COM A PREFEITA POR PERTO O TRABALHO DESANDA...A regra do poder não é expressar seus atos, mas disfarçá-los. Conheço uma pá de gente que adora disfarçar. Ontem me deparo com alguém bom de conversa, atuando dentro das hostes de poder da atual inconPrefeita. Paramos para conversar e dentre risos comento algo a ele: "É sempre bom, ao menos, ter alguém sensato para indicar procedimentos salutares para a alcaide. Alguém normal, onde ela possa ao menos pensar e não fazer cagada". Ele rindo me responde na lata" "E quem lhe disse que sou sensato". Sua fala nos conduz a um algo mais dentro da administração. Assim como ele existem muitos, que lá estão para ir tocando o barco, alguns até tentam fazer algo, sem bater de frente com a linha de pensamento dela, ou melhor, se possível não fazendo questão nenhuma de cruzar com ela pelos corredores. Ser chamado em sua sala só mesmo em último caso.
Existem os que sabem seus horários e nunca cruzam numa possível linha onde psssam se cruzar. Ou seja, pelo que vi, até melhor quando não se encontram: "Eu mesmo faz mais de quinze dias que não falo e nem cruzo com ela. Toco meu serviço assim". Sempre soube existirem por lá, pela Emdurb, DAE e muitas secretarias municipais, algo que hoje tocam praticamente a cidade sem a mão e influência do Executivo. Quando isso ocorre, quando o Executivo se intromete, daí uma grande chance de dar errado, ainda mais neste momento, quando amaioria lá dentro já tem abosluta certeza: a prefeita não sabe nada de administração pública, seu negócio é outro. Com ele e diante da conversa que tive, algo mais de como está ocorrendo o dia a dia nos meandros do poder municipal. Estaríamos acéfalos ou pior que isso, já existe os que fazem algo pela cidade, procurando se esquivar da participação da prefeita, pois diante da certeza dela nada saber, metendo a mão, daí o bolo desanda? Quando a linha de pensamento de quem administra a cidade é de total desconfiança ou descrédito em quem a dirige de fato, creio que pouca coisa pode dar certo.
PELO VISTO NÃO FOI NADA DIFÍCIL ENCONTRAR UM NOVO LÍDER DA PREFEITA NA CÂMARA DE VEREADORESMesmo diante de tanta barbaridade administrativa, a alcaide incomPrefeita não navega em mares assim tão turbulentos lá pelos lados da Câmara de Vereadores. Mesmo depois da voadora dada nos costados de seu antigo líder, um que lhe abriu as portas de sua casa e trocava figurinhas as cegas com ela, toda a cidade ficou sabendo dos motivos pelos quais ela lhe passava a perna e nem isso foi suficiente para criar dificuldades e fechar a semana sem ter já nomeado um novo líder entre os nobres edis. Mesmo com o vice-prefeito já tendo pedido o boné e preferindo de manter distante de tudo o que anda rolando de acontecimentos e procedimentos lá pelos lados do Palácio das Cerejeiras, vários vereadores se mostraram interessados em ocupar a vaga. Mesmo a própria Câmara aguardando a volta do recesso de férias regulamentares de final de ano para se tentar novamente uma Processante contra a alcaide, muitos vereadores se mostraram mais do que dispostos a assumir a responsabilidade de representar a bazófia prefeitista. Conversas ocorreram e ela já bateu o martelo. De tudo, algo bem simples, a constatação de que não existe de fato uma oposição assim bem constituída para lhe fazer frente, pois mesmo diante de tanta falta de competência e procedimentos mal explicados, ocorreu até disputa para ver quem seria seu novo queridinho a lhe representar. Como pode prosperar uma Processante num ambiente desses? Quase impossível e assim, Bauru fenecerá por mais três anos tendo a dita cuja afundando mais e mais a cidade que um dia já foi "Sem Limites", hoje é Cia Ilimitada. Ufa!, em Bauru sempre tem alguém disposto a se sacrificar pelo bem desta cidade e assim estamos sempre salvos do tsunami.
PERDER O JOGO POR DESCONHECER A PRÓPRIA FORÇA*
Eu leio muito e sou adepto de juntar historinhas e citações em meus textos. Hoje mesmo, ando mais do que intrigado com uma e quero citá-la, até para ver se melhoro a escrita. Em muitas vezes ajudam, noutras até atrapalham. Não os incluo para tentar demonstrar erudição ou algo parecido, pois creio já ter superado esse momento, quando se faz necessário querer demonstrar o que não se é. Eu sou um sujeito que defende uma virada de mesa neste país, para acabar de vez com esse pérfido momento, quando o ódio lateja e pulsa nas esquinas, quando o pobre está cada vez mais remediado e sem ação, praticamente encostado num paredão, beco sem saída. Sou do time dos que apostam que um outro mundo é possível e escrevo com o intuito de tentar ao menos influenciar ou mudar cabeças. Se isso ocorre, ótimo, se não, continuarei tentando. Isso me move.
Há uma coisa de uma século, talvez pouco mais, Dom José Batle y Ordóñez, então presidente do Uruguai, assistia a uma partida de futebol. E comentou:
O futebol tem esse poder, uma mobilização além das ditas quatro linhas. Ah se soubessem o poder que possuem! Essa força toda me lembra do elefante do circo, amarrado numa cordinha e presa num pequeno toco de madeira. Poderia destruir tudo à sua volta, mas está ali, conformado e macambuzio, como o povo neste momento. Ordóñez talvez estivesse falando, quem sabe, da democracia que imaginava para seu país. Passado mais de cem anos, ali na vizinha Argentina, manifestantes saíram às ruas envergando a camiseta azul e branca do selecionado de seu país, naquele momento mais que um símbolo de identidade e invadiram as ruas. Foi um bafafá para desmobilizá-los. Aqui no Brasil aconteceu justamente o contrário, quando um bando de bolsonaristas se achando donos da camisa da seleção canarinho e da bandeira nacional a usam como falsa defesa do país, quando na verdade o fazem para defender o indefensável, o que nós destrói e apunhala.
Essa alusão das coisas inerentes ao futebol com transformações ocorrem justamente pela força deste esporte junto à mentalidade das massas. Por muito pouco dá para se insuflar uma massa e mobilizá-los. Nosso presidente, o ex-capitão capiroto faz uso de todas as camisetas de times, numa vã tentativa de se mostrar popular e assim atrair simpatizantes. Um boçal, pois navega em muitos barcos ao mesmo tempo, expondo cada vez mais sua inconsistência e imbecilidade. Viajei mesmo na maionese refletindo sobre as possibilidades todas do futebol, já pensadas na frase do uruguaio e servindo para alusão a tanta luta de transformação em curso. Enfim, o povo tem a faca e o queijo na mão para ser, fazer e acontecer, mas continua vendo o barco passar. Desconhece sua força.
Sonho com isso das pessoas fartas de tanta humilhação, de serem enganadas por políticos, pastores, juízes, empregadores, deixarem de ser expectadores e partir logo pro pau, mostrar sua força, invadirem a cancha e fazerem o juiz mudar o rumo da partida. Num mundo dominado pelas leis do mercado, onde o deus dinheiro é muito mais poderoso do que o ser humano, tira-me o sono o simples pressentimento de que qualquer dia desses, por exemplo, os banqueiros vão expulsar os presidentes de seus postos, sentar-se em suas cadeiras e declarar em alto e bom som: Chega de Intermediários.
E o povo assistindo a tudo, como numa arquibancada, onde o máximo que faz é se levantar quando seu time faz um gol. Regredimos demais da conta, pois agora mesmo, a alcaide bauruense faz e desfaz, chacota na cara de todos, mas reação mesmo, pífia e desorganizada. Ele dão de goleada nos interesses do povão, mas poucos estão dispostos a pular o alambrado e interromper a partida. Enfim, como disse certa feita o cineasta Woody Allen: “O futuro me preocupa, porque é o lugar onde penso passar o resto da minha vida”.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e historiador (www.mafuadohpa.blogspot.com).
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