"Estrela Solitária - Um brasileiro chamado Garrincha", Ruy Castro, editôra Companhia das Letras SP, 1996.
Esse livro eu comprei e li a primeira vez em julho de 1996, dele extraí algumas poucas frases que repasso agora:- "Em muitas ocasiões, a vida de um índio na jângal brasileira valeu pouco mais que uma paca. Pensando bem, foi um milagre que alguns deles ainda tivessem chegado vivos ao século XIX" página 9
- "Nos anos 40, em que o futebol era como uma segunda natureza para toda a nação, o kit de sobrevivência de qualquer menino brasileiro incluia uma bola" página 30
- "Você joga de quê, meu filho" -, ele teria respondido: "De chuteiras". página 54
- "A graça estava em driblar, apenas driblar. Estava no futebol em estado selvagem e lúdico, que era como os índios o jogariam, se soubessem" página 64
- "...Garrincha era à prova de instruções" página 88
- "Antes de o jogo começar, o lateral adversário, quase sempre de um time pequeno, aproximava-se dele e sussurrava: Mané, quebra o meu galho. Estou pra me casar e meu contrato está no fim. Vê se não judia muito de mim, senão eu fico mal" página 209
- "Não bebo porque sinto falta de futebol", ele dizia. "Aliás, nem sei porque bebo. Só sei que, ao tomar umas pingas, quero logo tomar quatro" página 461
A narrativa de Ruy Castro é daquelas que você começa e não quer mais parar. Li vários livros dele e em todos o mesmo estilo. Um dos mais perfeitos biógrafos desse país. Primoroso texto.
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