Mafuá do HPA

INTERVENÇÕES SUPER-HERÓI BAURUENSE (03) e MEUS TEXTOS NO BOM DIA (128 e 129)

O GOVERNADOR NÃO VEIO. ELE AJUDARIA O GUARDIÃO A DESVENDAR DESFALQUE CRIMINOSO DA AHB?

O Guardião estava a postos no último sábado, em sua terceira intervenção para entregar uma imensa documentação para o Governador paulista, Geraldo Alckmin, que visitaria Bauru nesse dia. Sim, a obra cuja inauguração foi adiada, todos sabem de sua importância e de que ainda não está totalmente concluída. Seria uma inauguração de algo ainda em obras, como muitos políticos adoram fazer. E o momento seria aproveitado para pedir ajuda para tão importante autoridade, tentando resolver uma pendenga sobre os mentores de um crime hediondo contra o erário público da cidade, o que uma “thurma” fez com os cofres da Associação Hospitalar de Bauru. Num momento onde se fala que as dívidas desse hospital, tudo estaria sendo repassado para mais uma empresa botucatuense (aos moldes do que já é feito com o Hospital Estadual), não seria de bom alvitre fazer a transição sem antes dar nomes aos bois, identificando quem foram os responsáveis pela derrocada daquele importante hospital bauruense. O documento será entregue quando o governador vier (talvez até com a obra quase pronta), pois Guardião não se furtará de fazê-lo e talvez até na presença do ilustre deputado estadual por Bauru, Pedro Tobias. Tavez os dois juntos possam fazer algo nesse sentido, afinal lutam por Bauru. Quem viver verá. PS: Guardião, o super-herói bauruense estará aqui toda segunda, por dez semanas seguidas e um dia antes, domingo, no blog do desenhista Leandro Gonçalez: www.desenhogoncalez.blogspot.com. Sugestões de suas próximas intervenções serão sempre bem vidas.

CALOTE COMO SOLUÇÃO – artigo publicado no diário bauruense BOM DIA, 04/06/2011
A Europa está em convulsão. Uma das maiores idéias do século XX, a criação da moeda única, o Euro, a unificação econômica do continente está em risco. Isso porque uma parte da elite européia, capitaneada pelos países mais ricos não querem dar espaço para a implantação da verdadeira cidadania entre as nações. A identidade pretendida lá atrás não foi alcançada e nesse momento de crise, ao invés de lutar pelo todo, alguns preferem que tudo venha abaixo a defender a união. Grécia, Portugal e Irlanda vivem seu inferno astral e estão atoladas em monstruosas dívidas, impagáveis, por sinal. A Espanha navega numa turbulência inusitada. Um país, o primeiro a entrar pelo cano demonstra que o caminho pode muito bem ser outro, a pequena e fria Islândia. Lá a bancarrota veio e dolorida, com quebradeira generalizada. Tudo demonstrava que seus mandatários continuariam a seguir as regras do pensamento único. Duas rebeliões populares mostraram outras opções, os bancos foram forçados a quebrar, alguns de seus executivos foram colocados na cadeia e aos credores internacionais ficaram sem receber. Sabe qual o resultado? É o país a se sair melhor, mais do que todos a contarem com apoio da União Européia. Um calote de vez em quando não faz mal a ninguém. Nesse e em outros casos mostra ser remédio saneador. Sou adepto de alternativas outras em tudo o que fazemos, inclusive na vida pessoal. Relembro a pressão sofrida pelo Brasil para ingressar, sob as benções dos EUA, na Alca. Ao seguir caminho oposto, junto ao Mercosul, a salvação e o crescimento. Insistindo com Agneli na presidência da Vale incidiríamos no mesmo erro. Fuja sempre do lugar comum, essa pode ser a saída.

SAIR DO ARMÁRIO – artigo publicado no diário bauruense BOM DIA, 11/06/2011
Já perceberam como nesse país as pessoas dificilmente assumem ser o que realmente são. No programa de rádio que ouço pela manhã o locutor apregoa: “Acabou esse negócio de direita e esquerda. Coisa do passado”. Mas seria isso mesmo? Verificando procedimentos na maioria dos países latinos, tudo ocorre mais assumidamente. No Chile, por exemplo, logo no início de qualquer conversa o sujeito te fala na lata: “Sou de direita”. E a conversação corre solta, cada um no seu quadrado, sem maiores traumas, com todas as peças expostas no tabuleiro. Faça o mesmo no Peru, Equador, Argentina, Uruguai, Panamá, EUA e vejam se não ocorre o mesmo. E por que aqui não? Costumeiramente ouço a grande maioria a defender o neoliberalismo, o mercado como um deus e nenhum deles se dizem de direita. São todos democratas, no máximo liberais, nunca conservadores. São na verdade, medrosos. Assumir o que de fato se é não faria mal a nenhum desses. E por que não o fazem? A classe dominante brasileira e seus asseclas sempre agiram assim, fazem e acontecem, mas na hora do vamos ver, tiram o pé do freio e se colocam como os mocinhos da história. Enganam alguns, os incautos. Vigora por aqui um balaio onde tudo é tentado ser colocado no mesmo patamar. Impossível isso, pois os discursos e as práticas são antagônicos, não se bicam. Apregoam o fim da luta de classes. Cito exemplos. Como poderiam ser enquadrados os personagens da vida bauruense Ricardo Coube, Marcelo Borges, Pedro Tobias, Domingos Malandrino, Reinaldo Cafeo, Maurício Lima Verde, Chiara, Duda Trevisani, Airton Caetano, Ivan Goffi, Tio Gastão, Segalla, Cássio Carvalho, Joseph Saab, Carlos Braga, Jair Manfrinato e tantos outros? Direita ou esquerda? Poderiam me perguntar, mas de que vale isso? Vale só para estabelecer nunca ter deixado de existir dois lados na mesma moeda e um de costas para o outro.