segunda-feira, 20 de abril de 2020
MÚSICA (185)
BRASIL EM PANDARECO, CIRCO PEGANDO FOGO, CORONAVÍRUS E COROBOLSOPATIA
1.) E PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS ARMAÇÕES ILIMITADAS
Tô dentro, atuante e fazendo força para que tudo termine com esse aí ao lado na lata do lixo...
2.) ADEPTO DO GAROEIRO DE NATAL RN, MUITO BOM SEGUIR SUA LINHA DE PENSAMENTO SOBRE ORIGEM DO CORONA
https://www.youtube.com/watch?v=IuhEOXFbyQ0&feature=youtu.be
Garoeiro é nada mais que o professor aposentado da Unesp Bauru, Jeferson Barbosa da Silva, que após os anos todos investindo seu conhecimento para alunos, quando chega o momento de parar com a vida acadêmica, dá um breque em tudo e vai em busca de lugar mais arejado para continuar conspirando, inspirando e produzindo. Escolheu Natal RN e de lá, mostra que não parou, ou melhor, sem fazer uso de facebook, dedica parte de sue tempo para pesquisas, conversas, leituras e de uns tempos para cá, expõe isso em falas periódicas, onde centraliza um bocadinho disso tudo. Nessa ele resolve não falar e apresenta uma sequência de slides musicados. Visivelmente preocupado com tudo o que circula sobre a origem do vírus que nos mantém detidos de quarentena, suas conclusões são para fazer pensar, pensar e pensar. Vamos a elas...
3.) COMEÇAR A SEMANA COM A POESIA DE TATIANA CALMON, NA VOZ DE MARIA CECÍLIA CAMPOS - TEMPO DE DESPERTAR
Eis o link: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3402752526421399
Bom dia e ótima semana a todas as pessoas que, dia após dia, incansavelmente, se doam por mais fraternidade e justiça social no mundo. Adoro esses tantos que, arregaçam as mangas e se doam, se entregam, fazem e acontecem, não medem esforços para agir. Fico cada vez mais acabrunhado de ver a situação onde me encontro, trancado e isolado, querendo fazer coisas, aprontar muito, cooperar e agir, mas quase nada. Diante dos que ainda fazem, me solidarizo. Enternecido agradeço por fazerem por mim o que gostaria imensamente de estar fazendo. Daqui da trincheira onde me encontro, tento manter a chama acesa, irradiar alguma luz e conspirar, lutar com as armas que sei esgrimar, tocando sempre o barco para a frente. Tatiana Calmon Karnaval, guerreira de todas as horas, segue na vanguarda e aqui se junta na fala de Maria Cecilia Campos, uma que pela voz me faz estremecer e querer enpunhar a lança contra os malversadores. Como é bom receber algo dessa natureza, saber dos que não desistem e contrinuar ao lado desses, na lida, sempre sonhando e lutando para isso, pois a gente bem sabe, outro mundo é mais do que possível.
4.) BOZO TRABALHA COM BRAVATAS
Análise do filósofo Paulo Ghiraldelli: "Bozo trabalha com bravatas sobre intervenção militar - Democracia deteriorada é a vida deles - Aqui a direita é hipócrita e sanguinária e precisa ser parada - Bozo satisfaz os grupos mais retrógrados, quer o auê, o combate ideológico, ele joga, usa todos na sua trama - Bozo é garganta, fala, fala, mas não quer fazer nada. Imaginem ele num Estado centralizado, ele não administra nada - Bozo é só militância, nada mais, vive disso nas ruas, um político panfletário e não conseguiria ser um administrador fascista - Não tem quadros nem competência para instalar um quadro de sólida governança - Além disso que ele já faz, ele não consegue fazer, ele articula, sabe que não tem força política pra fazer nada além do visto - Todo dia ele vai inventar uma mentira para possibilitar sua militância continuar militando". Eis o link: https://www.youtube.com/watch?v=ghLsUVvaB4U&feature=share&fbclid=IwAR1p3RzoFpmuUOjrA1qaJBiR19KH9rYBITCpOyFPV3COck_RKWIj7Elnvmg
Vale a pena ouvir e ir construindo uma reflexão sobre a crise e o confliante momento vivido pelo país, pandemia junto e misturada com essa tentativa de insuflar minorias, levando-as para as ruas.
5.) JOS MITTELDORF, TRADUZIDO POR Gilberto De Almeida Bessa DÁ MELHOR ENTENDIMENTO NA TESE DO GAROEIRO SOBRE A ORIGEM DO CORONA
"OpEdNews Op Eds 4/18/2020 at 17:34:16
Covid seria uma arma biológica americana ou uma arma biológica chinesa? Ou ambas as coisas?
Por Josh Mitteldorf - Eis o link para ler a tradução na íntegra: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3402827739747211
outra coisa
HORÁCIO FONTOVA, O CANTANTE QUE CONHECI JUNTO DE HUGO CHAVEZ Ouço cada vez menos rádios de Bauru. Alguma coisa de jornalismo pela manhã e depois mudo de estação. Permaneço das 9 às 12h com o La Mañana, na 750AM de Buenos Aires, com Victor Hugo Morales. Hoje, estranhei, ligo e eles tocando a "Los Argentinos", do Horacio Fontova. Ergui o som e cantei junto. Me emociono toda vez que ouço essa música. Já escrevi disto aqui em 25/05/2018: "Horácio Fontova (um cantante que vi cantar ao vivo quando em Buenos Aires em 2008 num comício de Hugo Chavez) canta magistralmente “Los Argentinos”, em algo muito próximo de uma possível “Os Brasileiros”. Eis a letra, mas a leia imaginando que estivesse também versando sobre os brasileiros: “Los argentinos somos vivos porque/ somos mucho mas piolas que los demás/ Por eso es que en todo el mundo admiran/ nuestra contundente superioridad./ Somos tan lindos y tan importantes/ y tan fascinante nuestra sobriedade/ que en ningún sitio pueden olvidarse/ de nuestra humildad./ Los europeos buenos consejeros/ siempre buenas ondas nos quieren tirar/ rusos y yanquis que nos quieren tanto/ siempre se pelean por nuestra amistad./ En cambio los latino-americanos/ subdesarrollados no podrán jamás/ ser tan hermosos como nuestra pura/ estirpe nacional./ Por eso a los argentinos/ nos quieren en todas partes/ porque somos el baluarte/ de toda la humanidad./ Por eso es que en la Argentina/ invierten de todas partes/ porque imperialismo aparte/ nos quieren homenagear./ No creas nunca que los argentinos/ somos mas cretinos que el peor rufián/ y que además seamos pobres tipos/ con flor de complejo de inferioridad./ Hay gente fea, mala y envidiosa/ que con sus calumnias nos quiere ensuciar/ porque bien sabe que grande que es nuestra sensibiliad./ Si estamos lejos del terruño amado/ y un tango escuchamos nos hace llorar/ porque inmediatamente recordamos/ lo felices que eramos viviendo allá./ Donde violar las leyes era fácil/ y evadir impuestos un deporte mas/ donde coimear era casi tan bueno/ como especular./ Por eso a los argentinos/ nos quieren en todas partes/ porque somos el baluarte/ de toda la humanidad./ Por eso los argentinos/ siempre fuimos tan unidos/ porque somos los mas vivos/ mas vivos que no se qué”. Querendo ver e ouvir a voz do Fontova, cliquem a seguir: https://www.youtube.com/watch…".
A música acabou de cantar, foi quando Victor Hugo deu a triste nóticia: Horácio Fontova havia morrido. Corri ao site do Página 12 e lá a constatação: https://www.pagina12.com.ar/260866-murio-horacio-fontova. Pelo que li, ele estava internado já há um bom tempo e se foi no meio dessa pandemia, onde causas de mortes se misturam e se juntam. Desde 2008, quando o vi tocar para Hugo Chavez o perseguia. Por duas vezes o vi tocar em bares pequenos, voz e violão e sempre o que me chamava a atenção era sua militância, defesa da causa dos desvalidos de seu país e esse caminhar pelos descamimhos, as vicinais, vielas e becos. Não era um cantor de ponta, mas foi um dos que mais me tocou. Tentei ser seu amigo pela internet, enviava textos para sua caixa de e-mail, mas argentinos não são fáceis. Não consegui, o que não me impedia de perseguí-lo. Num dos bares que o vi tocar, acho que em Boedo, ele foi muito receptivo com este brasileiro e ao dizer-lhe que a música que mais gostava era "Los Argentinos", ele deu a sacada: "Tem também a cara do Brasil, só que invertida". Também lhe contei que o conheci num começo de noite, quando com seu violão levantou a massa no Ferracarril, preparando aquela massa humana para a chegada do grande líder latino americano. O comparo com Leon Gieco, Fito Paez, Victor Heredia e no mesmo estilo e verve de Mercedes Sosa. Fazem parte de uma geração pulsando pela defesa do seu país, algo aqui feito por gente como Chico, Gonzaguinha, Belchior, Aldir, Martinho, Paulinho, Tom, Bethânia, etc.
Escrevo esse bocadinho dele só para reafirmar meu carinho por artistas com essa verve, esse despreendimento para cantar seu país, não como louvação, mas na defesa da soberania de uma nação, ressaltando seus valores e vultos cuja história tem muito de sangue, suor e lágrimas. Miguel Repiso fez uma bela charge hoje e já o colocou nas nuvens. "El Negro", como o chamavam, me fez pedir pra Ana Beatriz abrir uma garrafa de um vinho qualquer argentino, pois queria levantar uma taça em sua homenagem. Ela escolheu um "Reservado Malbec 2018" e com a taça na mão, entristecido, não só com essa morte, mas tanta coisa ruim acontecendo ao mesmo tempo, viro o primeiro gole de uma só talagada, respiro fundo e coloco pra rodar na vitrolinha algumas de suas canções, baixadas no Youtube. Assim adentro o começo de noite, reverenciando um boêmio argentino, tão defensor do peronismo e feliz com a chegada de Alberto e retorno de Cristina ao poder de seu país, como eu, que um dia aprendi a tocar a vida ao lado desses, os que possuem um lado e dele não se afastam, não fogem da raia e não abandonam a cancha de jogo. Ou só o fazem, como agora, quando têm a vida ceifada. Tomara que com isso, consiga fazer com que alguns brasileiros busquem algo dele, ouçam e sintam o mesmo que este velho macanudo neste exato momento: nostalgia, saudade, vontade louca de forçar a barra e ver todos os povos latinos, não só os argentinos, como em sua canção mais famosa, como "baluartes de toda humanidade". Fontova foi um cabra desses que soube viver, nas quebradas de seu país, fez história e hoje nos deixa. Abracitos para ele.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Ah, amigo Henrique Perazzi de Aquino, este isolamento é tempo de muitos tempos, e quase não dá tempo pra muita coisa. É muita vida pra desenrolar, pra reviver, pra balançar, sacudir, revirar. E passa a ser comum um engasgo, um suspiro, um soluço. De tempos em tempos. E como um alento no primeiro momento do dia vem essa energia contagiante e contida da Tatiana Calmon Karnaval em forma de poema. Tão bonito! Falou da vontade de ler o poema. A vontade bateu em mim tambem. Atrevida, intrometida! E foi a luz deste domingo. Que bom repercutir na sua fala. Saudade de você, saudade da Ana.
Maria Cecília Campos
Postar um comentário