segunda-feira, 28 de julho de 2025

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (202)


NÃO AO DESMONTE DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. O DAE É NOSSO!
Em defesa do serviço público, da soberania municipal e da dignidade do povo bauruense
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (SINSERM), legítimo representante das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público municipal, vem a público se manifestar, com veemência e indignação, contra mais um capítulo do processo de desmonte do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, escancarado com a nomeação do engenheiro João Carlos Viegas da Silva como novo presidente da autarquia.

A escolha não é neutra, nem técnica. Trata-se de mais uma decisão política da prefeita Suéllen Rosim com a intenção deliberada de entregar um dos bens mais preciosos da população bauruense, a água, nas mãos da iniciativa privada. João Carlos Viegas é nome conhecido por seu alinhamento com políticas de concessão e terceirização, tendo histórico de atuação em favor da diluição do controle público sobre setores estratégicos da administração.
O SINSERM reafirma: Água não é mercadoria. Água é vida. E nossas vidas não estão a venda. A privatização do DAE representa um ataque direto ao direito humano de acesso à água e ao saneamento, que devem ser garantidos com universalidade, qualidade e justiça social – princípios incompatíveis com a lógica do lucro.

É importante destacar que a história da autarquia é marcada por décadas de serviço de qualidade à população, mesmo diante do abandono crônico por parte de sucessivas gestões. E que o projeto precarização do DAE não é fruto de ineficiência de seus trabalhadores, mas resultado de uma sabotagem sistemática promovida por quem deveria investir em estrutura, pessoal e gestão pública eficiente. Sucatear para privatizar é a velha política de má-fé e corrupção.

A política do caos tem nome e método. Não é coincidência que, nos últimos anos, o DAE tenha sido alvo de cortes, nomeações políticas desastrosas e de omissões administrativas graves. Ao invés de promover concursos públicos, modernizar equipamentos, valorizar os servidores e tornar a autarquia referência em saneamento, optou-se por terceirizar serviços, inflar contratos com empresas externas e fragilizar a capacidade técnica interna. Agora, com a nomeação de Viegas, pavimenta-se de vez a trilha para a concessão.

O SINSERM denuncia, ainda, o inadmissível desrespeito para com trabalhadores e trabalhadoras do DAE, que não foram ouvidos nem considerados nos rumos que estão sendo traçados. Alertamos que a concessão do DAE significaria aumento das tarifas para a população, perda da transparência na prestação do serviço, demissões em massa e ausência de controle social.
Bauru precisa de políticas públicas sérias, com planejamento de longo prazo, participação social e gestão técnica comprometida com o interesse coletivo.
Conclamamos toda a população, os movimentos sociais, as entidades sindicais e os vereadores comprometidos com a cidade a se unirem nesta luta. Defender o DAE é defender o serviço público, é garantir o acesso universal à água, é proteger o futuro de Bauru.
ATO PÚBLICO CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO DAE
Dia 28 de julho, 11h
Em frente ao DAE - Rua Padre João, nº 11-25


E TRUMP E FAMIGLIA BOSTONARO INCENTIVAM SEU FIM - O PIX É O FUTURO DO DINHEIRO NO MUNDO, DISTANTE DA PORCENTAGEM DOS CARTÕES DE CRÉDITO NORTE-AMERICANOS
"Brasil poder ter inventado o fuuturo do dinheiro com o PIX". Professor americano Paul Krugman disse que sistema de pagamentos brasileiros pode abrir caminho para criação de uma moeda digital do Banco Central: https://bbc.in/4kVXtTZ

DONA AFIF, 103 ANOS, ONTEM NO "FANTÁSTICO", DA GLOBO E SUA LONGEVIDADE
Dona Afif morou boa parte de sua vida, os hoje 103 anos, ali nas imediações de onde mantive o Mafuá do HPA, barrancas do rio Bauru, entre a Gustavo Maciel, Inconfidência e Antonio Alves e sua longevidade, com uma saúde e vitalidade de fazer inveja a muitos, dentre os quais me incluo, com meus 65 anos. Pessoa das mais ativas na região, continua circulando pela região e hoje, expandiu seu leque de gente a admirá-la, pois foi figura marcante na matéria da TV Globo, programa Fantástico, sobre como a velhice pode ser encarada com saúde. Simpatia comprovada.

Digo algo e pode parecer piegas, mas pela sua idade e tendo convivido com os nas barrancas do rio Bauru por quase 60 anos de minha vida, conheço bem dona Afif. Sim, ela convive no meio de minhas histórias desde que me conheço por gente. Frequentou minha casa, amiga de minha mãe e até hoje, nos reencontros, não exister nada mais maravilhoso do que ela virar para mim e dizer: "Gostava muito de sua mãe". Olho para ela e relembro algo de minha infância, de minha família e deste pedaço da cidade. Daí, a importância desta escrevinhação e ontem, quando minha mana Helena anunciou que sairia algo sobre ela na televisão, fez questão de me ligar e dizer, "vai começar". Liguei, assisti e ao vê-la, bateu aquela bruta saudade de minha casa, da convivência durante a infância e adolescência ali nas proximidades da igreja Nª Senhora Aparecida, onde Afif sempre gravitou.

Em alguns momentos, mesmo com a intensidade da luta e lida, se faz necessário uma paradinha, um pit stop e o faço neste momento reverenciado a belezura de ver dona Afif, saudável e bem disposta, falante e pimpona, como sempre a vi e como sempre a terei. 

GOSTO DEMAIS DESTE EXEMPLO E CORAGEM DE VIVER A VIDA COMO SE GOSTA
“Você sabe o que é ser uma promessa?
Eu sei.
Inclusive uma promessa não cumprida.
O maior desperdício do futebol: Eu.
Gosto dessa palavra, desperdício.
Não só por ser musical, mas porque me amarro em desperdiçar a vida. Estou bem assim, em desperdício frenético. Curto essa pecha.
Mas nunca amarrei uma mulher a uma árvore, como dizem.
Não uso drogas, como tentam provar.
Não sou do crime, mas, claro, poderia ter sido.
Não curto baladas.
Vou sempre ao mesmo lugar, o quiosque do Naná, se quiser me encontrar, dá uma passada lá.
Eu bebo todos os dias sim, e os dias não muitas vezes também.
Por que uma pessoa como eu chega ao ponto de beber quase todos os dias?
Não gosto de dar satisfação para os outros. Mas aqui vai uma.
Porque não é fácil ser uma promessa que ficou em dívida. Ainda mais na minha idade.
Me chamam de Imperador.
Imagina isso.
Um cara que saiu lá da favela para ganhar o apelido de Imperador na Europa. Quem explica, cara? Eu não entendi até hoje. Talvez eu não tenha feito tanta coisa errada assim, não é?
Muita gente não sacou porque abandonei a glória dos gramados pra ficar aqui sentado bebendo em aparente deriva.
Porque em algum momento eu quis, e é o tipo de decisão difícil de voltar atrás.
Mas não quero falar disso agora. Quero que você me acompanhe em um rolé de cria.
Eu moro na Barra da Tijuca há muitos anos. Mas o meu umbigo está enterrado na favela.
Vila Cruzeiro. Complexo da Penha.
Sobe na garupa também. Vamo de moto. É assim que eu me sinto à vontade.” – Adriano Imperador.
: Sam Robles/The Players’ Tribune

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