Pois bem, o ainda não entendido foi que, após a ladainha onde se disseram indissoluvelmente defensores dos trabalhadores, a quase totalidade votou a favor do índice proposto pela alcaide. Mas como? Sim, foi isso mesmo e na voitação até a vereadora Estela Almagro, que tantas críticas (sic) faz para a atuação da alcaide, vota do jeitinho como ela havia preconizado para os de sua bancada. O único a votar contra, pasmem, foi Eduardo Borgo, cujo processo de cassação, por decoro parlamentar, continua tramitando por lá e quando emite seu voto, o pede com Declaração de Voto, afirmando o fazer contra, pois está a favor dos trabalhadores. Na verdade, pelo conjunto da obra do ocorrido neste dia, o eleitor fica confuso com a atuação dos vereadores, pois se o defendem, por que votam contra seus interesses? Pra bom entendendor, meia palavra basta.
PROJETO CIRANDA - CAIXOTE LITERÁRIO, NA RODOVIÁRIA NUM IMPASSE
Eu e Rose Flag Barrenha acreditamos muito nesse "negócio" de espelhar livros pela aí. O caixote lá no terminal todoviário tem essa pegada. A ideia é mais que boa e, neste momento vive um impasse. Os livros são lá colocados pra serem levados e lidos. Nada como o viajante se deparar com uma bela leitura e assim não viajar só.
Conto da nossa preocupaçào. Coloquei livros nos últimos sete dias por 3 vezes. Eles estão misteriosamente evaporando. Num dia, até para testar, abasteci e ao voltar horas depois, caixa já vazia. O que estaria acontecendo? Sem acusar ninguém, queremos continuar com o projeto e estamos dispostos a dialogar com quem está sumindo com os livros. Tudo bem, a gente sabe, este país deixou de ser normal faz tempo - se é que um dia o foi -, mas algo ainda pode ser feito, neste caso sem fazer nenhuma caça as bruxas. É que, eu e Rose gostaríamos tanto de ver os livros ali depositados sendo levados, um por um, mas com destino final a sua leitura. E nós somos difíceis de desanimar, muito menos desistir.
eu pelo rio de janeiro
REENCONTROS QUASE IMPOSSÍVEIS...Trombar com gente querida pelas ruas e pela aí, eis algo que nos move. Desta feita, dentro do terminal de ônibus urbano Gentileza, ao lado da rodoviária Novo Rio, indo de um lugar para outro, dou de cara na saída de uma escada com o DAVID, ex-inquilino lá no Mafuá da rua Gustavo Maciel. O último por sinal, pois com 3 cães, foi difícil arrumar residência com espaço para abrigar "seus filhos". Arrumou, se foi, mudou-se para o Jd TV, trabalhando no Confiança Flex, o lá ao lado da Rondon. Vez ou outra passando por lá, atualizávamos as conversas.E agora, ele chegando no Rio, de mala e cuia, indo para o novo lugar que o destino lhe reservou. Feliz da vida, amor novo, demorou, mas cá está. "Bauru não estava dando mais. Conheci novo parceiro, mudei o rumo completamente. Tinha que vir", me conta. E pergunto: "E os cachorros?". Ele: "Este foi o motivo de ter demorado tanto. Meses até definir e ter a certeza deles estarem num bom lugar. Não foi fácil. Só embarquei com a certeza deles estarem bem. Vou sentir muita falta, isso me toca profundamente, pois eles foram minhas companhia", resume.
Não pergunto mais nada. Trocamos um cordial abraço de boa sorte e o vejo seguir adiante, planos e expectativas renovadas. Elas e suas malas, uma vida toda dentro delas. David é mais que um batalhador. Essas são as belas surpresas que a vida nos possibilita nas viradas das esquinas. Mundo véio e sem porteira. Encerro com algo do profeta Gentileza, homenageado junto dos viadutos onde escrevinhava suas frases. Sua vida é conhecida, marcou época, a tragédia do circo pegando fogo e tendo nascido em Cafelândia, aqui pertinho de Bauru. Gentileza tem História - com H maiúsculo -, mas não podemos nos esquecer, foi sempre uma pessoa muito conservadora, fundamentalista na acepção da palavra. Nem um pouco progressista, porém, inegável ter deixado mais que uma marca registrada na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, enfim, "Gentileza gera Gentileza".
Nenhum comentário:
Postar um comentário