segunda-feira, 20 de outubro de 2014
INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (77)
“DESCULPEM, MAS TIVE QUE CAGAR NO MATO E QUASE TOMEI ÁGUA DO RIO BAURU”, DUAS MEDIDAS URGENTES E EMERGENCIAIS Na feira dominical ontem a grande sacada do que de fato está ocorrendo em Bauru: a população está literalmente defecando no mato (e sem cachorro). Muitos desceram para o passeio matinal sem fazer suas necessidades fisiológicas em casa, tudo motivado por um único motivo: FALTA DE ÁGUA EM TODA CIDADE. Vi muitos trançando as pernas e à procura de um lugar seguro para depositar seus excrementos. Por lá a coisa ficou difícil e muitos comerciantes nos arredores estavam regateando de ceder espaço, pois suas latrinas já estavam abarrotadas. Qual o jeito? “O mesmo que encontrei. Fazer no mato”, nos diz Guardião, o super-herói bauruense, defensor de tudo e de todos, mas também sofrendo pacas pelo apertado da situação e na iminência de entrar em colapso pela falta de água. “Tô quase seguindo o exemplo do HPA e tirando água de balde do rio Bauru, mas diante do rio não tive outra alternativa, fiz ali direto na fonte as minhas necessidades. Como posso conseguir atuar a contento por aí e com tudo concentrado aqui dentro de mim. Minhas atividades estão mais do que prejudicadas”, confessa constrangido o até então durão Guardião, naturalmente enfraquecido e constrangido pelo inusitado da situação. "Isso nunca me aconteceu antes", diz.
Assim como Super-Homem possui seu ponto fraco, a kriptonita, Guardião deixa claro que gosta mesmo de fazer suas necessidades em lugares limpos e beber água potável e na falta disso, perde poderes. Na Bauru da era rodrigueana ele está padecendo um bocado e diante da hipótese de ir em busca de ares mais palatáveis na capital paulistana, pois por lá na era alckmista, a constatação de que a coisa está piorada. “Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come, bem assim. Se faltou programação, organização, estruturação ou qualquer outro ão, o caso é que tanto lá como cá, isso tudo e junto. Em Sampa pior, pois o governador sonegou informação com fins eleitorais e aqui, mesmo Rodrigo tendo apresentado plano para o setor quando vereador, nada foi feito e só agora, diante do caos estabelecido, uma tomada de consciência. Por que as coisas acontecem dessa forma e jeito?”, desabafa Guardião. De uma coisa tenham certeza, a chuvinha de ontem serviu para amenizar a situação dos que defecaram no mato, pois dissolveu tudo e a natureza, muito sensata nessas ocasiões já deve ter feito aquela mistura orgânica e até o cheiro embosteante já foi dissipado. Mas existem os que estão a defecar hoje, pois a chuva anunciada não veio e o tal rodízio de água continua, daí sem descarga para suas casas e não querendo aquele cheiro insuportável dentro dos lares, a solução é o novamente o mato.
Guardião, muito rápido e sagaz, saca mais uma: “Encontro-me num mato sem cachorro, seco por fora e estufado por dentro, assim como a maioria da população. Diante de problema que o prefeito alega ser daqueles imprevisíveis, proponho desde já a criação em caráter EMERGENCIAL, talvez por Decreto Prefeital sem necessidade de anuência da Câmara (eles irão apoiar, afinal também cagam e necessitam de água) de duas medidas paliativas, mas de grande sapiência nesse momento. Primeiro a transposição do ribeirão Bauru, muito além do que já ocorre hoje com esses tubos em sua margem, mas uma espécie de dessanilização (sic) de suas águas, que nada mais é do que torná-la potável. Solução fácil com a distribuição de peneiras onde a população coaria a água e a levaria para suas casas. Sou pela distribuição imediata de peneiras para toda população. Por outro, já que a água depende mesmo da vontade divina e nem todos possuem meios de acionar São Pedro adequadamente para abrir as torneiras do céu para nós bauruenses, vejo que o prefeito poderia institucionalizar que o cagar em público nesse momento estaria liberado, SEM QUE INCORRA EM ATENTADO AO PUDOR, em locais previamente regulamentados, sob a supervisão do Álvaro de Brito, coordenador da Defesa Civil, que montaria grupo especializado na limpeza desses locais. Dessa forma, a cidade voltaria a pelo menos beber água já e cagar condignamente. Já no caso do Alckmin não existe outro jeito, só mesmo obrigando-o a permanecer três horinhas diárias dentro do Tietê ou do Pinheiros, só com o narizinho de fora e bebendo águas das profundezas do Guarapirangua”, profetiza Guardião, encerrando a pendenga.
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