Quando comprei esse LP (bolachão), lá na saudoso Discoteca de Bauru, do Sílvio, eu tinha somente 18 anos. Esse sambão carnavalesco histórico fez minha cabeça para sempre. Não existe um só Carnaval que não me pegue cantando essa música, pois conheço sua letra de cor. Desenredo é do Gonzaguinha e do Ivan Lins (uma dupla e tanto, não?) e faz parte do LP, Gonzaguinha da Vida (Você se lembra daquela nêga maluca que desfilou nua pelas ruas de Madureira?), da EMi, de 1978. Sintam o clima:
"No dia em que o jovem Cabral chegou por aqui ô ô/ Conforme diversos anúncios na televisão/ Havia um coro afinado da tribo Tupi/ Formado na beira do cais cantando em inglês/ Caminha saltou do navio assoprando um apito em free bemol/ Atrás vinha o resto empolgado da tripulação/ Usando as tamancas no acerto da marcação/ Tomando garrafas inteiras de vinho escocês/ Partiram num porre infernal por dentro das matas ô ô
Ao som de pandeiros, chocalhos e acordeon/ Tamoios, tupis, tupiniquins, acarajés ou carijós (sei lá quem mais!)/ Chegaram e foram formando aquele imenso cordão,/ Meus Deus quibão/ E então de repente invadiram a avenida central,/ Mas que legal/ E meu povo vestido de tanga adentrou o coral/ Um velho cacique dos pampas sacou do piston/ E deu como aberto em decreto mais um carnaval/ E assim a 22 daquele mês de abril/ Fundaram a escola de samba Unidos do Pau-Brasil".
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