HOJE NÃO QUERO NADA COM ELEIÇÃO E SIM COM A BETTY – BRUTA SAUDADE Hoje não quero escrever nada de política. Ou melhor, quase nada. Todos aqui já sabem de minha absoluta predileção por Dilma e pela força que continuo fazendo pela sua reeleição. Mas confesso, ando um pouco cansado disso tudo. Fico muito contente com essa diferença dela em relação a ele, o Aécio e o que representa. Mas não é disso que quero escrever. Primeiro peço antecipadas desculpas para dona Ana Bia, pois me deu vontade de fazer uma confissão. Ela, a Ana, fica todo dia assistindo lá na TV de casa uma antiga novela no canal Viva, a Dancing Days e rememoro ali uma antiga paixão, a BETTY FARIA. Sim é dela que quero escrever. Só umas linhas. Quero sair um pouco do prumo hoje, só isso. Acho que amanhã volto ao normal (por acaso eu sou um sujeito normal?).
BETTY FARIA foi uma de minhas primeiras deusas. Colecionei por algum tempo a revista Homem, depois a Playboy (eu e o PH) e a revista com ela nua (ou quase nua, pois naquela época nem tudo era devidamente mostrado) era das minhas preferidas. Fazia parte de um seleto time de atrizes me fazendo ferver (por dentro e por fora). E não era preciso muito para isso. Aqueles seios pequenos e uma coxa bem torneada, o conjunto da obra me enlouquecia. Anos atrás recebi uma página de jornal com uma matéria sobre ela e o guardei. Tinha a Betty como matéria principal. E hoje o reencontrei fuçando papéis por aqui. Acho que o colei num velho caderno como prova inconteste de que nunca nos esquecemos desses amores antigos. Quem nunca se apaixonou por uma professora que levante o braço? Eu tinha uma lá na EE Madureira, meus 13 pra 15 anos que me tirava do sério. Tudo são lembranças.
Hoje, além da velha Dancing Days ela está numa outra, coroa, com mais de 70 anos, decote escondido, pernas cobertas, nem de longe aquela beldade do passado (eu também não sou mais o mesmo). Outro dia falei da Betty para a Ana e ela me olhou atravessado, não deu muita bola, não me levou a sério e logo desconversamos. Na verdade, toda vez que olho para ela hoje, tento não vê-la com os olhos de hoje, mas os de ontem (façam o mesmo comigo, viu!), tudo para não perder o entusiasmo. Afinal, não se destroem símbolos construídos durante anos e anos assim da noite para o dia. Aqui em casa tem um baita de um espelho bem no meio do corredor e toda vez que passo por ele ou lá em outro no elevador do apartamento que me leva para ver minha Ana, me olho ali, mas com os olhos do passado.Eu tento resistir, mas meu ombro dói, meus cabelos caíram, a barriga cresceu, a miopia acentuou-se e tudo o mais (sim, aquilo também não é mais como antes). Com a Betty, a mesma coisa. Inexorável o tempo, infelizmente.
Puxa, sinceramente, hoje nem sei se a Betty vota na Dilma ou no Aécio. Também isso tanto faz, mas sei que toda vez que a revejo, bate lá no fundinho aquele desejo incontrolável que tinha por ela décadas atrás. Eu achava que se ela me conhecesse iria se interessar por mim. Por fim, nunca a vi pessoalmente, mas conheci outra carioca, minha Ana e somos felizes ao nosso modo e jeito. Vamos envelhecer juntinhos e revendo o passado com a galhardia necessária. Ela sabe, lembro da Betty de vez em quando, mas nada que provoque a alteração do mercado, queda do dólar ou rachaduras no ambiente doméstico. Na comparação entre ambas, acho que estou em vantagem, Ana sabe levar e domar esse velho lobo das estepes. Agora me respondam com toda sinceridade desse mundo duas perguntas: 1) Quem aí tem coragem de revelar quem foi a sua paixão televisiva entre as estrelas que invadiam nossa sala diariamente? e 2) Não é mesmo muito mais gostoso falar disso do que dessa briga que nos consumirá até domingo?
Mas como dizia ontem e volto a repetir hoje, acho que o Aécio não leva essa. Dilma ganha de novo.
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