quarta-feira, 7 de agosto de 2019

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (144)


A BAGACEIRA NÃO PARA 

1.) IFODIDOS, A MODERNIDADE (SIC) NO NOVÍSSIMO MERCADO DE TRABALHO
Estava sentando a bunda na cadeira para escrever algo sobre o que mais vi pelas ruas de Buenos Aires, além das milhares de pessoas morando hoje nas "calles", são esse pessoal, em sua maioria jovens remediados e trabalhando com uma sacola às costas, cortando as cidades de norte a sul, fazendo entregas em tempo record, pois possuem um prazo para fazê-lo e no descumprimento o ganho ainda mais reduzido. Onde estive eles quase não estão de motos, mas de bicicletas, pois a cidade é plana e por lá esse predominam. São milhares, muitas empresas e todos em desabalada carreira, sempre atrasados, correndo, cortando tudo o que vem pela frente. Quando me preparava para escrever este texto vejo algo do mesmo teor sendo publicado pelo professor da Unesp Bauru, Dino Magnoni: "IFODIDOS: A SEMI-ESCRAVIDÃO DOS ENTREGADORES DE COMIDA - Jornada maior que 24 horas e um salário menor que o mínimo, a vida dos ciclistas de aplicativo em SP. Estudo inédito traça o perfil dos entregadores e constata que a presença de menores de 18 anos é comum no ramo". E por fim um link de texto do El País: https://brasil.elpais.com/…/politica/1565115205_330204.html….

Quando postamos algo repudiando essa nova modalidade de trabalho, exploração do trabalhador elevada à sua máxima potência, sempre surgem os que, indignados se prestam a repetir que ao "menos estão empregados, ganhando um dinheiro honesto". Estou de saco bem cheio disto, dessas justificativas boçais e banais. O fato é que as mudanças ocorrendo no dito mercado de trabalho, impostas pelas atuais condições do neoliberalismo estão a produzir mais e mais empregos dessa natureza, onde o sujeito se sujeita (sic) a trabalhar no que encontra, pois sem qualificação, o que lhe dá alguma renda ele faz. Não tem nem tempo de reclamar se vai ter direitos, se estará amparado por leis trabalhistas que o defendam, nada disso parece ser mais importante. Nenhum desses está contribuindo com nada que possa levá-lo a um dia se aposentar, mas sobreviver e se ocorrer algum tipo de acidente, onde tenha que permanecer longe da atividade, estará num mato sem cachorro, sem nenhum amparo. Ganham uma merreca e recebem um algo a mais se cumprirem o estabelecido, efetuar a entrega num prazo record, daí fazem de tudo e mais um pouco pelas ruas.

Triste, muito triste foi vê-los cortando Buenos Aires por todos os lados, com aquele peso nas costas, mas ainda mais triste por ter conhecimento das condições de trabalho. Isso já está espalhado por todo o continente. é a mais nova forma de ganhar grana que os inventores dos novos empregos sacam lá dos lugares refrigerados onde se encontram. Bolam esse tipo de empresa, onde uma pessoa ganha os tubos pela ideia inventada e colocada em prática, sem se importar com os lá na ponta, os que se ralam até se acabarem. O Uber é a cara disto, tudo feito pro intermédio de aplicativos e desumanos, pois a pessoa ganha algum, mas não o suficiente para ter uma vida digna. Tirei fotos de alguns em Buenos Aires e elas ilustram meu texto. O que será dessa geração de hoje jovens daqui a alguns anos? O mundo mudou e para pior, pois nem trabalho digno existirá mais. Em Buenos Aires o próprio desGoverno paralisou por alguns dias as atividades de algumas empresas tal o nível do descalabro pra cima dos trabalhadores, buscando uma regulamentação onde um mínimo possa de dignidade possa ser estabelecido, mas não será o suficiente, pois a atividade em si é predatória para o bem estar do ser humano. Um regime de semi-escravidão acontecendo diante dos nossos olhos e todos estáticos, fazendo quase nada para reverter a bestialidade global em cima dos costados de quem até pouco tempo ainda conseguia emprego de carteira assinada, hoje tudo jogado na lata do lixo e o emprego do futuro isso aí. Me dizem ser isso só o começo, enfim, algo de pior ainda está por acontecer.

2.) TODO REPÚDIO AO ATO CRIMINOSO REALIZADO CONTRA O CENTRO CULTURAL RECÉM INAUGURADO DO HIP HOP EM BAURU
Quem fez isso não foram vândalos, mas gente que sabe muito bem dos motivos de querer destruir algo despontando como resistência à bestialidade sendo implantada como regra hoje por esse desGoverno no comando do país. A reação tem que ser coletiva, forte, dura e implacável contra esses querendo calar a voz de quem luta a favor dos desassistidos neste país. Unidos venceremos. Toda força e apoio para as ações de repúdio e a certeza de que, agora é que o local se fortalecerá. Vamos todos juntos combater o grande mal querendo se estabelecer no país.

Eis o post do Renato Magu denunciando o ocorrido: "Aí você vai realizar seu sonho de ter um espaço ocupado pela periferia no centro, sai pra trampar, fica 2 dias fora, quando volta tem a grata surpresa de ter seu sonho atacado.. Que tristeza... Varias reflexões, vários sentimentos envolvidos.. Será que vale mesmo a pena??? 😢😢😢😢😢😢 Peço a ajuda de quem realmente acredita na arte como instrumento de transformação social, para que nos ajude a reconstruir a fachada no nosso espaço..Pedir ajuda não é vergonha, e hj peço a todxs amigxs para ajudarem esse mero sonhador...
Se alguém tiver aquele restinho tinta que sobrou, tinta de piso, bisnaga, pincel, rolo, por favor, doe pra gente, pois esse é um espaço autônomo, sem nenhum recurso, e sera bancado por contribuições voluntárias, então não temos grana pra concertar esse estrago.. Peço a solidariedade de todxs para podermos resolver isso o mais rápido possível..".

3.) RECADO PARA BAURU DE KIZAHY BARACAT NA VIGÍLIA LULA LIVRE AGORA DEPOIS DOS 10 X 1
Não existe comemoração melhor do que ver Lula solto e livre das masmorras insanas deste conluio golpista contra o Brasil, mas hoje, inegável vitória contra mais uma barbaridade que o desGoverno queria praticar contra o ex-presidente transferindo-o para um presídio na capital paulista, em condições desumanas. Diretamente da vigília diante da Polícia Federal o bauruense Kizahy Baracat Neto no envia um emocionante vídeo, inédito e exclusivo para nós bauruenses, de como se encontra as cercanias da PF logo após a decisão do STF, de por 11 x 1 manter Lula em Curitiba.

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