quarta-feira, 27 de agosto de 2025

ALFINETADA (256)


REUNIÃO SOBRE EVENTO REPÚDIO AGRESSÃO SOFRIDA PELO "LULINHA" NO CALÇADÃO - A "ESQUINA DA RESISTÊNCIA" É DO POVO DE LUTA
A agressão é injustificada por todos os aspectos. Não existe meios de defendê-la, ainda mais se utilizando de resposta para agressão que não ocorreu. Lulinha respondeu interpelação, quando representante de uma loja queria ver desmontada banca e retirada faixas, expostas no Calçadão, quando da panfletagem e coleta assinaturas contrárias à Escala 6 x 1 de trabalho. Ele, simplesmente reagiu, à altura, com tom de voz alto, pois possui problema de audição e assim o faz sempre, porém, sem nenhuma violência. Violência maior foi tentar tirar do local alguém, sem argumentos e motivação convincente. Daí, o surgimento de duas pessoas, uma delas agredindo violentamente Lulinha com soco no rosto, jogando-o ao chão.

Ontem à noite, no Bar do Genaro, local cedido por seu proprietário e prontamente aceito pelo Lulinha, reunião para formalizar como será o ato de repúdio ao ocorrido. O ato, mais que necessário, pois a Esquina da Resistência é local já por demais conhecido por todos frequentadores do Calçadão da Batista. Foi palco de grandes concentrações, protestos e panfletagens. E assim deverá continuar. O ato tem este intuíto, o de apaziguar os ânimos, repudiar o ocorrido e a continuidade do exercpicio do direito já estabelecido de continuar nas ruas e lutas, em busca da conquista de direitos e do tal outro mundo possível. Portanto, sábado, 30/08, das 10 às 12h, ato no local, com a participação de partidos, sindicados, entidades variadas e convite para concentração demarcatória pela continuidade da utilização deste espaço para finalidades de luta social.

Gravei a fala de Lulinha ontem na reunião e aqui está postada, com ele relatando como se deu de fato o ocorrido e conclamando tudo, todas e todos para se juntarem a ele no próximo sábado.O convite está mais do que feito. Vamos lotar a esquina.

Vídeo com gravação da fala de Lulinha na reunião:

AGRESSÃO A LULINHA JÁ REPERCUTIU NO CONGRESSO NACIONAL - FALA DO DEPUTADO FEDERAL VICENTINHO (PT)
Lulinha não está só, eis a fala ocorrida hoje no parlamento brasileiro, em Brasília DF:

NOTA DNA PETISTA SOBRE AGRESSÃO NO CALÇADÃO
Lamentável o ocorrido no Calçadão, Esquina da Resistência, sábado, 23/8 quando o militante Agnald o “Lulinha” da Silva foi impedido de panfletar a favor do plebiscito contra a Escala 6 x 1 de trabalho e acusado por lojista de agressão, algo comprovadamente não ocorrendo. Na sequência, este foi de fato agredido, de forma injustificada, gerando medidas legais de reparação. O rejeição pela agressão é total e como resposta está marcado para o sábado, 30/08, 10h, no mesmo local, um amplo ato, envolvendo partidos, sindicatos e entidades locais, repudiando a agressão e a demonstrar, necessidade do retorno à normalidade do bom relacionamento dos comerciantes e quem faz uso do local para justas reivindicações.
NÚCLEO DE BASE DNA PETISTA – BAURU SP

outra aberração
O TEXTO É LONGO, TRATA-SE DE DESABAFO CONTRA ESTES NOVOS CONTRATADOS, OS TAIS ADJUNTOS QUE HOJE LOTEIAM AS SECRETARIAS MUNICIPAIS - E DEMONSTRO COM UM EXEMPLO, A INUTILIDADE DESSAS NOMEAÇÕES
Tem dias que a gente está mais puto que outros. Aqui em Bauru, impossível um só dia em que a gente não se irrite com as artimanhas tramadas pela atual mandatária da cidade, a incomPrefeita Suéllen Rosin. A cada dia uma novidade, sempre ruim. Digam aí, alguém se lembra de algo louvável que a alcaide tenha deixado como legado para Bauru? Já esquentei a cuca e nada.

Hoje a irritação foi quando, nas andanças pela cidade, alguém veio me contar da quantidade de Secretários Adjuntos, essa nova denominação bolada pela thurma da famiglia Rosin para contratar apaniguados e colocá-los dentro da atual estrutura funcional da Prefeitura. Estes todos, são a mais nova leva de funcionários fantasmas ou mesmo que queiram, quando comparecem ao trabalho, estarão ocupando um espaço onde alguém já trabalha, não precisando deste outro, daí duplicidade de funções. Isso mesmo, o secretário adjunto é o encosto do secretário, o que reveza com ele na mesma função. E, como já foi divulgado, a alcaide loteou a maioria das secretarias municipais com um adjunto, ou seja, um ENCOSTO, espécie de SOMBRA, duas pessoas para a mesma função. Algo não só desnecessário, como cabidão de emprego, explícito e declarado, que deveria ser denunciado e investigado como ato dos mais abomináveis.

Agora, todas as secretarias municipais estão com Secretários Adjuntos já recebendo seu soldo mensal. Quero me ater a só um exemplo e o fazendo, tenham certeza, as histórias se repetem em todas as demais nomeações. Não se salva um. Todos foram aprovados pela Câmara de Vereadores, a que aprova tudo o que Suéllen propõe. Então, o exemplo que darei é o do ADJUNTO entronizado lá na SMC - Secretaria Municipal de Cultura, EDU CARRIEL. O secretário é o ex dos Esportes, figura conhecida que veio para ficar, ou seja, quando Suéllen o tirou de um lugar, arrumou outro lugar para continuar ao seu lado. O mesmo aconteceu com o defenestrado da Cultura, que depois foi lá pro seu gabinete e agora, pelo que sabe, até o momento, ainda segue na Emdurb.

O Edu deve ser um bom sujeito, mas está ocupando um cargo totalmente desnecessário, inútil e a Cultura que já foi dividida, ou seja perdeu mais de 50% de suas atividades para outra, uma que vai cuidar da Comunicação e dos eventos culturais - todos shows e eventos -, estes agora totalmente sob o controle da alcaide. Se o secretário já tem 50% a menos de coisas para fazer, o adjunto vai dividir este percentual e no máximo vai atuar em 25% do que ainda existe para ser feito por lá. O mesmo acontece com todos os outros. Chegaram para que? Alguém consegue determinar o real motivo dessas nomeações?

E o Edu chegou já causando lá pelos lados da SMC. Ele como ADJUNTO, ou seja, figura agora de proa na Cultura, cargo público de confiança, acaba de fazer uma apresentação no Teatro Municipal com o grupo onde atuava, sua atividade como empresário, a Arte e Cena Bauru. Trouxe muita gente para o teatro semana passada no evento/espetáculo "Diga que você já me esqueceu", com cobrança de ingresso e tudo. No mínimo vejo alguém ali atuando como funcionário público e alugando o teatro para apresentação de sua empresa particular como algo não muito digerível. Depois da alcaide contratar a mãe e o marido para atuar junto de si, sabe-se tudo o mais é permitido. Daí, isso de um funcionário lotado na Cultura alugar o teatro, passa até desapercebido, como de fato ocorreu e depois, creio se faça necessário ele mostrar pra gente o tal do borderô lá do aluguel e se pagou o determinado lá como tabela de utilização do nosso palco cultural mais importante na cidade e região.

O desabafo não vale só para o Edu. Creio eu, as histórias todas se repetem e se formos descrever uma a uma, cada nomeação destes ADJUNTOS, a constatação será somente uma, estão ali para ganhar dinheiro, mas atividade mesmo, praticidade ZERO, NENHUMA. São sombras do secretário. E elevam aos píncaros a folha de pagamento e as despesas da Prefeitura, algo que, já está pela hora da morte. E pra piorar, algo mais do descalabro: sabiam que todo secretário adjunto possui um assessor? Isso é só a ponta do icerberg do que estamos vendo acontecer dentro da atual administração de Suéllen Rosin e quase nada fazemos. Estamos vendo a banda passar. Tá tudo de pernas pro ar, não acham?

terça-feira, 26 de agosto de 2025

MÚSICA (251) e CARTAS (247)


"JÁ TEM A CORAGEM DE SABER QUE É IMORTAL..."
Na percepção da chegada da tal da velhice, lembro-me de canção muito generosa da verve de CAETANO VELOSO, a "O HOMEM VELHO" (Caetano Veloso), extraída do álbum, CD "VELÔ", selo Polygram, 1989. De um disco com "Podres Poderes" e "Quereres", optei por essa, muito dentro da minha vivência pessoal. Sem muitos comentários, mais uma vez Caetano, quando paro, ouço e absorvo tudo, nos preparativos para seguir em frente, mais um dia de labuta.

Eis Caetano suavemente nos cantando mais essa: https://www.youtube.com/watch?v=XBIuA8fWys8

O homem velho deixa a vida e morte para trás?/ Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais/O grande espelho que é o mundo/ Ousadia refletir os seus sinais/ O homem velho é o rei dos animais/ A solidão agora é sólida, uma pedra ao sol/ As linhas do destino nas mãos a mão apagou/ Ele já tem a alma saturada de poesia/ Soul e rock and roll/ As coisas migram e ele serve de farol/ A carne, a arte arde, a tarde cai/No abismo das esquinas/ A brisa leve traz o olor fugaz/ Do sexo das meninas/ Luz fria, seus cabelos têm tristeza de néon/Belezas, dores e alegrias passam sem um som/ Eu vejo o homem velho rindo, Numas curva do caminho de Hebron/ E ao seu olhar tudo que é cor muda de tom/ Os filhos, filmes, livros, ditos/ Como um vendaval, vendaval? Espalham-no além da ilusão do seu ser pessoal/ Mas ele dói e brilha único, indivíduo/ Maravilha sem igual/ Já tem coragem de saber que é imortal/ A carne, a arte arde, a tarde cai/ Noabismo das esquinas/ A brisa leve traz o olor fugaz/ Do sexo das menina.

MEU RECONHECIMENTO POR QUEM SEGUE NA LUTA E NOS ABRE PORTAS, MENTES, CORAJOSAMENTE, SEMANA APÓS SEMANA

Caros de Carta Capital, Manuela Carta e equipe:
1.) Primeiro algumas considerações sobre a revista:
Leio a revista desde quando se tornou semanal. Não perdi uma só edição. Guardo todas. Tenho mais que uma devoção por tudo o que representa Mino Carta para o jornalismo brasileiro. E o tenho na maior consideração, não só por seu currículo dentro de tudo o que nos propiciou dentro do jornalismo nativo, mas como entendia, tempos atrás, este leitor aqui de Bauru, que um dia consegui trazê-lo para uma palestra em Bauru, teatro municipal lotado e depois disso, por ter me aberto espaço para publicação não só de minhas cartas, algo constante por um período, como de textos de minha lavra, na saudosa “Brasiliana”. Penso até em publicar um livro com elas, devendo beirar umas quinze. Certa feita, só para exemplificar, iria deixar de assinar a revista, naqueles momentos de dureza e para minha surpresa, Mino me agraciou com uma assinatura por meses. O presenteei com quadro do argentino Miguel Rep, entregue aí na redação. Do que lia na revista, algo único no país. Não só pela resistência, como pela intransigente defesa dos interesses nacionais. Hoje assino, recebo a revista sempre no domingo pela manhã e a aguardo sempre com muita expectativa. Acompanho o “Fechamento” às sextas e também os vídeos em seu portal. Como gosto muito do modal papel, vejo na revista um dos últimos baluartes do que Mino gostava de repetir em seus textos e fala, baseada numa norma de conduta básica no jornalismo, “a verdade factual dos fatos”, cada vez menos defendida e utilizada pela mídia massiva nacional. Nela encontro tudo o que quero e busca numa publicação. Tenho ampliada na parede de um apê, onde guardo meus livros e discos, a matéria que fiz para Brasiliana, apresentando o radialista argentino Victor Hugo Morales ao Brasil. Sinto muito a falta de Mino, de seus textos, mas segundo Manuel, ele está bem e isso é o que importa. Vida longa para Mino, para Belluzzo e para Carta Capital. Baita abracito bauruense do leitor de todas as horas HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO

2.) Carta para seção CARTAS CAPITAIS (publicada na edição desta semana, a de nº 1376, nas bancas)
"AUTÊNTICA AROEIRA - Carta Capital é uma sobrevivente das bancas e, dentre as publicações brasileiras, mais que a “última dos moicanos”. Cumpre seu papel de oferecer aos leitores informação confiável, em respeito à “verdade factual dos fatos”. A saudade dos textos do Mino Carta vou superando com a página inicial de Manuela Carta, Luiz Gonzaga Belluzzo, Sergio Lirio, André Barrocal, Fabíola Mendonça, Maurício Thuswohl, Carlos Drummond, Rodrigo Martins, René Ruschel e tantos outros. Neste momento, com o Brasil infestado de traidores, falsos profetas e agentes do pérfido mercado, a revista segue nos conduzindo a algum porto seguro. Com vocês, seguramente não me engano, nem embarco em cano furada. Seguir altaneiro, como o faz a revista, tem seu preço. Pagamos, pois queremos e lutamos por um país soberano. Eu sei, a cada edição, estarão novamente me incentivando a não desistir. Parabéns por tudo, e sigam como essa autêntica aroeira, que enverga, mas não quebra. Saibam, a revista é devorada aqui do lado de cá e serve como recarregador de baterias, principalmente quando até o ímpeto se enfraquece. Seguiremos juntos, sempre.
HENRIQUE PERAZZI DE AQUINO, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).

QUEM COMENDA A CPMI DO INSS É CONTRA A SOBERANIA DO BRASIL E A FAVOR DE ENTREGAR TUDO PROS BANDIDOS
Na primeira página do JC, quinta, 21/08, o anúncio "CPMI do INSS - Em um descuido do governo Lula (PT), a oposição emplacou nessa quarta-feira os dois principais cargos da CPMI - Deputados de oposição comemoram vitória obtida aos 46' do segundo tempo". Não me segurei nas calças, sentei e escrevi no mesmo dia carta para a Tribuna do Leitor, pois a certeza, não foi o governo Lula quem perdia, mas sim o Brasil. A gente sabe, nas mãos dos perversos, entregam o país de bandeja para quem nos quer como quintal. A carta demorou para ser publicado e sai na edição de hoje, página 2:

CPMI DO INNS, O BRASIL PERDEU
Atualmente no Congresso Nacional, ocorre uma luta onde traidores da Pátria tentam a todo custo fazer valer algo em detrimento do Brasil, tudo por discordarem de Lula e serem adeptos de Bolsonaro. 

Semana passada, uma vitória aos 46’ do segundo tempo, como o JC anuncia em sua capa. Essa comemoração vai muito além da disputa entre Lula e Bolsonaro, entre o PT/esquerda e a Centrão/direita. Essas articulações de última hora, fazem parte de um cruel jogo de poder, onde o que menos está importando para quem ontem venceu é o país. 

Não existiu debate consistente dos reais motivos da necessidade da CPI do INSS e sim, a de conseguir eleger quem a presidiria e, desta forma, barrar tudo e criar problemas para Lula. Na verdade, não criam problemas somente para Lula e sim, para o país num todo. 

Este pérfido jogo é o mesmo que, tentou impedir o Legislativo de voltar a funcionar e faz de tudo e mais um pouco para travar o país, pois no quanto pior melhor, buscam meios de se livrar de investigações para seus atos danosos ao país, todos envolvendo seus pares e favorecendo um país estrangeiro, no caso os EUA.

Nas mãos destes, o Brasil só anda para trás. Mesmo assim, Lula avança e consegue reverter a situação e hoje, não existe meios de comparação no que somos e o que fomos com o desGoverno do quase condenado Jair Bolsonaro. 

Perdas como a de ontem, precisam ser repudiadas e rejeitadas pelo Brasil, o que luta desbragadamente pela sua soberania. Estamos lidando com gente perigosa, traidores da Pátria".
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).

"OS ANOS SE PASSAREM ENQUANTO EU DORMIA, SERÁ QUE EU FALEI O QUE NINGUÉM OUVIA?"
Diante do que li na capa do JC, o desejo incontido dos supermercadistas em não mais contratar empregados com carteira de trabalho assinada e sim, como temporários, levanta cambaleando da cama e vou em busca do antídoto, talvez em algo nas letra do grupo TITÃS. São várias as opções e uma delas encontro ouvindo CD "TITÃS 84 94 UM", Warner/WEA, ano de 1994, na canção "NÃO VOU ME ADAPTAR" (Arnaldo Antunes). Seguirei atordoado o restante do dia, mas algo já foi reestabelecido com o que ouço, enfim, creio, a perverisdade está tomando conta do mundo e em segundos estará batendo à minha porta. Subo o volume do Titãs...

Eis eles nos dando essa lição: https://www.youtube.com/watch?v=7kqV2CHIGDY

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia/ Eu não encho mais a casa de alegria/ Os anos se passaram enquanto eu dormia/ E quem eu queria bem me esquecia? Será que eu falei o que ninguém ouvia?/ Será que eu escutei o que ninguém dizia?/Eu não vou me adapta/ Me adaptar/ Me adaptar, não vou/ Me adaptar, me adaptar/ Me adaptar
Eu não tenho mais a cara que eu tinha/ No espelho essa cara não é minha/ Mas é que quando eu me toquei, achei tão estranho/ A minha barba estava desse tamanho/ Será que eu falei o que ninguém dizia?/ Será que eu escutei o que ninguém ouvia?/ Eu não vou me adaptar/ Me adaptar/ Me adaptar, não vou/ Me adaptar, me adaptar/ Me adaptar
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia/ Eu não encho mais a casa de alegria/ Os anos se passaram enquanto eu dormia/ E quem eu queria bem me esquecia/ Será que eu falei o que ninguém ouvia?/ Será que eu escutei o que ninguém dizia?/ Eu não vou me adaptar, não vou/ Me adaptar, não vou/ Me adaptar, não vou/ Não vou me adaptar/ Vou me adaptar, vou me adaptar/ Não vou me adaptar/ Não vou me adaptar/ Eu não vou me adaptar/ Não vou? não vou

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

REGISTROS LADO B (125)


ZAZÁ, O CABELEREIRO DO CENTRO BAURUENSE, 40 ANOS NO PEDAÇO, CHEGA COM SUAS HISTÓRIAS, O BATE PAPO 138° DO LADO B

Será na próxima segunda, 25/8, 16h, direto do seu salão, quadra 1 do Calçadão da Batista, uma hora de muita prosa. Zazá bate nas 11, fez e faz muita coisa ao mesmo tempo, histórias mil, quilometragem inesgotável. Vamos juntos?

Zazá, o desconhecido Izaias Ferreira - ninguém o conhece por este nome -, 61 anos, 7 filhos, 7 netos e 1 bisneto, 40 anos cortando cabelo no centro da cidade, tudo tendo início aos 14 anos e não mais parando. Conheceu, conviveu, foi amigos de todos os grandes nomes do corte black, nome que ele abomina, pois diz não cortar só cabelo black e sim, étnicos, ou seja, de uma gana enorme de tipos difrentes. 

Dentre seus sete filhos, uma é a cantante Liniker, que já ganhou fama mundial, com seus vários prêmios. Impossível não dar um breque no meio da conversa e hablarmos um bocadinho sobre isso de ser pai de uma estrela. E mais, já que falamos dela, falamos também do preconceito, algo latente e pulsante no Brasil, ainda mais ela sendo uma mulher trans. O paí Zazá tira tudo de letra, pois além de ser uma cara bem resolvido, em todos os sentidos, descolado pelos quilometros rodados, não entra em bola dividida. Sim, Zazá até fala de tudo, mas prefere permanecer sem causar problemas junto a clientela cada vez mais diversificada. Seu posicionamento é bem definido, mas não fica o expondo, muito menos discutindo pelas redes sociais, quanto mais quando o sujeito senta em sua cadeira, pronto para cortar cabelo ou barba.

Diz algo também sobre os quinze anos da ACTABB - Associação de Tradições Afro Brasileira de Bauru, onde a atuação de seus integrantes é, segundo ele, bastante ativa, porém sem fazer alarde. Fal disso e também da atuação pretendida, pela primeira vez, junto do Conselho da Comunidade Negra, o conselho municipal mais ativo na cidade. Essa é só mais uma atividade, pois o danado bate nas onze, ou seja, um coringa, polivalente. 

Quase por acaso, foi convidado a aprender a restaurar móveis antigos. Se interessou, foi ver como era, viu, teve algumas dicas, aprendeu logo e hoje, junto de tudo o que já faz, quando descobre algum móvel antigo pela aí, compra e restaura, nenhum por encomenda, mas pelo prazer de fazer e depois, com ele pronto, anuncia e o coloca à venda. Todo seu salão é todo mobiliado só com móveis feitos por ele. Faz e acontece, também decorando tudo. 

Tem mais, Zazá é muito conhecido pelos seus bailes. Gosta de dançar e uniu o útil ao agradável, pois, ele que é cria do Icaraí, clube de muita música ao vivo, bailes memoráveis no jardim Bela Vista e depois deles deixarem de existir, tempo depois, criou o seu baile e hoje, um por mês, numa parceria lá com a Associação dos Cabos e Soldados, faz e acontece, sempre com casa cheia. 

Imagine isso tudo e ele ainda dizendo encontrar tempo para cuidar de feijoadas variadas, ou seja, festas comandadas pelo chef Zazá. Ele ri e diz ainda encontrar tempo para o lazer com a família. Viram como ele tem muita coisa pra nos contar. E conta, rindo. A conversa se deu hoje, em plena segunda feira, 16h, seu único dia de folga durante a semana. Nos demais está sempre fazendo algo. Marcamos lá na quadra 1 da Batista de Carvalho, centro bauruense e ele aproveita para falar algo também sobre como viu o centro décadas atrás e como tudo foi se sucedendo, até chegar hoje com um grande número de portas fechadas. Ele não se fez de rogado, investiu logo na quadra mais problemática, a com menos movimento e ali se estabeleceu. 

Uma conversa pra lá de salutar. Portanto, clique no link a seguir e vamos juntos ver e ouvir Zazá neste louvável bate papo.

EIS O 128º LADO B, HOJE COM ZAZÁ, MESTRE CABELEIREIRO E COM HISTÓRIA DE VIDA CHEIA DE EMOÇÕES - O QUE FEZ E FAZ EM VÁRIAS ATIVIDADES OCORRENDO AO MESMO TEMPO, COM A SAPIÊNCIA APRENDIDA POR TANTAS DÉCADAS NO OFÍCIO
Confiram a conversa, a divulguem, compartilhem e passemos adiante mais um boa prosa, ampliando histórias de quem realmente tem algo para ser relatado. São 50 minutos onde ele se mostra por inteiro.
Eis os 50 minutos da gravação: 

domingo, 24 de agosto de 2025

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (222)


deixa eu lhes contar essa história
ELA É UM TANTO TRISTE E ENVOLVE UM AMIGO QUE SE FOI TRÊS DIAS ATRÁS
Sidnei Fimenes é um ano mais velho que eu, 66 anos e trabalhou a vida inteira detrás de um volante. Sua especialidade não era dirigir caminhões e sim, veículos de passeio. Por décadas atuao em Bauru como motorista de táxi, sendo seu último ponto, antes da derrocada destes na cidade - e no mundo -, no defronte o Aeroclube, lá no que antes, chamávamos de Altos da Cidade. Sidnei atuou por bom tempo sem ser dono de seu próprio carro, naquele cruel sistema, onde um proprietário sublocava mais de 10 veículos e estes atuavam, com renda dividida. Certa vez me procurou para ver como podia modificar isso tudo, sei que chegou a falar na época com o então vereador Coronel Meira, mas nada prosperou e logo a seguir, quem se deu mal foram os tais proprietários de pontos, pois com a chegada do UBER, todos tiveram que se virar nos trinta.

Sidnei já o havia feito, quando foi deixando pouco a pouco de ser taxista na acepção da palavra e trabalhando como Motorista de Aluguel. Conseguiu com o passar dos anos uma carteira de fiéis clientes e estes o chamavam para tudo, fazer compras, viagens, ir e buscar pessoas. Desta forma, ele não mais teve parada e circulou como doido por tudo quanto é canto. Conheceu São Paulo como poucos, sendo sua especialidade, levar e buscar clientes nos aeroportos. Assim também viajou para todos os estados da região Sudeste e Sul do país.

O conhecia antes dessa fase, quando fomos casados com duas irmãs. ou seja, ele foi meu cunhado. Já era estradeiro, sempre envolvido em trabalho onde estava atrás de um volante. Isso tocou sua vida. Eu me separei, fiquei viúvo e Sidnei continuou sua saga pelas estradas brasileiras. Vez ou outra nos encontrávamos e suas histórias, sempre muito saborosas, encontravam em mim, bom ouvinte. Sua vida daria um filme ou livro. Tem para todos os gostos. 

Uma pena não ter levado adiante este projeto, pois ele se foi três dias atrás. Em algumas viagens ele levou/buscou a mim e Ana Bia e a mim nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos. Sempre na pinta, sabia tudo destes locais, os terminais e quando lhe passávamos os horários de partida e chegada, sempre atento, lá estava, já com carro seu. Foram vários.

Sua derradeira história tinha que ter um destes locais como desenlace. Coisa de um dois anos atrás, adoeceu na estrada e teve que paralisar as atividades. Se tratou e ficou em casa, porém, se remoendo com isso, pois sonhava com estrada. Melhorou e é claro, voltou a trabalhar. Arrumou outro carro e recomeçou o que sempre fez uma vida inteira. Desta feita, turistas daqui da cidade estavam voltando do Maranhão e ele em Congonhas, chegando para trazê-los de volta. Não deu tempo.

Teve um mal súbito dentro do terminal aeroviário, bateu com o carro levemente em outros, inclusive dois de policiais, a cabeça tombou sobre o volante e ali faleceu, pondo fim a uma vida inteira no exercício de ser motorista.
Sidnei já deveria ter padado, mas não conseguiu. A renda advinda deste trabalho sempre foi importante para o giro da família e, além de tudo, quem disse que ele conseguia permanecer calmo e resoluto dentro de quatro paredes.

Foi até o fim, mesmo ciente de que, as coisas não andavam muito bem pro seu lado. Trabalhar já com certa idade, muitos não querem parar e afirmam que se o fizer, morreriam. Outros, continuam por necessidade, este o lado mais cruel da vida humana. O fato é que, a família quando comunicada do fato se deslocou rapidamente para Sampa, enfrentaram toda a brurocracia nos IMLs da vida para trazer o corpo e no aeroporto para trazer o carro. O enterro foi ontem, revi toda a família de minha primeira esposa, Wilma Cunha, gente que não via há muito tempo. Triste isso de conversações só ocorrem desta forma, após tragédias. 

Queria contar algo dele, uma pessoa que sempre que me encontrava, tinha histórias para me contar. Soube de muitas, nunca me contando o nome dos seus protagonistas, todas merecedoras de estar inscritas para sempre em minhas memórias, na qualidade de recolhedor de histórias de vida. Eu ali no velório, conversando com tanta gente conhecida, por quem já vivenciei bons momentos em minha vida, passa um longo filme em minha cabeça. A história do Sidnei, com este desfecho, me faz viajar pelas lembranças. Hoje, passo pela manhã ali defronte o ponto de táxi diante do Areoclube, só a cobertura onde os motoristas permaneciam ainda no lugar e é como se o visse ali, correndo para atender o telefone, deixar as conversas de lado e botar o carro na estrada. Outros ocupam os lugares antes ocupado por ele e, desta forma, a vida segue.

MUITO TRISTE, PERDEMOS O "JAGUAR" - Não escrevo nada, mas Gilberto Maringoni conseguiu resumir tudo em alguns poucos parágrafos. Tá tudo dito aqui nessas linhas. O SIG do Pasquim se foi hoje, aos 93 anos. Resistiu bem, o danado. HPA

O MAIOR DESENHISTA QUE NÃO SABIA DESENHAR DO MUNDO
Perdemos Jaguar. Perdemos Sérgio Magalhães Gomes Jaguaribe, um daqueles gênios que aparecem muito de vez em quando na vida cultural. Jaguar foi o cartunista - juntamente com Ziraldo - que mais profundamente captou a alma brasileira nas artes gráficas. Elevou a bobagem à categoria de grande arte, levou ao ridículo generais e altos burgueses no golpe de 1964, destroçou mentiras da grande mídia e retratou os prejudicados pela nossa desigualdade como nenhum outro.

Nada escapava do artista que desenhava certo por linhas para lá de tortas. Um dia alguém escreverá uma tese sobre "o universo jaguariano", que incluirá o mundo de pobreza e violência dos subúrbios, os comezinhos detalhes do cotidianto, como impagáveis aposentados de chinelos de dedos e meias, peladas com bola de capotão, padres de rala piedade, bobes em profusão nos cabelos de madames e minudências afins. Nada escapava a um traço desconjuntado e detalhista de um artista de olho apuradíssimo que nunca estudou desenho.

Suas ilustrações para todos os livros de Stanislaw Ponte Preta mostraram ao mundo as verdadeiras caras de Rosamundo, Primo Altamirando e Tia Zulmira. Foi tão agudo que cada vez mais acho que Stanislaw só escrevia depois de Jaguar criar graficamente a ambientação de cada crônica. Raras vezes a simbiose entre escrita e traço foi tão sublime.
E havia o Jaguar da porradaria pura. A melhor definição de Arnaldo Jabor, dono de fúria incurável contra a esquerda é sua: "Ele é um rebelde a favor". Alugou um fardão da Academia Brasileira de Letras e muniu-se de uma caixa de ovos para recepcionar o entreguista-mor Roberto Campos (Bob Fields) em 1999, em sua posse como imortal. Desencontraram-se na porta da entidade, para infelicidade de nosso herói.

Jaguar foi um dos criadores do Pasquim (1969), integrando uma trupe composta por gigantes como Ziraldo, Millôr, Tarso de Castro, Claudius, Ivan Lessa e Henfil. Deu à luz a Sig (Sigmund Freud), ratinho verde com patas de elefante, elevado a mascote infernal do semanário que capitaneou por 22 anos, até o naufrágio, em 1991.

Realizei uma longa entrevista com Jaguar para a revista Atenção!, em 1997. Na verdade, tentei. Fui à sua casa, em Copacabana, no meio da manhã e acompanhei (mal) um footing etílico pelo bairro até o cair da noite. Saí trançando pernas e com dificuldades para reunir cacos de gravações feitos ao longo do dia. Parei na quinta ou sexta dose de não me lembro mais o quê, enquanto o mais ilustre dos Jaguaribe reinava impávido, com seu motor a alcool.
Jaguar nunca se filiou a partido algum, era um carioca (nascido em Santos) de rara cordialidade, que virava um vulcão diante de bobagens e injustiças. Foi brizolista a vida toda. Seguia a linha de que vida intelectual se funde com inconformismo sempre. Uma vez, Millôr o definiu como a rara combinação de "gênio e idiota". Quase saiu briga: "Chamar de idiota, tudo bem, mas de gênio, jamais! Detesto ironia".

Foi-se aos 93. Ou aos 23, como gostava de proclamar. Nascido em 29 de fevereiro do bissexto 1932, garantia só comemorar aniversário a cada 4 anos. Estava mais do que certo.
Adeus meu camarada. Sua falta abre um déficit incomensurável na vida brasileira.

sábado, 23 de agosto de 2025

RETRATOS DE BAURU (305)


O DONO DA EMPRESA SÓ TE DANA - JÁ LERAM A MANCHETE DO JC DE HOJE?
Abro o JC de hoje, sábado, 23/08 e sua manchete de capa é escabosa: Apagão de mão de obra: mercados querem contratar por hora trabalhada". É a mais pura verdade, acreditem, a APAS - Associação Paulista de Supermercados -, um dos segmentos que mais lucram dentro do atual sistema vigente no país, vem a público e declara em alto e bom som que pretende inciciar "articulação junto ao governo federal para a criação de modelo de conrtatação por hora trabalhada". Não preciso nem ler o resto da matéria, isso por si só demonstra a irracionalidade e bestialidade da mente destes que hoje administram essa Associação, quiçá o meio empresarial brasileiro e mundial.

O trabalhador vem perdendo direitos faz tempo e a cada dia perde mais. Agora, com o que querem perderá também o seu direito de ter uma carteira de trabalho assinada. O cara que já ganha muito, bolou um jeito de ganhar mais, de ficar mais rico e não se importando com o trabalhador, quer não mais registrá-lo e sim, efetuar contratos por períodos temporários. E o jornal publica como manchete em primeira página, sem nenhum tipo de questionamento. Ninguém foi lá para estes da APAS e lhe perguntaram assim na lata: "Mas pera lá, é isso mesmo, os lucros cada vez mais em alta e o trabalhador cada vez com menos direitos, ganhando cada vez menos e agora, até sem o direito de ter uma carteira de trabalho assinada. Vocês acham isso aí que proõe como normal? Conseguem dormir tranquilos com algo assim em funcionamento?".

Estamos diante de uma situação, que sem organização, sem pressão, isso tudo será consolidado e daqui por diante, o trabalhador será um lixo. Uma peça totalmente descartável, com o empregador não tendo mais obrigação de efetuar um contrato sério de trabalho e sim, contratar só quando precisa, tem mais urgência e assim, o cara vai lá por um curto período, trabalha recebe por aquilo e depois fica disponível, que nem louco à procura de algum lugar onde novamente o contratem para exerceu novamente, por mais alguns dias sua atividade. Vai ser uma situação famélica para ele e cada vez mais lucrativa para os donos destes emprendimentos, sejam, seupermercados ou qualquer outra atividade. Isso, de certa forma, já está implantando em muitas situações, mas o que querem é a expandão e a regularização, sendo o modus operandis de tudo o mais. Aberração...
 
Assista este vídeo para deixar as ideias mais lúcidas dentro da gente:
https://web.facebook.com/reel/1079322017096621

a APAS é a favor da jornada 6 x 1, enquanto isso algo deste contexto...
A AGRESSÃO SOFRIDA PELO LULINHA HOJE NO CALÇADÃO E A IMEDIATA REAÇÃO DA MILITÂNCIA
Primeiro, colocando as coisas no seu devido lugar. Lulinha é um militante social e sindical há décadas, figura das mais conhecidas nos meios políticos bauruenses, pessoa cordial e sempre aberta ao diálogo e a Esquina da Resistência, este local onde por décadas foi o palco de marcantes acontecimentos e atos políticos de resistência e na defesa da classe trabalhadora. Ele continua sendo utilizado para panfletagem e encontros marcantes, quando ali se realizam importantes reuniões, com a presença de protestos dos mais variados. Hoje, um deles quando Aguinaldo Silva, o Lulinha e mais dois militantes efetuavam coleta de assinaturas para o plebiscito contra a jornada de trabalho 6 x 1.

Tudo dentro da maior normalidade, como de tantas vezes anteriores. Desta feita, um comerciante do local, através de uma mulher se dirigiu a ele, dizendo que as faixas estavam atrapalhando seu comércio. Lulinha, com mais de 60 anos, hoje passa por um problema médico de audição e consequentemente, devido a isso, fala mais alto. Respondeu não haver motivo para a panfletagem se encerrar. A pessoa voltou para a loja e na sequência, quem volta é seu marido, que acusa Lulinha de ter agido de forma violenta, quando testemunhas afirmam o contrário. Quem foi violento foi este senhor, que de forma rápida, empurrou Lulinha e o agrediu com violento soco no rosto, fazendo com que tombasse ao chão.

A cena foi registrada e agora serve de testemunha contra o ato do intempestivo do agressor. Lulinha prestou queixa num Plantão Policial e já deu início aos tramutes legais contra o agressor. No exato momento em que, toda a militância, que sempre marcou presença neste local, isso ao longo de décadas, ficou ciente do ocorrido, foi tomada decisão coletiva de no próximo sábado, no mesmo horário da agressão sofrida, na parte da manhã, dia 30/08, ocorrerá um ato de DESAGRAVO de repúdio a essas reações violentas, principalmente quando do outro lado estão sendo feitas reivindicações mais que justas na defesa da classe trabalhadora.

Desta forma, desde já marcado este ATO, algo também anunciando hoje no Bar do Genaro, quando da comemoração dos 70 anos da militante e professora aposentada Maria Emilia Lomba, a Mila, quando foi reafirmado a realização do ato em defesa do Lulinha. Com gritos de "Fascistas não passarão" e "Sem Anistia", ânimos exaltados, essa a forma de resistir e demonstrar força e união contra as investidas contra quem reivindica em prol da classe trabalhadora. Unidos, todos lá estaremos.


A FALA COMPLETA DE FABRÍCIO GENARO, NO SEU BAR, DENTRO DO EVENTO COMEMORANDO ANIVERSÁRIO DE MILITANTE, 70 ANOS, PEDE UM APARTE CONTRA A AGRESSÃO SOFRIDA PELO LULINHA E DAÍ, A ÚNICA REAÇÃO POSSÍVEL

Assista o vídeo:
https://web.facebook.com/roberto.claro.9026/videos/1758141078826603


A CONTEXTUALIZAÇÃO DA REPRESENTATIVIDADE DA ESQUINA DA RESISTÊNCIA
Impossível neste sábado, quando ocorre brutal agressão ao Agnaldo Lulinha da Silva na Esquina da Resistência - Calçadão da Batista com rua Primeiro de Agosto -, palco de tantos protestos ali realizados, não se lembrar de algo histórico sobre o local. Laércio Simões me envia em 2022, foto registrando algo do ínicio da concentração popular por ali, mais de 43 anos atrás. Do grupo, ele, Roque Ferreira, Geraldo Inhesta, o músico Men, Beto Imaginário e outros. A luta ali naquele local, portanto, não é de hoje, foi sendo consolidada e ali se fixou graças ao empenho e dedicação de Roque Ferreira, que por décadas esteve semanalmente ali com sua banca. Depois dele, o espaço já consolidado, fez e faz história na cidade de Bauru. Relembro aqui essa foto, depois uma justa homenagem ao Roque, já após seu falecimento e outra foto histórica no local, quando o grupo Direita Bauru passa pelo local intimidando os presentes e lá estava Roque para a mediação e tentativa de diálogo, como sempre fazia questão de fazer, jogando duro e ali na lida e luta, Lulinha. E agora, tudo culminando com a agressão ao Lulinha, não só repudiada, mas com os representantes sociais já marcando para 30/08, um ato de protesto exatamente no emblemático lugar, a ESQUINA DA RESISTÊNCIA.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

ALGO DA INTERNET (228)


UMA SÓ CERTEZA, O MELIANTE NÃO VALE NADA
Desde os tempos do Exército, esse sujeito execrável, mau caráter chamado Jair Bolsonaro, não consegue seguir ordens, normas e leis. 

Na política usou os seus gabinetes e de seus filhos para enriquecimento ilícito. Suas ex-esposas eram administradoras e cumplices ao lado de Queiroz. Na presidência se apropriou de joias e presentes, se omitiu nas mortes da covid de 700 mil brasileiros e ainda planejou um golpe para se perpetuar no poder. 

Não seria na prisão domiciliar que este verme escroto seguiria as normas e as regras da prisão em domicílio. 

Desde o início do processo, ele manteve sua rotina de insuflar os idiotas, manipular políticos tão ignóbeis quanto ele ou piores. Usou celulares para tentar asilo, para buscar anistia, visto que o covarde sem vergonha jamais pronunciou a palavra "Sou inocente". 

Seus filhos não valem uma lata de estrume sequer, visto que a lata pode ser reaproveitas e o esterco virar adubo. Estou farto de ler e ouvir falar desse verme que conseguiu retirar das profundezas do esgoto uma gente racista, xenófoba, preconceituosa e com mais ódio no coração do que sangue. 

Que venha logo a sentença e que seja em regime fechado sua prisão por muitos anos. Bolsonaro é uma das piores coisas que a política brasileira já alicerçou em suas bases imundas. 
Rafael Moia Filho.

DOS ENCONTROS CASUAIS NAS ESQUINAS DA VIDA - OPORTUNIDADES ÚNICAS
Numa esquina bauruense, mais precisamente Rio Branco com Duque de Caxias, dois supostos jornalistas, um com jaqueta da TV Record abordam motoristas de veículos parados no sinal e eu, dois carros atrás, prontinho para dar meu depoimento - ótimo que fosse ao vivo -, quando falaria horrores, como merecem ouvir, sobre as agruras deste país, onde o dono de uma igreja como a Universal, conservador até a medula, retrógrado até não mais poder é dono de uma TV aberta e caga regra sobre os destinos deste país. Não tive a sorte de cair minha vez de poder deixar meu recado.

DAS OPORTUNIDADES DIANTE DE UM MICROFONE - TOBIAS TERCEIRO, DA ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRO DE AGOSTO, DEU SEU RECADO DIANTE DE UM
Primeiro assistam sua fala: 
https://web.facebook.com/tobias.terceiro.3/videos/1128244152498999

"#TBT de um encontro potente na Unesp Bauru
Recentemente, a convite da professora Kelly Magalhães, participei de uma aula no curso de Arquitetura e Urbanismo, compartilhando reflexões sobre a relevância do Sambódromo Municipal, a força da cultura popular e a atuação dos movimentos sociais na disputa e ocupação dos espaços de poder.
Porque pensar o espaço urbano é também valorizar memória, identidade e resistência coletiva. ", Tobias Terceiro.

Comentário: "Parabéns Tubinha, falou bonito. Temos que incomodar esses nossos governantes, onde já se viu criar novas secretarias só pra colocar várias pessoas nos "cabides" dessas secretarias. E o DAE com essa história desse financiamento de 40 milhões? Basta pegar o Diário Oficial de Bauru e ver o dinheiro que sobra da arrecadação do DAE e calcular se é preciso fazer esse empréstimo. Tudo isso só pra afundar Bauru mais um pouco", Simone Alves.

SE ISSO FOR VERDADE, PODE INTERNAR, NÃO TEM MAIS CURA
"Segundo relatos de veículos como The Guardian e Politico, Trump ligou inesperadamente para o ministro norueguês Jens Stoltenberg, discutindo tarifas e insistindo que merece o Nobel da Paz, com base em fontes anônimas. O ministro confirmou a ligação.", Georgiana Coleho Fazuelle.

OBS DESTE HPA: É quase o mesmo do Renato Purini, ex-presidente da DAE, hoje secretário particular da esposa Suéllen Rosin, alvo de generosas e substanciosas críticas deste mafuento e de todos os ainda com sanidade nestas plagas, ligar pedindo para ser agraciado pelo Prêmio Desatenção, troféu maximo para os cravando a estaca no bom senso bauruense. Trump, certamente faria isso, já Purini, ainda não o fez.

RECADO DO HPA (38)*
* O diálogo reproduzido pode ser banal, mas muito representativo.

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

AMIGOS DO PEITO (243)


ESTANTE DE LIVROS NA CASA DE AMIGOS DE UMA VIDA INTEIRA É O REFLEXO DE COMO FOMOS, SOMOS E SEREMOS
Estou por estes dias frequentando a casa da amiga Fátima Napolitano, pois ela cuida de encaminhar minha aposentadoria dentro dos caminhos mais viáveis possíveis. Amiga de algumas décadas, temos mais ou menos a mesma idade, estivemos ao longo de todo este tempo entrincheirados no mesmo campo de luta. Hoje, olho para meus primeiros registros lá no INPS, hoje INSS, final dos anos 70, anos 80 e atrás de nós, suas estantes e nelas, livros e discos. Enquanto a documentação vai sendo carregada e encaminhada pela via virtual, ocorre a espera tradicional, daí conversamos e me atenho a bisbilhotar sua biblioteca, ou seja, seus livros.

Este foi daqueles momentos agradabilíssimos que tive. A imensa maioria dos livros que comprei e li naquela época são os mesmos lá na estante dela. Revi cada um deles como se estivesse os vendo na minha, mantida lá no meu Mafuá. Naquele período não nos conhecíamos como hoje, mas ao bater os olhos por todos os que lá continuam em sua estante, uma só certeza, estávamos sem o contato da proximidade da militância de rua, lendo e discutindo as mesmas coisas. Quantos de nós não possuem em suas estantes os mesmos livros? Vejo que aquele ideal de vida e luta, que foi o motivo de minha vida, foram também o dela, mas não só o dela, o de toda uma geração, acreditando que um outro mundo era mais do que possível, daí o sentido da perseverança da luta.

Tínhamos um ideal em comum. Hoje com a carteira profissional nas mãos, revejo os empregos onde trabalhei e ao pegar os livros em sua biblioteca, situo onde estava quando os comprei. Passa um longo filme em minha cabeça, tudo volta à mente. Cito alguns dos títulos ali encontrados, talvez os mesmos de tantos de nós, gente que, naquele tempo, ainda de ditadura militar, estávamos ávidos por leitura libertadora e aprendizado. Foi naquele período, o da saída da adolescência, militância aflorando, ganhando algum com meus primeiros empregos, consequentemente, se iniciando na leitura de títulos e autores que faziam nossa cabeça.

“Veias abertas da América Latina”, do Eduardo Galeano; “A Doce Vida”, Fellini; “Toda Poesia”, Ferreira Gullar; “Solo de Clarineta” e “Clarissa”, Erico Verissimo; “Geração Abandonada”, Luiz Fernando Emediato; “O Rio Invisível”, Pablo Neruda; “Antologia Poética”, Carlos Drummond de Andrade; “Eros uma Vez”, Millor Fernandes; “A Metamorfose”, Franz Kafka; “A Idade da Razão”, Sartre; “Calabrar”, Ruy Guerra e Chico Buarque; “Ame e Dê Vexame”, Roberto Freire, “O Amor de Mau Humor”, Ruy Castro; “Farda Fardão Camisola de Dormir”, Jorge Amado; “A Revolução dos Bichos”, George Orwell, “Nós que amávamos tanto a Revolução”, Fernando Gabeira; “A História da Riqueza do Homem”, Leo Huberman e autores como Lenin, Lygia Fagundes Telles, Karl Marx, Florestan Fernandes, Ho Chi Min, Leonardo Boff, Mário de Andrade, Shakespeare, Tennesee Willians, Fernando Pessoa, Victor Hugo, Darwin, bruna Lombardi, Camilo Castello Branco, Kalil Gibran, Paulo Freire, Leila Diniz e outros. Estes os que consegui identificar, anotar os nomes e observar pelas fotos tiradas.

Encantadora a constatação de que, eu e Napolitano estivemos trilhando juntos, de forma paralela os mesmo caminhos, lendo a mesma coisa, se instruindo pelos mesmos caminhos. Eu tenho a máxima certeza de que, quem construiu sua vida alicerçado por isso tudo, dificilmente se deixa levar pelo canto da sereia e abandona o seu trilhar de luta na defesa dos interesses populares. Isso tudo aqui visto na estante dela é muito mais do que curso universitário. Trata-se de um Curso Intensivo de uma vida inteira. Eu, diante do que vi em sua casa, me senti na obrigação de, primeiro dar-lhe um forte e caloroso abraço, pois fazemos parte do mesmo time e depois, reafirmo, é de gente assim, com este cabedal todo que gosto de andar, ficar ao lado, tocar o barco, pois a gente sabe, a luta não terminará nunca e nela, tendo isso tudo como arcabouço, a certeza de retidão na luta. Se já gostava demais da conta dela, agora então, tô caidaço. E disse mais pra ela na despedida ontem: “Fátima, você pode deixar sua carteira sobre a mesa que dela não me interessarei, mas sua biblioteca é um risco para mim. Não me deixe sozinho diante dela, pois poderão sumir alguns dos seus livros”.

Adivinhem, sem direito a uma segunda chance, de que lado da disputa e da contenda hoje sendo desenrolada na luta política no Brasil se encontra Fátima Napolitano? Eu só ando com gente da minha LAIA.

só para não dizer que não falei das flores
"ABRA OS OLHOS, FOLHA!", POR JUCA KFOURI

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (243)


SABE QUAL UM DOS LUGARES MAIS PERIGOSOS DE BAURU? A AVENIDA GETÚLIO VARGAS E ALGUNS DOS SEUS FREQUENTADORES - WATCHMEN EXPLICA
Tudo o que acontece mundo afora, sem tirar nem por, em Bauru ocorre algo similar, algumas vezes até com pior teor. Entre 12 e 13 de julho, o fotógrafo Bruno Unikowsky, trabalhando em Londres, na Inglaterra e de férias em Bauru, sai de uma festa nas imediações da avenida Getúlio Vargas, coração da Zona Sul Bauruense, por volta das 4h da manhã, vê uma briga generalizada ocorrendo nas imediações e pelo instinto da não violência, resolve intervir e buscar colocar fim ao conflito na base do diálogo. De cara, o percebem homossexual e da briga girando por causa de outros assuntos, o chamam de "viadinho", com muitos passando a agredí-lo de forma violenta.

Bruno apanhou bastante e conseguiu se esconder num matalgal, ali permanecendo até amanhecer o dia, quando foi em busca de ajuda médica e policial. O fato foi tratado por boa parte da imprensa bauruense, mas creio eu, não teve os desdobramentos necessários. Não vi em nenhum momento os agressores sendo identificados, mesmo o agredido tendo conseguido arrancar uma das placas de veículo de um deles. Ou seja, foram identificados, mas seus nomes não foram revelados.

Bruno foi atendido, ouvido e da repercussão, seu caso foi tratado como homofobia, ou seja, a agressão se intensificou a partir da descoberta dele ser homossexual. Segundo o Jornal da Cidade, a Polícia Civil, que investiga o caso já havia, em matéria do dia 16/07, identicado três agressores. Pelo que acompanhei pelas edições seguintes do jornal, nada mais foi dito e não sei se abafado ou não. Para muitos, casos como este não merecem o devido destaque, pois podem envolver filhos ou pessoas muito próximas de gráudos de um local. Muitos ficam pisando em ovos na continuidade e extensão de matérias como essa.

O ocorrido me faz buscar dos motivos de tamanha violência, gratuita e desnecessária, porém, deixa bem ressaltado da existência de grupos de jovens, principalmente saindo para balada em quantidade e agindo de forma violenta. Comenta-se muito que, a violência hoje reina de forma soberana na periferia da cidade, mas existe essa outra, a proveniente de pessoas, frequentadando a Zona Sul da cidade, a mais abastada, classe alta e ali morando. Daí, minha conclusão, a mais razoável é a de que, neste local, até por conta de tratarem-se de jovens provenientes das classes com maior poder aquisitivo da cidade, o perigo é infinitamente maior do que o proveniente da periferia. Quantos casos assim não são nem divulgados.

Essa é uma longa discussão e se formos buscar exemplos recentes, eles abundam, como o caso do marombado que, se vendo impedido de passar por uma rua, vai até o trabalhador da coleta de lixo, que naquele momento, recolhendo lixo, impedia o acesso dos carros e o mata. Mata, vai pra casa, depois pra academia e toca sua vida como se nada tivesse ocorrido, até ser descoberto e vir com as desculpas mais esfarrapadas do planeta. Os casos são muito parecidos e denotam algo bem peculiar desse tipo de violência, bem característico das Zonas Sul de cada cidade.

Seria ótimo poder conversar com Bruno - não sei se já voltou para Londres -, até para trocar ideias com alguém ainda acreditando que na base do diálogo é possível se resolver conflitos urbanos. Para muitos, pincipalmente moradores e frequentadores dessa região da cidade isso já não é mais possível, pois Bruno conta que, muitos populares passaram por ele, o viram sendo agredidos e nada fizeram, continuaram seus caminhos, não lhe prestando nenhum tipo de ajuda ou apoio.

É uma discussão para sem ampliada e melhor entendida. Isso tudo me faz lembrar de um personagem de HQ - História em Quadrinhos -, o Watchmen, criação do britânico Alan Moore, toda vivenciada num região bem degradada de entendimento entre as pessoas, predomínio da violência, principalmente de gangues, grupos rivais e os tais que acham donos do pedaço e de tudo o mais. Um dos personagens da fictícia estória se vendo diante de algo parecido, resume como o cidadão deve reagir: "Quando você estiver sendo estuprada, não grite por socorro. Grite por fogo". A partir daí, uma muito maior probabilidade de ser atendido e irem logo verificar o que está ocorrendo.

o algo mais do governador paulista
PROPINA 
Os números da sonegação das empresas “Ultrafarma” e “I-food” , podem ser muito maiores.

É muito difícil que somente um fiscal tenha participado do esquema “bilionário”, e o valor da sonegação é revelador sobre o lucro das empresas.

Blindagem - É irritante como o governador de São Paulo não apareça nas manchetes. O Secretário da Fazenda, onde ocorreu o escândalo, foi nomeado por ele. Imaginem se o mesmo tivesse ocorrido dentro das hostes petistas, o escarcéu que a mesma mídia, capitaneada pela TV Globo, já não estaria fazendo, com aquelas capas montadas pela revista Veja e tudo o mais. 

Quando tentam encobrir, tapar o sol com a peneira, isentando Tarcisio de tudo, a nítda percepção, mais uma vez, de que o país da legalidade e da retidão de caminhos é pura balela. 

O montande deste escândalo é algo surpreendente, pelo volume e agora, por querer ocultar alguns dos envolvidos, estes com claros interesses políticos de se consolidar como mandões neste país. Nas mãos destes iremos, com toda certeza, para um caminho sem volta, eliminando direitos, restringindo ações e abrindo caminho para o crime nos conduzir. 

É isso que queremos?





terça-feira, 19 de agosto de 2025

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (163)


ALGUÉM AÍ AINDA ACREDITA NAS PROMESSAS FEITAS PELA ALCAIDE, A incomPREFEITA SUÉLLEN ROSIN?
Isso ontem foi motivo de chacota e o momento irônico dentro da sessão semanal da Câmara Municipal de Bauru, quando o vereador Segalla estava com a palavra e dizendo de um assunto polêmico na cidade, que são as promessas da prefeita, a maioria feitas no calor da campanha política e depois esquecidas. Dizia ele do caso da Estação Ferroviária da NOB, hoje interditada e praticamente abandonada ao deus dará. Ela, a alcaide prometeu em campanha que reformaria - ou restauraria - a estação e para lá transferiria a maioria das secretarias da Prefeitura Municipal de Bauru. Como até as pedras do reino mineral sabem, isso está já fazendo parte do quesito esquecimento obrigatório, pois desde então nenhuma palha foi movimentada neste sentido.

Foi quando para surpresa geral, o vereador Helinho, hoje também ocupando interinamente a presidência daquela Casa de Leis, pede um aparte para dizer de forma enfática: "Isso ocorrerá em 2027". Ou seja, a alcaide empurra com a barriga e joga para o final do seu mandato. Segalla não se segurou e teve que obrigatoriamente ser irônico diante da desprositada fala: "Puxa vereador, sabia que ao menos duas pessoas ainda acreditavam nas promessas da prefeita e hoje tomo conhecimento que uma delas é o senhor". Helinho e mais outros 17 ou 18, até 19 vereadores dizem amém para tudo o que a alcaide envia para a Câmara, aprovando cegamente e sem pestanejar, mesmo quando seus projetos são encaminhados com meras duas linhas em sua construção e defesa. Segalla ressaltou também do fato dos que acreditam em tudo, ou cumprem papel de demonstrar que, mesmo nada ocorrendo naquele sentido, as promessas, por mais infundadas que sejam, um dia merecerão o despertar do interesse para sua concretização. A gargalhada de quem assistia a sessão deu para ser ouvida de onde me encontrava, do outro lado do meu rádio, escutando a sessão pela rádio Câmara.

O que deu para extrair do ocorrido é que, as promessas da alcaide hoje são piadas prontas. Pior foi logo a seguir, quando da vez do vereador Borgo fazer uso da palavra e este insistir em repetir novamente que a situação financeira da Prefeitura beira o caos e segundo ele, até o final do ano, não terão dinheiro suficiente para fechar as contas e arcar com os compromissos. Disse mais, que todos os que hoje referendam e aprovam tudo, serão cobrados por assim agirem de forma irresponsável. Daí, o clima foi de silêncio geral, pois da ironia anterior, o assunto começou a coçar o cerebelo de quem vota hoje, não com a razão, mas por fazer parte de um grupo político, o dos que dizem amém e pedem a benção, para Suéllen e sua Famiglia.

Daí, saio para tomar café hoje pela manhã no bar ali na rua Primeiro de Agosto e o assunto do dia, que também deve ser o mesmo na Rádio Peão: "Enfim, quem ainda acredita nas promessas da alcaide?". Ouvi cada barbaridade, sendo que, muitas delas não é de bom alvitre repetí-las aqui, primeiro por se tratarem de algo grosseiro, porém não sem aquele fundo de verdade, que toda a cidade já reconhece. A alcaide falta muito com a verdade. Seus projetos apresentados para aprovação na Câmara dizem muito disso e a forma como os remete, como se não aprovando, a cidade entrará num caos já no dia seguinte, é algo como se encostasse os vereadores num paredão, sem direito a outra escolha, se não a de lhe passar mais um aval. E os 17, ou 18, algumas vezes até 19 vereadores continuam o fazendo. Onde vai dar isso ainda não se sabe ao certo, mas o vereador Borgo já vaticinou: as contas não terão caixa para serem honradas e o prazo para tanto é no máximo o final deste ano. É esperar para ver. Se isso de fato se consumar, a reforma/restauro da Estação da NOB entrará para o rol dessas promessas eleitoreiras. Na rádio Peão, ouvi dizer que, isso tudo é só o fio da meada, ou a ponta do rabo aparecendo debaixo do tapete, o iceberg despontando pra fora do oceano. Quem ousar ir lá puxá-lo pode levar um susto. Quem se habilita?

E SE O CANDIDATO DELA PERDER A ELEIÇÃO E OS SEUS NÃO FOREM ELEITOS, ELES PERMANECERÃO EM BAURU?
Essa pergunta foi também tema do comentário de um vereador na última sessão do Legislativo bauruense. A encruzilhada e grande dilema do bauruense é este. Mais do que evidente o poder alavancado por Suéllen Rosin, que soube se aproveitar do momento e chegar ao poder. Lá chegando deu um jeito, trouxe seus pais para a cidade e aqui se estabeleceram. Pelo que se sabe, compraram propriedades na cidade e até já mudaram a sede da igreja que mantinham lá de onde vieram para cá. Ou seja, para Bauru se mudaram de mala e cuia. Cidade de futuro.

A questão levantada na última sessão é a de que, no próximo pleito, quando Suéllen não poderá se candidatar e talvez, algo já aventado, seu candidato deverá ser o seu marido, algo mais do que questionável, porém, como já conseguiu emplacar a mãe como secretária de governo, talvez consiga o mesmo para com o marido. Suas pretensões não páram por aí. O pai talvez não dispute cargo algum, mas a mãe almeja ser deputada. E a própria Suéllen pode ser também candidata a deputada. E se não conseguir eleger ninguém do clã o que aconteceria? Quais seriam seus próximos passos?

O mais provável é que volte para onde veio ou alce outros vôos. Não sendo daqui e diante de uma situação nada confortável, com a cidade tendo muitos problemas após caixa em baixa, restará uma saída à francesa. Essa é uma grande hipótese, daí ela apostar todas suas fichas em fazer seu sucessor ou ao menos eleger a mãe para algo. O dilema bauruense é que, pelo que se comenta nos bastidores, a situação financeira do município não anda nada boa e o tempo das vacas gordas está se findando. Nem mesmo aprovar tudo o que enviava até então para a Câmara já está conseguindo aprovar e sem dinheiro no caixa, os problemas surgirão aos borbotões.

E não elegendo ninguém do clã, a cidade já enfurnada num caos, a situação da famiglia não será nada confortável. É sabido que tudo nessa vida tem começo, meio e fim. Especula-se que o fim deste segundo mandato será trágico, com acumulação de problemas, principalmente os com falta de dinheiro no caixa. Isso posto, sabe-se muito bem que, uma coisa é o conforto de quando tudo é alicerçado por um bom cargo público, com o de prefeita de uma cidade média, como Bauru e tudo é mais que desconfortável, perdendo o próximo pleito na cidade e não elegendo ninguém dos seus. O conforto se esvairia num piscar de olhos. Cidade quebrada e nenhum Rosin eleito, qual o destino destes? E como ficará a cidade para resolver todas as trapalhadas em curso, que irremediavelmente trará problemas mil logo ali na curva da esquina. Pelo que se avista teremos algo tenebroso como futuro para os próximos anos. Não sei porque, mas busco um filme para assistir antes de dormir, "Plano de Fuga", com Mel Gibson.

outra coisa
ESCRITOR LUÍS FERNANDO VERISSIMO NO HOSPITAL - BUSCO NO EDITORIAL DE LANÇAMENTO DA REVISTA "BUNDAS", SEU Nº 1, 18/06/1999 A EXPLICAÇÃO DOS MOTIVOS PARA COLOCAREM EM CIRCULAÇÃO UMA REVISTA COM ESSE NOME E PROPÓSITO DE AVACALHAR COM A HIPOCRISIA NACIONAL
Leio os Verissimos - insisto em botar acento, mas sei, é sem acento -, pai e filho. Hoje mais o filho, este que agora, leio está hospitalizado e naquilo que muitos dizem, estado irreversível. Vez ou outra, estou cá acabrunhado e quando indo ao encontro de seus textos, diante da primazia com que escreve e descreve situações, pessoas e o cotidiano onde estamos sobrevivendo, o danado me faz rir e refletir. O pessoal da revista Bundas, tendo Ziraldo à frente, denominou os textos do Luis Fernando Veríssimo como sendo o próprio Editorial da revista. E assim ocorreu do primeiro ao último número. Tenho o privilégio de conseguir manter a coleção quase completa da revista aqui junto de minhas preciosidades mafuentas. Amanheci, li sobre a saúde do escritor e fui me socorrer em seus escritos, escolhendo este para aqui compartilhar. Bundas foi um revista magnetizante, a colecionei e ali textos de tanta gente boa, segmento do que já havia feito, tempos atrás, o velho e saudoso Pasquim. Quero agora escolher um dos tantos livros dele aqui - devo ter uns vinte - ,reler e tentar ao menos levar com uma necessária pitada de humor a vida ocorrendo de forma desenfreada, destrambelhada, disparatada e amalucada do lado de fora de minha janela. Enfim, como escreveu Veríssimo no texto aqui reproduzido, estamos aqui para lutar "contra essa tempestade de bosta que ameaça nos soterrar".