RINDO DAS ÚLTIMAS: HORTOLÂNDIA, ESGOTO INDEFINIDO E FECHAMENTO DE UPA - ERNESTO VARELA NADARIA DE BRAÇADA COM UMA PAUTA DESSAS...
Quero rir das últimas. Algum problema nisso? Um amigo posta isso logo cedo para minha reflexão: “Li ontem num site que esta Câmara Federal é a mais conservadora desde 1964. Uma explicação pode estar nesta notícia: duas das figuras mais polêmicas dos últimos quatro anos no Congresso Nacional somaram, juntas, pouco mais de 860 mil votos: Jair Bolsonaro (PP), campeão de votos no Rio de Janeiro e Marco Feliciano (PSC), em terceiro lugar em São Paulo. A título de comparação, é como se oito em cada 10 eleitores de Porto Alegre votassem em um ou outro. À primeira vista, campeões de votos conservadores sugerem que as urnas se posicionaram contra temas como regulamentação do casamento gay, do aborto e legalização das drogas”. Estaremos “sifu” com um Congresso tendo explícita tendência a estar ao lado dos interesses dos conservadores dessa nação.
Quem vota contrário a isso pode sofrer retaliações. É o caso na pequenina cidade paulista de HORTOLÂNDIA, hoje vivendo entre a cruz e a espada. Ela foi a única (isso mesmo, a única) cidade paulista onde Geraldo Alckmin perdeu a eleição. Recebe elogios por parte da oposição, “papel de resistência enaltecido, bravo povo na trincheira contra os desmandos...”, foram alguns desses elogios vindos do lado perdedor. Mas o fato é que o Geraldo ganhou de lavada e ele é um tanto perverso em sua forma “democrática” de distribuir os recursos paulistas ob sua jurisdição. Daí Hortolândia tende a se danar. A cidade deve ter sido riscada do mapa, com um “X” em vermelho e padecerá pelo deslize (sic) cometido com tão altruísta governo. Penso que deveríamos todos montar uma campanha de recursos pró Hortolândia, uma espécie de “Doe ouro para o bem de Hortolândia”, aos moldes do que foi feito em SP quando na 2º Guerra Mundial. Vejo equipes de televisão indo verificar o que de fato ocorreu, se não foi algum erro na dita urna eletrônica, pregando uma peça na cidade ou mesmo deixar todos por lá de quarentena, isolados e sob severa observação, tipo a feita pelos portadores do Ébola, para que tal anomalia não acabe por contaminar todo o estado paulista. Um perigo, essa Hortolândia, algo que deve ser erradicado a fórceps. Geraldo como bom sanitarista já deve estar tomando todas as devidas providências.
Aqui na nossa aldeia o fato relevante pós-eleição é o que a Licitação do Tratamento de Esgoto, obra tão atrasada e tão necessária é suspensa. Marcada para ontem a dita cuja foi cancelada. Com um valor de R$ 123 milhões, dinheirama sempre despertando interesses variados, o negócio foi adiado pela terceira vez (veja isso, terceira vez), com 11 empresas participando da disputa e justamente no exato momento em que o Governo Federal amplia o prazo para setembro do ano que vem do início dessas obras. Quem barrou tudo dessa vez foi a construtora bauruense H. Haidar, alegando “dúvidas” (eu mesmo estou cheio delas). Tizoco, o jornalista da 94 FM diz hoje na rádio que “muitas empresas participam de licitações até com envelopes vazios, mas depois contestam o processo, tudo para ver como pode ficar a situação lá na frente”. O Ministério Público precisa estar atentíssimo com tudo isso, pois os interesses em questão não são contraditórios, são perversos e maquiavélicos. Propostas serão refeitas, pois ninguém quer perder essa fatia tão rica de proteínas desse saboroso bolo. “Esse o jogo, quem não sabe jogar não se estabeleça”, ouvi de um gaiato. Mas que pérfido jogo, digo eu. Será que daria tempo de também incluir um envelope com a minha proposta (adianto ser indecorosa)?
Mais uma de Bauru, ontem uma rede de boatos estabelecida e em pleno funcionamento na cidade fez com que servidores municipais lotados na UPA do Bela Vista lotassem a sala de espera do gabinete do prefeito, tudo para ouvir da voz do próprio se eram verdadeiros os comentários de que aquela unidade de saúde seria fechada definitivamente até que a Prefeitura sanasse definitivamente a falta de médicos no local. Sabemos que a “Rádio Peão” é um forte leva e traz de notícias, fofocas, maledicências, verdades e mentiras. Dessa vez, extrapolou e a movimentação dos funcionários foi lépida e fagueira. Foram ter com quem de direito, o próprio Chefe. De onde partem esses boatos (seriam mesmo só boatos?)? Sempre existirão dentro do corpo administrativo de toda e qualquer administração gente repassando para os do lado de fora o que foi discutido em caráter estritamente sigiloso nas entranhas do poder. Impossível se fechar em copas com tudo o que é aventado nessas instâncias, daí a importância dessas redes de “diz-que-disse”. O chefe colocado em saia justa precisa ser entendido nos dois lados da questão: sempre existirão os que gostam de colocar mais e mais lenha na fogueira já ardente, tudo para ver o circo pegar mais fogo e também sempre deverão existir os que repassam alguns segredinhos guardados a sete chaves, tudo para ver se de fato aquilo dito era mera sugestão de aplicativo a ser implantado ou tem mesmo fundamento. Ainda não deu para sacar qual das duas hipóteses ocorreu aqui nesse caso.
Um intrépido repórter como o não mais existente Ernesto Varela nadaria de braçada num mar de bons temas como esse, mas como disse, ele não mais está entre nós.
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