"A Suellen transformou a prefeitura de Bauru em uma grande imobiliária. Compra, vende e aluga", Marcos Chagas, representante da Apeoesp.
Abro o JC - Jornal da Cidade de hoje e lá na última nota do Entrelinhas, explicitado como a incomPrefeita Suéllen Rosim trata a imprensa local. Primeiro, tudo o que consegue é divulgadio para os seus seguidores - diria mesmo, adeptos - e só depois para a restante da patuléia, no caso os bauruenses. Ela vive num mundo onde privilegiar alguns é algo visto e entendido como normal, bem ao estilo de seu mestre, o capiroto mór, ainda encastelado lá em Brasília - mas por pouco tempo. Suéllen não é normal e não age de forma límpida e transparente. Age em desacordo com um mínimo de civilidade democrática e nos respeito às instituições e pessoas por elas representadas. Agora mesmo, desmerece o pessoal do Sindicato do Servidores Municipais, tudo para não ter que discutir com quem de direito sobre o reajuste salarial da categoria. Passa por cima, atropela sem só e piedade, como o fez com seu líder na Câmara. Tudo pensando eleitoralmente lá na frente, em eleições futuras e onde poderá estar. Bauru, com toda certeza, vai estar bem distante de seus planos, tão logo consiga subir alguns degraus dessa sua escada rumo a Brasília, seu sonho de consumo.
Suéllen representa mais que um perigo e o próprio vice prefeito, ciente de tudo, preferiu dar seu jeito e se afastar o mais rápido possível. Pediu o boné e agora está vendo tudo de camarote, como que aguardando o desenlace para ver como fica. Enquanto isso, ela segue, seguindo uma orientação das mais estranhas. Veja agora, nesse provável afastamento do Valle, o ainda presidente da Emdurb - ele está de férias. Dizem que, seu afastamento se dará por bater de frente com o Chefe de Gabinete da alcaide, um que foi trazido de Agudos e representante fiel da ala próxima e comungando do modus operandi e da fé religiosa. Eu tenho comingo que, para estar junto dela, alguma anormalidade o sujeito precisa apresentar, pois diante de tanta anormalidade, querer continuar por ali, só pode dar a entender concordar com tudo. Até hoje não consigo entender como jornalistas qualificados, atuando na Assessoria de Imprensa da Prefeita não se rebelam.
Assisti ontem a capítulo da novela "Nos Tempos do Imperador", quando o vilão da trama chega para o jornalista do jornal da époica e impõe para este publicar cartas pessoais contra o imperador. Este não aceita, diz este não ser o procedimento dentro da lei e pede demissão ali no ato, levantando da cadeira e saindo porta afora. Na sequência, o próprio algoz imprime as páginas do jornal. Pensei de imediato numa rebelião bauruense dos sensatos, se opondo e a deixando - a alcaide - sózinha, isolada e ela tendo que fazer pessoalmente suas tramas contra a cidade. Não seria uó do borogodó?
Ela possuir um grupo específico nas redes sociais e privilegiar estes com as informações dos acontecimentos públicos é algo para uma propositura de cassação de mandato. Ela não possui nenhum discernimento do que venha a ser a real função de prefeito de uma cidade. Até hoje não consigo entender como Bauru conseguiu acreditar e votar em alguém com essa mentalidade. Lembrome-me bem do que diziam quando Bolsonaro foi eleito: "Se for ruim a gente tira". Não só não conseguimos tirar, como espalhou ódio pelo país afora e vejo o mesmo acontecendo em Bauru. Mais três anos de inconsequência é muito para todos nós...
Pois bem, dias atrás meu novo amigo, o também novo inquilino lá no Mafuá, o poeta piauiense Fabio Vieira DE Alencar me pede um favor. Estava no trabalho, do qual sai diriamente 22h e pede para que comprasse algo para ele numa farmácia e me pagaria no dia seguinte. Minha resposta foi mais ou menos assim:
- Desculpe, Fábio, não vou poder te atender, quebrei o carro, ando numa correria danada e só fui ver essa mensagem agora, quando já em casa. Espero que consiga se virar, pois estou A PÉ.
Ele, com sua sagacidade, tendo já vivido experiências mil nos seus 42 anos de vida, me desfere uma resposta, dessas a me fazer turbilhar a mente:
- De boa, eu consegui. Eu agradeço irmão. Fica bem. EU ESTOU A PÉ FAZ 42 ANOS. Rsssssssss.
Ele não me deu a resposta em sentido de afronta, nada disso, mas eu a recebo como algo pelo qual não tinha ainda me atentado. Mesmo tentando ser sensível em todos os momentos, as vezes algo escapa e percebo o quanto só nos atentamos para o que perdemos. No meu caso, felizmente, estarei sem o carro somente por alguns dias, enquanto que a maioria do povo brasileiro nunca o teve para suprir suas necessidades de locomoção. Com amargura, assimilei mais essa e a incorporo com a devida sapiência dos quase 62 anos de quilometros rodados.
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