segunda-feira, 30 de março de 2020

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (131)


A NAU DOS INSENSATOS INFESTANDO A CIDADE DE CORONAVÍRUS


"Tem quem goste de seguir loucos, colocando em risco sua própria integridade. Esses, muito perigosos, pois perderam a capacidade de refletir, de juntar o lé com cré e seguem um desmiolado qualquer, mesmo que este os indique para seguir até o desfiladeiro e se atirem num buraco sem fim. É o que se viu na carreata a ocorrer na cidade de Bauru e em boa parte do país, incentivada por esse descebrado, eleito como presidente deste país, por uma turba cega, mesmo com avisos deste não possuir nenhuma qualificação para o exercício do importante cargo de conduzir uma nação. Quem votou nele e não se arrependeu até agora, segue num limbo, teleguiado por controle remoto, uma espécie de vídeo game, onde o condutor não obterá vitória alguma, mas terá importante papel na derrocada do país, quando ajudará sobremaneira na propagação do Covid-19", assim Guardião, o super-herói bauruense assiste de longe o triste cortejo, tudo lembrando, não uma carreata, mas uma fila de carros no caminho de um enterro, não o de uma só pessoa, mas de todos os presentes.

"Não sei se esses o fazem sem o saber dos riscos ali embutidos. Sabem e o fazem, pois assumiram um papel, o da defesa do indefensável e não sabem mais como sair do imbróglio. Sabe aquilo de uma pessoa entrar para o mundo do crime, organização criminosa e depois, mesmo querendo sair, estar impedida de fazê-lo. São as tais forças contrárias, irmanadas e jogando pesado para o infeliz ali continuar. E ele continua, segue o jogo, mesmo sabendo ser aquilo um negócio não só perigoso, arriscado, como nefasto. Muitos conseguiram cair fora e hoje, mesmo calados, não rezam mais na cartilha absurda imposta pelo bolsonarismo miliciano, mas os mais influenciados, os com reduzida capacidade de reflexão séria, esses conseguem ser piores do que se imaginava. Hoje, o exemplo visto agora nas ruas, quando tudo e todos, o mundo inteiro segue clamando pela quarentena, a única possibilidade de salvar mais vidas, esses apostam na abertura e liberação geral do comércio, volta as aulas, povo nas ruas e que se dane a prevenção. Só mesmo muito desajustado para seguir esse cortejo. Muitos, vejo isso, o fazem não de peito aberto, mas dentro dos seus carrões e sem abrir os vidros das janelas. Espertalhões, botam o zé povinho nas ruas, seguem num lugar seguro, pois lá no fundo sabem a loucura que estão a praticar", segue com sua fala Guardião.

"Não tem muito o que falar nesse momento. Quem tinha que ser sensibilizado já está. Quem perdeu a razão, dificilmente o fará e isso só ocorrerá com a viola em caco. Essa parcela hoje colocando tudo o mais em risco precisa ser criminalizada, pois agem por um impulso dos mais danosos. Pensam em primeiro lugar no dinheiro, no vil metal, nos seus negócios particulares e nunca no ser humano. A pressão maior neste momento não deve ser pela reabertura das portas e sim, para que o Governo Federal cumpra sua parte e abra os cofres para aqueles que não terão como passar por esse período com alguma dignidade. Esses necessitam do mínimo e a maioria dos com carrões nas ruas, esses devem se privar, entender o momento único do mundo e lá na frente, recompor as vidas, assimilar as perdas e salvar vidas, a sua e dos à sua volta. A pressão destes é incorreta, não incide sobre quem deveria estar sendo colocado junto a parede, o incentivador das carreatas, o próprio presidente e seu desGoverno", conclui Guardião, antes de bater em retirada acenando para o desvairado agrupoamento, entoado a frase que todos já deveriam ter colocado em prática: "Vão pra casa!".
OBS.: Guardião é obra do traço do artista Gonçalez Leandro, com pitacos escrevinhativos do mafuento HPA.



MAIS TRÊS RÁPIDAS COISINHAS 
1.) TUDO O QUE A ESQUERDA SEMPRE DEFENDEU, HOJE SENDO IMPLANTADO
Curto e grosso, sem tirar nem por, só observando aqui do meu cantinho como as coisas são sempre assim, dois mais dois são sempre quatro, não adianta querer dizer que é cinco, pois não dá certo. Bastou o mundo entrar em colapso, medidas excepcionais (ui!) começaram a ser colocadas em prática e quais seriam elas? Todas as que a amaldiçoada (sic) esquerda sempre insistiu como as mais adequadas. A última, por um fio para ser implantada é a taxação das grandes fortunas, pois todas as demais já estão em prática e a da Renda Mínima, a belezura que fará esse país atravessar esse período em zona de calmaria, hoje o Senado aprova e depois, o Bozo, isso mesmo o indefectível presidente capiroto irá referendar em toque de caixa. Não sei se ainda existe algum argumento para desdizer, contrariar, demonstrar algo diferente, mas estou depois de beirar os 60, satisfeito com tudo o que vejo. Essa esquerda não tem mesmo jeito...

2.) NÃO SE ESQUEÇAM, AMANHÃ É 31 DE MARÇO, DATA DO GOLPE MILITAR - E COMO FICA EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS?

Amanhã é um dia nefasto na História do Brasil, pois em 31 de março de 1964, foi dado um cruel e insano golpe nas instituições existentes no Brasil e um poder civil militar tomou conta de nossas vidas, promovendo atrocidades pelas quais tudo e todos deveriam se envergonhar pro resto da vida. A data não pode passar batida. Bolsonaro insiste na sustentação militar para continuar nos governando de um jeito que nem os mais incompetentes conseguiriam e sugeriu que nesta data, para reforçar o que foi um dia feito lá atrás, referendasse a balbúrdia e, aproveiotando o ensejo para reinstalar o verde-oliva como mandatários mór do país. Já mais do que comprovado a ineficiência desses no poder. Ontem na Folha de SP, o vice, general Mourão (coincidência, o mesmo nome do que invadiu o Rio em 64 com tropas vindas de Minas) quando questionado sobre a data,, "que mensagem deveria ser passada na data do golpe de 1964 em meio a crise?", procurou desconversar: "É um fato histórico, que pertence a história do Brasil e lá vai ficar. Não pode ser apagado com borracha. Então, eu acho que isso aí fica na história. E, em tempos de coronavírus passará em branco". Tomara (toc toc toc), mas não só isso, enfim, o desGovoverno de Bolsonaro é quase uma reedição dos governos militares, pois tudo está lotado deles e dizem que, se o ministro da Saúde cair em desgraça (quase lá), em seu lugar, outro graduado militar, não necessariamente um médico ou alguém do ramo, mas outro militar. A boa reflexão para esses dias é se, passados pouco mais de um ano do capiroto no poder, 64 não estaria aí já nos nossos calcanhares? Sem alarde, "eles" voltaram e desta feita, quase na surdina, sem alarido, outro tipo de truculância na chegada. São as reflexões possíveis diante de mais essa data chegando logo ali, na curva da esquina.

3.) E AÍ, ISSO VAI CONTINUAR ABERTO? PRIORIDADE PRA QUEM?

Um comentário:

Anônimo disse...

Henrique, meu dileto amigo, sobre a imagem dos pedágios, quando falamos do Bolsonaro e ele fala em resfriadinho no momento crítico e vulnerável que passa a raça humana e a posição do presidente da República vai contrário a ciência e tudo que estamos vendo e vivendo no mundo...é de chorar de vergonha e raiva
O governador Dória contrário ao presidente fechou o comércio,escolas e mesmo contra o gabinete do ódio manteve a única posição a ser tomada nesse momento. Quem mais destrói as rodovias brasileiras são os caminhões que continuaram rodando e segurando o país andando. rodovias paulistas têm muito pedágio?
Durante 8 anos de FHC,16 anos de PT Lula,Dilma, Michel ( Michel era vice da Dilma na chapa do PT) ninguém fez as ferrovias. inclusive Dilma comprou trilhos que não podem ser usados devido a dureza ou falta dela não aguentam o peso dos vagões.
16 anos era tempo suficiente para ter trem funcionando... em 16 anos os EUA fez a expansão da ferrovia e olha que na época muitos índios mandando flechadas no trabalhador.
Pedágio é o que nos resta? O que nos resta é saber que em 24 anos ninguém fez nada dependemos do pedágio,das estradas 8 de de FHC e 16 do PT.
Precisamos de uma nova ordem,de uma nova proposta,com visão social,com transparência,mas alguém que entenda que somos um grande pais e que mude realmente a realidade atual..só assim poderemos falar sobre pedágio pois poderemos ir de trem!
Luiz Agusto Alves