terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

MÚSICA (244)


DA PERDA DO INTERESSE EM PRESENCIAR QUALQUER SESSÃO DA CÂMARA VEREADORES NESSA LEGISLATURA
Por que deveria comparecer? Ontem, estimado amigo me convida para irmos juntos presenciar a abertura do ano legislativo na Câmara Vereadores de Bauru. Declino. Primeiro, atarefado até as tampas com algo mais interessante, um trabalho edificante sobre a história de uma vizinha cidade, depois, algo facilmente comprovado, hoje pela manhã, quando abro a edição diária do Jornal da Cidade e lá a manchete de primeira página. Sabe daquela previsão - nada difícil de fazer -, dos 17 x 4, pois bem, por lá este será o cenário político nos próximos quatro anos. Sem tirar nem por, talvez até com menos votos que quatro, a oposição nem terá como espernear, pois está já devidamente engolida, deglutida e expelida. E daí, iria perder tempo por que? Só para ver o brilhantismo dos ternos novos dos edis? Creio que, algo mais do que desprestigiado daqui por diante será isso, o de presenciar alguma boa discussão política ocorrendo por lá. Não ocorrerá e para tanto, não se faz necessário nenhuma bola de cristal. Chegamos a essa situação e assim caminharemos, pelo menos até alguma interrupção, por escabrosa descoberta, algo que, alguma atitude externa façam os nobres edis mudar de opinião. Sem grandes - ou nenhuma - esperança, creio que, a partir de agora, o jogo político se dará fora da nossa vestusta Casa de Leis. Que o jogo seja jogado por alguns intrépidos integrandes do jornalismo local, com matérias e reportagens estonteantes, desvendando algo encoberto e sugerindo com isso, investigação outra, talvez pelo Ministério Público. O Jornalismo - com "J" maiúsculo -, pode nos salvar, mas para tanto, também vejo poucos e um empenho ainda tímido. Eu mesmo, envolvido em questões outras, escrevo, cutuco, espezinho, continuo na ativa, porém, sem aguerrimento de antes. Sei que deixar a banda passar é mais que horrível, daí, me reporto em alguns, ainda corajosamente persistindo na luta pela informação mais próxima da realidade, como vejo fazendo neste momento, Fernando Redondo. Quando diante de um fato de grande magnitude, tenham certeza, estarei compartilhando, indicando e sugerindo leitura e acompanhamento, também investigação mais apurada, mas o que observo é algo lento, sem grandes aprofundamentos, talvez um bocadinho de medo e até por recio e interesses outros, tudo seguindo pelo caminho do fingir que nada está acontecendo. Assim segue o jogo na Terra do Sanduíche, eu é claro, dentro dela. Algo pode e deve ser feito - tomara que ocorra. Sigo na observação e acompanhamento, mas isso de comparecer nas sessões da Câmara, para mim, pura perda de tempo.
Em artigo publicado nesta data pelo publicitário Fernando Redondo, "Deus, Pátria e minha Família Primeiro", algo mais sobre isto tudo que se repete a tanto tempo: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=pfbid0NMjMqFGvPyzNemNoPJSRGyuc87XGWhuWDPduimoB37gtkCbrzpwSm9fZhjLXNmEcl&id=100080169578644

VEJA A MÚSICA FEITA PELO ROBERTO CLARO SOBRE O desGOVERNO DE SUÉLLEN ROSIN
Uma letra contundente: "SOMOS A PERIFERIA - A VOZ DE BAURU"
Eis o link: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/588492834092258

"Gritos de um povo maltratado e perseguido.
A voz dos invisíveis será ouvida.
Silêncio nunca mais.
Acooooorda Bauuuuuuru.
Boralá mano Roberto Claro.
Sou nascido em Bauru, nunca vi tanta tristeza,
O rio batalha está morto, não tem tanta beleza,
E na câmara municipal, a vereança e a mesma,
Tudo acaba em pizza ,sem cpi mais que beleza.
Cortaram nossas árvores,destruíram a natureza.
Fizeram praça de cimento,
Com vaga pra igreja.
Os casarões estão caindo,esqueceram a realeza,
Foram tombados num dia, no outro que tristeza.
A Sussu foi viajar, foi viajarrrrrrrrrrr
Falta verba pra educação, quem vai cobrar?
No palácio das cerejeiras, a Sussu não esta,
Porque a Sussu foi viajar.
Não tem mais a ETA, não tem não!
Falta água para o povo e pro feijão.
Abandonaram a nossa estação, cadê o trem do povão,
Esse não passa mais não.
Há que falta faz , o camarada Roque, Que falta faz.
Um vereador de lutas,
Que não volta mais.
Os que ficaram não ligam.
Votam contra o povo, que maldade rapaz.
E que se dane o povo ,pra eles tanto faz!
A esquina da resistência,
Já não existe mais,
Que saudades dos bons tempos, que não voltam mais.
A Sussu foi viajar, foi viajarrrrrrrrrrr
Falta verba pra educação, quem vai cobrar?
No palácio das cerejeiras, a Sussu não esta,
Porque a Sussu foi viajar.
A saúde está de Luto, falta leito hospitalar,
Falta médicos nas UPAS,
E remédios na farmácia popular.
O Tarcísio diz pra Sussu, Sussu tem de colaborar,
Tem dinheiro pra saúde, se o Dae você privatizar.
Sussu cadê o hospital, que eu ouvi você falar,
Sei que o calçadão parou ,e não vai continuar.
Por falar em nepotismo , os parentes irão voltar,
Não contrato primo, mas a mamys vai entrar.
A Sussu balança o guiso , Tim, Tim , Tim.
Sobe o IPTU, rá, rá, rá.
E no hidrômetro a noite, vai soprar
Só vento seco qua, qua, qua.
Mas a conta vem , você pode esperarrrrrrr.
A Sussu foi viajar, foi viajarrrrrrrrrrr
Falta verba pra educação, quem vai cobrar?
No palácio das cerejeiras, a Sussu não esta,
Porque a Sussu foi viajar.
Foi viajar, a Sussu Foi viajar e Bauru vai se estagnar.
Cadê a Sussu foi viajar, foi viajar, foi viajarrrrrrrr".

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

COMENTÁRIO QUALQUER (258)

É ISSO

ARGENTINO DANIEL PAZ: NEM PRECISA DE LEGENDA

SEMANA DE INTENSO TRABALHO NA MONTAGEM LIVRO CENTENÁRIO DE IACANGA
O corre não me permite muitas escrevinhações por aqui. Mergulhados num intenso trabalho de pesquisa. Sem muitas palavras...


EU E MEU CEGUINHO CHARLES NOS HABITUAIS ACARINHAMENTOS - QUASE 15 ANOS JUNTOS

PARA O RESTANTE DO MUNDO NADA MUDOU E SEGUE SENDO CHAMADO DE GOLFO DO MÉXICO


desGOVERNO DE BAURU FINGE APOIAR O CARNAVAL
"Cadê o dinheiro do Carnaval, gestão de Bauru????  Fevereiro começa e temos menos de 30 dias para o evento que ainda não recebeu verba pública nenhuma para sua realização. - Edital saiu atrasado, o evento tá fora do orçamento municipal e a apreensão dos artistas e produtores culturais só aumenta. #topelaculturabauru para que os responsáveis se manifestem e façam seu trabalho", Igor Fernandes.


A CAMPANHA E O BONÉ, JÁ ENCOMENDADO POR MIM
Enfim, sabemos, o Brasil é de todos que aqui vivem e nisso engloba toda essa diversidade e nacionalidades à nossa volta, mas diante de tudo o que vemos sendo feito, a imbecilidade do que acontece lá nos EUA, com muitos o defendendo aqui, mesmo diante do execrável lichamento dos latinos sendo deportados, eis algo a defender Lula e seu Governo, diante desse mar de tantos já perdidos, numa nau quase sem rumo e sem volta. Já encomendei o meu e isto conto quando a história se concluir. 
No mais, ando numa correria que nem te conto, quase sem tempo para escrevinhações outras. Faço o que posso...

domingo, 2 de fevereiro de 2025

FRASES DE LIVRO LIDO (212)


MEU PRIMEIRO LIVRO LIDO EM FEVEREIRO É UM REVERENCIANDO O "PASQUIM"
Não escondo de ninguém, sou discípulo fervoroso do velho e saudoso Pasquim. Tempos atrás, Márcia Buzalaf, emérita professora em Londrina, com lindo trabalho acadêmico feito contando em detalhes da censura no hebdomadário carioca, me dizia: "Releio e hoje vejo, eles foram demais de machistas". Sim, ela e eu reconhecemos isso e muito mais, o que não tira o brilho do que fizeram pela imprensa e dentro dela no país. Propiciaram algo inovador em muitos sentidos e eu, cá com essa devoação, acabo por devorar tudo o que me cai nas mãos. Desta feita, um livro descoberto, comprado e devidamente devorado, através da Estante Virtual, o "RATO DE REDAÇÃO - SIG E A HISTÓRIA DO PASQUIM", do jornalista gaúcho Márcio Pinheiro.

Já li muita coisa sobre a representatividade d'O Pasquim, mas este, confesso, me impressionou. Uma riqueza de detalhes e um texto primoroso, saboroso e encantador. Enfim, continuar desbravando o que foi e representou esse semanário na vida da imprensa nativa. Da loucura vislumbrada quando de seu lançamento, sucesso imediato, carisma e tudo que envolveu seus ricos personagens, até a derrocada final. Eu, como tantos, sempre sonhei em ter um jornal pra chamar de meu e se o tivesse, me espelharia no formato do velho Pasca, cheio de colunistas, todos escrevendo o que quisesse e com paginação e ilustrações convidativas para o leitor. O modal papel definhou, mas o sonho, meu e de tantos outros permanece vivo, pois dias atrás, Pedro Romualdo instigava alguns na cidade para levantarmos a bunda da cadeira e corajosamente darmos vida ao BASTIÃO, que nada mais é do que uma espécie de Pasquim, século XXII, porém, com corpinho e inspiração em algo que colecionamos e guardamos em nossas estantes pra toda a vida.

O livro, só mesmo lendo. Rever os nomes todos que compuseram a experiência, bem no auge da ditadura militar, o proposto e como conseguiram o grande feito é salutar. Desses livros que, para mim, dizem muito, me tocam fundo, pois tenho muitos exemplares do Pasquim até hoje em casa. Comecei a comprá-los nos meus 13 anos, 1973 (a primeira edição chegou às bancas em 26/06/1969), portanto, façam a soma, de quanto tempo os guardei e de como aquilo modelou minha cabeça. Tive a sorte de dar de cara com o jornal na banca lá na praça Machado de Mello e toda semana, religiosamente, o comprei desde então, até seu último exemplar. Depois o fiz com a revista Bundas e também, o Pasquim 21, que tenho todos. Haja espaço para guardar tudo, mas não consigo me desvencilhar destes, por nada neste mundo. Meu Mafuá os abriga.

Algumas frases gileteadas do livro:
- "O sonho de todo jornalista é ter um jornal. Viver sem patrão, sem imposições ou censuras, sem compromissos com questões comerciais e/ou industriais. Sem limite de espaço para emitir suas opiniões e expressar a sua verdade como ela é vista. Também sem exigências ou regras - exceto as ditadas pela consciência e pela busca do bem comum. As convições a serviço dos mais elevados interesses".

- "...se destacava basicamente por dois pilares: a qualidade do texto e força de opinião. O Pasquim era um jornal de análise, de opinião, ainda que estas viessem permeadas pelo humor, pelo deboche, pela ironia e pelo que poderia haver de mais anticonvencional e surpreendente".

- "Todos sob o comando tirÂnico, mercurial, divertido e porra-louca de Tarso de Castro, editor chefe aos 17 anos. (...) Sergio Augusto credita quase todo o sucesso inicial ao fato de ele ser porta voz das turmas, tribos e esquerdas festivas de Ipanema. (...) Um oásis de inteligência, bom humor e busca insaciáveis pelo prazer no meio de um Brasil caótico e reprimido. (...) Humorístico, o Pasquim era também informativo".

- "Tiramos o terno e gravata das entrevistas, definiria Jaguar. Isso significava deixar o texto menos empolado. (...) Tudo se construia na base do improviso. (...) Tudo o que ele não oferecia era padronização. Cada autor poderia ter seu estilo e isso merecia ser mantido e respeitado. (...) Dava a impressão de ter vários pequenos jornais dentro de um jornal maior".

- "Em 1970, com menos de seis meses de existência, o jornal já havia inscrito seu nome na história da imprensa brasileira. E com a fama viriam as pressões. Agora a barra iria pesar mais ainda. (...) a partir do nº 66, o jornal lançou a escolha do Homem Sem Visão do Ano. (...) fechar uma edição era uma costura de egos e exigências a atender. (...) henfil criou o cemitério dos mortos-vivos, sepulcrário, onde o cartunista enterrava todos aqueles que não se adequavam ao seu padrão de resistência e crítica aos militares".

- "Aos 17 anos, Leila Diniz, entre tantos símbolos - de mulher liberada, desbocada, inovadora, independente -, havia sido a musa maior do Pasquim. (...) por causa da censura, em média, uma edição consumia o trabalho equivalente a três edições. (...) era ainda um paradoxo ser uma jornal avançadop em matéria de política e ideologia, mas atrasado no aspecto comportamental".

- "Idos de 1983, o Pasquim perdido não sabia mais nem olhar o caminho que já havia sido trilhado. Se soubesse, teria certeza de que a única fórmula para recuperar os dias de glórias seria uma síntese entre as duas linhas, investindo na cobertura política sem descambar para a caretice e sem descuidar do bom humor. E o principal: sem se engajar a um projeto político, fosse ele pessoal ou partidário. (...) O Pasquim ficara moderno demais para os conservadores e conservador demais para os modernos".

- "O Pasquim daria seu último suspiro com a edição 1072, publicada em 11 de novembro de 1991. Morreu vítima de insuficiência de anunciantes, de colaboradores de peso, de leitores e de credibilidade".

FAUSTO, REGINÓPOLIS, CARICATURAS ESPALHADAS PAREDES DA CIDADE
Meu amigo Fausto Bergocce é um inquieto cidadão. Saiu de sua Reginópolis muito cedo, ganhou o mundo, mas não consegue tirar a aldeia onde nasceu de sua cabeça. Volta sempre, para se recarregar, rever os lugares e pessoas. Quando por lá, faz e acontece. Cria sempre sarna pra se coçar. Tempos atrás desenhou, com consentimento da família, a caricatura de um dos pioneiros da cidade, bem no frontal da casa onde este residiu. E assim seu Inácio Cerreiro foi imortalizado também numa parede da cidade. Isso foi anos atrás e agora ao voltar, a pintura já fraca, desbotada. Comprou tinta, pincel e a retocou. Seus proprietários, percebam pelas fotos, pintaram as paredes novamente, mas rodearam a pintura, fazendo questão de não cobrí-la. E depois me disse: "Adoraria ficar fazendo o mesmo cidade afora, revendo e demarcando onde morou figuras que fizeram a história de Reginópolis". 

A situação econômica por lá não é das melhores e Fausto tem que voltar pra onde mora, Guarulhos. A ideia continua plantada e seria uma espécie de roteiro turístico na pequena e bonita cidade. Fico imaginando como ficaria, toda com sua gente pintada em suas paredes. Um projeto grandioso e que poderia até contar com uma dessas leis de incentivo, movendo céus e terra para viabilizá-lo. Fausto não quer ganhar grana com isso, nem notoriedade, quer é fazer sempre algo mais pela sua aldeia, o lugar onde nasceu e continuará amando enquanto existir. E se não aproveitarem, a gente sabe, ninguém é eterno. Projetos dessa magnitude poderiam ser estendidos para tantas outras cidades, com seus artistas loucos para ser, fazer e acontecer. Que o exemplo do Fausto lá na sua Regipa inspire outros tantos para encher as paredes de nossas cidades com belas lembranças de nosso passado.

sábado, 1 de fevereiro de 2025

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (142)


E ELE DEFENDIA O TRUMP (O BOLSONARO TAMBÉM) ATÉ ESTE MOMENTO...
A cena é patética. Ele é comerciante aqui em Bauru e seu sobrinho está lá nos States, morando e trabalhando, sem possuir o visto de permanência, porém como intransigente defensor de Donald Trump, se achava impermeável as bravatas do então candidato. Pois bem, Trump foi eleito e já no primeiro dia, tudo aquilo que havia propagado colocou em prática. O novoi presidente acha que o principal motivo do atravancamento dos EUA é devido a uma ação criminosa, segundo ele apregoa, dos clandestinos. De um dia para outro tem início a uma caça a estes, denunciados em seus locais de trabalhos, perseguidos em suas moradas e sendo devolvidos para seus países em vôos, onde todos passam fome, permanecem algemados e são tratados como bandidos. 

O incrédulo comerciante de Bauru ainda não entendeu de fato o que está em curso. Seu sobrinho está no momento escondideo, sem comparecer ao trabalho há quase uma semana e vivendo desde então como foragido. O encontro hoje é me diz, da forma mais patética possível:

- Só uma pessoa pose salvar meu sobrinho, o Bolsonaro ou o próprio Trump. O Bolsonaro, se olhar tudo o que fizemos até agora, como me posicionei, sabe de que lado estou e quando fomos para os Estados unidos, foi para buscar um país onde nossas ideias poderiam ser colocadas em prática. Se preciso eu vou falar com o Bolsonaro, pois ele precisa interceder pelos que o defendem e, consequentemente, defendem Trump.

O homem,forte, robusto, tem até boné do Trump, enviado meses atrás pelo sobrinho, quando este ainda estava em campanha. Percebo estar num estado de comoção e não querendo o irritar mais, somente lanço um questionamento:

- E o ser acredita que consiga algo com Bolsonaro?

Ele me olha incrédulo e percebo, neste momento, uma insegurança, algo que até então não tinha:

- Ele não pode nos deixar na mão. Fiz muito por ele, o defendi em várias ocasiões, comprei briga e meu sobrinho, desde que lá chegou sempre esteve ao lado do Trump. Ele me contava tudo, dos grupos onde se reunia e mesmo ouvindo algo, isso de expulsar os clandestinos, tinha certesza, isso seria para os que pensavam contrários a ele. Trump é o cara, só ele pode fazer o que a gente pensa num governante. Isso nem parece real. Tem algo errado nisso tudo e acho que essa confusão vai ser logo resolvida. 

Ele não me conhece direito. Se conhecesse, com certeza não agiria de forma amistosa comigo, porém, querendo me inteirar melhor, demonstro solidariedade e pergunto:

- E seu sobrinho? Ele está sózinho, é casado, trabalha onde por lá?

- Faz quase um ano e meio que ele foi pra lá. Cansou do Lula e o incentivamos, pois acreditava que Trump venceria. Ele levou a esposa e o filhinho. Entraram como turistas e conseguiram emprego, moravam bem, um bairro com  muitos latinos e muitos pensando como ele, acreditando na América livre. Agora, ele me conta e diz estar com receio de ligar pra cá, pois tudo pode ser motivo para ser descoberto. Ele não é bandido, mas está escondido e todos mal saem de casa. Da última vez, disse que escreveria pouco pelo whatts, pois nãotinha mais certeza de esta rsendo vigiado. Isso não pode ser possível. Ele é bolsonarista e trumpista, defende o cara e não é ladrão. Quer vencer na América e ajudar Trump a mudar o país. Na verdade, eu ainda nã oconsegui entender como tudo isso foi possível de acontecer e de forma tão rápida. Quero ver se consigo um contato do Bolsonaro ou de seus filhos, pois eles precisam nos ajudar. Meu sobrinho nem pensava em voltar e imagina, se for detido, nem podendo voltar pra casa e for transportado só com a roupa do corpo. E tudo o que ele comprou por lá, o queserá feito disso? Vai deixar aos cruidados de quem? Ele nã odeve estar nem dormindo direito.

O diálogo foi mais ou menos este e por fim, ainda prolongamos um bocadinho. Como estocada final, aproveitando a deixa, coloquei um algo mais pra fazê-lo pensar:

- O sr pode não gostar do Lula e do seu Governo, mas tem que reconhecer que, todos os que estão voltando, estã osendo bem recebidos. Veja o caso dos primeiros algemados, os que estavam lá em Manaus, rpesos dentro de uma aeronave, sem comida e sem poder usar direito nem banheiro. Quando Lula soube, imediatamente obrigou os americanos a soltar todos. Vejo que os americanos estão humilhando os latinso todos, dentre os quais os brasileiros. Desejo sorte para seu sobrinho e torço paar que consiga falar com o Bolsonaro e este interceda junto ao Trump. Mas não sei não, pois seus filhos foram lá na posse e nem participaram da festa, ficaram do lado de fora e pagaram caro para uma festa paralela. E, Trump parece estar fazendo algo que não estava combinado. Vamos ver onde vai dar isso tudo.

Essa história é verídica e sei, aconteceu comigo e deve estar acontecendo com tantos outros, pois a realidade é exatamente essa. Os bolsonaristas estão ainda sem entender o que de fato está ocorrendo. Na verdade, Trump já declarou não precisar da ajuda de latino nenhum para executar o que tem em mente. Está passando um trator em tudo o que estes, os bolsonaristas, acreditavam ser possível com sua chegada ao poder. Enfim, a direitona nazista chegou ao poder, só que essa menospreza e nos trata a todos, indistintamente como inferiores e mero quintal. Tomara que, os bolsonaristas passem a pensar melhor e refletindo, entendam de fato o que está em curso. Deste senhor, tentando contato com Bolsonaro, tenho pena, pois sei, mesmo que consiga um telefone, nunca que o "mito" fará algo pelo seu sobrinho. Ele, como se sabe, abandona tudo e todos pelo caminho, pois seu interesse se dá só e tão somente para com os seus interesses. Creio que, em breve, este clandestino bauruense volte para Bauru e nas piores condições. Só não sei se encontrará algum motivo para culpabilizar Lula pelas agruras destes brasileiros nos EUA. Por enquanto, este se encontra escondidinho por lá e contando com a sorte. O que será que pensa do Trump depois de tudo? 

ONDE ADORARIA ESTAR NO DIA DE HOJE
Javier Milei, o déspota presidente argentino, prócer da ultradireita, demonstra seu irracionalismo a todo instante, batranta para tanto abrir a boca. Seus atos, além de autoritários, levam a Argentina, cada vez mais para o fundo do poço. O desemprego é algo assustador e nunca se viu tanta gente dormindo nas ruas, passando fome e com tudo precarizado. Dias atrás, quando em Davos, demonstra mais uma vez seu irracionalismo verbal, demonstrando o despreparo para governar o país. A reação se dá a todo instante e hoje, o povo foi pras ruas, demonstrar não só seu desgravo, mas deixando claro estar no limite, ou seja, com o povo nas ruas, a resistência se mostra forte e o que virá pela frente, talvez seja o curto período deste racista, fascista e também nazista no poder. Movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos aderiram ao chamado da Assembleia Antifascista LGBTIQ+ e lotaram as ruas em diferentes pontos do país. Os organizadores estimam que havia dois milhões de pessoas nas marchas. O governo nacional permanece em silêncio. Este o lugar onde adoraria estar no dia de hoje, junto do povo argentino, reunido nas ruas e gritando contra os desmandos de Milei. Quanto mais povo nas ruas, mais rápido ele cairá.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

CENA BAURUENSE (261)


no último dia de janeiro
CENAS PUBLICADAS NO DECORRER DO PRIMEIRO MÊS DE 2025
01 - Publicado em 01.01.2025: Vendo estes eucaliptos perfilados na rua Itororó, muro detrás de onde um dia funcionou o Sanbra, vila Independência, todos no mais perfeito estado, impossível não se lembrar com muita saudade e dor no coração de outros, os que existiam dentro do estádio Alfredo de Castilho, o do Noroeste e dirigentes, acharam por bem fazer dinheiro fácil, vendendo-os. Perdeu-se tudo por lá, desde a sombra até parte da História, essa ignorada e trocada pelo imediatismo, que não salvou os cofres do clube em nada.

02 - Publicado em 02.01.2025: O tronco desta seringueira localizada num dos cantos da praça defronte a ITE é um dos maiores da cidade e sempre fico a imaginar, quantas pessoas seriam necessárias para, unidas, conseguirem abraçá-la?

03 - Publicado em 03.01.2025: A Banca do Samir está há exatos 52 anos localizada na praça Rui Barbosa, centro de Bauru, bem defronte a Catedral católica, já tendo seu funcionamento oficalizado numa espécie de usucapião e o Munir, filho do Samir, está há oito anos tocando em frente um negócio popular, montado e desmontado todo dia, faça sol ou chuva. Muita coisa vai e volta na praça, esses permanecem.

04 - Publicado em 04.01.2025: No centro de Bauru, uma lanchonete recentemente aberta, na Rodrigues Alves, bem onde um dia funcionou uma famosa pastelaria, junto ao ex-Liceu Noroeste, revoluciona no preço dos salgados, todos vendidos a R$ 2 reais a unidade, causando o maior rebuliço nos demais oferecendo o mesmo produto. Dizem que, os chineses, dominando o segmento bares e lanchonetes do centro, tiveram que abaixar o preço, mas não conseguiram chegar no ousado comerciante, que pelo movimento, percebe-se ganha na quantidade de fregueses fazendo fila em seus balcões.

05 - Publicado em 05.01.2025: Na loja da RR Sports da Comendador, venda exclusiva dos ingressos do jogo Noroeste X Palmeiras e no varal na entrada, logo de cara, homenagem ao BAC, antigo e não mais existente rival, porém rendendo eternos dividendos.

06 - Publicado em 06.01.2025: Quando a comunidade e a direção da escola estão unidas, passam adiante uma boa imagem já no seu primeiro cartão de visitas, o muro frontal, como na EE Henrique Bertolucci, começo da vila Independência.

07 - Publicado em 07.01.2025: Na florida avenida das Laranjeiras, no Geisel, árvores recheiam seu canteiro central, porém, quase nenhuma é propriamente laranjeira - se é que existe alguma ali plantada.

08 - Publicado em 08.01.2025: Seguindo em frente na avenida Getulio Vargas, depois da entrada dos residenciais Flamboyant e Samambaia, chega-se no seu ponto final, onde antes da interrupção, causada pela ampliação da rodovia Bauru/Ipaussu, por uma estrada de terra, muito movimentada, era o caminho mais conhecido para se chegar até um dos locais mais frequentados em Bauru, décadas atrás, a famosa Casa da Eni e adjacências. Hoje é o final da estrada, mas antes foi a continuidade para se atravessar e adentrar este icônico lugar.

09 - Publicado em 09.01.2025: São muitas as lojas que fecham as portas e suas marcas perduram ainda por longo tempo nas paredes, até quem sabe um dia, outros aluguem o mesmo espaço e retirem o letreiro e cartazes, como neste, marcante, quase na esquina da Agenor Meira com a Rodrigues Alves.

10 - Publicado em 11.01.2025: Da saudade sentida pelo que fizeram com a ferrovia e da importância que os trilhos tiveram para o progresso desta cidade, não posso ver alguém envergando algo como isso de vestimenta que, já quero tirar foto e puxar conversa. É o que fiz dias atrás, na feira, mais precisamente no Pequeno's Bar da Gustavo, quadra 5, com o ferroviário aposentado Jesus Adriano dos Santos, morador da vila Dutra, também ainda reduto de centena de ferroviários, infelizmente, a maioria aposentados, já que na ativa mesmo, atividade em decréscimo.

11 - Publicado em 13.01.2025: O IML, o Instituto Médico Legal, funcionou - ainda funciona - em Bauru por décadas neste local, avenida Nações Unidas, muito próximo das enchentes do rio Bauru e vimos ao longo do tempo até corpos boiando n'água e instalações vencidas pelo tempo, mas pelo que se vê algo muito próximo de mudança, com edificação nova, quase pronta, na avenida Luiz Edmundo Coube, Geisel, entre Unesp e Hospital Estadual.

12 - Publicado em 14.01.2025: Em foto de Marcelo Ryal Dias, a constatação de que, pela quantidade dessas placas espalhadas cidade afora - cidade adentro, também -, essa a única providência que a gestão da incomPrefeita Suéllen Rosin toma diante das frequentes enchentes na área urbana de Bauru, a colocação de uma indicativa placa. Nada mais. Seria mais ou menos assim: "Se virem".

13 - Publicado em 16.01.2025: Meu amigo de longa data Antonio Carlos Pavanato é reconhecido fotógrafo e dias atrás, neste incessante trabalho de registrar os mínimos detalhes desta insólita Bauru, nos apresenta essa contundente imagem, com a legenda: "...quem vende(o) quem???".

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (180)


PEGOS PELA MENTIRA
Guardião, que de bobo não tem nada, foi por mim questionado dias atrás da validade da continuidade insistente e persistente de tantas críticas pra cima dos costados de gente como a alcaide, denominada por mim de incomPrefeita e mesmo do governaAdor Tarcísio de Freitas. Ele, abrindo bem sua capa, rindo me disse: "Adianta sim, mas pouco. Talvez estejamos empreendendo algo de pouca eficiência prática. Ela, a comunicóloga internética sabe muito bem como ir produzindo seus diários vídeos e isso vai calando fundo na mente dos incautos, dos que compreendem superfialmente tudo e ainda se deixam levar. Creio que, o melhor mesmo é mostrar para estes que, nem tudo o que é dito é verdade. Quando pegos em mentiras, talvez os que acreditaram no que está sendo distribuido, cairão na realidade e, percebendo o embuste, percebem o quanto foram enganados".

Isso me calou fundo e hoje, Guardião aqui comparece exatamente para demonstrar algo neste sentido. Corre um vídeo pela aí onde o Tarcísio diz que não ocorreria aumento no preço da cobrança da água no pós privatização. E foi exatamente um absurdo aumento o que se viu já no primeiro mês. O mesmo ocorrendo aqui em Bauru, quando Suéllen Rosin, fez de tudo e mais um pouco para aprovar a privatização da água na cidade e, praticamente o fim do DAE como o tínhamos até então. E os aumentos já começam a ser sentidos no bolso do cidadão bauruense. Para tanto, basta algo simples, uma comparação das contas antes e o agora. Ou seja, mentiram.

Guardião não perdoa: "É isso. Eles mentem muito e se ficarmos só criticando, sem mostrar este lado, creio, choveremos no molhado. Precisamos ser mais assertativos, indo direito no ponto nevrálgico, no tendão de Aquiles. Ou seja, contou mentira, se faz necessário ser rápido, imediato e vir a público, não só contestar, mas mostrar onde a mentira ocorre. É o melhor jeito de desmontar a farsa. No caso bauruense do DAE, até por tudo o que já foi visto em outras situações, quando chega uma empresa privada, ocorre exatamente o contrário do que foi apregoado. Acabam por negligenciar com o aparato profissional existente, tudo é precarizado e, evidente, essas empresas visam em primeiro lugar o lucro, daí o preço sobe".
Isso tudo é muito lógico, como dois e dois são quatro - ou seria cinco?. "E mais, tem tanta mentira, tanta promessa de campanha que, sabemos não irá se concretizar. Na hora de se eleger, tudo é prometido, falado e reverenciado e depois, quando eleito, a coisa é bem outra e tudo é feito para que aquilo dito antes caia no esquecimento. Todo cuidado é pouco. Criticar é mais que válido, mas pegar no ponto crucial, onde mais sentirão é algo primordial. Quando perceberem a população não mais caindo no conto dito como verdade, terão que mudar de tática e com todos mais conscientes, uma mudança não só de mentalidade, mas de perspectiva de condução de uma administração. Para mim não existe isso de 'tudo dominado', quando podemos ir minando, mesmo que lentamente, mostrando mentira por mentira, como se dá de fato uma ação, mais danosa que proveitosa para a cidade", conclui o nosso intrépido capa e espada.

OBS.: Guardião é publicação mensal de Leandro Gonçalez, com seu preciso traço e com pitacos escrevinhativos do mafuento

*MANIFESTO!!!*
Conclamo os Eleitores Brasileiros para um *GIGANTE* protesto virtual, em toda a Nação Brasileira, para redução dos salários dos magistrados, senadores, representantes nas Câmaras Federal e Estaduais, assim como os representantes das Câmaras Municipais, em 60%.
Retirar seus benefícios de telefone celular, pois eles podem pagar do seu próprio bolso qualquer plano.
Tirar direito a passagens aéreas gratuitas e veículos blindados.
Privilégio de apartamentos.
Despesas de viagens desnecessárias, nesse momento em que tudo se resolve pelo virtual.
Que não se pague mais horas extras.
Nem alimentação em dias contínuos.
Que eles paguem por sua saúde e pensão como todos os Trabalhadores Brasileiros.
Não haja mais regimes especiais, só os criados por eles e para eles, que funcionem para todos os brasileiros 12 meses por ano.
Toda mamata deve acabar.
Ninguém é especial, todos somos iguais e todos desfrutam de 30 dias de férias, por ano.
Enviemos essa mensagem para *MUITOS* contatos eleitores, assim conseguiremos que não haja mais tantos privilégios alimentados com dinheiro de nós contribuintes.
Vamos também exigir a redução do número de parlamentares para cada unidade administrativa do Brasil. *NÃO SÃO NECESSÁRIOS TANTOS.*
*VAMOS LUTAR POR UM BRASIL MAIS JUSTO E EQUILIBRADO!!!*
Se você concorda, compartilhe esta mensagem.
A Câmara dos Deputados é formada por 513 *ELEITOS* por *NÓS*, e cada Deputado Federal recebe:
R$ 47.700,00 (Salário);
R$ 94.300,00 (Verba de Gabinete);
R$ 53.400,00 (Auxílio Paletó);
R$ 5.000,00 (Combustível);
R$ 22.000,00 (Auxílio Moradia);
R$ 59.000,00 (Passagens Aéreas);
R$ 17.997,00 (Auxílio Saúde);
R$ 12.100,00 (Auxílio Educação);
R$ 16.400,00 (Auxílio Restaurante);
R$ 13.400,00 (Auxílio Cultural);
Auxílio Dentista...
Auxílio Farmácia...
Já o Trabalhador R$1518,00 (2025), para sustentar a família.
Será que o problema do Brasil são os Trabalhadores? Os Aposentados?
*COMPARTILHEMOS.*
Obs final deste HPA: Milton Epstein é o autor deste manifesto e muito meu amigo. Hoje me envia este seu Manifesto, buscando incentivo para publicá-lo. Leio e o apoio, pois quanto mais estiverem circulando pela aí , melhor. Não podemos esmorecer, nem claudicar, se esconder e muito menos se omitir. Miltão quer fazer algo e o faz desta forma e jeito. Belo texto, belo motivo e tomara (toc toc toc) sensibilize quem de direito. Na segunda foto, o Miltão, que um dia foi proprietário em Bauru do O Mió - Restaurante.

reconhecimento
NADA MELHOR DO QUE ISTO
Chego no Confiança da vila Falcão e sou abordado num dos corredores por esta simpática senhora, que diz me ler e gostar muito do que escrevo. Sensibilizado, conversamos e ela me conta ser dali de perto, mora no coração da vila Falcão, ela e o marido, seu Wilson, que tudo observa. Ela, Roseli, funcionária aposentada da Prefeitura e ele, bancário e se aposentando na Perdigão. Conta ter sido vizinha da querida Márcia Pestana - trabalharam juntas na Prefeitura - e com saudade falamos dela, do marido e de como estão as coisas nos tempos atuais. Uma longa conversa, de alguém como eu, adentrando o mercado para comprar umas meras coisinhas, coisa rápida e instigado, acabo numa gostosa conversação, dessas que vão se prolongando de forma saborosa. Me disse mais - sempre me tocando profundamente -, pois confessa que um dos incentivos, tempos atrás, para continuar seus estudos, veio de meu pai, num banco escolar do então Colégio Stella Machado. Uma conversa puxa outra e relembramos muita coisa de meu pai, seu Heleno Cardoso de Aquino. Junto tudo e não tenho como deixar de publicar uma foto tirada deles, pois são estes pequenos detalhes, dentro do dia a dia, algo transformador e também incentivador para a continuidade do que venho fazendo. É muito mais que uma delícia ser abordado como o fui e, a partir daí, um papo e conhecer mais duas pessoas. Ganhei o dia. E só de saber que, alguém me lê e mais que isto, gosta, isso não tem preço.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

RELATOS PORTENHOS /LATINOS (141)


VOCÊ REPARA NAS PESSOAS DORMINDO PELAS CALÇADAS? ALGO PUBLICADO NO DIÁRIO PÁGINA 12, DA ARGENTINA ou COMO GOVERNOS DE DIREITA PRODUZEM AUMENTO DESMEDIDO DA MISERABILIDADE HUMANA
A história por trás da foto viral que expôs o crescimento do problema. - A rua, o destino dos caídos do modelo. Como resultado da crise, cada vez mais pessoas estão desabrigadas. A imagem da esquina de Callao com Corrientes, centro de Buenos Aires, expôs uma realidade palpável que os dados oficiais confirmam:
“Saí da livraria para a rua procurar uma coisa, levantei a cabeça e vi uma coisa que não acreditei, então tirei uma foto”, conta Alfredo Suhring à Página/12 : ele está falando do bairro de Corrientes e Callao, onde fica seu local de trabalho, a livraria Zivals. A foto que ele tirou mostra a longa fila de corpos de quem mora na rua. É dia, sexta-feira de manhã, a onda de calor está a todo vapor e os sem-abrigo dormem o melhor que podem, muitos com a cabeça virada para a parede como único gesto possível de proteção do exterior. A foto se tornou viral; Suhring postou nas redes junto com alguns parágrafos. “Este é o lugar onde trabalho há mais de 20 anos, nunca vi nada assim, parecemos zumbis, somos cegos. Esse quadro é muito doloroso e se repete em quase todos os quarteirões da Capital.” “Não gosto dessa liberdade ”, concluiu. É inegável o aumento explosivo do número de pessoas em situação de rua nos últimos meses. é muito claro, muito evidente”, confirma Horacio Avila, da organização Projeto 7, que trabalha no problema há quase 20 anos. “ Antecipávamos que isso aconteceria no início do governo Milei, quando ele. assinou o DNU que desregulamentou o. O aumento de todos os preços, o agravamento da pobreza e da miséria estão a ter essas consequências ”, descreveu.

Ávila diz que a maioria dos que ficam nas ruas são pessoas que vieram de empregos no mercado negro, numa altura em que o Governo promove a eliminação das protecções laborais mais mínimas. “Por exemplo, alguém que trabalha num lava-rápido, assim que a demanda cai, é avisado que acabou”, disse. “As chagas, as respigas independentes, também são afectadas pela queda do consumo”, acrescentou.

Como sempre aconteceu, a Cidade de Buenos Aires acrescenta aos seus moradores de rua aqueles que chegam da Província de Buenos Aires e do interior do país por uma questão de sobrevivência. Eles têm a expectativa de que na Capital consigam o mais básico, um emprego, um banho ou um prato de comida. Suhring diz que “sempre houve pessoas que pararam na calçada da livraria”. “Tento ajudá-los, mas desta vez a situação me oprimiu”, disse ele. Os arredores de Zivals estão cheios de ranchadas e gente solta tentando sobreviver no pior dos mundos. Rubén tem 30 anos e está sem teto há seis meses. Ele chegou de Rosário. “O que Buenos Aires tem é que sempre há algo para comer nas ligas”, diz ao Página12. A poucos quarteirões de distância, Lucas, 36 anos, diz que se mudou de Lugano para o centro para fugir de problemas familiares e vícios. Ele junta papelão e come três vezes por semana no refeitório da UTEP de Constitución. Depois, ele pede sobras aos comerciantes do centro da cidade. “É uma merda conseguir um emprego de novo”, diz ele, que é pedreiro e está deitado sobre a mochila na esquina da Uruguai com a Corrientes.

“Nunca vi tanta gente nova na rua que chega todos os dias como agora”, resume Carlos, que está na rua há vários anos, quase uma década. Ele sabe vasculhar como poucos. Antes morava em Avellaneda, mas não quer mais voltar. Andrés, um dos garçons do La Giralda, confirma: “Nos finais de semana explode com gente na rua, que vem fazer pedido, nunca vi nada parecido, a crise está batendo forte”, afirma.
Eis o relato completo da matéria de um dos locais mais movimentados da famosa Corrientes, esquina com Callao: https://www.pagina12.com.ar/799901-la-calle-el-destino-de....



FALTAM SÓ 50 NÚMEROS PARA FECHAR A RIFA DA AMANDA - UM QUADRO DO BACCAN
Amanda Helena é minha amiga, dessas intermitentes batalhadoras, dandso muito murro em ponta de faca, mas sabendo como ir tocando sua vida e extraindo de tudo algum néctar para continuar sobrevivendo. Hoje ela tem propósito na vida, que é o de reformar um quarto onde mora, ali atrás do supermercado Spani, parte baixa do bairro São Geraldo. Ela é minha escritora preferida, pois quando senta e solta o verbo, o faz com "sangue, suor e lágrimas". Escreve com um sentimento periférico inigualável. Para vencer mais essa barreira e ter este cômodo quitadso, precisa terminar de vender essa rifa, começada por meu pontapé inicial e com ajuda da Rose Barrenha, que doou um quadro do Baccan, a premiação. Ela vendeu metade e faltam mais 50 números, vendidos a R$ 10 reais. Volto à carga, compro alguns números e marco meus diletos amigos, pois se é para a Amanda, tudo vale a pena. Ela, além de merecer, precisa ter uma lugar mais confortável para ir produzindo mais e mais escrevinhações, dessas de entornar o caldo. Anotem aí o seu PIX, "poesiabelicamarginal@gmail.com" e vamos depois comemorar lendo mais e mais seus escritos perfuro cortantes. Faltam só 50 números...

REGISTRO DA 1ª MARCHA TRANS DE BAURU, NA NAÇÕES, DOMINGO PASSADO
No meio da tarde do último domingo, algo diferente do que se transformou a Parada da Diversidade, quando antes descia a Nações e hoje, estática e lá no Recinto da Expo. Nessa, um protesto dos mais valorosos, dando luz para o caso específico ocorrido recentemente quando da morte de uma mulher trans, LUANA LEON. Muitos do mundo LGBT morrem em situações pouco explicadas e acabam por cair rapidamente no esquecimento. No ato, além da marcha, uma parada providencial bem no meio da avenida, quando duas mães de pessoas trans fazem uso da palavra e expressam o sentimento de ser mãe nessa situação. Na sequência, a caminhada até o parque Vitória Régia e lá mais algumas apresentações, com marcantes posicionamentos. Ou seja, um feito para dar visibilidade para a questão do que se passa, efetivamente, dentro deste universo e, pelo que percebo, algo muito represdentativo do que poderá vir pela frente, até para fazer frente à forma como hoje é conduzido a Parada da Diversidade, que perdeu ao longo do tempo, seu significado principal. 
Clique no link de gravação feita por mim, com uma das falas de mãe com filha trans:https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/video/1260114061734776

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

MÚSICA (243)


SAÍMOS EM 20 DO DIRETÓRIO MUNICIPAL, MAS A MILITÂNCIA PETISTA CONTINUA MAIS AGUERRIDA QUE NUNCA
Matéria na edição de hoje do JC - Jornal da Cidade. Ou seja, a luta continua, sempre, ininterruptamente. Se tem algo contrário, mais forte, porém com incompatibilidades incontornáveis, não vamos perder mais tempo, seremos mais úteis fora da direção, militando dentro de um arrojado, vibrante e qualificado Núcleo de Base. Estaremos todos pela aí...

A TUUMM EU CONHECI HOJE E SAI DE SUA CASA JÁ COM UM PRESENTÃO
Conhecer pessoas é sempre algo grandioso, ainda mais quando essas são, de cara, expoentes de uma luz dessas com baita energia positiva. Senti isso hoje quando bati os olhos em Gysele Tuumm, em sua casa, lá naquela parte da cidade, onde ainda não existe um elo de ligação entre os bairros - a parte detrás do ex-Wal Mart, hoje Sam's e os costados lá dos altos da Getúlio Vargas. Fui até lá buscar a mana Helena, que havia me pedido carona e ao chegar, uma casa já preparada para se transformar num point de gente como eu. Olhei em volta e disse para ela, que é minha amiga no facebook e não a conhecia: "Isso aqui parece o meu lugar, é um verdadeiro Mafuá". Ou seja, ela junta coisas e vai espalhando pela casa, paredes cheias e tudo muito colorido. Astral divinal e rodeada de outras com o algo parecido. Me junto a elas e na mesa da sala duas caixas cheias de CDs. Fui arrebatado, não conseguindo me controlar. Fiquei a vasculhar, ela só observando. Disse ter ganho e vais espalhar num espaço quando abrir um bar ali. Ela já foi dona do Shiva, depois outros e agora, pensando num nome para manter a chama acesa. Me deixou lá, eu contando de minha coleção, os milhares juntados ao longo do tempo. Termino, ela vê que havia separado uns e disse se não quer me vendê-los. Não me deixou nem concluir a frase e me deu todos. Pronto, gamei. Prometo ser frequentador assíduo de seu novo bar e mana já arquiteta com ela um bazar para março. Agora conheço a Gysele e tum, tum, tum, gente que não sei nem porque demorei tanto para conhecer. deve ser uma dessas ótimas conversas, as quais a gente tem começo, meio e nunca tem fim.

PARTE DA BIBLIOTECA DO AMIGO TUIM PASSANDO PELAS MINHAS MÃOS NO DIA DE HOJE
Márcia Ferreira é minha velha conhecida. A conheci décadas atrás, esposa de meu finado e saudosoamigo Wilson Tuim. Tuim foi meu contador, estudamos História juntos, noroestinos e muita coisa vivenciado de luta e enfrentamentos nesta vida. Márcia ali sempre junto dele. Ele se foi há dois anos, no mesmo dia da posse do Lula em seu terceiro mandato. Dias atrás ela me contata e diz se não quero ir ver uns livros, que a sua filha Thaís separou para doação, depois se saber do projeto lá do Caixote no terminal rodoviário. Ligo para a ela e vou hoje lá buscar. Falamos muito do Tuim e não reencontro Márcia, pois agora está trabalhando numa clínica próxima do shopping. Quando boto os olhos nos livros, são todos da biblioteca do Tuim, algo que para mim, possuem valor inestimável. Tuim foi comunista católico, daí muita coisa de uma biblioteca versando sobre estes dois temas. Lemos muita coisa em comum e para minha surpresa trago de volta um que havia dado a ele mais de duas décadas atrás. É pra chorar. Coloco tudo no portamalas do carro e ao ir olhando um por um, perdi a respiração. Como este mundo dá voltas e neste vai e vem, reencontros inimagináveis. Thaís é quase da idade do meu filho, ambos passando dos 30 e ao conversar com ela, carregando ali em seu portão os livros que foram de meu baita amigo, impossível não passar um filme na cabeça. Alguns deles, com o carimbo da Biblioteca Tuim estarão agora lá no meu Mafuá, outros levarei para o Caixote. Essa vida me apresenta surpresas que nem sei como explicar.

BERGOCCE E EU NA RODOVIÁRIA, PROSA SEM FIM
Meu amigo reginopolense e hoje, guarulhense, Fausto Bergocce, toda vez que vai se reegernizar em sua cidade natal, Reginópolis, chega vindo de Sampa, nos reencontramos na rodoviária, enquanto aguarda seu horário de embarcar no pinga-pinga e assim colocamos as conversas em dia. No último domingo, ele, corintiano como eu, perdeu o jogo de seu time - perdemos também o jogo - e sentamos lá no Fran's Café, quando me trouxe mais uma baletalada de livros de Reginópolis, pois os meus já se evaporaram. Ele foi conhecer o Caixote de Livros, que eu e a Rose Barrenha abastecemos com livros, toda semana, faça sol ou chuva e creio, teremos que inscrever seu nome junto deos demais autores de Bauru e região. Com duas horas pro seu embarque, falamos de tudo e a prosa é dessas de ir esquentando com o passar do tempo e, por fim, quase ele perde o horário. Dono de um refinado traço, este meu amigo, conquistado nos meus tempos quando atuei na Cultura Municipal, foi se fortalecendo e se revigorando com o passar dos anos. Agora, ele deve estar lá batendo perna, revendo amigos, circulando nos bares e conhecendo o novo prefeito de sua cidade, recém empossado, após a cassação do anterior. Voltará cheio de novas histórias e na próxima quinta, quando passará novamente por aqui, sentaremos novamente, quando me atualizará de tudo o que foi acumulando na cachola nestes dias. E se bobearmos, até perde o ônibus para seu porto seguro, lá em Guarulhos. Pelos amigos a gente vai e vem, conversas que nã oacabam mais.

desvendadando e destrinchando REINALDO CAFEO
O ORÁCULO DE BAURU: QUANDO SE TROCA O ECO DA BOLHA À HONESTIDADE INTELECTUAL, texto de Fernando Redondo
Reinaldo Cafeo, economista de renome local, se posiciona como uma voz influente no debate econômico regional e nacional. Mas, é curioso observar como sua narrativa parece cuidadosamente alinhada ao gosto de uma audiência específica – aquela que prefere a previsibilidade de críticas ao governo atual e a omissão de qualquer ponto que possa sugerir avanços ou conquistas.
Enquanto se apresenta como um arauto da “austeridade fiscal”, silenciosamente poupa o governo anterior, que multiplicou emendas parlamentares e explodiu o orçamento em negociações políticas para se reeleger. Um exemplo claro é sua omissão diante da polêmica envolvendo a possível tentativa do atual governo de taxação do PIX, que era Fake (mentira), deixando de informar que tal proposta partiu na "verdade" do governo Bolsonaro, feita pelo seu então ministro da Economia, Paulo Guedes. Apesar de agora criticar qualquer suposição de gastos ou mudanças no sistema fiscal, Cafeo evita mencionar que Guedes, fundador de empresas como Pactual, JGP e BR Investimentos, foi quem primeiro sugeriu medidas que onerariam o sistema financeiro utilizado massivamente pelos brasileiros.
A controvérsia Paulo Guedes
Vale lembrar que, além de sua gestão como ministro, Paulo Guedes carrega em seu histórico a polêmica da BR Investimentos, que captou mais de R$ 1 bilhão de fundos de pensão como Previ, Petros, Funcef, Postalis e BNDESPar. Esses investimentos, destinados a aplicações em educação, ainda são alvo de investigação da Operação Greenfield, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, que apuram indícios de gestão fraudulenta ou temerária. Apesar de negar qualquer irregularidade, Guedes permanece sob o escrutínio de investigações que lançam dúvidas sobre sua conduta ética.
Curiosamente, Reinaldo Cafeo nunca se debruça sobre esses temas em suas análises. Em vez disso, prefere perpetuar a narrativa de que o mercado e seus “heróis” são infalíveis, praticando um jornalismo que omite informações essenciais e distorce o debate público.
O economista “independente”
Cafeo gosta de se vender como um analista imparcial, guiado apenas pelos números. Mas as escolhas de suas narrativas dizem o contrário. Sua parceria com a elite econômica local, simbolizada pela atuação junto à Fundação Dom Cabral, reflete um alinhamento com os interesses daqueles que preferem ver o estado reduzido a um serviço de manutenção de seus próprios privilégios.
Quando o assunto era o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por exemplo, a adulação é quase caricata. Para Cafeo, não há espaço para questionar a independência de uma instituição que, em teoria, deveria equilibrar interesses públicos e privados. Afinal, qualquer sinal de crítica poderia desagradar àqueles que ele busca agradar.
A bolha que sustenta o economista
O que torna Reinaldo Cafeo relevante não é sua capacidade analítica, mas sua habilidade em repetir aquilo que sua audiência espera ouvir. Ele não apenas ignora contextos – como o impacto global de crises econômicas e sanitárias –, mas também amplifica narrativas que reforçam o medo e a incerteza. O resultado é um discurso que, ao invés de esclarecer, obscurece.
Cafeo critica o governo Lula por ser “analógico em um mundo digital”, mas sua própria narrativa é um clichê que poderia ter saído de qualquer editorial conservador dos anos 1990. Sua visão econômica está presa a dogmas que ignoram soluções inovadoras e inclusivas. No fundo, seu discurso não é sobre economia – é sobre preservar uma hierarquia social que o beneficia.
Conclusão: O analógico no mundo digital
Reinaldo Cafeo é o retrato de uma elite econômica que prefere viver em uma bolha, alimentada por discursos que validam seu status quo. Ele não é um economista no sentido pleno do termo; é um artista da conveniência, um orador que entrega à sua audiência exatamente o que ela quer ouvir.
Mas a pergunta que fica é: até quando? Até quando a sociedade aceitará análises superficiais que só servem para perpetuar um ciclo de desinformação? Talvez seja hora de substituir os oráculos de sempre por vozes que realmente desafiem o status quo – e não apenas o critiquem quando convém.
Por enquanto, é isso que temos: um discurso previsível para uma bolha que se recusa a estourar.