"Rádio do interior de São Paulo se torna porta-voz do bolsonarismo após ser excluída da rede Jovem Pan - Com transmissão via Youtube, emissora Auriverde abriga pautas de Bolsonaro, como voto impresso", o título da matéria na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo. Eis o link da matéria completa:https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/07/radio-do-interior-de-sp-se-torna-porta-voz-do-bolsonarismo-apos-ser-excluida-da-rede-jovem-pan.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo&fbclid=
Amanda Helena é minha baita amiga, quase bacharel em Direito, gatista juramentada (tem quase 20 em sua casa), poetisa das quebradas do mundaréu (termo lançado por Plínio Marcos), portanto escrevinhadora como poucos nestas plagas e antenada com todos os assuntos pertinentes a nós, os deixados de lado neste mundo capitalista neoliberal, insano e cada vez mais doentio. Escrever de seu posicionamento político é estar antenado com quem de fato enxerga como deve se dar a luta, pois vivencia a labuta no seu dia a dia.
Começo versando sobre o tema da participação, quando convidado, na programação da indefectível rádio Jovem Auri-Verde, hoje reduto do mais absurdo bolsonarismo reacionário que já tivemos notícia na história deste isólito país. De DIREITA, quase todos nossos meios de comunicação massiva o são, mas declaradamente FASCISTA e apoiando tudo o que crava a estaca nos costados do povo, nada igual ao que Alexandre Pittoli, o manager da rádio a transformou. Virou o reduto do fascismo no país. Meio que ainda irreconciliável ver em nosso quintal, aqui dentro de Bauru, este reduto, o ponto de encontro dos malucos e dementes nacionais. Quando vejo artistas e gente que se diz de esquerda aceitando falar naquele microfone, lembro logo do jornalista MINO CARTA, manager da revista Carta Capital, que aqui esteve em 2007 e lhe disse que poderia ser entrevistado pela TV Tem/Globo. Ele me olhou e disse algo assim: "Impossível. Eles sabem que se falar para eles, terá que ser ao vivo e aproveitarei para descer a lenha no que são e representam. Eles me conhecem, sabe que faria isso e nunca que me convidariam". Dito e feito, não o convidaram e me utilizo do que me disse para tudo o mais, ou seja, convidado por estes, só vou se for pra descer a lenha neles, do contrário, como posso dar espaço e paparicar quem nos apunhala a todo instante.
Dito isso, eu e AMANDA HELENA travamos um belo diálogo sobre este tema: E se convidado para ir dar entrevista ou falar algo nos microfones dessa horrorosa rádio, como agir? Primeiro ela me envia um texto, dos mais significativos, aqui compartilhado: "O que posso dizer sobre a Auri-Verde: Não aceitaria que nada de viés artístico ou comercial produzido por mim dependesse dessa mídia. Cristo disse que a árvore se reconhece pelo fruto, né? E o que brota pelos microfones dessa rádio é golpismo, fake-news, apoio a golpistas e contra o Estado Democrático de Direito. Logo, enquanto artista com viés claramente socialista me oponho á dividir microfone com fachos. Sei bem em qual lado da história tomo posição. Não dá pra ser morno quando a existência de algo vai claramente contra tudo que acredito. Não ignoro que outras mídias pertencem á burguesia e entre proprietários e trabalhadores possam haver bolsonarista, contudo essas mídias não existem com finalidade de atentar contra a democracia, nem ser palanque (inclusive citado na Veja e hoje na Folha de SP) de movimentações criminosas".
Ela me envia vários áudios e hablamos, numa troca de confidências, boa parte do dia. Agiria exatamente como proposto por ela e, seguindo o que já me foi prescrito pelo Mino Carta: impossível aceitar ser entrevistado num lugar destes, onde tudo o que acreditamos e lutamos é atacado diariamente. O fascismo é altamente perigoso e nos usa até nessas pequenas abordagens. Nos coopta para algo onde o tema é outro, mas estando lá, estamos referendando o que fazem num todo. Não dá. Impossível conciliação. Ressalto algo mais dito por ela: "Pra bom entendedor um pingo é um i, não cito nomes, pois daquela árvore não sai um fruto que presta, tudo fruto podre e não dá para acender uma vela pra deus e outro pro diabo. Estamos diante de um momento onde devemos nos posicionar. Falo de minha parte, eu Amanda me posiciono, pois agora o esgoto que até então era a Jovem Pan, agora recaí sobre a Auri-Verde. Como fazer parte disso. Espero que artistas não façam parte disso, pois tudo atenta contra tudo o que lutamos e acreditamos".
Diante do que conversamos, eis o posicionamento dela e o meu, exatamente idêntico e mais que pertinente. Estejamos atentos, pois reforçar o FASCISMO, inocentemente ou achando que o espaço deva ser aproveitado é altamente perigoso, pois se ainda não perceberam, notem como a CULTURA, para o fascismo, o fundamentalismo e a ultra-direita é algo rejeitado. Se abominam o que representamos, por que devemos ir lá no antro deles? Manter distância e denunciar o que fazem, isso sim é o mais recomendável.
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Todos os perversos estão reunidos no microfone dessa pérfida rádio. |
“O jornal norte-americano The New York Times publicou nesta segunda-feira (28) um editorial contundente em defesa da soberania brasileira, elogiando a postura firme do governo Lula diante das ameaças e pressões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Intitulado “A soberania está na moda”, o texto destaca o Brasil como o principal exemplo de resistência entre os países das Américas frente às investidas autoritárias do republicano.
“o editorial afirma que, ao contrário de governos como o da Colômbia e do Panamá — que cederam às exigências de Washington —, o Brasil respondeu com altivez ao ataque frontal de Trump. O mandatário norte-americano ameaçou aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros caso o processo criminal contra Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado, não fosse encerrado. A chantagem foi prontamente rechaçada por Lula, que intensificou a defesa da soberania nacional.” […]��“O Brasil pode mostrar ao mundo o que acontece quando o governo Trump encontra pela frente uma nação soberana que não acata ordens”, escreveu Nicas. O texto também elogia o papel do Supremo Tribunal Federal, que reforçou a independência institucional ao impor tornozeleira eletrônica a Bolsonaro, mesmo diante das ameaças estrangeiras. Lula, por sua vez, respondeu politicamente com firmeza: prometeu tarifas retaliatórias e adotou o lema “o Brasil pertence aos brasileiros”, repetido em discursos e simbolizado até em bonés.”
“O editorial aponta que a crise diplomática deixou clara a tentativa de interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil, atitude que fere os princípios do direito internacional. Em contraste com países que aceitaram deportações forçadas e ampliação de presença militar estadunidense, o Brasil deu um basta. “O povo brasileiro sabe cuidar de si mesmo”, disse Lula, em uma frase destacada pela reportagem do NYT.�A análise conclui que o Brasil se tornou um verdadeiro “teste de fogo” para Trump — um presidente que tenta estender sua influência autoritária sobre outras nações. Ao não se curvar, o governo Lula reafirma o compromisso com a democracia, a independência das instituições e o direito do povo brasileiro de decidir seu próprio destino, livre de intimidações externas.”
Plantão Brasil e DCM
“o editorial afirma que, ao contrário de governos como o da Colômbia e do Panamá — que cederam às exigências de Washington —, o Brasil respondeu com altivez ao ataque frontal de Trump. O mandatário norte-americano ameaçou aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros caso o processo criminal contra Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe de Estado, não fosse encerrado. A chantagem foi prontamente rechaçada por Lula, que intensificou a defesa da soberania nacional.” […]��“O Brasil pode mostrar ao mundo o que acontece quando o governo Trump encontra pela frente uma nação soberana que não acata ordens”, escreveu Nicas. O texto também elogia o papel do Supremo Tribunal Federal, que reforçou a independência institucional ao impor tornozeleira eletrônica a Bolsonaro, mesmo diante das ameaças estrangeiras. Lula, por sua vez, respondeu politicamente com firmeza: prometeu tarifas retaliatórias e adotou o lema “o Brasil pertence aos brasileiros”, repetido em discursos e simbolizado até em bonés.”
“O editorial aponta que a crise diplomática deixou clara a tentativa de interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil, atitude que fere os princípios do direito internacional. Em contraste com países que aceitaram deportações forçadas e ampliação de presença militar estadunidense, o Brasil deu um basta. “O povo brasileiro sabe cuidar de si mesmo”, disse Lula, em uma frase destacada pela reportagem do NYT.�A análise conclui que o Brasil se tornou um verdadeiro “teste de fogo” para Trump — um presidente que tenta estender sua influência autoritária sobre outras nações. Ao não se curvar, o governo Lula reafirma o compromisso com a democracia, a independência das instituições e o direito do povo brasileiro de decidir seu próprio destino, livre de intimidações externas.”
Plantão Brasil e DCM
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