Vamos às respostas:
Segundo o Wikipédia: “A coxinha é um salgadinho brasileiro, de origem paulista, também comum em Portugal, feito com massa de farinha de trigo e caldo de galinha, que envolve um recheio elaborado com carne temperada de frango, queijo, calabresa ou vários outros tipos de sabores”. Não é isso o que ela me perguntou...
Tem também, ainda sacado do Wikipédia: “Coxinha é um termo pejorativo brasileiro, usado como gíria, e que serve para descrever uma pessoa "certinha", "arrumadinha". A gíria tem origem paulistana, todavia não identificada completamente. É alguém conhecido por ostentar um padrão de vida de custo elevado, e posturas políticas conservadoras. Aponta-se, também, o coxinha como aquele que se opõe com vigor a ideias políticas ou econômicas consideradas de esquerda. Sua contraparte é o termo mortadela”.
Eles tentam explicar algo da origem do termo: "A origem do termo é controversa, mas pode ter relação com a sua acepção primeira (salgadinho empanado e recheado). No entanto, em acepção diversa, há indícios fortes apontando aos anos 1980, quando era utilizado para apelidar os policiais paulistanos, que em intervalos de almoço e com vales-refeição de baixos valores (chamados pejorativamente de "vale-coxinha"), consumiam o salgadinho nas lanchonetes da cidade de São Paulo. Ao longo do tempo 'policial' e 'coxinha' passaram a ser sinônimos. (...) Outra explicação vem dos moto clubes. "Coxinha" é "aquele cara que sai para viajar de moto e, quando chove, encosta no posto da estrada e liga pedindo para alguém ir buscá-lo de carro", conta Reinaldo Carvalho, 55, presidente da Federação dos Motoclubes do Estado de São Paulo. "Tem cara que tem Harley-Davidson e não anda na chuva", debocha. "Talvez porque o camarada fique com as coxas bem postas junto à moto", especula o professor de português Pasquale Cipro Neto. Poderia também derivar do substantivo coxo e seu significado intrínseco, pejorativo de alienação e visão unilateral dos fatos. Assim coxinho, coxinha, enquanto diminutivo de coxo, aquele que apresenta uma extremidade mais curta que a outra ou a que falta uma perna ou pé (diz-se de objeto). Aquele que apresenta unilateralidade política”.
Wikipédia viaja e no campo da política define: “A expressão coxinha passou a ser sinônimo daquele que defende um status quo ao qual ele não pertence. Ele defende os ricos, pensa ser rico, mas na verdade é um objeto a serviço dos ricos. Um instrumento para subjugar os seus iguais. "Coxinha" se tornou um adjetivo para designar uma parte da população brasileira que fazia oposição ao governo tido de esquerda do Partido dos Trabalhadores”.
A revista Fórum, na busca de uma definição definitiva (sic) diz ter encontrado o Santo Graal: “Finalmente alguém explicou o surgimento do termo ‘coxinha’. Leia aqui: Está desfeito o mistério. Margarete Schmidt explica em detalhes, com um texto divertido e saboroso, além de plausível, o surgimento do termo que tomou o país de ponta a ponta”. Eis o link para leitura, o que acredito venha a ser o mais próximo da realidade e citado en passant pelo Wikipédia: https://revistaforum.com.br/.../finalmente-alguem.../. Num artigo publicado pela Folha de SP em 2015 outra definição num texto bem ao estilo do jornal: https://www1.folha.uol.com.br/.../1605686-coxinha-e.... A imprensa massiva busca suas definições e o Estadão também deu sua versão: https://sao-paulo.estadao.com.br/.../voce-ja-foi-chamado.../. Encerro com outra definição, a do blog Cidadania & Cultura, de Fernando Nogueira da Costa, em texto escrito em 2016: https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/.../por-que.../.
Ontem mesmo, alguém entrou num dos meus posts do facebook, desgarrado de sua manada e tentou defender o Senhor Inominável. Foi colocado no seu devido lugar e alguém fez uso do termo: “trata-se de mais um coxinha”. Eles pulularam muito mais pela aí, hoje menos, mas continuam em ação, pois como demonstrou a última eleição, o conservadorismo, bolsonarismo, fascismo, homofobia, milicianismo, neoliberalismo continuam mais que em evidência neste país, daí a utilização continua em franca utilização. Se ontem claudiquei na resposta, acordo hoje e a respondo até com muito detalhes, algo que nem sei ela terá paciência de ler até o fim.
OBS.: As ilustrações deste texto são todas do amigo Carlos Latuff e foram gileteadas via google.
A CASA PORTO DO RIO SEMPRE SAINDO NA FRENTE - ENFIM, ONDE NÃO BOTO MAIS MEUS PÉS...
Aqui em Bauru adoro ir numa certa padaria, frequentada por mim durante décadas, um bom pão - o que fez ir bem longe em busca deles -, preço honesto, mas um dos seus proprietários se tornou um ser provocador, pois instiga parcela de seus clientes e desta forma, afasta outras. Eu me afastei, pois não quero mais presenciar certos cartazes bem ao estilo da louvação bolsonarista e denegrindo tudo o que tenha leve conotação esquerdista, quiçá petista ou algo parecido. Está tudo explícito por lá, até na fixação da bandeira desfraldada com escritos direitistas ao lado. Ele continua gentil, sempre me ofereceu um aperitivo, como faz para com todos os demais, mas não fui mais. Abdiquei e não me arrependo. Tenho comigo que, não posso continuar frequentando e incentivando quem assim procede. Tem lugares onde tenho a certeza de estar diante de conservadores, comerciantes com posicionamento bem distintos dos meus, mas não são acintosos e dialogam, aceitam o contrário. Os que isso não é mais possível, deixo de gastar meu suado dinheirinho com eles. Assim, diante do posicionamento do amigo carioca, proprietário do restaurante cuja foto sai aqui compartilhada, ele talvez faça exatamente o contrário do que escrevi acima, mas diante da divisão que o país se encontra, sei que por causa de seu posicionamento, muitos deixam de lá estar, assim como procedo na tal padaria bauruense. O Brasil está assim, cada um faz suas escolhas. Eu faço as minhas, quem frequenta uns e outros lugares o faz não só pelos produtos ali oferecidos, mas também por tudo o mais que irá ali encontrar. Eis um dos motivos pelos quais frequento em Bauru, por exemplo, o Bar do Genaro, reduto já conhecido como da Esquerda. Assim seguimos...
EU QUERIA ESCREVER SOBRE AS COMPARAÇÕES DO JORNALISMO PRATICADO PELA CNN, MAS A BIA BASSAN O FEZ ANTES E ME CONTEMPLA EM TUDO - A IMPRENSA QUE ABOMINO
"Na primeira manchete, temos um verbo (protestar) que virou substantivo para mocozar responsabilidades.
O agente da frase, aquele sujeito sintático q acionou o verbo protestar, sumiu.
Mesma coisa em “morte de negro”. O negro morreu (intransitivo) ou alguém matou (transitivo direto) o negro?
Agora observem a manchete de baixo. Não tem responsabilidade mocozada. Tem ordem direta (sujeito + verbo + objeto) e voz ativa, que deixa bem claras as responsabilidades.
Faltou a motivação da depredação, mas o sujeito que aciona o verbo depredar dispensa motivações: são vândalos. Ponto. Hipocrisia total!", Bia Bassan.
ELE BEM QUE TENTA1.) "Leandro vem de longe, reúne o que tem, algumas vezes desce a pé, noutras de ônibus e como neste sábado passado, permaneceu boa parte do dia no cruzamento da avenida Nações Unidas com rua Marcondes Salgado, vendendo paçoquinhas, R$ 1 real cada e assim junta algum para ir tocando a vida até poder pensar melhor no que fazer, mas me disse, sua luta é intensa para conseguir algum emprego de carteira assinada. Sorridente e conversador ele investe o pouco que ganha em mais paçocas e pouco consegue levar para casa, mas diz que desistir não é com ele. Seguirá tentando", HPA.
2.) "É inspirador e ao mesmo tempo me causa extrema revolta (não ódio e tampouco indignação, q me parece sentimento classe média acomodada). Por conta da campanha eleitoral, nos últimos 15 dias abandonei o isolamento. Sou grupo de risco e meu lugar é quietinho em casa. Não deu. Todos os dias encontrei pessoas pedindo algo. Vendendo doces. O centro de Bauru qualhou de gente lutando por um trocado. Às vezes, eu olhava e meu olhar se perdia com tantas pessoas fundidas na vida. Muitas mulheres. Algumas com crianças de colo. Certo dia seguindo pela Primeiro de Agosto, a poucos passos da Gustavo Maciel / Praça Rui Barbosa, passo por uma jovem sentada pedindo dinheiro p comprar comida p o filho. Tinha somente um caminhãozinho (brinquedo) ao seu lado. Caminhei 20 passos e uma senhora e o filho tentavam inultilmente conter uma criança de uns 3 anos. Lindo o moleque. Serelepe. Cheio de energia. Se desgarrou da mãe que pedia esmola. O menino retornou em direção à mãe. A senhora comentou do perigo dele ir para o asfalto numa das ruas mais movimentadas do centro -- a Primeiro de Agosto. Nem falo do aglomerado da praça a espera do almoço servido pela igreja. Não sei o que será de nós. #ForaBolsinaro.#ForaMourai #ForaDoria #ForaRaul #ForaSuellen", Ricardo Santana.
3.) "É foda quando você vê por exemplo um sorveteiro com 60 anos ou mais ou pouco menos, mas que não consegue descansar, aposentar ou simplesmente não pode parar de trabalhar!!!", Bkl Bruno.
"SEI QUE A VIDA IÇOU AS VELAS MAS EM NOITES BELAS SOU NAVEGADOR"Escrevi hoje um texto sobre os lugares onde deixei de frequentar por causa do posicionamento político conservador e declaradamente bolsonarista de seus proprietários. Sentado sozinho aqui no mafuá no final da tarde, eu e o cão Charles, fuço minha coleção de CDs e LPs e neles encontro muitos que já ouvi demais no passado e hoje, pelo mesmo motivo citado acima deixei de ouvi-los. Fagner, Lobão, dois deles, vasculhando reencontro outros, como este CD que gosto muito, o "Amigos e Canções", Som Livre, 1998 do FOGAÇA. Consegui este CD quando a rádio Auri-Verde se desfez de parte do seu acervo e comprei um lote na Feira do Rolo. O gaúcho Fogaça embalou meus sonhos de transformação do mundo, tempos do grupo Almondegas e depois como letrista, na vozes de muita gente boa da MPB. Ele seguiu carreira política, ocupou cargos variados e se debandou para a direita golpista, apoiando e votando inclusive a favor da derrocada do país. Mais uma das tantas decepções. Assim mesmo não resisti e ao colocar pra rodar, treze canções. Escolho uma tão gostosa e ao relembrar tempos de antanho, não consigo imaginar o que se sucedeu com gente como Fogaça para ter mudado tanto. Escolho a LAGOA DOS PATOS, do Fogaça e Kledir Ramil, neste CD nas vozes de Kleiton, Kledir e o MPB4. Dói muito ver o Brasil assim tão desvairado...
Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=Z8L28e2Af8M
Letra: "Lá no fundo da lagoa/ Dorme uma saudade boa/ Longe desse céu sereno/ O coração pequeno/ E vazio ficou/ Sei que a vida içou as velas/ Mas em noites belas/ Sou navegador/ Lá no fundo da lembrança/ Dorme um resto de esperança/ De voltar à vida a toa/ À beira da lagoa/ Só molhando o pé/ Seja em Tapes, São Lourenço/ Barra do Ribeiro ou Arambaré/ Lagoa dos Patos/ Dos sonhos, dos barcos/ Mar de água doce e paixão/ Ah! Essa canção singela/ Eu fiz só pra ela/ Não me leve a mal/ Ela que é filha da lua/ Que ilumina as ruas/ Lá do Laranjal".
Nenhum comentário:
Postar um comentário