Essa sua rotina. Nunca tinha trabalhado no ramo e está se adaptando, em algo ouvido pelo patrão: "Isso aqui não é um emprego, é uma profissão". Segundo essa concepção, o empregado pode ganhar muito, desde que venda muito, pois se nada vender, nada ganhará, mesmo lavando e limpando infinidade de veículos durante a semana. Foi esboçar uma reclamação para o patrão e ouviu deste: "Veja como somos solidários. Ainda te propiciamos a alimentação diária. Se esforce mais". A loja possui mais vendedores e todos na mesma situação. Alguns já com anos de janela, mais experientes e desta forma, não medindo esforços para também passar a perna no novato, que bobeando fica sem alguns contratos inciados sob sua batuta, mas finalizados pelo esperto colega de trabalho. O questiono dos motivos de ali continuar e sua resposta: "Fiz concursos, estou atento a toda e qualquer outra possibilidade, mas diante de nada de novo, continuo. Pelo menos ali tenho a alimentação. Sempre vivi com pouco, sei viver nessas condições, mas em alguns casos, nítido como exploram da situação e se beneficiam disso. Se reclamar, perco até isso, daí me aquieto, trabalho calado. Sou um cidadão triste, infeliz".
Ele é uma pessoa muito instruída, possui conhecimento e sabe muito bem discernir tudo o que lhe acontece. Conversamos ontem a respeito e lhe disse, ser este o modal de trabalho atual, o do máximo da exploração da mão de obra do trabalhador, regime escravista, onde todos os direitos trabalhistas estão suspensos e o patrão tem total liberdade, cobertura do atual desGoverno Federal, ações sem nenhum escrúpulo, só pensando e agindo em benefício do patrão. O patrão, por outro lado, cada vez mais, ciente de sua atual condição, defende Bolsonaro e todas as transformações, pois tudo lhe é muito cômodo. Tempos sem lei, ou melhor, trabalhador cada vez mais desprotegido e tendo que se submeter a condições totalmente adversas. Que raios de empresário é esse? Ele, uma pessoa outrora alegre, cheio de ideias, altivo e lendo muito, hoje se mostra, cada vez mais triste, cabeça baixa, sem motivação e perspectivas. Só não cometeu uma loucura até a presente data, pois ainda é guiado por princípios altaneiros. Sua vida, como se vê, está por um fio e num beco sem saída. Já, seu empregador, usufruindo das barbaridades propostas pelo capitalismo selvagem à moda neoliberal, sem nenhum reconhecimento da condição mínima de sobrevivência do ser humano. Este algo bem próprio destes tempos. Como ser feliz diante de algo assim? Impossível não querer mudar isso tudo. Os que se aquietam, se acomodam e aceitam, meus pesâmes, pois fazem parte da podridão permeando as relações humanas.
Essa a linguagem da bolsonarista e fundamentalista prefeita. Faltava só mais essa, uma declarada ameaça e guerra estabelecida com o funcionalismo. A categoria num todo, o conjunto dos servidores, mesmo os que receberam a partir deste mês o vale de R$ 1 mil reais, deveriam se unir aos que não receberam e engrossar o caldo contra a atitude autoritária da alcaide, que foge de suas responsabilidades, criando mais um problemão, diante de tantos outros empurrados com a barriga. Por outro lado, faz de tudo para emperrar e inviabilizar a Processante que, nos seus calcanhares, está a investigando. Ela desmerece as testemunhas que apresentam algo contundente contra sua pessoa, como o mentor do projeto da Processante, foge das respostas e contra-ataca com ameaças, intimidações e instiga os seus, aqueles que pelas redes sociais, a defendem com unhas e dentes, iguaizinhos ao bolsonaristas no cercadinho do lado de fora do Palácio do Planalto.
Ou Bauru se une e dá início a um incessante trabalho de descrédito para tão ultrajante administrtação, ou a cidade estará pela frente, como fez Bolsonaro com o país, com algo sem limites, querendo tomar conta de tudo, uma espécie de "com Supremo com tudo", igualzinho fez seu mentor. Permanecer calado, só observando é tudo o que ela quer. Suéllen trabalha e age com a certeza da impunidade. Estes tempos a fazem agir assim, ela aprendeu a fazer política desta forma, invcentivada pelos lá encastelados hoje em Brasília, não respeita leis, normas, convenções, regras, pois acredita que o que vai pela sua cabeça é o correto. Essa intimidação para com os servidores da Emdurb merece uma revolta generalizada e ela tem que ter início neste momento. Deixando hoje, amanhã virá algo mais, depois outra coisa, mais outra e quando nos dermos conta, ela terá tudo dominado. E ela não é tão forte assim, ou é?
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