quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

OS QUE SOBRARAM e OS QUE FAZEM FALTA (56)


QUEM NUNCA SOLTOU UM PEIDO EM PÚBLICO QUE LEVANTE A MÃO
Não pensem que só escrevo de coisa séria. Na maioria das vezes o faço de assuntos aleatórios, aliás, os de minha preferência e gosto. Hoje, quinta quente, mormaço, ameaça de chuvisco sobre esse abafado mafuá, eis que recebo a visita de uma dileta cliente e ela assim sem mais nem menos, solta um sonoro PUM dentro do meu estabelecimento de trabalho. Olho para ela de imediato e eis que desavergonhadamente me faz um sinal com a mão sobre o rosto, confirmando ter vindo de sua pessoa o estrondo. Rimos e eis que me ponho a escrever sobre o PEIDAR aqui nesse começo de tarde de quinta. Peidar todos peidamos, mas onde, como e por que?

Dia desses, a amiga Tatiana Calmon postou algo curto e grosso, uma só palavra em seu facebook: “Peidei”. Rendeu. Aliás, os assuntos escatológicos sempre rendem. Inesquecível e já contei isso aqaui num outro momento, repetindo agora. O cineasta baiano Glauber Rocha era um inveterado peidorreiro e quando numa roda, dessas chatas tinha uma maneira de dissolvê-la rapidamente. Sim, soltava um sonoro peido. Quem conta isso numa entrevista para a TV foi o amigo, também baiano, o escritor João Ubaldo Ribeiro. Diz ele, que Glauber era insuperável nessa arte. Queria eu possuir o mesmo poder destrutivo e o colocaria em prática em vários lugares. Reuniões infindáveis, modorrentas e chatas são ótimas para serem soltos gases letais.

Pela internet, fico sabendo de um Tratado Científico sobre a Flatulência, ou seja, tudo o que queríamos saber sobre peidos e nunca tivemos coragem de perguntar para ninguém. Está tudo aqui, bastando clicar a seguir: http://www.autoracing.com.br/forum/index.php?showtopic=30283. Esse aqui também é ótimo:http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/pagina_autor.php?cdEscritor=4962&cdPoesia=114999. Descobri a existência de um curioso e instigante livro, o “A Arte de Dar Peidos – Ensaio téorico-físico de 1751”, com uma resenha a seguir:http://www.interrogaes.com/2011/03/arte-de-dar-peidos-um-livro-imperdivel.html. Tem também esse, “A Arte de Peidar”:http://www.revistadehistoria.com.br/secao/gente-da-historia/dos-peidos-a-inquisicao. E o “Tratado de Peidologia”, obra de ninguém menos que Salvador Dali: http://samamultimidia.com.br/artigo-detalhes.php?id=2611. As citações são muitas, intermináveis, diria. Quem estiver predisposto a fazer uma consulta a contento, com tempo para tanto, irá se espantar com a quantidade de informações a respeito nos alfarrábios internéticos. Fico com esses e se agucei a curiosidade de alguns, por favor, fiquem à vontade e depois nos contem suas experiências.

Posso contar uma experiência não tão feliz que tive com um peido décadas atrás. Conto, mas prometam que não a repassarão para ninguém. Que tudo fique entre nós (só nós, viu!). Trabalhava no Bradesco, coisa de mais de 25 anos atrás, ia todo pimpão com meu carro a caminho de Duartina e já na vicinal, bem pertinho da cidade me deu aquela incontrolável vontade. Não deu outra, soltei. Para minha surpresa ele estava impregnado de um algo a mais, veio junto de algo pastoso e fiquei todo melado. Sem saber o que fazer, parei numa entradinha de terra, olhei para os lados, abaixei as calças, tomei ciência do estrago, limpei tudo com a cueca e segui viagem. Já em Duartina adentrei uma loja de um famoso turco e comprei peça nova. E é claro fui me lavar no banheiro do banco. De lá para cá, sempre que o faço tento me certificar se virá seco ou molhado.

Agora vou confessar a finalidade disso tudo. Lendo os jornais, vejo que Aécio está ameaçando Dilma de que faz propaganda antecipada, campanha antes do prazo. Ele mesmo viaja e faz o mesmo, Skaf, um que esteve ontem na vizinha Agudos, faz isso descaradamente pelo rádio a todo instante. Sabe o que tive vontade, a de soltar um sonoro PUM, daqueles ao estilo Glauber por todos os lugares que esses estiverem hablando suas inconveniências. Bom peido a todos e todas. E mais, ouço que deveríamos pegar leve com a refrão do bloco carnavalesco (farsesco e burlesco) "Bauru Sem Tomate é MiXto". Para esses, um sonoro...

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