UM DESABAFO NO ÚLTIMO DIA DO ANO – UM QUE VAI E OUTRO QUE CHEGA
Último dia do ano e uma bagunça generalizada sobre a mesa do Mafuá. Dizem que se a bagunça atravessar o ano, ela persistirá pelo ano novo todo. Não sei por onde começar. Tem muita coisa a ser feita. Pessoas para dedicar minha atenção, tarefas a serem cumpridas e uma vontade de fazer muito pouco. Vou tentando, ao meu jeito, dar uma melhorada no visual, uma apresentação mais palatável para esse meu rico espaço de trabalho.
Antes do ano terminar, quero reverenciar alguns amigos (as) e pessoas mais próximas. Conheci Ana Bia em 28/12/2009 e juntos de uns poucos amigos comemoramos isso no mesmo lugar do encontro inicial, o bar Amadeus, no exato dia quando completamos um ano de convivência, de algo que já é muito mais do que um simples namoro. Estou mais feliz que pinto no lixo. Tenho um filho maravilhoso, 16 anos e uma cabeça pensante. Herdou de mim coisas muito boas e algumas ruins. Não imaginam o quanto gosto de debater com ele. Muitas das pessoas que conviveram comigo ao longo desses meus 50 anos estão ao meu lado e compartilho de amizade duradoura com elas. Meus pais, Heleno e Eni, que me acolhem em sua casa, numa convivência pacífica e profícua. Eles cuidam de mim e eu cuido deles, tocamos o barco dentro das possibilidades de cada um. A saúde é o grande problema e contornar isso é um exercício diário. Tenho amigos sinceros e com eles desabafo minhas agruras, incertezas e faço minhas consultas sobre os próximos passos. Revejo sempre que posso Duílio Duka, Sivaldo Camargo, Marcos Paulo, Daniel da Proença Design, Wellington Leite, Marisa, Ademir Elias, Vinagre, Orlando Alves, Elson Reis, Fátima e Antonio Carlos Pavanatto, Zequinha Kronka, Lázaro Carneiro, Arconsio, Adilson da Banca, Tristan, Eduardo da White, Lígia Juncal, Cristina Camargo, Carioca da Feira do Rolo, Tuim, Turco Suaiden, PH, Bola dos tapetes, Denise Amaral e Neto, Tito Pereira, Gaspar Moreira, Roxinha, João da Kombi, o pessoal do SESC, Fio, Roque Ferreira e Tatiana Calmon, Pavanello, Rose Barrenha, Gilson e Gilmar Dias, Rosio, João Alcará, Isaías Daibem, Camila, Ricardo Bagnato, Vitor Martinello, Vera Tamião, Lídia Possas, Laranjeira, Bordini, Arthur e Lilian, Bráulio, Ademar, Amilton e Márcia Nava, Marisa Basso e Kyn Jr, Fabíola, Adelino funileiro, Neli, Fausto Bergocce, o trio da Maria Fumaça (Alex, Jesus e Luís), Paulo Neves, Paulinho da Oficina Cultural, Fátima da Naturae Vitae, Reynaldo Grillo, Rafael Agostini, Madê e Regina do teatro, Rosa Tolon, Ralinho, Vicentinho, Silvio Selva, João da CUT, Lu Quinezzi, Lulinha, Elizete e Silvio, Neizinho, Zilda, Tito Madi, Yamashita, o trio Celso, Zé Maria e seu Toninho da Ave Maria do Terra Nossa, Fernando do Templo Bar, Gibi, Zé da Viola, Paulo Lima, Yuri, Tuba e Léa, Alaílton, Valtinho Ferreira, Zanello, Tuga, Carlos Latuff, maestro George Vidal e Célia, Markinhos e Rick, Inês Faneco, Cláudio da banca, Néia e Geraldão, Cássio Cururu e tantos outros que me fogem à memória. Convivo harmoniosamente com a Cleonice, Zezé, Maria Luisa e Giselle, todas seguindo suas vidas. Meus irmãos todos, meus primos queridos, Guto, Célia (idem pro João Albiero) e Beto, tia Edi e Carlão Grandini, mais o Rubão e tios Cido e Inês. Meus novos amigos cariocas, dona Darcy e Moacyr, Zé Pereira e Mara, Ana Letícia, Paulinho e Roseli, dona Lêda e Sueli. Meu povo lá do Gaspa, o Agrício, Cleide, d. Antonia, Edgar, Donizeti e Chico Cardoso. Puxa, já devo ter esquecido de um monte de gente. Todos esses e mais alguns conviveram comigo durante esse ano, alguns mais próximos, outros menos. Todos importantes. Vivo num país recheado de diferenças, mas nos últimos anos um trabalhador deu um rumo novo a ele, movido pela sua sensibilidade social e isso muito me alegrou, assim como ter feito sua sucessora, deixando o retrocesso para trás.
Escrevo para O Bom Dia, Alfinete e a Revista do Caminhoneiro com regularidade. Carta Capital abriga meus textos sempre que estão à altura da publicação. O Jornal da Cidade publica minhas missivas, nem sempre suaves. Mantenho a HPA Chancelas, meu ganha pão com a ajuda do Manuel e da Marlene, meus amparadores profissionais. Minha irmã Helena está cada vez mais próxima de mim e sabe muito de mim e das coisas à minha volta. Ninguém é uma ilha e ando junto de todos esses. Amanhã recomeço minha falação e ouço por aí que quem fala muito incide em muitos erros. Assim sendo, erro aos borbotões, mas insisto num caminho do qual procuro não me desviar e se o faço, não me culpem, vivo adoravelmente na corda bamba, no fio da navalha e matando cachorro a grito. Sou feliz dessa forma.