta feita eles continuam bem presentes na minha cachola. Seria sinal dos tempos que se aproximam? Seria premonição futura? Conto o seu conteúdo principal, roteiro macabro futurista.
Estou envolvido dentro da tomada do poder pelos ultra-direitistas, não precisando se no Brasil, na Argentina ou no planeta todo. O fato é que, existe uma data anunciada para estes assumirem o poder e os reflexos já começam a ser sentidos, com uma preparação para a persgeuição, já anunciada e dada como certa. Como agir diante dos que assumirão o poder e já se declaram inimigos ferozes de gente como eu? Tento me desvencilhar de objetos comprometedores - quase tudo o que tenho é mais que comprometedor, diante da imbecilidade se avizinhando. Estes, mais que trogloditas, estão afiando a faca para nos decapitar em praça pública. E como fugir destes? Pelo visto não há meio der fazê-lo, pois o Facebook me avisa diariamente minha localização, todos meus passos e como não consigo mais viver separado dele, em entrego em cada passo dado.
O roteiro vivido é essa aflição da espreita dos dias antecedendo o fascismo, algo idêntico ao nazisdmo assumindo o poder no lugar onde me encontro. Acordo uma hora rodeado de gente fardada e lhe peço - creio estava na Argentina -, para me deixarem ao menos chegar em casa. Tudo envolto numa penumbra, sem ainda chegar o dia deles com o tacão do poder nas mãos, mas todos já com as manguinhas de fora, anunciando a boa nova - para eles -, ou seja, todo e qualquer opositor está frito, fodido dos pés à cabeça. Os detalhes do sonho são perturbadores e me fazem perder o sono. Acendo a luz, olho para o relógio, leio algo e volto a dormitar. O sonho me persegue. Tento nos próximos capítulos, pelo menos so sonho, reverter a situação e dar um jeito deles tropeçarem e nãp conseguir seus intentos malignos. É o jeito de imaginar como poderemos reverter e transpor esse Rubicão, não permitindo o avanço da direita mais perversa. Talvez seja um anúncio de como devemos proceder para não mais permitir o avanço destes. Temos sido muito contemplativos com estes, deixando o avanço ocorrer com pouca resistência. O passado nos mostra que, deixando-os irão mesmo nos destruir. Daí, a reação tem que ocorrer já, neste momento. Permitindo o avanço, depois será um desastre.
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