MAURÍCIO MATTAR, O ENFARTE, ATENDIMENTO EM BAURU E OS DESTINOS DO SUS – COMO SERIA O ATENDIMENTO SE O PLANO GUEDES PARA O SUS JÁ ESTIVESSE FUNCIONANDO
O ator Maurício Mattar sofre princípio de enfarte quando em passagem por Bauru, recebe os primeiros atendimentos pelo SAMU, depois é internado em hospitais locais, na sequência agradece a forma como foi atendido, gerando diferenciados comentários. No dele, só elogios para tudo e todos. No de uma rádio local, a Jovem Pam, ops, digo, Velha Klan, o atendimento diferencial por se tratar de famoso artista, nada mais. Enxergam só um dos lados da questão, vesgos por natureza, insanos por osmose. Em outros, ressaltando ser esse o procedimento usual para com enfartados, sejam eles famosos ou não (verificar). O fato é que a vida do ator foi salva e hoje, outra coisa para se verificar, ele está passando por procedimento cirúrgico no hospital da Faculdade de Medicina de Botucatu, ligada à Unesp. Se foi passado na frente de outros, se tudo ocorreu fora dos padrões normais, se recebeu tratamento preferencial devido a alguma interferência, algo a ser averiguado, posteriormente informado.
O meu post trata de outra coisa. O SUS – Sistema Único de Saúde brasileiro é ótimo. Ponto. Passa hoje por gradativo e sistemático processo de destruição. Por enquanto, continua atuando com procedimentos impecáveis, algo inigualável mundo afora. Com apenas um ano de desgoverno Bolsonaro, uma profunda transformação em curso. Existe uma camuflada destruição do que representa o SUS para a população brasileira, quando novas regras visam estrangular o maior sistema público de saúde do mundo. Tudo começa já a partir de 2020, quando as cidades brasileiras receberão somente a verba referente à população cadastrada de suas unidades básicas de saúde. Isso oculta duro retrocesso. O insano ministro Paulo Guedes reduz gastos de tudo à sua volta, sem pensar nas causas sociais. Na impossibilidade de cadastrar dentro do prazo estipulado a 100% da população, o SUS receberá muito menos e não terá como continuar atendendo como faz até hoje. A população a necessitar desse atendimento é a mais prejudicada. Mattar teria o mesmo atendimento tivesse tido o enfarte quando da vigência do Plano Guedes? Evidente que NÃO.
Mais que isso. O modelo está ameaçado. Guedes propõe um novo modelo para o SUS. Hoje o sistema prevê não apenas vacinação ou consultas pré-natal, mas a garantia de atendimentos para procedimentos complexos, como cirurgias de grande porte, hemodiálise, tratamento de HIV, transplante ou quimioterapia. A intenção com a aprovação das medidas restritivas ao SUS é reduzir o papel do Estado a um mero comprador de serviços privados de saúde. “O sistema vai aos poucos se transformando numa grande rede particular de clínicas e laboratórios. Quem teoricamente pode pagar por conta própria que arque com os custos. Apenas quem não pode terá seu atendimento pago com recursos públicos, mas somente para uma cesta básica da saúde, que não inclui procedimentos complexos”, Guilherme Boulos em artigo para Carta Capital, publicado na edição dessa semana.
Minha modesta conclusão: Mattar estaria funbicado se já estivesse em curso o plano Guedes para o SUS, pois estaria findo o direito à saúde universal e integral dos brasileiros. Ele seria atendido pelo SAMU, seria levado para o Pronto Socorro, para hospital, teria os procedimentos iniciais garantidos, mas só. Na sequência, para ter os próximos, como o que faz hoje, a cara cirurgia, teria que demonstrar ser pobre e não ter recursos, do contrário, só o faria pagando. Eis a diferença. Quem concorde que aplauda, eu não o faço, pois até prova em contrário, com recursos ou não, Mattar já teria batido com as botas. Ou seja, tudo o que vem de Bolsonaro e sua equipe é maléfico, perverso, cruel, insano, doente e faca cravada nos costados dos interesses populares. Entenderam?
UM PERSONAGEM DE MINHA ALDEIA
EU TROMBO E ESCREVO - ESSE TINHA RODINHAS NO PÉS
Já escrevi dele outras vezes por aqui. O reverencio pelo que já fez na vida. Foi um caixeiro viajante desses pelos quais me curvo, conto e reconto a história. Durante décadas foi exímio vendedor de mapas e assim conheceu boa parte do Brasil. Descobriu esse filão, o fato das pessoas necessitarem ou ao menos terem vontade de ter um mapa em tamanho grande em seus lugares de trabalho ou mesmo residências, daí descobriu onde se fabricavam mapas e os comprava, principalmente os rodoviários, de todos os estados, também aqueles do país inteiro, divisão por estados. Com a algibeira cheia saia de ônibus estrada afora. Eu que já fui um mequetrefe caixeiro, o encontrei várias vezes nas estradas da vida, algumas vezes em lugares inimagináveis, nunca de carro, muitas vezes pelos terminais rodoviários da vida. Nos enfiávamos em lugares nem sonhados pelos vãs mortais. Eu com minhas chancelas, ele com os mapas, outros tantos com cada coisa que se a pessoa for analisar hoje, só mesmo o inexplicável para ver como fazíamos para vender aquilo tudo.
Hoje o reencontro com um olhar de tristeza, um tanto acabrunhado, sentado na marquise do Cisne Calçados, lá na parte baixa do Calçadão. me aproximo, puxo conversa e digo o conhecer de tempos atrás, ele me reconhece, falamos sobre o passado e me diz já estar aposentado, mas que hoje talvez não conseguisse fazer o que fez, da forma como fez e ter rodado tanto pelas estradas do país quase inteiro, num vai e vem, indo e voltando buscar mapas na fonte e sair distribuindo pela aí. Sua história merece uma parada com maior afinco e isso lhe prometi. Quero reencontrá-lo e juntos sentarmos num café, tipo o Cisne Café e prosearmos até não mais poder. Hoje foi só um aperitivo, um reencontro sem querer e o despertar de algo de nosso passado. Essas histórias, reviver isso de algo feito e sem muita possibilidade de reviver com as transformações do mundo atual é algo instigante, matando a gente por dentro. Muita saudade. Pessoas como ele me fazem dar voltas na vida, me transportam sem tirar os pés do chão e, confesso, como é gostoso fazer isso, ter o prazer de voltar no tempo assim num estalo.
Já escrevi dele outras vezes por aqui. O reverencio pelo que já fez na vida. Foi um caixeiro viajante desses pelos quais me curvo, conto e reconto a história. Durante décadas foi exímio vendedor de mapas e assim conheceu boa parte do Brasil. Descobriu esse filão, o fato das pessoas necessitarem ou ao menos terem vontade de ter um mapa em tamanho grande em seus lugares de trabalho ou mesmo residências, daí descobriu onde se fabricavam mapas e os comprava, principalmente os rodoviários, de todos os estados, também aqueles do país inteiro, divisão por estados. Com a algibeira cheia saia de ônibus estrada afora. Eu que já fui um mequetrefe caixeiro, o encontrei várias vezes nas estradas da vida, algumas vezes em lugares inimagináveis, nunca de carro, muitas vezes pelos terminais rodoviários da vida. Nos enfiávamos em lugares nem sonhados pelos vãs mortais. Eu com minhas chancelas, ele com os mapas, outros tantos com cada coisa que se a pessoa for analisar hoje, só mesmo o inexplicável para ver como fazíamos para vender aquilo tudo.
Hoje o reencontro com um olhar de tristeza, um tanto acabrunhado, sentado na marquise do Cisne Calçados, lá na parte baixa do Calçadão. me aproximo, puxo conversa e digo o conhecer de tempos atrás, ele me reconhece, falamos sobre o passado e me diz já estar aposentado, mas que hoje talvez não conseguisse fazer o que fez, da forma como fez e ter rodado tanto pelas estradas do país quase inteiro, num vai e vem, indo e voltando buscar mapas na fonte e sair distribuindo pela aí. Sua história merece uma parada com maior afinco e isso lhe prometi. Quero reencontrá-lo e juntos sentarmos num café, tipo o Cisne Café e prosearmos até não mais poder. Hoje foi só um aperitivo, um reencontro sem querer e o despertar de algo de nosso passado. Essas histórias, reviver isso de algo feito e sem muita possibilidade de reviver com as transformações do mundo atual é algo instigante, matando a gente por dentro. Muita saudade. Pessoas como ele me fazem dar voltas na vida, me transportam sem tirar os pés do chão e, confesso, como é gostoso fazer isso, ter o prazer de voltar no tempo assim num estalo.
ESCLARECIMENTO
QUEM É MESMO O ENERGÚMENO?O chargista Aroeira foi na veia com a melhor definição do que vem a ser isso de ENERGÚMENO, isso após o Bozo ter chamado o educador Paulo Freire por essa denominação. Bolsonaro é tudo de ruim que se possa qualificar e mais um pouco. Representa o atraso em todos os sentidos e meios. Valorizamos muito sua pessoa com a continuidade dessa falação no entorno do seu nome e atos. Precisamos criar coragem e combatê-lo nas ruas, sacando-o do poder o quanto antes. O que ele representa nós todos já sabemos, falta agora ação...
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