UMA TEMPESTADE, UM AMIGO, DOIS BOTEQUINS, DOIS VIOLEIROS E UM LIVRO – MEU DESRUMO
A cidade se desmanchou na noite da última terça, 30/11. Uma tempestade em escala tsunamica e nossa principal avenida fez novamente “ploft”, se desmilinguiu. Uma sempre previsível tragédia, mais do que anunciada, assume escala preocupante com a morte de uma pessoa. Fatalidade que poderia ser evitada. Do jeito que a chuva veio, o “ploft”, ela se foi, espécie de vapt-vupt. Tudo muito rápido, tsunamico mesmo. Alguém que estivesse entre quatro paredes por uma hora nada presenciaria e ao sair às ruas novamente, por volta das 20h, encontraria céu de brigadeiro ao olhar para o alto. Coisas que o mais estudado dos homens ainda não explica totalmente. Existem meios de evitar algumas coisas e ao não seguir algumas regras básicas, o resultado é um só. Sempre o mesmo. Esse imblóglio todo está me fazendo ir à procura de dois amigos para questionar duas coisas consolidadas aqui na cidade. Primeiro o tipo de calçamento, onde predomina o asfalto. Sou pela implantação de pisos permeáveis, como bloquetes. Tento falar com Nelson Fio, um defensor disso na cidade. Por outro lado, a questão do DAE, nosso Departamento de Água e Esgoto, ontem tão saudável e hoje tão discutível. Tento falar com Yamashita, que vivenciou isso do lado de dentro da autarquia. Mostrar um outro lado da questão é fazer algo para buscar soluções. Tentarei isso com esses dois assuntos.
Enquanto não faço isso, divago um pouco. Na noite de terça, depois da chuva, aceito convite do amigo Sivaldo Camargo e vamos comemorar seu primeiro mês como Professor de Dança na Cultura Municipal. Passamos primeiro no Bagaça Bar e nos despedimos de Jussara Lanzellotti, que encerrava naquele dia suas duas exposições na cidade (estava junto do ilustrador Leandro Gonçalez). De lá, eu e Sivaldo esticamos a noite para o Templo Bar. Estávamos ávidos por escutar novamente a viola caipira de Levi Ramiro (nessa noite acompanhado de Norba Motta). Casa lotada, sentamos na mesa reservada aos músicos e lá no gargarejo tomávamos nossa gelada Brahma, enquanto do outro lado do salão rolava uma fila de autógrafos do livro “Desrumo”, do jornalista Márcio ABC. Quando a fila se desmilingue lá vamos nós, juntando nossos parcos recursos para adquirir o livro em parceria (com dupla dedicatória), tudo para continuarmos cevando a noite. Revemos no salão, dentre tantos conhecidos, um rosto não visto há certo tempo, o da jornalista Tânia Guerra (ela é hoje Assessora de Imprensa da Prefeitura de Santa cruz do Rio Pardo e mora em Piraju, ao lado do rio Pardo), que esteve na equipe de trabalho do ex-prefeito Tuga Angerami junto dessa dupla de adoradores de botequins. Cantar ela não cantou, mas colocamos algumas conversas em dia.
De lá, eu e Siva ainda tentamos discutir a situação do “desrumo” do homem do campo e das cidades (a nossa ali meio detonada diante de nossos olhos), mas isso é um assunto longo, que certamente ainda tentarei fazer por aqui, sem a presença da parceira “cevada”. Assobiando um clássico sertanejo, relembrado por Levi na noite do Templo, compro pães da única padaria aberta na madrugada bauruense (não sabem qual e onde fica?) e tento colocar a cabeça num travesseiro.
A cidade se desmanchou na noite da última terça, 30/11. Uma tempestade em escala tsunamica e nossa principal avenida fez novamente “ploft”, se desmilinguiu. Uma sempre previsível tragédia, mais do que anunciada, assume escala preocupante com a morte de uma pessoa. Fatalidade que poderia ser evitada. Do jeito que a chuva veio, o “ploft”, ela se foi, espécie de vapt-vupt. Tudo muito rápido, tsunamico mesmo. Alguém que estivesse entre quatro paredes por uma hora nada presenciaria e ao sair às ruas novamente, por volta das 20h, encontraria céu de brigadeiro ao olhar para o alto. Coisas que o mais estudado dos homens ainda não explica totalmente. Existem meios de evitar algumas coisas e ao não seguir algumas regras básicas, o resultado é um só. Sempre o mesmo. Esse imblóglio todo está me fazendo ir à procura de dois amigos para questionar duas coisas consolidadas aqui na cidade. Primeiro o tipo de calçamento, onde predomina o asfalto. Sou pela implantação de pisos permeáveis, como bloquetes. Tento falar com Nelson Fio, um defensor disso na cidade. Por outro lado, a questão do DAE, nosso Departamento de Água e Esgoto, ontem tão saudável e hoje tão discutível. Tento falar com Yamashita, que vivenciou isso do lado de dentro da autarquia. Mostrar um outro lado da questão é fazer algo para buscar soluções. Tentarei isso com esses dois assuntos.
Enquanto não faço isso, divago um pouco. Na noite de terça, depois da chuva, aceito convite do amigo Sivaldo Camargo e vamos comemorar seu primeiro mês como Professor de Dança na Cultura Municipal. Passamos primeiro no Bagaça Bar e nos despedimos de Jussara Lanzellotti, que encerrava naquele dia suas duas exposições na cidade (estava junto do ilustrador Leandro Gonçalez). De lá, eu e Sivaldo esticamos a noite para o Templo Bar. Estávamos ávidos por escutar novamente a viola caipira de Levi Ramiro (nessa noite acompanhado de Norba Motta). Casa lotada, sentamos na mesa reservada aos músicos e lá no gargarejo tomávamos nossa gelada Brahma, enquanto do outro lado do salão rolava uma fila de autógrafos do livro “Desrumo”, do jornalista Márcio ABC. Quando a fila se desmilingue lá vamos nós, juntando nossos parcos recursos para adquirir o livro em parceria (com dupla dedicatória), tudo para continuarmos cevando a noite. Revemos no salão, dentre tantos conhecidos, um rosto não visto há certo tempo, o da jornalista Tânia Guerra (ela é hoje Assessora de Imprensa da Prefeitura de Santa cruz do Rio Pardo e mora em Piraju, ao lado do rio Pardo), que esteve na equipe de trabalho do ex-prefeito Tuga Angerami junto dessa dupla de adoradores de botequins. Cantar ela não cantou, mas colocamos algumas conversas em dia.
De lá, eu e Siva ainda tentamos discutir a situação do “desrumo” do homem do campo e das cidades (a nossa ali meio detonada diante de nossos olhos), mas isso é um assunto longo, que certamente ainda tentarei fazer por aqui, sem a presença da parceira “cevada”. Assobiando um clássico sertanejo, relembrado por Levi na noite do Templo, compro pães da única padaria aberta na madrugada bauruense (não sabem qual e onde fica?) e tento colocar a cabeça num travesseiro.
11 comentários:
O DAE sempre foi um problema, existe um grupo forte lá dentro que manda e desmanda, são tipicas mazelas infelizmente do funcionalismo público deste estado capitalista, soma-se a isso as indicações terriveis dos conchavos politicos, solução?? Somente com uma revolução estrutural de estado, sem isso vamos continuar a sofrer com essas mazelas e canalhices de certos grupos.
Agora, camarada Henrique, tenho certeza que sempre terá uma boa cevada na companhia do camarada Sivaldo, mas livro de Marcio abc aí é foda hein amigo, cuidado para não ter um "desrumo" literário no mafuá. abraços
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
CONVIVER NAS E COM AS DIFERENÇAS É SEMPRE MUITO BOM.
MARCOS APARENTA SER UM BOM MENINO, MAS NÃO TOLERA OS DIFERENTES DO QUE PENSA E ISSO LHES TIRA NOITES DE SONO.
VIVERIA MELHOR COM MAIS TOLERÂNCIA.
MAS GOSTO MUITO DO QUE LEIO DELE, SÓ ISSO A DESTACAR.
VALÉRIA
Cara Valéria, realmente não tolero os que jogam no time dos neoliberais, mas não o faço por fanatismo e sim por consciencia ideológica de saber como funciona toda essa estrutura. Fala de minha intolerancia com estes barões, mas não fala da intolerancia destes com os que pensam de forma revolucionária e querem mudar o modelo social, e chegam a ser tão intolerantes que muitas vezes distorcem e escondem fatos. Isso eu não faço.
E jamais irão com esse papo de não tolerar "diferenças" enfiar em mim goela abaixo suas péssimas teses. Criticar é bom, sai da mesmice, ou vc acha que só eles podem nos achincalhar ideológicamente da pior forma diga-se de passagem.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
EU SOU MUITO NOVA E NEM VIA A RÚSSIA DE DISSOLVER, MAS TORÇO POR CUBA. UM POVO SIMPLES E VIVENDO NA SUA SIMPLICIDADE ACABAM POR SE SOBRESSAIR. ISSO É MUITO BOM, DIFERENTE DO QUE VIVEMOS.
EDNTENDI SUA CRÍTICA. ELES FALAM DO QUE ACHA CERTO E VOCE TAMBÉM PODE FAZER O MESMO. TUDO BEM, MAS É QUE AINDA NÃO CONSIGO ME FAMILIARIZAR COM TANTA DISCÓRDIA. QUERIA QUE TODOS SE ENTENDESSEM MELHOR E NÃO VEJO ISSO EM QUASE LUGAR NENHUM.
VALÉRIA
DECSULPE MEUS ERROS DE PROTUGUES. É QUE BATI TUDO MUITO RÁPIDO.
VALÉRIA
Discódia está na natureza, em todo o universo, não existe paraiso, veja que até os mais belos e imponentes animais da natureza tem seus dias de caça e de caçador.
Eu luto pelo marxismo que mostrou com fatos para mim o falso estado capitalista suas mazelas, e mostrou um novo modelo onde as oportunidades existem para todos, e o basico da dignidade humana que é saúde, educação, moradia e cultura.
Por isso luto mesmo, sou acido critico e muito duro e inconveniente com os que querem manter o pensamento unico imperialista para manter as bases da exploração, hj o mundo sente falta de lideres, referencias que cutuquem as estruturas, eu tb sinto muita falta disso, pois hj diferente do passado, fico muito sozinho brigando e passando a noção de que eu quero ser todo do contra, mas se não criticar, nada muda, tudo fica a merda que está.
Eu sou isso, um furacão idealista que coloca para correr os idealizadores do capital. Gostem de mim ou não, o que me importa é um país libertado das mazelas do capital, não sou pacheco que diz amem pra tudo que nos impõe pela sociedade e fica como cordeirinho. Não vivo para ser simpatico com certos figurões e sim para ser a pedra imensa em seus caminhos, tanto que pergunte ao Henrique se algum deles me dão espaço para confrontar ideias frente a frente, e depois eu é que sou o grande intolerante??? eles querem é que os fatos fiquem escondidos.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
Meus caros Marcos Paulo e Valéria e também a todos que me lêem nesse momento:
Discussões e debates fazem parte desse mundo em que ainda acredito.
Continuemos assim.
Enquanto divergem e usam argumentos de ambos os lados, cada um buscando sua verdade, vejo que ninguém questiona minha forma de "desmundar" pelos botequins. Isso já é um avanço. Gosto de frequentar botequins, tanto aqui, como o Templo, como lá em Cuba no Bodeguita.
Cada um temos um lado e defender isso é a coisa mais natural desse mundo. Gosto disso e até incentivo.
Balada não, Boêmia sim.
Henrique - direto do mafuá
Olá Henrique
Que coisa triste isso que aconteceu, e pensar que solução existe, o que não existe é vergonha na cara desses políticos que não resolvem os problemas urgentes das cidades. Quantas vidas estão sendo perdidas pela falta de comprometimento com o povo.A que ponto chegou esse país!!
Henrique
E o livro do Márcio ABC é bom ou não? O tema da terra é sempre de muito debate e discordância. De que trata o livro?
Paulo Lima
Estava fuçando no meu acervo de livros e por acaso encontrei algo que acho responder bem certos questionamentos.
"Em tempos de mentiras universal, dizer a verdade é um ato revolucionário" (George Orwel)
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
"O mundo está de ponta cabeça.
Faustão está magro, Silvio Santos está quebrado, Tiririca está alfabetizado e o
Richarlyson chamou o juiz de viado."
Agora um contra a qauestão da terra, contra a reforma agrária, contra o MST descreve o seu "desrumo" do homem do campo.
Cássia
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