ESCREVER OU NÃO PARA O JC, SOLICITANDO PUBLICAÇÃO
Quase escrevo carta para o jornal, o único que temos. Pensei melhor e resolvi me conter e não fazê-lo. Já fui muito mais frequente em participações na Tribuna do Leitor, do Jornal da Cidade, hoje cada vez menos. Sinto que lá não é minha praia. O jornal antes me contagiava mais. Hoje, não só ele, mas muitos lugares, pessoas e leituras me entediam. Por que devo responder a cartas que representam hoje o pensamento da maioria dos seus ainda leitores? Foi o que me fez não escrever. Dias atrás, mais precisamente no último domingo um tal de Benone desdiz da verdade, faz arrazoado de pensamentos desconexos, a maioria demonstrando não conhecer nada de fato, mas querer escrever de tudo, enfim, o que vale é emitir sua opinião e a impor, nem que seja a forceps. Houve uma resposta divinal, desancando o dito cujo, mas depois dela,mais dois o fizeram e para elogiar o proscrito pelo tal Benone. Até sentei no computador, pronto para responder, enfim, queria provocá-los, mas pensei melhor, recuei. O jornal, creio eu, ainda me abre espaço para escrevinhar o que penso, mas andei atacando o prócer, seu criador em textos desdizendo do que fez quando mais jovem, a perversidade de uma tal "Turma da Garagem" e, nem sei, se ainda me publicam depois de ter ultrapassado os tais limites, esses que a gente sabe existirem e quando ultrapassados, daí por diante, o rompimento. Eu continuo a ler o JC, aliás é único, último dos moicanos, gosto de ler jornal e este o último também que continuo lendo no formato que mais apreceio, o papel, sentindo o cheiro, virando as páginas. Não concordo com a linha editorial, mas a entendo, aliás, seguem a mesma desde a criação. defendem algo,ideal de classe e nem é por causa disto que não escrevi, tréplica da réplica, mas também por achar que não vale a pena insistir em bater com o martelo em superfície dura, impenetrável, como a mente da maioria dos leitores do jornal. Lendo Clarice Lispector ao acordar, "quando não escrevo, estou morto", o faço por aqui, não servindo como justificativa por não ter comprado mais uma briga, mas por já ter desistido de fazê-lo junto a quem também desisti de querer alterar a linha de ação e conduta. Certa feita, Almir Ribeiro, disse a mim que, insistia em comentar alguns dos meus posts, pois sentia que podia pensar diferente, até alterar minha linha de pensamento e só o fazia por causa disto, já tendo desistido de fazê-lo com quem sabe não mudará mais. Nunca mais esqueci.Usei do mesmo mantra para me segurar e não perder tempo com a imensa maioria dos ainda leitores do JC. Mas continuarei escrevendo e enviando cartas lá, enfim, algumas devem servir para alguma coisa e talvez até revejam o que pressinto tenha sido a decisão de abolir qualquer vestígio deste HPA por lá. Mesmo com tudo o que escrevi, nossa relação é de anos, diria mesmo, décadas.ANTES QUE ME QUESTIONEM A RESPEITO, AQUI RESPONDOSim, eu tomei conhecimento de coligações do partido onde milito, o PT com partidos distos e vistos como golpistas. Elas existem e não existe como negar. O partido fechou questão de não concordar com coligação com partido que tenha apoiado o golpe de 2016. Ponto. Existe um consenso permitindo algo nesse sentido em cidades com menos de 10 mil habitantes, onde a ideologia não é levada tão em consideração. De minha parte afirmo: não gosto disso e creio, deveria valer para todas as cidades. Por mim digo, reafirmo e repito: não atuaria em nenhuma campanha com acordos espúrios e coligações dessa natureza. Seria, no meu caso, irreconciliáveis, sem possibilidade de diálogo. Aqui em Bauru, na composição da reestruturação proposta pela nova direção do partido na cidade, tenho certeza, algo nesse sentido não seria aprovado e possível. Daí,continuo em campanha por uma Prefeitura realmente diferente, ousada e libertária para Bauru e dando todo meu apoio para um candidato a vereador pelo qual tenho a absoluta certeza, será um bravo guerreiro, comprovadamente de luta, Claudio Lago, representando o coletivo de onde milito, o Núcleo de Base DNA Petista. Já me perguntaram que o argumento que uso não vale, pois aqui na cidade nos coligamos com o partido Rede, capitaneado pela candidata a vice na coligação petista, Maria Flor e que esteve alinhado com os golpistas. Sim, estiveram e talvez ainda estejam, mas assim como o PT e PSOL, a Rede também abriga dentro de suas fileiras, núcleos diversos, posições conflitantes e divergentes e o representado pela Maria Flor é progressista e, tenho certeza, não se alinhou aos golpistas. Ela própria pode explicar isso muito bem.Se existem erros em vários lugares, aqui no lugar onde milito, estamos alinhados com os ideais petistas de antanho, os mesmos de sua criação e fortalecimento. Milito aqui por pensar daquela forma e aqui encontrar espaço para fazê-lo, sem constrangimento e problemas. Dentro de tudo o que existe hoje dentro do possibilitado e permitido pela legislação eleitoral, o PT segue altaneiro e sempre vanguarda de luta, enfrentamento ao avanço do conservadorismo. Assim sigo.
Eis um link sobre o assunto: https://www.esquerdadiario.com.br/Alianca-com-golpistas-e...
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