DIANTE DAS EVIDÊNCIAS, DE COMO TENTEI VERGAR UM BOLSOMÍNION – EM PARTES, CREIO TER CONSEGUIDO, GRAÇAS AO CORONAVÍRUS... Jorge Santus é policial militar reformado, atuou por muito tempo na Rota em Bauru e hoje, além de tentar agrupar pela internet os interesses bolsonaristas, conseguiu um prédio na rua Bandeirantes (entre as ruas Araújo Leite e a Antonio Alves) e ali reúne peças para a criação de um Museu Militar. Sua linha de pensamento e ideias não possuem nenhuma aproximação com as minhas, longe disso e vez ou outra lá me meto no meio dos seus posts, levo bordoadas por todos os lados. Desta feita, ele arrefeceu e me ouviram com mais atenção. Dias atrás, ele foi um dos incentivadores da carreata na cidade, essa dos carros de alto valor, esses todos sem sair dos veículos, deixando os motoqueiros e outros menos aventurados se expondo uns aos lados dos outros ao ar livre.
Postou ontem pela manhã, sábado, 28/03: “Não estamos todos no mesmo barco, uns em iates, canoas, eu segurando num tronco. São vidas, como vamos sair desta enrascada?”. Minha intromissão: “Você, como eu, não estamos segurando num tronco, temos condições de permanecer quietinhos, como sei que está, pois fala da boca pra fora, mas não tem coragem de seguir cegamente o louco do bolsonaro, pois quer continuar vivendo quando tudo isso passar. Siga as instruções, meu caro, não saia de casa, sei que de bobo não tem nada. Quem faz loucuras, pode penar feio nos próximos dias. Se cuide!”. Ele me responde assim: “Henrique, assim como é os deveres da paixão, louca que bate no peito sinto minha Alma vibrar ,como um encanto patriótico”. Meio sem entender o que estava respondendo, retruquei: “ Jorge, quiete o facho. Daqui um tempo a gente sai do resguardo, sem loucuras e querer incentivar os outros a fazerem o que a gente mesmo não faz. Temos que brigar é para que os sem renda, que não é o nosso caso, possam receber um mínimo do Governo Federal, obrigação governamental e assim todos passaremos por essa fase de propagação do vírus. Fazer o contrário é se suicidar e sei que tu está quietinho aí no seu canto, como a maioria dos sensatos”. Não me respondeu nada no post e os que antes me xingavam de tudo quanto é nome também não se manifestaram, melhor, recebi favoráveis curtidas. Todos quietos, contidos e refletindo.
Passadas algumas horas ele posta aquilo que havia me respondido dentro de um quadro, em algo com meu nome, ou seja, diretamente para minha pessoa: “Henrique Perazzi de Aquino, assim como é os deveres da paixão, louca que bate no peito sinto minha Alma vibrar, como um encanto patriótico”. Postei o primeiro comentário no post: “Jorjão, tu é bolsonaro, mas não é louco, sei disso. Defende o doido, mas não segue piamente o que o descerebrado propaga. Deve estar, você, a esposa e filhos quietinhos em casa, como qualquer pessoa sensata. Fica apregoando de sair nas ruas, mas no fundo os conselhos médicos e de especialistas estão acima da maluquice proposta pela insanidade de alguém que não pensa nas pessoas e sim, nas leis de mercado. Quietinho no seu canto, esperneando, mas sem arriscar a pele. A luta agora, nós com condições de permanecer em casa é demonstrar como os sem condições, os autônomos, sem renda possam começar a receber a renda mínima que irão pagar no período, pois assim, todos nos salvaremos e lá na frente, continuaremos a nos digladiar. Agora é momento de baixar a guarda, pensar com a razão e não fazer loucura, pois ter a vida interrompida por causa de um político fora do juízo, sei que é coisa que não fará. Isso mesmo, deixe seu peito bater forte, grite, mas permaneça quietinho aí na sua casa, junto aos seus e ajudemos de onde nos encontramos os que não possuem a mesma condição que a nossa. Incentivá-los a ir pras ruas nesse momento é colocá-los em risco. Tome tento...”.
Ele veio com algo assim, sem me responder, mas demonstrando seu lado: “Queremos um novo Brasil cheio de orgulho patriótico que cuide dos seus símbolos, que alcancem os mais necessitados, e preserve nossos Histórias cheia de Heróis”. Respondi na mesma linha anterior: “ Isso eu sempre fiz e quis, luto por isso, por outro viés, defendendo que o que é nosso aqui permaneça e não seja entregue a preço de banana aos estranjas, como propaga seu mentor. Mas o momento exige outra postura, a de cada um no seu bunker, buscando a sobrevivência, pois se arriscar a morrer por seguir um insano é coisa que não fará. Quero te ver lutando para que os menos favorecidos, que não é o nosso caso, recebam essa Renda Mínima, primordial para o sustento de todos eles nesse período extraordinário, depois voltamos para nossas contendas. Salvar vidas é mais importante agora do que esgrimar contigo. Não seja maluco de ficar saindo por aí, pois tudo indica, a coisa irá piorar e mesmo sendo essa fortaleza, até as rochas estão fenecendo quando se descuidam”. Ele e os seus, que tanto me agrediam em posts anteriores se aquietaram e um desses, Celso Furuya me responde assim, como se o fizesse por todos: “ Henrique, pela 1a vez aplaudirei seu comentário, pois deixou de lado sua posição extremista e se pronunciou como cidadão. Acho que é isto que está faltando pra nós para que este País realmente se desenvolva. Parar de torcer para que o outro erre por ego. Espero que esta catástrofe sirva de alguma coisa, principalmente humanidade. Como diz musica de Beto Guedes: "Vamos precisar de todo mundo/ Pra banir do mundo a opressão/ Para construir a vida nova/ Vamos precisar de muito amor/ A felicidade mora ao lado/ E quem não é tolo pode ver". Abçsss”.
Consegui plantar algo? Veremos nos próximos capítulos... De uma coisa tenho a mais absoluta certeza, Jorjão esperneia, grita, se esfalfela pelo Bozo, mas os seus estão todos bem quietinhos dentro de sua casa.
NOVIDADE NO CASO COHAB - TODOS LIVRES E IMPUNES: "Ô, SORTE!"
Sim, esse é o entendimento de recente decisão judicial. Por quinze longos anos a barafunda seguiu impune e na maior tranquilidade dentro do prédio da Cohab Bauru. Durante esse tempo, alguns já cientes, outros não, porém aplausos de todos os lados para quem lá estava na direção daquela instituição, que num primeiro momento construia casas, conjuntos habitacionais e depois, com o passar dos anos, só administrava os já existentes e manipulava tudo o mais, como já é sabido até pelas pedras do reino mineral.
Dia 17/01/2020 o GAECO, a polícia investigativa, encontra 1 milhão e seiscentos mil reais dentro da casa do presidente da Cohab. O escândalo estava instaurado e a partir daí, pelo que se imaginava, cabeças rolariam. Passado esse tempo todo, hoje 29/03, só o presidente foi inquerido, continua em liberdade e nenhum nome foi aventado como participante do milionário desfalque. Além de nenhum outro pomposo nome ser revelado, algo mais, para surpresa da galera desponta no horizonte. Resolução do CNJ - Conselho Nacional de Justiça, acatada pelo STJ - Superior Tribunal de Justiça, desde agora não mais pode ocorrer prisões. Não existe mais preventiva. O cara, digo, o presidente afastado da Cohab possui uma sorte sei lá de onde, algo inigualável no mundo. Tudo suspenso até segunda ordem, ou seja, a tranquilidade volta a reinar nas hostes do até então preocupado ex-presidente. Suas preocupações a partir de agora devem estar somente centralizadas em não contrair o vírus Covid-19, pois no mais, tudo devidamente resolvido. Tiveram muitos outros casos, cito um, o de traficante de drogas com transcrição do que está na decisão. Mamão no mel para tudo e todos.
Isso me faz lembrar o grito que o grande baterista brasileiro, recentemente falecido, Wilson das Neves, um que acompanhou Chico Buarque até quando as forças estiveram ao seu lado, dizia quando diante de alguma saída miraculosa para azar, problemas, saldo devedor, percalços, turbulências da vida e a volta por cima: "Ô, sorte!!!".
Eis Wilson gritando dentro da música "Se me chamar, ô sorte", o refrão "Ô, sorte!", letra dele e do também sambista de primeira linha, Cláudio Jorge: https://www.youtube.com/watch?v=Ul795lTxNpc.
No caso bauruense, vai ter sorte assim lá nas barrancas do imponderável. Todos liberados, eis a decisão. Dizer o que? Gritar pra que? Nem esperneio mais, pois enclausurado entre quatro paredes, quero mais é continuar vivo.
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