sexta-feira, 5 de abril de 2019

COMENDO PELAS BEIRADAS (70)


O FATO É TER TANTA COISA QUE JÁ PASSOU DOS LIMITES...
Vivemos tempos mais que embromados no mais total e completo absurdo, algo tão inusitado que, nem quando estávamos a divagar, naquela viagem conseguida com um alucinógeno de alta potência, atingíamos algo tão fora de órbita como nesse atual momento político, tudo propiciado pelos atuais governantes instalados da forma mais inadequada possível no Palácio do Planalto. São muitas novidades, diárias e uma em escala maior que a anterior. No início achei que foram ali colocados pelo atual presidente, também eleito de forma ainda muito mal explicada (e pouco investigada), para exatamente confrontar e bater de frente com tudo o que tínhamos de convicções e mesmo, instituições sólidas, essas coisas. Se fossemos a favor de algo, ele estaria se contraponto com seu ministério com algo no mais completo lado oposto, mesmo sendo um absurdo sem precedentes, tudo para, além de rir na nossa cara, demonstrar que veio e está lá, foi ali colocado para isso mesmo, promover a bagunça geral na nação e na cabeça dos ainda sensatos. Fez e continua fazendo isso e muito mais. Ele todos são mais que loucos e insanos, são doentes, pirados e se agem como se estivessem o fazendo dentro da normalidade, são muito piores do que pensávamos.
Enfim, vieram para fazer isso mesmo, a insanidade é isso, como o país aceitou (e aceita) isso? Cite algum deles com a cabeça no lugar, um só que não viaje na maionese? E isso tudo, mesmo tão evidente, continua em plena vigência, sem cobranças de grande alvitre, pois existe um emaranhado de envolvimentos, laços de poder a sustentar essa barafunda, um dando suporte ao outro. Imaginem os senhores, se existisse de fato uma imprensa investigativa nesse país, algo já não teria sido desvendado, pois tudo está tão evidente, bastando uma mera puxadinha no fio dessa meada e o castelo se desmoronaria facilmente? Mas nada acontece. Imaginem os senhores, se existisse alguma disposição do Judiciário deste país em seguir a Constituição que ainda nos rege, se esse ainda continuariam pela aí? Impossível. Mas não movem uma palha nesse sentido. Imaginem os senhores, se o sapo barbudo agisse da mesma forma e jeito, o que já teria acontecido com o país? Estamos nas mãos desses, os insanos e parte dos daqui do andar debaixo, ainda tentando sobreviver sem altercações diante desse quadro mais que demente. Como é possível? Só nós mesmo, driblando tudo e todos, se fingindo de mortos. O que falta mais pra gente se instalar nas ruas e dela só sair quando tudo estiver devidamente sanado? Escrevinhações como essa tem inexpressiva valia, pois nas ruas percebo, além da indiferença, aliado a ela, um não conhecimento de fato do que ocorre e do pouco que conseguem sacar, ainda se vê muitos dando razão para quem nos crava a estaca nos costados. Perdemos a noção de sacar quem é o algoz do momento. Não vai ser fácil sair desse emaranhado, pois o envolvimento nessa teia é de grande monta. Eu continuo tentando, mas com esse hoje combalido corpo em decadência, tomara consiga vislumbrar em vida a tal da luz no fim do túnel. E continuarei fazendo a minha parte, "a que me cabe nesse latifúndio".

COMO FAZER A REVOLUÇÃO COM TANTOS MÉDICOS E EXAMES MARCADOS PARA O MESMO HORÁRIO?
Querer botar o bloco na rua eu quero, sempre, mas... Esse "mas" é um entrave em minha vida. Serve como desculpa para tudo. "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", dizia a letra a nos instigar no passado para a retirada da bunda da poltrona. Alguns o fizeram, assim como hoje. Naquela época, não o fiz a contento, creio que pela idade e mente ainda em construção. Nasci em 60 e quando o golpe foi desferido, 64, tinha meros 4 anos. Em 70, quando o pau comia, tinha 10 e quando o país já saia da barafunda golpista, 82, tinha 22 e já ameaçava os pulos, insipientes, hoje assim os enxergo. Nunca desisti de fazê-los daí por diante e por sorte não segui um lema, que muitos o fizeram, o de que "na juventude até se pode ser socialista, mas depois, o melhor mesmo é cair na realidade". Esse cair na realidade era se conformar, adentrar o jogo e amealhar grana, doa a quem doer. Vejo o discurso hipócrita de uns tantos que, além de terem feito isso, usam a frase como mantra, além daquela outra, essa até pior, "um dia fui esquerda, um dia fui PT, um dia..., mas". Ele também usam o "mas", enfim, todos usamos para justificar nossas pisadas de bola, nossa insegurança, medo e até mesmo como justificativa para deixarmos de fazer o que tínhamos que fazer. Fiz alguma coisinha nesse tempo de vida, 58, beirando os 59 anos de vida, alguma coisa me arrependo, outras me orgulho. Algo levo comigo pro resto da vida, o de não ter feito "acordo com a parte contrária, isso é fidelidade partidária", letra de Nei Lopes pum memorável samba.
A gente é tentado, provocado, "eles" fazem isso a todo instante, querem te vergar, te ver do lado de lá e se conseguem, pronto, você é mais um caso perdido, desqualificado pro resto da vida. É tudo o que eles querem. Resistir não é fácil, tarefa para uns poucos. Com erros e acertos creio ter conseguido chegar até aqui sem grande máculas. A tentação continua e só ainda não conto, pois não cheguei no patamar de uns poucos amigos, o de não mais tolerar esses bestiais ao nosso redor. Recusar é preciso, no meu caso, sem ainda chutar devidamente o pau da barraca, mas recusando e permanecendo do lado que sempre estive, sempre estarei e dele não quero e não vou arredar pé. Dito isso, vou dar um salto pro momento atual, esse surreal, onde o país está loteado de insanidade por todos os lados e poros. A saúde claudica e pede cuidados. Sou convidado para isso e aquilo, deixo de ir, deixo a desejar, tento comparecer, tendo se mostrar presente. O corpo dói, as juntas se desmontam e não sei como, mas não desistirei mesmo tendo três médicos hoje já agendados, uma pá de exames pela frente, dietas que me consomem a libido e a disposição pra esgrimar a contento. Hoje, ao invés de me verem na lida e na luta, me verão em salas de espera. Havendo alguma possibilidade de regeneração ou mesmo estabilidade na situação atual, que seja um mero reforço medicamentoso para erguer defunto e me verão pela aí, mancando, tropicando, de muletas, encostado pelas paredes e barrancos, mas botando a cara a tapa e o "bloco na rua". Isso não é justificativa pra nada. Mero desabafo de quem, deixou de fazer tanta coisa e hoje, diante de tanta coisa a ser feita, se vê um tanto combalido, porém não deixando a cancha de jogo e nem usando essa deslavada desculpa para fugir da raia. Hoje mesmo, vou intercalar atendimentos médicos com atividades extra-curriculares, as nas ruas e lutas. Amanhã também, sem nunca me esquecer de tomar os remédios na hora aprazada, pois aí já estarei dando sopa demais pro azar. A luta continua, contem comigo, em estado de meia boca, bandeira a meio pau, mas dela não arredando pé. Vamos?

A BESTIALIDADE EM SE MANTER LULA NUMA MASMORRA
Miguel Rep, sempre ele, em sua tira diária no argentino Página 12.

Até quando vamos assistir Lula preso da forma mais infame e cruel e fazendo tão pouco para libertá-lo da injusta e insana masmorra? Palavras do Afrânio Silva Jardim depois de visitar Lula dias atrás: É o que penso, é o que sinto, é a mesma vontade, sem saber o que fazer, de fazer algo imediatamente para sanar essa injustiça, fratura mais que exposta no desavergonhado momento político brasileiro. LULA LIVRE. Já passou do momento de algo ser feito... Eis o link: https://www.facebook.com/edvamab/videos/2167586943290189/

O QUE FAZER QUANDO AS LUZES SÃO APAGADAS?
Miguel Rep, em sua tira diária, edição de hoje, para o melhor jornal impresso do nosso mundo, o argentino Página 12 (por que não conseguimos no Brasil um jornal de esquerda abrangente e circulando em todo o território nacional?), mostra que mesmo sem luz, o importante é não desistir, insistir e ser, fazer e acontecer.

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