terça-feira, 16 de dezembro de 2025


CEI APROVADA COM CARTAS PREVIAMENTE MARCADAS E TAXA/CONCESSÃO DO LIXO COM POUCA ESPERANÇA DE SER REVERTIDA
O circo já estava armado quando a sessão da Câmara de Vereadores de Bauru teve início, na tarde desta eegunda 15/12. Ou melhor, o circo sempre esteve armado. Nunca algo aconteceu por ali de puro improviso ou por acaso. Tudo é de caso pensado. O que, no máximo pode ocorrer é o teatro dar errado. Talvez por não ter sido bem ensaiado ou por ser tão sem sentido, que não teria mesmo como dar certo. O que precisamos entender é que, essa contagem, a da votação pró-prefeita, a dos tais 17 x 4 (21 vereadores) tem acordos de bastidores sendo mantidos muito antes da ida e chegada dos vereadores na Câmara. Essa votação deles, a que se vê nos vídeos da Câmara é algo ensaiado, preparado e acontece com muita coordenação. Existe todo um bastidor, alguém indicando como deve ser o voto. No desGoverno de Suéllen Rosin, existe um método, um procedimento básico e isso está implícito no relacionamento com os vereadores. Simples assim. Todo e qualquer vereador que quiser continuar recebendo atendimento para suas reivindicações, ou seja, terem atendidos seus pedidos de procedimentos na cidade, tem que votar cegamente nas sessões. Do contrário, a fonte seca. Nisso, claro, evidente, não existe nada de republicanismo, mas de assistencialismo pueril e barato. Se acham que exagero perguntem, por exemplo, para o vereador Lokadora e ele tem atendido um só pedido para providências em seus ofícios. Pergunte também para o ex-vereador Guilherme Berriel Cardoso, se ele, por ser opositor da gestão de Suélle teve atendido seus pedidos de procedimentos, qualquer que fosse. 

Começo este texto deste modo e jeito. E não poderia ser diferente. Estamos diante de algo brutal dentro da normalidade dos procedimentos políticos na cidade de Bauru. Chego para assistir parte da sessão da Câmara, após ouvir de um vereador da oposição que, talvez a votação principal que ocorreria no dia, o da CEI - Comissão Especial de Inquérito, se aprovada receberia o crivo do esposo da alcaide, Roberto Purini, na escolha dos seus membros. Falou isso no campo das hipóteses, ou seja, deixa no ar, algo do procedimento intestino de como se dá a escolha de representantes para participar de comissões importantes dentro da dita Casa de Leis. Chego, sento e dou sorte, vi como se deu a escolha dos cinco membros compondo a tal CEI, finalmente aprovada. Ficaria muito feito não aprová-la, mas não havendo jeito, como os 17 x 4 estão em plena vigência, os cinco membros são da situação: Marcelo Afonso, Sandro Bussola, pastor Edson, Julio Cesar e Márcio Teixeira. No máximo o que poderia até ocorrer em qualquer decisão seria um 4 x 1, nada além disto.

O vereador Segalla vem ao microfone e pede para que a Casa aceite mais dois nomes, para que a oposição, mesmo sendo derrotada possa proporcionar debates e boas discussões. Os vereadores votam e aceitam a proposta. Cada vereador vota em dois representantes dentro de quatro nomes sugeridos: Estela Almagro, Eduardo Borgo, Natalino da Pousada e Arnaldo Ribeiro. Estele tem 13 votos, Arnaldo 12, Natalino 8 e Borgo 7. Assim sendo, Estela e Arnaldinho se integram na CEI. Arnaldo é declaradamente situação, pois nada vota sem que seu mentor, influente deputado federal, chefe de seu grupo lhe imponha. Creio eu, até poderão ter boas discussões, mas quando da votação, não passarão de no máximo, 5 x 2. No máximo, pois podem ser simplesmente 6 x 1. Na minha opinião, Estela terá holofotes para suas campanhas, nada além disto. Usará suas falas para sua propaganda, nada além disto, pois as decisões da CEI já são favas contadas. Não se espere nada, mas nada mesmo, como decisão a causar problemas ou percalços para Suéllen Rosin. Estes, como se sabe, não virão da atual composição da Câmara de Vereadores. 

Não permanecei mais no recinto da Câmara. Não havia motivo para tanto. Cheguei a presenciar como o atual presidente da Casa, o ex-Marquinhos da Diversidade, hoje somente Marcos Souza, de forma dura, implacável e muito autoritária tentou intimidar uma munícipe presente, a única a esbravejar no plenário. Marcos, quer queira ou não, não consegue esconder de sua atuação, a irreditível defesa de tudo o que Suéllen envia para aprovação, seja num simples papel de pão - escrevo isso, para explicitar o pouco aprofundamento nos pedidos, sem nenhuma sustenção, inclusive jurídica -, ou mesmo, com algum fundamento. Ele defende com unhas e dentes tudo o que venha de Suéllen. Não sei se existe meios de mensurar os reais motivos deste cego procedimento, algo alentado por outro vereador de oposição. Estive semana passada na festa aniversário do Mary Dota, junto das árvores cortadas inexplicavelmente no bairro e ali, ano após ano, todos sabem, festa com ampla participação do vereador, inclusive no caráter organizacional. Não existe como Marcos negar isso e assim sendo, volto a citar o que já o fiz no começo deste texto: Suéllen é fiel a quem está junto dela, nas alegrias e tristezas, saúde e doença. Marcos é fiel, inegável constatar isto, daí continua sendo beneficiado com organização desta festa, da Parada, etc. Isso quem diz não sou eu, mas a Rádio Peão, uma que tudo observa e comenta tudo pelas esquinas da cidade.

Ainda da Câmara, essa já tem como definitiva a votação ocorrida para concessão do lixo para empresa privada, mesmo com os vícios e distorções ocorridas quando da aprovação, todos com anuência do presidente da Casa, o mesmo Marcos Souza. Mesmo o caso já estando judicializado, ou seja, pode ser revertido e anulado, seguem o jogo como se isso fosse impossível de acontecer. Daí, mesmo com tudo o que foi visto ocorrendo na capital paulista, quando no exemplo dos resultados catastróficos da privatização da luz, uma cidade às cegas. Por aqui, será inevitável, o munícipe pagando uma taxa de lixo alta e um atendimento que, se deixa a desejar pela Emdurb, deve piorar e muito quando feito por empresa privada. Valeu mesmo o alto valor em questão, já definido no momento da concessão e isso, além de onerar os já combalidos cofres municipais, algo impagável num futuro bem breve, causará o caos quando os problemas começarem a pipocar. 

Saio da sessão, converso com quem está ali diante da Câmara, num protesto mais que válido, mas muito esvaziado. Enalteço o papel da CUT Bauru na distruição de panfleto bem didático sobre o quanto representará o aumento da conta de cada munícipe e expondo o nome dos vereadores que aprovaram isto tudo. Não tem como desdizer que, tudo o que vi acontecendo lá dentro não faz parte de um imenso Teatro de Horrores, onde cada apresentação custa os olhos da cara. Agora, a partir de hoje, os nobres edis desta cidade estarão de férias. Voltarão somente em fevereiro e até lá, como já se viu em outros procedimentos, a poeira deve baixar e quando o ano novo começar, os ânimos estão arrefecidos. Não ouse nem querer assistir a nenhuma dessas audiências da CEI, pois será pura perda de tempo. Para reverter isso tudo, só existe dois caminhos, pressão popular muito forte ou algo sendo desvendado, descoberto pelo Judiciário e algo ocorrendo nessa instância. Eu, cá do meu canto, continuo acreditando piamento que, essa administração, mais dia menos dia, não terá como, vai terminar seus dias dentro de um plantão policial. Creio que, perfeição não exista.

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