UM AMIGO DO PEITO (4)
ADEMIR ELIAS
Esse cara é daqueles pau para toda obra. Se existe alguém que expressa a famosa frase da música do Milton Nascimento, “amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito”, um desses é esse jornalista, que transpira o dia todo, molha literalmente a camisa naquilo que faz. E faz bem feito. Se me perguntarem em qual os órgãos de comunicação o Ademir já trabalhou eu acho que não consigo enumerar. Aqui por Bauru, nem sei se existe algum que ele ainda não tenha frequentado e dado o ar de sua graça. Hoje, pelo que sei tem duas frentes de trabalho, uma na TV FIB, quando bate cartão regularmente de segunda a segunda e na rádio 710 Jovem Pan AM, com suas participações nas transmissões esportivas, como repórter de campo ou de arquibancada (isso mesmo, ele circula por lá entrevistando os que comparecem aos jogos). Na FIB, a pauta é a sua cabeça e como ela é boa, sempre sai coisa boa por lá. Uma pena que, a TV é em canal fechado e nem todo mundo tem a possibilidade de assistir suas matérias.
Também não sei dizer a quanto tempo conheço Ademir. Sei que lá se vão umas dezenas de anos e sempre foi a mesma pessoa, simples, dedicada e um boa praça. Desses que você pode pedir de tudo, menos grana, pois isso, assim como eu, ele não tem para esbanjar. Tem o suficiente para tocar sua vida e o faz da maneira mais regrada possível. Nos últimos tempos ando o vendo circular pela cidade sem carro, penando um pouco mais para cumprir os compromissos todos, mas sem se vergar. Nessa semana sei que produziu uma excelente entrevista com o DarcyRodrigues (outro amigo), versando sobre algo que é um tanto inusitado (para o Darcy, que é branco e militar na reserva), a consciência negra, cuja data referente a Zumbi foi comemorada por esses dias. Darcy me ligou e me contou os bastidores da entrevista e eu me via assistindo os quinze minutos de bate-papo. Também o vi no jogo final do Torneio de futebol feminino, quando circulou pelas arquibancadas de microfone em punho. Ele foi o mestre de cerimômia na Festa da Consciência Negra, lá no Automóvel Clube e elegante como nunca, conduziu os rapapés com muita maestria. Tomamos umas juntos, na festa dos 49 anos de minha mana Helena e a cada reencontro, aprendo a admirar mais a forma despojada como esse grande amigo toca sua vida.
Ele nem sabe direito, mas admiro demais sua postura como cidadão. Eu cá no meu canto, branquelo que sou, torço a meu modo para que ele acabe sendo escolhido o novo presidente do Conselho da Comunidade Negra, para o novo exercício que se avizinha, em substituição ao velho Duka. Assim como Duka, tenho certeza, fará uma gestão de responsa e com um grande diferencial. É um cara merecedor e mais do que nunca precisa ser mais valorizado. Um grande abraço, meu amigo do peito Ademir Elias.
OBS.: Nas duas fotos, Ademir e meu amigão Duka e e na outra, com minha mana Helena.
Um comentário:
Me caro Henrique:
Confesso que esta sua mansagem foi uma das surpresas mais agradáveis que deparei nos últimos anos. Nem sei se mereço tantos elogios, mas fico deveras feliz porque os mesmos partiram de um amigo tão especial como voce. Tenha certeza que a admiração é recíproca e com certeza vamos compartilhar esta velha amizade por muitos e muitos anos, com as bençãos de Deus e de todos os Orixás. Grande abraço, Ademir.
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