CLASSE MÉDIA - MAX GONZAGA E BANDA MARGINAL
Essa música é uma das mais instigantes que ouvi ultimamente. Retrata fielmente como age nossa dita "classe média", papagaio de pirata de interesses que não são os seus. Abaixo a letra, a indicação do site do autor (www.maxgonzaga.com.br) e para quem quiser ouví-la, clique no Youtube: http://br.youtube.com/watch?v=KfTovA39GCs
Sou classe média./Papagaio de todo telejornal/ Eu acredito/ Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média,/ compro roupa e gasolina no cartão/ Odeio "coletivos" e/ vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos,/ Estou sempre no limite do meu cheque especial/ Eu viajo pouco, no máximo um/ Pacote CVC tri-anual
Mas eu "tô nem aí"/ Se o traficante é quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre gente ou tem enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com o Estado/ Quando sou incomodado/ Pelo pedinte esfomeado/ Que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado/ É camelô, biju com bala/ E as peripécias do artista Malabarista do farol/ Mas se o assalto é em "Moema"/ O assassinato é no "Jardins"/ E a filha do executivo/ É estuprada até o fim
Aí a mídia manifesta/ A sua opinião regressa/ De implantar pena de morte/ Ou reduzir a idade penal/E eu que sou bem informado/ Concordo e faço passeata/ Enquanto aumento a audiência/ E a tiragem do jornal
Porque eu não "tô nem aí"/ Se o traficante é quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre gente ou tem enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda a periferia toda/
Toda tragédia só me importa/ Quando bate em minha porta/ Porque é mais fácil condenar/Quem já cumpre pena de vida
Sou classe média,/ compro roupa e gasolina no cartão/ Odeio "coletivos" e/ vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos,/ Estou sempre no limite do meu cheque especial/ Eu viajo pouco, no máximo um/ Pacote CVC tri-anual
Mas eu "tô nem aí"/ Se o traficante é quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre gente ou tem enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com o Estado/ Quando sou incomodado/ Pelo pedinte esfomeado/ Que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado/ É camelô, biju com bala/ E as peripécias do artista Malabarista do farol/ Mas se o assalto é em "Moema"/ O assassinato é no "Jardins"/ E a filha do executivo/ É estuprada até o fim
Aí a mídia manifesta/ A sua opinião regressa/ De implantar pena de morte/ Ou reduzir a idade penal/E eu que sou bem informado/ Concordo e faço passeata/ Enquanto aumento a audiência/ E a tiragem do jornal
Porque eu não "tô nem aí"/ Se o traficante é quem manda na favela/ Eu não "tô nem aqui"/ Se morre gente ou tem enchente em Itaquera/ Eu quero é que se exploda a periferia toda/
Toda tragédia só me importa/ Quando bate em minha porta/ Porque é mais fácil condenar/Quem já cumpre pena de vida
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