domingo, 19 de junho de 2011

BAURU POR AÍ (54)

SEMPRE MINHA MÃE E MADÊ REPORTANDO AQUI A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO CELINA NEVES
Meu amigos, eu ando nessa semana numa amargura a me arrastar por onde caminhe. Tristeza encruada lá no fundo do corpo, dessas coisas que banho nenhum limpe. Voltei a circular pela Bauru após a morte de minha mãe, agora na maioria dos lugares junto do pai, um retinto senhor de 83 anos, ferroviário da Cia Paulista e a me ensinar coisas novas a cada dia. Como é gostoso conviver com os velhos (todos eles) que possuem coisas a nos ensinar. Cada momento é uma viagem nova, algo que não tem preço. De dor em dor, a vida segue em frente, ainda meio sem rumo e prumo. Do dia de hoje, um domingo ensolarado, informo para os amigos (as) de plantão que, minha família marcou uma missa de Sétimo Dia para minha mãe. Será às 18h30, na Paróquia Universitária do Sagrado Coração, Jardim Panorama e antecipo aqui a LEMBRANÇA que estaremos distribuindo aos que lá estiverem. Essa italiana, dessas que não perdia a oportunidade e estando onde estivesse, diante de quem estivesse, falava o que tinha que ser falado e da forma que lhe convinha. Era de um vapt-vupt que ainda não consegui seguir à risca, mesmo querendo. Estamos sempre diante de tantas situações onde acabamos por nos calar, engolimos o sapo vivo, mas com ela isso não acontecia. Soltava o verbo e muitas vezes a recriminei por isso, pedindo calma. Hoje reconheço, queria muito é ser igual a ela e falar tudo o que sinto na cara de uns e outros. Ainda chego lá. Ela está fazendo uma falta danada para todos de minha família.

Como nem só de tristeza tocamos essa vida, escrevo de algo que muito me alegrou nessa semana. Tenho um carinho muito grande por muitas pessoas dessa Bauru. Uma dessas é MADÊ CORREA, atriz e diretora de teatro, passando por péssimos bocados, com a saúde debilitada. Escrevo no passado, porque a revi toda pimpona na festa de abertura do Espaço Cultural Celina Neves, na noite de sexta. Bem mais magra, falante (deu a volta por cima e com louvor), contando histórias, cheia de planos e com algo que também não me sai das mãos, uma máquina fotográfica. Ela aderiu a esse negócio de ficar registrando tudo e todos. Eu, com a cabeça ainda meio desparafusada, cheguei lá com a minha quase sem bateria e ela me salvou a noite, pois me envia fotos lindas lá tiradas. Junto delas, um pedido, que para mim é quase uma ordem: “Posso publicar um texto no seu blog?”. O texto está logo abaixo e tenham certeza, é um relato de alguém que deu um baita de um trança pé no que a vida queria lhe aprontar. Madê mora no meu coração, priva de minha sincera amizade e é dessas pessoas valorosas, sempre cheia de gás e com uma resistência inesgotável. Da festa que a família Neves propiciou para Bauru (e ainda não foi percebida), nada melhor do que ela para fazer um relato, escrito e fotográfico:

SENHORAS E SENHORES, COM VOCÊS O CENTRO CULTURAL CELINA NEVES!
Até parece brincadeira, mas como num piscar de mágica vislumbramos nessa sexta feira um novo local com o qual todos os artistas de Bauru sonhavam tanto: a Casa da Tia Celina, ou Vó Celina, se transformar em um novo Centro Cultural...

E que qualidade! E que esmero! Quanto trabalho feito a várias mãos de amigos que se juntaram e ainda se juntarão para transformar o que era aquela casa em um local onde se respira cultura e arte por todos os pólos...

O que mais me fascinou foi o carinho de todos ao nos receberem lá. E na entrada tinha uma bilheteria linda que eu e a Priscila Lellis estreamos (foto 1 e 2).

Depois fomos encontrando os amigos: eu , Chico e Huxley perto da escada (foto 3)

Daí dei de cara com o amigo Henrique Perazzi e o fotógrafo do Jornal da Cidade, o Quioshi Goto, na cozinha que também é a Reserva Rebordosa...adorei...rsrsrsrs! (foto 4)

Eis , então, que aparece o Paulo Neves vindo lá dos fundos... Veio me cumprimentar, agradecendo a presença...
- O que é isso, Paulo Neves? Quem tem que agradecer somos nós, por podermos fazer parte desse elenco maravilhoso! – digo e repito com todas as letras. E junto estava quem? A maravilhosa Regina Ramos, grande amiga e parceira em muitos projetos. (foto 5).

Com minha minúscula câmera digital (minúscula se comparada à do Goto, é claro!) dei um flagra na área de serviço em Priscila Lellis, Regina Ramos e Marco Giafferi, outro grande amigo...(foto 6).

E aí começa o espetáculo de Plínio Marcos “Balada de um Palhaço” no fundo do quintal onde está localizado o teatro, com os maravilhosos atores Diego Dac e Marco Aurélio Ribeiro com a supervisão brilhante do
Paulo Neves. (fotos 7, 8 , 9 e 10).

A Malú dançou e foi lindo...muito lindo...uma trilha sonora belíssima, movimentos fabulosos e precisos, acordes e movimentos numa combinação perfeita. ( foto 11)

Convidados todos para o brinde na cozinha...Que delícia! Todos se confraternizando em nome da arte!

Isso faz o coração explodir dentro do peito. Estou feliz de verdade ao ver que um rapaz como o Thiago arregaçou as mangas e botou a cara a tapa. Juntou os amigos, os alunos do Curso Livre Paulo Neves e com garra e determinação fez a casa de sua avó se transformar num Centro Cultural. (foto 12)

Olha o brinde! (fotos 13 e 14)

Senti falta da querida Thalita...Mas sei porque não estava presente. Ela está terminando seu curso de Direção Teatral em Curitiba, no que faz muito bem.

Mas para encerrar gostaria de deixar essa frase que escrevi para aúltima foto (foto 15): “A árvore de laranja da Dona Celina continua no quintal , agora palco!”. Dona Celina onde estiver deve estar orgulhosa de todos: filho, netos, amigos e artistas da cidade de Bauru.

Que delícia! Muitos aplausos a todos!".

Madê Corrêa, atriz, diretora teatral e dramaturga da Cia. de Artes “Celeiro da Arte.


OBS.: Essa árvore no quintal da casa de dona Celina me faz lembrar das muitas plantadas e mantidas por minha mãe. Só aqui na calçada defronte um terreno onde moro são seis. Uma diferente da outra, frutos que ficarão para, iguais a de dona Celina, ao serem vistas, nos lembremos sempre de quem as plantaram. Para mim, uma história sempre possui um elo de ligação com outra. Estabeleço isso em tudo o que faço. FELICIDADE IMENSA foi também a ocorrida por saber que um touro voltou para casa, TATIANA CALMON saiu do hospital forte e fagueira, vivaldina da silva. Ela e minha mãe são daquelas que chamava de Touros, fortes, aroeiras puras.

7 comentários:

Anônimo disse...

Henrique
Nossos sentimentos e desejo de coragem e força neste momento da vida. Procuraremos ir na missa.
Amilton Sobreira e Marcia Nava

Anônimo disse...

Querido Henrique,
Não poderei estar presente devido as minhas atividades religiosas na Aldeia, exatamente domingo às 18h. Mas com ctz estou vibrando desde já pela luz a todos vocês.
Axé, meu amigo.
Ricardo Barreira

Anônimo disse...

Ficou maravilhoso, Henrique...
Mto obrigada. Adorei seus comentários...
Beijos
MADÊ.

Anônimo disse...

Henrique,

Estarei presente com minhas orações.
Um grande beijo,
Regina Maria da Matta Guimarães

Anônimo disse...

Olá Henrique,
Meus sentimentos, grandes abraços a seu pai, a prima Edi, irmãos e todos aí; estaremos em pensamento na cerimônia e estaremos fazendo nossas orações daqui. Ana e Rafael também vos abraçam e pedem que o grande poder da luz de nosso grande Pai e Criador esteja a iluminar-lhes, Eni deixa-nos realmente grandes saudades!
A disposição, Odacir, Ana, Rafael - São José dos Campos

Anônimo disse...

Henrique, não deu tempo. Eu recebi o recado somente após chegar de Garça. Sinto muito por voce e demais familiares.
Vai ficar no coração, acredite.
Waltinho e Virginia





Henrique. Tem uma passagem que ilustra bem a maneira solidária de sua mãe.
Certa vez, quando fui aprovada no concurso da Fundação Casa, vi-me numa situação complicada.
Tinha de saber fazer artesanato e executar oficinas junto aos adolescentes. (eu não entendia nada disso)
A D.Eny, prontamente me recebeu em sua casa, lá bem pertinho da nuno de assis, onde com certeza todos voces viveram muitas histórias.


Sua mãe, muito criativa com seus alunos, sabia muito.
Então me ensinou que todos os saquinhos de leite vazios, ela lavava e os reutilizava, cortava em tiras e dali com uma agulha de crochê, transformava em um chapeu de plástico, muito bacana.
Bonito de ver. Aprendi, fui devolver ela não quis. Deu-me de presente.
Tenho esta obra de arte em casa. Quando sentir saudade, venha ver .
um beijo no coração

virginia

Anônimo disse...

Caro Henrique, de novo renovamnos nossos sinceros pêsames a vc , extensivo a toda família!
Por motivo de força maior, não pudemos estar na missa de 7º dia da sua falecida mãe. Abraço. Rubens Colacino