COMO É A CABEÇA DOS CONSERVADORES BOLSOMÍNIONS DE BAURU, REFLETIDA NO PEDIDO RETIRADA DE UMA FAIXA DIANTE DO MUSEU FERROVIÁRIO Como faço toda manhã, acordo e publico pelas redes sociais uma foto tirada por mim em Bauru, fazendo parte da sessão Cena Bauruense. Hoje foi publicada a de nº 226. O fiz com uma faixa que anteontem vi fixada na parte frontal do Museu Ferroviário de Bauru. Eis meu texto e a foto é essa do lado: “É muito bom tomar conhecimento que o pessoal dos museus bauruenses pensa desta forma e jeito. Parabéns pela coragem, ainda mais num momento onde a grande maioria se omite, se cala e nada diz. A inscrição na faixa fixada em frente ao Museu Ferroviário de Bauru, no início da Primeiro de Agosto é muito esclarecedora”.
Havia uma ponta de orgulho pela coragem, pois nesses bicudos tempos, ter um posicionamento já é um perigo, ainda mais confrontando com a bestialidade vigente. Não houve crítica contundente, nada acintoso, mas o repúdio expressado na faixa de forma límpida, clara e sem rodeios: “Os museus de Bauru repudiam os cortes de investimento e o desmonte da Educação brasileira”. Passei a ter algumas curtidas e dentre os primeiros comentários o de Ronaldo Gifalli, funcionário público municipal, lotado na Casa Ponce Paz: “Mas a faixa já foi retirada”.
Fui conferir e ao passar defronte o museu, ainda pela manhã, primeiro o vejo aberto ao público em pleno feriado de Corpus Christi e depois a fachada sem a faixa. Gifalli ainda publica: “Museus são lugares de reflexão sobre nós e nossa histórica e um apoio ao ensino formal. Quem será que retirou a faixa?”. Num outro post recebo a seguinte informação: “Inclusive fomos chamados de vagabundos”. Fico indignado e escrevo buscando ter mais detalhes sobre o que de fato teria ocorrido para a faixa ter sido removida: “Tomo conhecimento só neste momento que a faixa foi retirada após publicação de post no Facebook, com participação de alguns vereadores (sempre os mesmos) e outros desta cidade, indignados com o posicionamento dos museus. Esses querem e farão de tudo pelo boca fechada. Se dizem democráticos, porém na prática são os piores possíveis. Se alguém tiver o link dessa publicação, por favor, compartilhe para darmos nomes aos bois”.
A informação de onde partiu o ataque me chega numa foto printada de um post de uma figura bastante conhecida desta aldeia bauruense, Edson Crivelli. Fui conferir e o que encontrei é estarrecedor, pois em sua página no facebook somente grosseiros ataques ao PT, tudo centrado somente nesse enfoque, algo doentio e a não merecer nem mais resposta, pois dentre os que ali opinam, ninguém quer ser convencido de nada, estão carregados deste destilado ódio de classe, algo a os mover e consumir. Eis o link da publicação do cidadão: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=2491871584177921&set=a.437605536271213&type=3&theater. Pasmem, além da intolerância ali reinante, foram oito compartilhamentos e num escrito, pedido para intervenção do vereador Segalla junto ao prefeito.
Uma pequena nota sobre Edson. O conheci algumas décadas atrás, tinha um escritório de negócios na avenida Getúlio Vargas e estive pessoalmente ali, negociando o que fazia, chancelas. O perdi de vista quando fechou as portas. Hoje o reencontro desta maneira. Conheci outros Crivellis, um deles foi meu mestre em desenho na Escolinha da Rede, Itamir Crivelli. Dele tenho gratíssima recordação, pois devo a ele a minha letra e forma de escrever em formato de letra de forma. Um gentleman. Nada mais deles. Triste constatar no que se transformam as pessoas com o passar dos anos. Esses tempos sob o jugo do que de pior tínhamos no último pleito eleitoral, trouxe à tona um modo de pensar e agir oculto até então e hoje aflorado, latente e querendo impor isso como o correto para o país. Na verdade, representam o retrocesso e isso está explícito nos comentários feitos no post. Sem palavras. Chamar alguém de "vagabundo", sem nem mesmo o conhecer ou ao trabalho do museu é mesmo algo estarrecedor.
Não foi somente pela ação deste post o motivador da retirada da faixa e sim, por ligações variadas e múltiplas, inclusive de vereadores para o chefe do executivo local, o prefeito. Esses não mostram a cara abertamente, mas o fazem na sombra, surdina e assim tentam impor suas vontades. Pérfidos, pois não aceitam o diferente, serem contrariados e nenhum tipo de oposição. Pululam pela aí, se dizendo democratas, mas não mais aceitando o contraditório. Uma simples faixa os incomoda, os movem e ligam para pedir pela sua retirada. Quando não exigem cabeças. Defendem com unhas de dentes o que veio junto do golpe de 2016 e hoje se materializa com Bolsonaro. Pensam igual a ele, pior, também agem igual a ele. Esses os mais perigosos e alguns desses com clara intenção de serem candidatos a prefeito na próxima eleição. Se hoje, temos problemas mil com um prefeito possibilitando algum diálogo, com esses no poder nenhuma possibilidade. Nesses pequenos detalhes eles se mostram por inteiro e todos sabem muito bem quem são, o que representam e defendem. Bauru não pode deixar isso avançar sem uma resposta à altura. Se fazem isso com uma simples faixa, imaginem com o resto, o que farão com a administração desta cidade.
E por fim, a tristeza de ver o museu sem a tal faixa, em fotos tirada esta manhã. |
2 comentários:
Servidor público tem que servir a população e não ficar pregando mentiras partidárias.
Infelizmente o serviço público brasileiro está infestado de militantes socialistas.
A limpeza dessa cambada está apenas começando.
Resposta deste HPA:
Uma vergonha ler uma resposta como essa, vinda com toda certeza de um boçal, desqualificado, até porque um cagão, medroso, sem coragem para se identificar e dizer as besteiras com a cara e a coragem frente a frente. Representa o Brasil andando para trás, esse com a cara do vergonhoso presidente eleito. Só não deleto, pois creio é importante manter um comentário tão ignóbil, até para vencermos isso com garra, disposição e luta, muita luta se for preciso. Esse Brasil de Bolsonaro não há de imperar por muito tempo. Servidor tem que servir e se posicionar, não permanecer calado, indiferente e sendo cordeirinho. Cumpre um papel relevante os que se impõem corajosamente como os dos museus bauruenses.
Henrique - direito do mafuá
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