sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
COMENTÁRIO QUALQUER
COMPARAÇÕES: COMO AGIA O JUDICIÁRIO (E MESMO A MÍDIA) NOS GOVERNOS PETISTAS E COMO AGE HOJE
Analisemos como age o STF e tudo o mais em tempos de governos populares e agora, em governos mais duros, de cunho direitista e autoritários. Independente de quem os tenham colocado lá, não existe e não deve mesmo existir uma dependência e subserviência com quem os escolheram e daí, quando de alguma pendenga jurídica com este, um jeitinho de compensar. Quem faz isso ou age assim não merece respeito e consideração, trata-se de um pulha. Todo escolhido para cargo desta envergadura deve em primeiro lugar responder somente pela justa aplicação da lei, doa a quem doer. Mas isto de fato ocorre3?
Claro que não. Vejam como comecei a escrevinhar este texto. Voltemos lá atrás só para analisar como o STF e todo o meio jurídico agia quando Lula ou mesmo Dilma estavam no Governo. Qualquer coisa existia um prolongamento jurídico sem fim, com detalhes e impedimentos beirando as raias da insanidade. Mais do que perceptível uma trama contra os interesses de quem faz a defesa dos menos favorecidos e agem em prol desses. Dificuldade em cima de dificuldade e tudo para ir atravancando o processo. A coisa só acontecia sob pressão, da opinião pública, meio político e tudo o mais. Não existia a mínima possibilidade de algo ser feito fora do que esse meio jurídico estabelecia como regra. Lula padeceu muito disso e Dilma idem, até mais, pois seus governos foram em outro momento do país. Quem não se lembra do que foi feito para impedir Lula de ser ministro de Dilma. Juízes pipocavam um atrás do outro, dos lugares mais distintos do país e com impedimentos variados, até conseguirem barrar a iniciativa. Fizeram isso o tempo todo.
Voltemos para os tempos onde Temer foi o presidente e agora, quando Bolsonaro o é. Ocorre o mesmo que naquela época, a mesma pressão jurídica e da mídia em cima desses? Evidente que não. Temer conseguiu colocar em seu ministério quem ele bem quis, assim como Bolsonaro e ninguém no meio jurídico se alevantou ou esboçou qualquer reação. E me digam com a máxima sinceridade: Muitos dos que assumiram agora são imensamente piores e mais enrolados dos que tudo o que estava sendo proposto por Lula e Dilma. Concordam? Pois bem, por que ocorre isso? Mais do que nítido um envolvimento do Judiciário brasileiro com o que ocorreu em 2016 ao país, o golpe que derrubou Dilma e depois na sequência com a eleição de Bolsonaro. Imaginemos se o tal motorista que fazia depósitos variados e altos em contas da família Bolsonaro tivesse, por exemplo feito nas da família de Lula, o que já teria acontecido com este? O mundo jurídico estaria em polvorosa e o país de pernas para o ar.
Não acontece nada hoje. Ontem o STF deu um belo exemplo de como diante de um Governo duro, se apequenam e jogam o jogo conforme estabelecidas pelos novos mandatários. Antes uma prática bem diferente das de hoje. Isto serve para tudo à nossa volta. Volto a perguntar: por que o Judiciário e também a mídia agem assim? Num regime de exceção, como o que veladamente estamos vivendo hoje, o medo paira no ar, flutua ao sabor do vento. Poucos, mas muito poucos mesmo são os corajosos ainda com disposição para peitar o que está florescendo. Ninguém quer arriscar o seu soldo e defender o rigor da lei, quando se sabe que forças superiores estão agindo abertamente e descaradamente a favor dos que estão no poder. Foi construído um monstro jurídico e também midiático para salvar os que chegam e continuar culpabilizando os que se foram. Quem fica no descrédito com isso tudo? Respondam se puderem. Comece a pensar como as coisas mudaram e para pior, para muito pior. Se antes existia de fato algo denominado democracia, o respeito as leis pelos governantes, hoje existe um trator funcionando e fazendo de tudo “terra arrasada”.
Isto não é normal. Não estamos vivendo dentro da normalidade pela qual estávamos acostumados. Mesmo assim você consegue culpabilizar o partido que estava no poder como o pior que já tivemos e o grande culpado de tudo o que passamos hoje? Um pouco de sensata reflexão não faz mal a ninguém. Imaginemos se Haddad tivesse ganho o pleito e feito uso da cadeia de fake-news utilizada por seu adversário, dessa fábrica de fakes, cuja ramificação também remete para Bauru, onde aqui existia um escritório a exercer esse hábil, ilegal e escandaloso recurso? Ousem imaginar o que já teria acontecido com ele. Façam suas reflexões e constatem se tudo o que escrevi faz ou não o maior sentido?
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