Diante disso tudo e muito mais, o descaso atual para com o tratamento da Saúde e a forma como age para conseguir o empréstimo de 40 milhões para o DAE, cujo presidente é seu futuro esposo e sem nenhum projeto consistente para sua utilização, ou seja, a greve é inevitável, justa e única forma de sensibilizar quem se mostra irredutível.
COMO É LINDO VER O MOVIMENTO ESTUDANTIL EM AÇÃO
Foi hoje pela manhã, terça, 08/04, no campus da Unesp Bauru e lá junto das salas 50, FAAC - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Design. Os estudantes estão em polvorosa com a situação de sua alimentação e moradia estudantil disponibilizadas pela universidade. Parei para ouvir e assuntar mais de perto o que ocorria. Eles disseram, no revezamento ao alto falante - não tinham equipamento de som, nem microfones - e sob uma resistente mesa de madeira maciça, entre as árvores do local.
COMO É LINDO VER O MOVIMENTO ESTUDANTIL EM AÇÃO
Foi hoje pela manhã, terça, 08/04, no campus da Unesp Bauru e lá junto das salas 50, FAAC - Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação e Design. Os estudantes estão em polvorosa com a situação de sua alimentação e moradia estudantil disponibilizadas pela universidade. Parei para ouvir e assuntar mais de perto o que ocorria. Eles disseram, no revezamento ao alto falante - não tinham equipamento de som, nem microfones - e sob uma resistente mesa de madeira maciça, entre as árvores do local.
Segundo ouvi, eles são em 6mil na universidade e até bem pouco tempo, a universidade disponibilizava somente 150 refeições diárias. Se juntaram e conseguiram aumentar este número para 1500, o que ainda consideram pouco, diante da quantidade de alunos. Numa das falas, muitasensibilidade para com as funcionárias da empresa terceirizada que lhes entrega as refeições. Segundo eles, somente duas e totalmente sobrecarregadas. Disseram também da situação da moradia estudantil, num local escuro, de difícil acesso, depois do trevo da rodovia e com poucos lugares disponíveis. Os lugares não passam de 40, totalmente insuficientes para a quantidade de estudantes necessitando de moradia.
As reivindicações principais são essas e das falas, consegui gravar uma: "Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu, aqui está presente o Movimento Estudantil". Arrepiei. Ouvi palavras de ordem de luta, dessas me fazendo voltar no tempo. Muitos deles estavam usando o boné vermelho do MST. Depois, abriram caixas de papelão e nelas, com pincéis e guache ali disponíveis, pintaram frases para cartazes. Sai antes do término do ato, mas segundo ouvi, iriram caminhar até a direção local do campus, onde esperavam ser recebidos e poder expressar de suas necessidades imediatas. Isso tudo me arrebata e me emolga para continuar na lida, luta e pelas conhecidas reivindicações que todos nós temos bem definidas dentro da luta que nos move.
obs.: Todas as informações aqui contidas foram passadas a mim pelos próprios estudantes, estes em movimento e em ação, na busca de melhor qualidade de vida no período dentro da universidade pública paulista.
Este livro é extremamente saboroso justamente por causa disto, deste detalhe. Eu o grifei muito, praticamente de cabo a rabo e misturando frases, ora de um, ora de outro, ambas se misturando e se alternando. Eles se fundem. Pé Vermelho acompanhou a fase mais triste da vida do Polaco, a de quando não conseguiu abandonar a bebida, principalmente muita vodca diária, já na fase escondido de sua companheira, que fazia marcação cerrada, mas ele escapulia e a vergava. Assim mesmo, sua produção sempre foi alta, primeiro como instinto de sobrevivência, depois para fluir o que existia dentro de si, clamando para pular pra fora de seu corpo, algo contínuo. Escrevia sem dó e piedade, sem se importar se isso iria agradar ou desagradar. Irritou a esquerda e a direita, implacável na sua linha de pensamento, porém, ninguém pode dizer não tido coerência e precisão cirúrgica. Eu gosto de gente assim, que faz a crítica, mas possui muito embasamento e quando existe interpelação contraditória, difícil argumentação contrária. Ou seja, ele escreve e argumenta, sustenta até o limite. Foi, sem sombras de dúvidas, uma pessoa admirável, amigo fiel – Pellegrini que o diga -, pois sempre dele se aproximando, avisava estar por perto e este dizia logo: “Venha”. O livro é isso, algo destes encontros, recordações bem vivas e pelo que percebi, sempre latentes, pulsantes, latejando. Os livros e textos do Pelegrinni são ótimos e a poesia perfuro-cortante do Leminski é eterna. Selecionei algumas frases, misturadas de um e outro:
- "Acho lindo tempestade, é o tempo em alta voltagem".
- "Eu não minto, cara, eu recrio".
- "O Leminski não é gente, é uma usina".
- "Essa naturalidade em cultivar a contradição, tão rejeitada pelos intelectuais amantes da coerência".
- "Durante décadas, andará com poemas xerocados numa pasta, para mostrar aqui e ali, em bares e lares, recolhendo as impressões de selecionados leitores, publicitários, jornalistas, músicos e poetas amigos".
- "Estes bigodões são homenagem pára Lech Walesa, porque foi o primeiro movimento realmente organizado contra o império soviético. (...) Até começar a desconfiar que não seria boa coisa trocar uma ditadura de direita por outra de esquerda. (...) Eu nunca me enganei com revoluções. São bonitas, empolgantes, mas, como são feitas por gente, logo viram monstros. Trotsky foi morto no México pela mesma revolução que queria instalar noi mundo todo...".
- "...revoluções são sinônimos de excessos, é quando a rotina e a realidade tida como normal e certa são viradas do avesso. (...) O meu cérebro trabalha o tempo todo porque é, ué, um tipo de cérebro como o são as usinas, que não podem ser desligadas".
- "Certo mesmo é que, além de livro mais lido de todos ostempos, como apregoam os pastores, a Bíblia é o mais adulterado".
- "Uma das cruéis ironias da vida: só osbem alimentados podem lutar pelos famintos. Os muito miseráveis nem sequer se revoltam: dseixam-se morrer à mingua. É preciso muita proteína para fazer uma revolução".
- "Escreve como quem fala entre respirações, ao contrário dos escritores escriturários, que se derrama por parágrafos intermináveis para pouco raciocínio ou rala ação. (...) Amigo não é quem quer agradar com boas palavras ou evita dizer palavras ruins; amigo é quem diz o que é preciso".
- "Todo grande escritor é autor de um idioma próprio, como também de uma também própria visão do mundo".
- "Depois de morto, é cult homenagear e citar Leminski. Por baixo dos bigodes, ele decerto sorri. (...) Anarquistas, dizia Leminski, não chegam ao poder, mas têm honra".
- "Viver é falar, morrer é calar-se, nisso está minha arte e catarse. (...) Quem se leva muito a sério acaba nos túmulos menos visitados do cemitério".
- "Eu disse, cara, que um dia as massas iam comer do biscoito fino que fabrico. (...) E o bonito não é a vitória, mas a luta".
POLACO - SOBRE ELE O PRIMEIRO LIVRO LIDO NESTE MÊS
O Polaco é muito mais doido que eu pensava ou imaginava. Domingos Pellegrini era seu amigo pessoal, o Pé Vermelho, paranaense de Londrina. E o amigo escrevinhou este livro, o "MINHAS LEMBRANÇAS DE LEMINSKI", DOMINGOS PELEGRINNI" (Geração Editôra, 1ª edição, 2024, 200 páginas), que passa longe de ser mais uma biografia. São lembranças do amigo, quase irmão, trechos aqui e ali, versando sobre algo que sua memória não esquece jamais. Polaco passou por sua vida e a marcou profundamente. E amigo mesmo, destes que se prezam, são amigos até na hora de criticar o outro, sentar e juntos confabularem sobre as contradições, um do outro. Estes dois exercitaram isso ao longo de suas vidas. Dos choques, poucas rusgas e muito mais de aproximação. Este livro é extremamente saboroso justamente por causa disto, deste detalhe. Eu o grifei muito, praticamente de cabo a rabo e misturando frases, ora de um, ora de outro, ambas se misturando e se alternando. Eles se fundem. Pé Vermelho acompanhou a fase mais triste da vida do Polaco, a de quando não conseguiu abandonar a bebida, principalmente muita vodca diária, já na fase escondido de sua companheira, que fazia marcação cerrada, mas ele escapulia e a vergava. Assim mesmo, sua produção sempre foi alta, primeiro como instinto de sobrevivência, depois para fluir o que existia dentro de si, clamando para pular pra fora de seu corpo, algo contínuo. Escrevia sem dó e piedade, sem se importar se isso iria agradar ou desagradar. Irritou a esquerda e a direita, implacável na sua linha de pensamento, porém, ninguém pode dizer não tido coerência e precisão cirúrgica. Eu gosto de gente assim, que faz a crítica, mas possui muito embasamento e quando existe interpelação contraditória, difícil argumentação contrária. Ou seja, ele escreve e argumenta, sustenta até o limite. Foi, sem sombras de dúvidas, uma pessoa admirável, amigo fiel – Pellegrini que o diga -, pois sempre dele se aproximando, avisava estar por perto e este dizia logo: “Venha”. O livro é isso, algo destes encontros, recordações bem vivas e pelo que percebi, sempre latentes, pulsantes, latejando. Os livros e textos do Pelegrinni são ótimos e a poesia perfuro-cortante do Leminski é eterna. Selecionei algumas frases, misturadas de um e outro:
- "Acho lindo tempestade, é o tempo em alta voltagem".
- "Eu não minto, cara, eu recrio".
- "O Leminski não é gente, é uma usina".
- "Essa naturalidade em cultivar a contradição, tão rejeitada pelos intelectuais amantes da coerência".
- "Durante décadas, andará com poemas xerocados numa pasta, para mostrar aqui e ali, em bares e lares, recolhendo as impressões de selecionados leitores, publicitários, jornalistas, músicos e poetas amigos".
- "Estes bigodões são homenagem pára Lech Walesa, porque foi o primeiro movimento realmente organizado contra o império soviético. (...) Até começar a desconfiar que não seria boa coisa trocar uma ditadura de direita por outra de esquerda. (...) Eu nunca me enganei com revoluções. São bonitas, empolgantes, mas, como são feitas por gente, logo viram monstros. Trotsky foi morto no México pela mesma revolução que queria instalar noi mundo todo...".
- "...revoluções são sinônimos de excessos, é quando a rotina e a realidade tida como normal e certa são viradas do avesso. (...) O meu cérebro trabalha o tempo todo porque é, ué, um tipo de cérebro como o são as usinas, que não podem ser desligadas".
- "Certo mesmo é que, além de livro mais lido de todos ostempos, como apregoam os pastores, a Bíblia é o mais adulterado".
- "Uma das cruéis ironias da vida: só osbem alimentados podem lutar pelos famintos. Os muito miseráveis nem sequer se revoltam: dseixam-se morrer à mingua. É preciso muita proteína para fazer uma revolução".
- "Escreve como quem fala entre respirações, ao contrário dos escritores escriturários, que se derrama por parágrafos intermináveis para pouco raciocínio ou rala ação. (...) Amigo não é quem quer agradar com boas palavras ou evita dizer palavras ruins; amigo é quem diz o que é preciso".
- "Todo grande escritor é autor de um idioma próprio, como também de uma também própria visão do mundo".
- "Depois de morto, é cult homenagear e citar Leminski. Por baixo dos bigodes, ele decerto sorri. (...) Anarquistas, dizia Leminski, não chegam ao poder, mas têm honra".
- "Viver é falar, morrer é calar-se, nisso está minha arte e catarse. (...) Quem se leva muito a sério acaba nos túmulos menos visitados do cemitério".
- "Eu disse, cara, que um dia as massas iam comer do biscoito fino que fabrico. (...) E o bonito não é a vitória, mas a luta".
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