ALGO DA INTERNET (91)

ESCRITOS ANTERIORES Á ELEIÇÃO (04) - APARENTE INDIFERENÇA DO ELEITOR AO PLEITO E MEUS SONHOS

BOLIVARIANOS! COMUNISTAS! SOCIALISTAS! TUCANOS! PETRALHAS! COXINHAS! MARINETES! Como gerenciar uma palatável conversa?

Em eleições anteriores a movimentação nas ruas e lugares públicos era bem mais ostensiva. Não sei se a aparente indiferença é algo aqui de Bauru, ou retrata o que ocorre por todos os lugares. Nas ruas somente cabos eleitorais ostentando placas, bandeiras e distribuindo folhetos variados. Manifestações de militância têm sido raras. Algumas com data e hora marcada e com baixa freqüência. Seria isso mesmo? O eleitor, de uma forma geral, está desinteressado dessa eleição? Esse clima de quietude talvez não reflita desinteresse, mas um monte de outras coisas juntas. Para alguns pode ser receio em demonstrar sua preferência, talvez por vergonha ou para evitar debates acalorados. Nem todos possuem hoje vontade de ficar nas esquinas defendendo o seu candidato. Sempre existirão os mais exaltados. Particularmente não fujo desses, mas evito contatos prolongados, pois em muitos casos vejo mais a vontade desses imporem sua linha de pensamento, do que ouvirem algo contrário. Alguns dos ditos “cabeça feitas” tornaram-se chatos, bitolados e repetitivos nos argumentos. De tudo um pouco nas ruas, muitos “amoitados”. Parece aquele negócio do “gigante adormecido”. Tem quem não queira cutucar esse bicho nesse estado de aparente hibernação.

No pós-debate de ontem na TV percebi algo de alguns que se mostravam contrário a algo e hoje já pensam diferente. Posso estar enganado, mas a grosso modo quem acabou se saindo melhor, talvez pela carinha de “bom moço” (sic), tenha sido o Aécio Neves. Em dois momentos percebo em pessoas ontem decididas a não votar nele de jeito nenhum, hoje já querendo reconsiderar. Mais esperto e liso que bagre ensaboado, soube se safar de algumas situações. Dilma se mostrou às vezes confusa, abrindo e fechando aquela pasta a todo instante (todos consultaram dados em papéis em seu poder) e um tanto nervosa, embromando dados. Para mim o país está aí, o antes e o que foi feito. Fácil comparação. Tem muita gente de memória curta, esquecendo de algo do passado, lapsos ou mesmo já imbuído do reinante ódio petista. Gosto mais da Dilma pelo seu passado corajoso, empunhando até armas, do que o momento atual, mas é o que temos para o momento. Para mim, diante de tudo o que vejo e na comparação com o que poderá nascer (olha o Ovo da Serpente aí gente!), continuo apostando minhas fichas nela. Houvesse algo realmente novo, transformador, agiria de modo diferente, mudaria meu voto, mas não vislumbro nada disso dentre tudo o que vi, ouvi e li nesse período eleitoral.

Que diferença poderão ainda ter os tais indecisos e os que nesse momento ainda pensam em mudar o voto? Não sou perito nisso (aliás, sou perito em quase nada). Dou meus pitacos, ora aceitos, ora não. Nem sempre acerto, mas também nem sempre erro. Torço para que tudo se resolva nesse primeiro turno, pois ando sem saco para continuar com inócuas discussões (nem todas, viu!), mas se ocorrer o segundo, continuarei minha ladainha e até a incrementarei na defesa do meu ponto de vista. Antes possuía maior poder de persuasão que hoje. Vejo muitos assim, mas ainda me vejo tentando convencer alguns. Com outros nem perco mais tempo, prefiro me manter calado. Não me peçam para participar do triste espetáculo do ódio coletivo que percebo vicejar por aí. Os que me conhecem nem se aproximam com a velha cantilena discursiva do mau agouro, pois sabem como penso e de que lado sempre estarei. Nunca votaria em nada parecido com Aécio ou Marina, mesmo ciente de que do meu lado, tentando manterem-se ocultas, estão as mesmas pérfidas sombras de algo a me constranger. É que acredito em alguns ainda desse lado dispostos a virar a mesa. Tenho que continuar acreditando nisso, pois do contrário deixaria de sonhar, de ser utópico e de crer na possibilidade de outro mundo. Muita água vai ter que passar por debaixo dessa ponte para algo novo ocorrer, mas seria extremamente doloroso para mim e tantos outros ter que começar tudo de novo. É que já tenho 54 e ando um pouco cansado disso tudo. Deixem-me continuar sonhando e acreditando. É o que me resta.

QUERIA TANTO CONSEGUIR MONTAR ALGO ASSIM AQUI POR BAURU - Imagine um grupo assim cheio de muita irreverência espalhando humor, galhardia e samba no pé em plena Batista numa tarde de sexta ou manhã de sábado. Seria uó do borogodó! Vamos tentar junto seu... (e repasso para uns trinta endereços de gente ligado a algo musical na cidade):

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