terça-feira, 31 de janeiro de 2023

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIUDAS (212)


A ALEGRIA EM REVER SEU ADELINO E O RECONHECIMENTO PARA COM ESTE HPA
Seu Adelino é dessas pessoas mais do que marcantes na vida de qualquer pessoa. Funileiro de profissão, tem sua oficina bem atrás do barracão da Pilícia Civil - onde antes estava situada a antiga Baurucar. Foi zagueiro do futebol amador bauruense, nos seus!áureos tempos. Enfim, não sei nem como se impunha na posição, pois é um doce de pessoa. Não o imagino descendo o sarrafo em nenhum centroavante mais atrevido. Desde que o conheci, amizade à primeira vista. Tem dias que vou lá em sua oficina só pra conversar, jogar conversa fora. Ele, toda vez, ao me ver, abre os braços e até esqueço do motivo de ali ter ido.

Hoje não foi diferente. O motivo era um retoque leve na pintura do carro, mas quase sai de lá sem tratar do assunto. Me viu, abriu aquele sorriso de boca a boca e me desconsertou, me fez bambear. Confesso, as pernas amoleceram. O danado, mesmo antes dos cumprimentos diz estar mesmo querendo falar comigo. E fala, despeja um falatório desses pelo qual tive que me encostar na parede. Sua fala: "Nessa eleição eu só pensava em você. Votei com tua imagem na cabeça e acompanhei a apuração pensando em ti em primeiro lugar. Você incorporou a candidatura do Lula com tanta antecedência, nunca mudou de lado, sempre o defendeu que, tentava imaginar o quanto deveria estar contente com sua eleição. Pode acreditar, falo com muita sinceridade, você foi e é pra mim um exemplo".

Me digam, não era pra amolecer dos pés à cabeça com tamanho reconhecimento? Disse mais. "Lembra daquele dia quando me levou numa cliente, indicada por ti e fomos tomar um café numa padaria lá perto de sua casa. Você foi com a camiseta do Lula. Eu vi olhares de aprovação e muitos de reprovação. Você não arredou pé, se manteve altivo, enfrentou tudo e assim, quando vi Lula eleito, pensei logo em ti, meu amigo lulista". Rimos quando lhe contei ir na padaria com aquela vestimenta, exatamente para provocar, pois sabia ser o dono e muitos clientes, todos bolsonaristas.

A conversa foi longa. Falamos de muitas outras coisas, inclusive de nossas diabetes, tratadas como o diabo gosta. Sempre me pergunta de Ana Bia. Por fim, quando já tinha até esquecido o que ali me trouxe, acertamos data para voltar e trazer o carro. Na hora da despedida solta a definitiva: "Você pode não perceber, mas representa muito para muita gente. Eu sou um deles. Tenho em ti mais do que um amigo, adoro parar tudo o que estou fazendo para prosear contigo. Não fique muito tempo sem vir aqui". Tive que sair rápido pra não chorar. Eu vou fazer 63 este ano, ele já passou dos 75. Nunca ia imaginar ouvir isso dele. Saio de lá em estado de graça. E para demonstrar que nem tudo é perfeito, de lá vou ao médico, esse bem mais novo que eu e também muita conversa, só que ao contrário. Ele muito bolsonarista, eu lulista. Não nos altercamos, ele até esqueceu dos demais pacientes, mas estava diante de algo inespugnável, irredutível e incontornável, o fato da ultra-direita estar bem fincada por essas plagas. São os dois polos da mesma moeda.

INCÊNDIO NA CARTOLA, PAPEL DO PAULÃO E O MUNDO DO SAMBA
Um fatídico e triste incêndio tomou conta, na manhã de hoje, das instalações da Escola de Samba Cartola, altos do PVA. Incêndios são sempre um horror, assim como as enchentes. Só quem padece desses males escreve com a devida propriedade. Hoje foi o dia da Cartola e entristecido revenrencio e dou minha força para o Paulão Madureira e sua turma de bamba. Divergimos em muita coisa, linha ideológica bem distinta, mas como estive por lá nestes últimos dias e por várias vezes - auxiliando o bloco Estrela do Samba, do distrito de Tibiriça, da amiga Dulcinéa Cosmo, no trestrinchar da documentação necessária para incrição e legalização para desfilar e receber verba pública -, escrevo com propriedade sobre o que vi. Paulo Madureira é duro na queda, desses de dificilmente se vergar, mas o danado, até por gostar demais de Carnaval, acaba se transformando num de coração mole no quesito de união de todos pela realização da festa. Ele fez e aconteceu por estes dias, ajudou muitos que sem seu auxílio nem se inscreveriam. Vi isso se desenrolando por lá e não é porque divirjo dele, que não possa elogiá-lo. O faço sem problemas. Ele foi a própria personificação do que deve ser de fato uma Liga das Escolas de Samba. Foi grande nos bastidores e sabemos, este Carnaval só irá acontecer - se é que irá - por causa de sua intervenção nos bastidores. Levou advogado seu pra destrinchar o edital e, a partir daí tudo deslanchou. Paulão deve estar hoje mais nervoso do que o habitual e se o que escrevo serve de consolo, mesmo em campos opostos, rendo homenagens a ele no dia de hoje. Ele sabe como dar a volta por cima. E dará. Era tudo o que tinha a dizer.


COMEÇANDO O DIA PRA TIRAR O PÉ DO CHÃO
O bloco Bauru sem Tomate é Mixto , traz "Os imbrocháveis da Alegria", nosso enredo de 2023.

E como fazemos há 11 anos, no primeiro sábado de carnaval, levaremos nossa irreverência, alegria e o humor crítico e politizado pro calçadão.

Concentração a partir das 10 horas, na praça Rui Barbosa, pra irmos temperando o molho do tomate e aquecendo o gogó.... Desceremos, como sempre as 12 horas. Antes do nosso desfile, faremos a entrega do tradicional Prêmio Desatenção.

Venha, participar... Temos camisetas com o tema para os que quiserem usar, só encomendar, mas a fantasia é livre. Fantasie-se como quiser. Nosso bloco não pipoca e não tem cordão de isolamento.

Anota aí - 18/02/23 concentração a partir das 10 na Rui Barbosa e as 12:00 a descida pelo calçadão até a Machado de Melo.
Num dou conta de marcar todos os tomates, tomatinhos e tomatenses, marquem e compartilhem por favor.....

Nois tá puto mas faz festa!!!!! Compartilhei da Tatiana Calmon , afinal eu sou Tomateiro

O FASCISMO CONTINUARÁ NOS RONDANDO - EIS A PROVA, ELE ESTÁ ENRAIZADO ENTRE NÓS, MEUS MÉDICOS
No dia de hoje, terça, 31/01, fui em dois médicos. Retornos de rotina para calibrar o impoderável e este futuro incerto de cada vez mais nebuloso de quem adquire idade. Num o papo foi só médico e trivialidades, mas no outro, ele muito jovem e já me conhecendo, puxou conversa e me vendo com uma camiseta de Marx, começa me instigando e dizendo se iria viajar por estes dias. Ao lhe responder positivamente, disse que um dos lugares por onde não poderia ir era na Rússia. Respondi na lata: "Iria sim, pois por lá, pelo que sei, os comunistas não são perseguidos tão acontosamente". Foi o suficiente para ter minha consulta interrompida e o começo de algo perdurando por uns vinte minutos, ininterruptos de idas er vindas. Ele estava desconfortável pela eleição e por Lula ter resistido ao golpe. Despejou algo sem conhecimento de causa: "Lula é um dos caras mais ricos que temos". Pedi pare ele me citar suas fontes e o tal motivo da riqueza e aproveito para dizer de como repetem algo sem nenhuma certeza. Daí me diz também que um dos piores personagens do mundo, levando pra falência seu povo foi Fidel Castro. Mostrei a ele o quanto existe de inverdade nisso e me repete a mantra de sempre: "Por que então fogem tanto de lá?". Resposta simples de minha parte: "E por que fogem tanto do Brasil pros EUA?". ele me diz ser diferente, eu dou risada e fala da pobreza, fala do cerco norte-americano. Quer me falar do Porto de Muriel e lhe mostro o investimento brasileiro, todo pago e dando emprego para empresa e trabalhadores nossos, além da utilidade do porto para o mundo. Falo que lá todos são pobres, mas não passam fome, vivem sim com salário ínfimo, mas tem de tudo subsidiado, desde passagens e alimentação. Ele não compreende e diz dos motivos do cubano estar impedido de sair do país. Digo que isso não existe, cito o caso da professora cubana que mora em Bauru e trouxe a mãe quatro vezes para cá. Ou seja, o motivo é o mesmo nosso, tendo dinheiro se viaja, não tendo não se viaja. "Quando não tem grana, não volta pra Nova York, ok? Quando tem volta, não é assim? Lá a mesma coisa", lhe digo. Ele surta. Tenta falar da Nicarágua, de Daniel Ortega, tudo repetido, um discurso pronto e sem sentido, fácil de ser rebatido, ou seja, patinam sempre nos mesmos textos e narrativas. Num certo momento, ao defender "abomino Boilsonaro e Lula, mas Bolsonaro é muito melhor", me diz que nas minhas respostas só defendo Lula e lhe jogo na cara o contrário, ele só defende Bolsonaro. Declara amor por Alckmin ("um traidor"), que segundo ele vai sacanear com Lula e assumir o governo, depois pelo atual governador paulista e enfim, também por Moro, Guedes, Zema...
Se diz isento, mas me chama de radical. Sorrio e lhe digo que, "dentro da mesma concepção, afirmo ser ele muito radical, beirando o fascismo". Foi um papo nesse nível, encerrado com algo pelo qual percebi, ele arregalou os olhos: "Você sabe, sou jornalista, estou encerrando agora uma matéria onde busco identificar quem financiou o golpe doa dia 8, pois os presos são todos a ralé, os enviados para executar o serviço sujo, daí se faz necessário identificar e punir quem financiou, organizou e instigou não só a quebradeira, mas o golpe. Está fácil de pegar todos, basta seguir as pistas e algo assim vai sair com os nomes de gente de Bauru". O homem avermelhou e diz que assim este país não avança, pois se faz necessário compreensão, apaziguar e esquecer, para avançarmos. Afirmei exatamente o contrário, que para avançar enquanto nação se faz necessário punir os golpistas. Discutimos mais um pouco, ele me passa a receita e já na porta, com cliente do lado de fora, meio que de olhos arregalados, ainda pergunta: "Então me vê como um radical?". Respondo sem pestanejar: "Sim, tudo o que não precisamos neste momento. Um radical de direita, diria mesmo, um ultra-direitista. Tão jovem e só entendendo o mundo pela sua concepção, sem ler mais nada sobre o outro lado, para a partir daí tirar suas conclusões". Em marcamos retorno para daqui há três meses, quando a contenda deve continuar. Eu não fujo destes embates, cada vez mais significativos para mim. No mais, meus exames deram tudo bem e não tive que alterar meus medicamentos. Vida que segue. Eu nem preciso procurar por diálogos como estes, eles pululam pela aí, basta ir de encontro a eles e com uma pequena provocação, se mostram por inteiro.
PS.: Por outro lado tenho outro médico, o único dentre todos frequentados por mim, que enxerga tudo com outra visão, votou em Lula e abomina o Bolsonaro, os seus e o golpe. Dentre todos, encontrei um e com ele também divago e muito, ele cada vez mais não entendendo os seus colegas, num desencanto de dar gosto: "não consigo mais travar um mero diálogo com a maioria, pois se me posicionar, serei visto como lulista e não sou lulista. Simplesmente entendi não ser mais possível o país avançar com a mentalidade bolsonarista. Muitos não me compreendem". Entendo perfeitamente.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

FRASE DE LIVRO LIDO (185)


DEPOIS DE LER MUITA COISA MAIS PROFUNDA, HOJE SÓ LEIO ALGO MAIS AMENO E ASSIM COMEÇO O ANO, ESTES MEUS DOIS PRIMEIROS LIVROS LIDOS EM JANEIRO
Tenho uns dez começados e espalhados entre a residência, o Mafuá e o carro. Em todos mantenho alguns com marcadores e os leio, devoro, em todas as possibilidades encontradas ao longo do dia – e da noite também. Como posso querer assistir algo tão bestial como este BBB? Não posso e aproveito os momentos em que a TV em casa está sintonizada nisso e leio, leio e leio. Primeiro a revista semanal Carta Capital, depois a mensal Piauí, também algo rápido com o Jornal da Cidade de Bauru, todos nos modais impressos, o de minha preferência. Depois os livros. Não quero e não posso perder assiduidade da leitura de livros. Ainda os compro, nunca mais em livrarias e novos, pagando preços fora do meu orçamento. Os faço muito em sebos, na Banca do Carioca, junto da Feira do Rolo e em todos lugares onde tomo conhecimento, estão vendendo, dando ou trocando. A coleção só aumenta e o que mais tenho ouvido com o passar rápido dos anos é o me dito anos atrás por um adolescente: “Mas vai dar tempo de ler tudo isso?”. Eu só quero continuar tentando, pois o tempo urge e o meu cada vez mais abreviado.

Cito dois, dentre os dez, estes terminados. O primeiro é “De hoje não passa”, troca de correspondência entre o carioca Eduardo Goldenberg (meu amigo) e o paulista Julio Bernardo. A edição é da Mórula RJ, 128 páginas. Na apresentação, Júlio define o motivo de me envolver e ter ido em busca de um livro, onde um escreve algo do Rio e o outro responde de Sampa: “Não é você que larga a vida, é a vida que larga de você”. O pano de fundo do livro tem a mesa de bar como roteiro. A usam para dizer de tudo e assim, versam de forma bonachona sobre tudo. O livro é saboroso e, neste momento brasileiro, me alivia, me faz dar uma flanada diante de tanta coisa séria ocorrendo. Não que isso não seja sério, diria mesmo, necessário. Eu atuo e estou inserido seriamente, mas adoro um bar e as conversas dali provenientes. Eis algumas frases selecionadas:
- Todas as águas do Edu levam sempre à Tijuca, aos amigos, às histórias emotivas, ao samba e à adoração por Brizola e Aldir Blanc – duas paixões que dividíamos sem saber (Julio).
- Chega uma hora em que precisamos admitir as próprias derrotas e pelo menos cogitar mais seriamente a data da falência final (Julio).
- Botequim bom é um verdadeiro hospital de almas. (...) A Zona Norte, a Tijuca, é – ousaria dizer – o palco perfeito pro suicida exercer seu ofício único no átimo do gesto corajoso. Eu só não perdoo o suicida exibido. O que perturba por conta de seu gesto, como a besta que se atira diante de um trem e fode com o dia inteiro de trabalho de uma massa de gente que não tem nada a ver com o covarde (Eduardo).
- Não faço bem o estilo daquele que planeja passar o outono da vida acomodado no conforto do marasmo de um cotidiano asséptico (Julio).
- As pessoas tem que voltar a praticar a sagrada arte da melancolia. (...) por que as pessoas pararam de trocar cartas? (...) Meu dia se torna santo quando sento à mesa e escrevo (Eduardo).
- Eu não sei porque as pessoas pararam de trocar cartas, mas desconfio. As pessoas não têm mais o que dizer, o que contar. Estamos fodidos (Eduardo).
- O exemplo de Judas nos mostra que péssimas alianças ocorrem desde que o mundo é mundo (Julio).
- Melhor perder do lado certo que ter vitórias cretinas ao lado de quem não presta, seguindo o assim pensamento precioso do saudoso Darcy Ribeiro (Eduardo).
- Eu seguirei daqui escrevendo, acho que essa é a única coisa que sei fazer quase direito, além de ter gosto até que razoável pela bebida (...) Como disse um belo dia o fabuloso Zé Rodriz, meus discos, meus livros e nada mais. Porque não confio em escritor que não lê (Julio).
- Hoje meu principal patrimônio é a consciência de que não deixarei nenhum legado. Não apenas no Brasil – nos mostram que o homem percorre uma trajetória que pouco tem a ver com a tal da utópica evolução. (...) A tentação do fracasso é irresistível (Julio).

Meu outro livro, também de cabeceira por estes dias é uma releitura da obra do paulistano Marcos Rey, principalmente suas crônicas. Tenho me identificado bastante com as andanças dele pelas entranhas de cantos quase indescritíveis da capital paulista, muito ao estilo de Adoniran Barbosa e João Antonio - e o primeiro, João do Rio. Creio ter conseguido comprar todos seus livros e por preço assim, R$ 5 reais cada. Para mim valem muito. Neste lido, o “Soy loco por ti, América!, Global Editora SP, 2005, 168 páginas. Outro da mesma laia, o adorável João Antonio fez o prefácio e nele escreve: “Hoje, numa rua de Botafogo, um homem vai aporrinhado. E só aporrinhado pode ir. (...) Olhar de humanismo desencantado que, apesar dos tropeços e porradas, a vida não conseguiu tornar cínico. (...) Dessa máquina de moer gente ninguém sairá inteiro, sejam falsários, radialistas da madrugada, esposas mal amadas, publicitários ou escribas mambembes, atores, atrizes e diretores, cabos eleitorais ou motorisdtas de táxi, prostitutas ou cafetinas, ricos, pobres, dependentes e pingentes urbanos e até os alegres rapazes e menininhas em flor pré-64, da lamentável esquerda-festiva-etílico-lítero-perfumada-musical. (...) Haverá um mundo melhor? Hay um mundo mejor, pero és caríssimo”. Nas frases algo mais deste brilhante escritor:
- Dinheiro novo é tão suspeito como a virtude duma virgem velha.
- Um falsário, como um príncipe, não pode permitir intimidades.
- Inocente as pessoas vão deixando impressões digitais por toda parte, o que pode causar embaraço mesmo às que nada fizeram. O cinema dá exemplos disso. Decidi não deixar impressões nem em papel higiênico.
- Um segredo compartilhado é um segredo desvendado. Todas as pessoas gostam de confessar. Se não fosse assim os padres não teriam trabalho. Nunca se confessou?
- Queria apenas conversar com alguém, ter um assunto. Os anseios da alma são flutuantes: se às vezes desejava esconder-me, outras necessitava de contato e diálogo.
- A gente aprende tudo tão depressa quando não tem nada a fazer.
- O desemprego não advém da preguiça, mas podem caminhar juntos. Especialmente se o caminho leva à cadeira de um bar. (...) O desempregado leva ao menos a vantagem de não precisar levantar cedo.
- Ficamos horas sentados no bar, apenas vendo as pessoas passarem. Aprendi a assistir o que se chama de espetáculo da vida. Não havia nada mais inédito, variado, chamativo e colorido do que o desfile de transeuntes numa avenida central, principalmente ao cair da tarde. A diversificação de formas, cores, gestos e expressões é infinita quando se observa os passantes de uma mesa de bar. A simples maneira de andar não se repete duas vezes. Todos têm duas pernas mas andam de maneira diferente.
Eis algo do que ando lendo, até para não enlouquecer definitivamente. No mais, o pau continua comendo solto e este HPA, envolvido em cada contenda que nem lhe conto. Algumas conto.

TOMATE, INSCRIÇÃO DE ESCOLAS E BLOCOS, 19 DIAS D0 CARNAVAL
O bloco do Tomate não segue o regramento de escolas de samba e blocos carnavalescos para o Carnaval, pois não desfila no Sambódromo - este ano, numa avenida qualquer da cidade - e sim, por tratar-se de bloco de rua, comunica para a Cultura Municipal e com um mínimo, a presença da corte real, os reis Momo, Rainha do Carnaval, os da Terceira Idade e a da Diversidade. Solicitação feita, solicita também autorização para colocar no Calçadão um carro de som, propiciando um som adequado para a descida do bloco. Nada mais.

Por estes dias, estive na Cultura algumas vezes, junto de Dulce Baté, ela correndo atrás da documentação para viabilizar que o Estrela do Samba de Tibiriçá consiga desfilar e receber o prometido pela Prefeitura - essa a parte maias complicada. Hoje, 17h, o prazo final da entrega da documentação e muitos deixando para a última hora. Não credito isso aos carnavalescos, mas principalmente para quem, hoje faltando 19 dias para a festa começar, tudo ainda insipiente. Com muitas indefinições, os carnavalescos tentam ao seu modo e jeito se adequar aos tempos fundamentalistas regidos pela atual mandatária.

O Carnaval, apesar de tudo, desse monte de bestialidade jogando contra, sempre vence e se mostra atuante e pujante. Neste ano, tudo está sendo feito no improviso, no corre-corre. O desfile na rua será uma colcha de retalhos e a grana para viabilizar a festa, chegará algo como uns 5 dias antes da festa e outra parte não se sabe quando depois. Os detalhes de compromisso assumido são perversos para quem faz o Carnaval, mas mesmo assim, eles insistem e tentam fazer o melhor que podem. 

O Tomate torce para uma festa bonita, mas sabe das dificuldades, com todos correndo contra o tempo. Nosso ofício foi protocolado dia 25/01 e aguardamos resposta. Passo por lá dia sim, dia não e a resposta é sempre a mesma: A documentação corre pela aí. Tomara não nos surpreendam com nada em cima da hora. De qualquer forma, dia 18/2, estaremos na praça Rui Barbosa e às 12h, desceremos o Calçadão, Imbrocháveis da Alegria, fervendo com os desmandos todos.


TERMINASTE A MUDANÇA?
Foi com essa pergunta que Victor Hugo Morales, o radialista do programa de rádio La Mañana, na 750 de Buenos Aires instiga outro a falar na sequência pelas ondas radiofônicas na manhã desta segunda, 30/01. A resposta deste é o tema do que quero aqui escrever: "Não, a mudança não termina nunca". Essa é uma alusão sobre todos os envolvimentos pelos quais estamos enfurnados ao longo da vida. Comento  sobre o último, a tentativa frustrada de golpe de estado contra a democracia. Eles, os perversos, fizeram e aconteceram, meteram os pés pelas mãos e perderam feio. Mas isso não quer dizer que foram derrotados, pois a ultradireita continua pela aí e, se neste momento, estão um tanto recuados, até ocultos, não quer dizer que arrefeceram. Estão só se preparando para um novo ataque, pois o que fazem será sempre o descalabro. Portanto, creio que os que acham vitoriosos neste momento precisam ter a plena consciência de que, nada está ganho. A luta nunca está ganha e daqui por diante, terá intensidade ainda maior. Portanto, quando vejo alguns na lida e luta arrefecendo a intensidade do que fazem, enxergo muito perigo nisso, pois é o querem, que nos contentemos somente com o feito da inviabilidade deste primeiro ataque concreto e nos acomodemos. O momento é de muita união, ir pra cima e não dar espaço para esses bestiais, criminosos, perigosos, algo muito perto do fascismo e nazismo, continuarem mostrando seus dentes. "A mudança não termina nunca" e neste momento, mais do que nunca se faz necessário estar atento e forte contra tudo o que está em curso. É sobre isso minha preocupação.

domingo, 29 de janeiro de 2023

REGISTROS LADO B (108)


NO 108º LADO B, UM ADVOGADO DE LUTA, MARCO ANTONIO SOUZA, EXPERIÊNCIA A SERVIÇO DA DEMOCRACIA
O meu negócio é ir conversando com as pessoas, registrando essas conversas e sonhando que tudo um dia se transforme num lindo livro. Cavo isso aqui, pessoas com boas histórias para relatar, trajetórias altaneiras de vida, algo muito além de simples relatos interessantes. Os que fazem e acontecem, lutadores incessantes atrás dessa tal de Democracia, algo que estávamos perdendo após quatro anos de ataques desferidos por um genocida no poder. Por aqui, golpista, divulgador de fake news e espalhadores de ódio não terão vez, muito menos voz. Eu quero conversar é com pessoas a combater isso tudo. E assim sendo, quando posso, dentro de minhas limitações e possibilidades, aqui continuo nessa busca por estes. A alegria é incontida, quando me deparo com mais este LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, chegando nesta semana ao 108º bate papo. Fomos longe demais da conte e assim continuaremos.

Desta feita, fui arrebatado por um instigante advogado bauruense, de uma velha cepa, dito e visto como da Velha Guarda, vida sempre tocada em cima de um prumo, rumo e seguindo os padrões da normalidade, o da verdade factual dos fatos. Assim como eu, faz parte da turma dos que não se seguram e diz o que pensa, sem medo de ser feliz. Num mundo onde a maioria das pessoas, sofre, é apunhalada, mas prefere continuar calada, omissa, talvez por receio ou medo, os que levantam a voz, precisam ser enaltecidos e desta forma, aqui trago para uma conversa de fino trato, MARCO ANTONIO SOUZA. Para quem não o conhece, recomendo ouvirem o que diz, pois se surpreenderão.

Eu já o conhecia de longa data, mas no dia seguinte da tentativa frustrada de golpe, o fatídico 8 de janeiro, aconteceu na cidade uma rápida movimentação e muitas pessoas foram pra frente da Câmara Municipal no dia seguinte em sinal de protesto, indignação pelo ocorrido, mas aliviados pelo fato do Brasil ter conseguido superar mais essa embrulhada. E lá esteve este intrépido advogado, fazendo questão de fazer uso da palavra. E o fez com propriedade, tanto quer, ao ouvi-lo, já naquele momento fiquei se remoendo de vontade de fazer um bate papo com o danado e ter o privilégio de pedir para ir opinando sobre isso tudo vivenciado, além de contar um algo mais de sua trajetória.

É o que faremos hoje, logo mais 19h. Marco, ou melhor, Dr Marco, é um sujeito de bem com a vida. Soube construir ao longo do tempo algo sólido e consistente, tudo irmanado com a escolha por esgrimar na luta por um país melhor, sem as escancaradas injustiças que o permearam ao longo de sua História. Quero juntar isso numa conversa, onde ele vai nos contar esse algo mais, dizer o que já fez na vida, o que faz e onde pretende estar enfurnado daqui por diante. Deixo os detalhes de sua vida para ele mesmo nos contar e assim a surpresa será boa pra todos nós, os que tivermos o prazer de escutá-lo no dia de hoje. Só para relembrar, atuou décadas pela Telesp e hoje possui seu próprio escritório de advocacia.
Eu não fico sem procurar ouvir pessoas como o Marco, pois é da boca destes, contando algo de suas peripécias, a real possibilidade de extração de ideias para tornar nossas vidas melhorada. Tenho certeza, a conversa será mais que boa. Aguardem só mais um bocadinho e cliquem aqui neste bat canal por volta das 19h.

Vamos juntos?

Eis o link da gravação de 1h30 de duração: 

COMENTÁRIO DESTE HPA:
Eu me espanto em cada bate papo deste Lado B. Na maioria dos casos, positivamente. Com o querido amigo e advogado Marco Antônio assim se deu. Marco vivenciou de dentro como foi a privatização da Telesp/Telefônica e conta algo em detalhes. Algo se repetindo da mesma forma e jeito do ocorrido hoje com o DAE de Bauru. Não investem mais, as dotações orçamentarias desaparecem e assim, tudo facilitado para a ocorrência da malfadada privatização. No tempo dele, iníco do neoliberalismo, com Tatcher e Reagan, hoje a continuidade, cada vez mais insensível aos direitos dos trabalhadores e da população. Sua história precisava ser contada, mostrada em detalhes. Depois de aposentado, adentra o mundo jurídico, monta escritório e dá início no setor trabalhista, atruando junto aos sindicatos dos Químicos, dos Trabalhadores da Unesp e dos Servidores Municipais. Outras boas histórias, tudo culminando com a maldadada Reforma Trabalhista de temer/Bolsonaro, retirando quase todos direitos trabalhistas. Ele, novamente vivenciando tudo de dentro, defendendo trabalhadores. Daí, na sequência o ouço sobre o momento brasileiro, a participação do mundo jurídico e o posicionamento de gente como ele, os que estiveram ao lado de tanta luta por um Brasil mais altaneiro. Marco é de uma linhagem onde não existe a possibilidade de se calar diante das iniquidades e das injustiças. Vendo o golpe tentado e por pouco não tendo êxito, esteve nas ruas e falou. Aqui repete o que disse diante da Câmara e fala até mais, com mais tempo. O mais eu peço que ouçam, reflitam e constatem o quanto se faz necessário o Brasil vingar positivamente e com posicionamentos firmes e contundentes como o prestado por ele. A análise que faz da mídia bauruense e, principalmente do papel do Jornal da Cidade é para sentar e entender. Diz tudo com profundo conhecimento e análise precisa, quase cirúrgica. Fiquei lisonjeado em aqui tê-lo para essa boa conversa. 

sábado, 28 de janeiro de 2023

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (171)


SEGUNDO ESQUENTA DO TOMATE*
* Peço permissão e publico aqui como ilustração de tudo o escrito hoje, as fotos tiradas lá no Esquenta, refletindo um pouco do orgasmo coletivo vivenciado alegremente por todos. 
Lá com o Esquenta rolando e aquela coisa coletiva pulsando por todos os meios e poros, ouvi uma frase a sintetizar tudo o ali envolvido: "Sabe por que a direita detesta a gente? É por causa disso aqui. Eles não conseguem fazer nada igual a isso aqui. Morrem de inveja dessa nossa união, desse jeito da gente encarar tudo, lutar muito e depois se juntar e também festar". Adorei.
Evidente que, naquele congraçamento humano propiciado pelo 2º Esquenta do Tomate nem tudo foi festa. As conversas fluiam de mesa em mesa, de pessoa em pessoa e em todas, algo muito além do motivo do convescote. Falava-se muito de Bauru, deste momento hoje no estado vivenciado com esse desGovernador bolsonarista, da perversidade a merecer cana dura do ex-presidente e muito, mas muito mesmo, desse momento vivenciado pelo Brasil, tentando se reconstruir com um governo sério e conseguindo nos devolver a soberania, que é o de Lula.

O motivo do bloco do Tomate estar nas ruas vai muito além da festa do Carnaval - que deve e precisa ser comemorada. Expliquei para muitos na festa o real significado dos Imbrocháveis da Alegria e mais, da arte na camiseta, obra do artista de Lençóis Paulista, o querido Décio de Souza. Era em cada rodinha a repetição de algo assim: "esses raios explodindo na camiseta representa em muito o momento vivenciaqdo pelo país, um orgasmo total, explosão que irradia a alegria por termos conseguido superar - em partes com a eleição - o fascismo, o nazismo, o fundamentalismo que estava se instalando no Brasil". E concluia com uma pergunta para todos: Imagina como estaríamos se tivessemos perdido a eleição? Como seria o espírito de todos hoje aqui neste Esquenta?". Tínhamos e temos muito o que comemorar, porém, cientes de que a luta está apenas começando. Enfim, como gostamos também de repetir, "a gente faz festa, mas está puto da vida".

Foi lindo demais da conta ver quando o DJ Marcão - insuperável e imbatível - colocava pra rodar, samba e Carnaval o tempo todo -, a marchinha do bloco, obra do Mauro Santos, este ano direto de Milão, na Itália. O refrão principal pegou e já está gravado na memória de todos e isso é o que importa. Senti o gosto, o prazer, a alegria contida em cada um dos presentes em entoar em alto e bom som a letra. Isso não tem preço. Isso é o Tomate, isso somos todos nós. Ou seja, é exatamente isso o que queremos a cada ano. De tudo, a lição que sempre tiro é a de que o Tomate tem que ter ações efetivas o ano inteiro, se posicionar mais, cutucar mais e criar cada vez mais problemas para, não só os eleitos para o Prêmio Desatenção, mas para todas as mazelas vivenciadas ao nosso lado, ocorrendo aqui na nossa Bauru. Não só colocar o bloco na rua, mas também a boca no trombone.

O Esquenta do Tomate foi isso tudo e muito mais. As fotos dizem muito mais do que todas as palavras que aqui postar. Eu continuo muito emocionado com o que conseguimos proporcionar e vejo que, neste desfile, o de 18/2, estaremos na nossa plenitude. Vamos arrasar no desfile do Calçadão.

ESQUENTA DO TOMATE E A MARCHINHA PRA 2023, IMBROCHÁVEIS DA ALEGRIA, NO FURDUNÇO DE HOJE NO BAR DO GENARO
Eis o link de gravação feita por mim, percorrendo a cantoria e a animação dos presentes, um por um:

O CARNAVAL E NOSSAS CIDADES*
* 94º texto deste HPA para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição saindo hoje e se espalhando mundo afora - e adentro também:
Cansei de escrever nos últimos textos sobre os perversos golpistas. Não que tenhamos que dar trégua a estes bestiais criminosos, mas hoje pego mais leve, pelo menos nesta semana. Como estamos a menos de vinte dias da maior festa popular brasileira, o Carnaval, é dela meu escrito semanal. Eu já participei de alguns Carnavais aí em Santa Cruz, a maioria nos tempos do João Nantes lá como presidente do Icaiçara. O fervo beirando a piscina era sempre grandioso e depois acabava a festa vendo algum bloco de rua e desmaiando num dos quartos do Galeguinho.

Nem sei a quantas anda a festa por aí. Tomara, faço votos que tenham conseguido fugir do trivial e depois da pandemia, tenha ocorrido uma necessária renovação. Todos sabemos que, neste tempos onde a religiosidade mais conservadora e arcaica tenta dar as cartas, estes não querem ver o povo se divertindo e sim, somente contribuindo, como boas ovelhinhas, sem reclamar, muito menos protestar. Abomino o mundo cabisbaixo e dos que vivem sem festar. Festa é vida e o Carnaval uma das melhores para botar, não só o bloco na rua, como extravasar agruras contidas o ano todo. Não que isso resolva, mas ameniza e muito.

Por aqui, na terra dita como Sem Limites, algo mais do que inusitado ocorre no Carnaval deste ano. Como nos dois primeiros anos do mandato da incomPrefeita Suéllen Rosim, ainda perdurava a pandemia, ela saiu pela tangente e como boa fundamentalista, não precisou investir contra o Carnaval. Sempre se mostrou contra, mas neste ano não teve jeito e foi praticamente obrigada a sentar na mesa com os carnavalescos. Prometeu fazer a festa, mas vejam só, neste momento, há menos de vinte dias, não se tem nem noção de quando irá sair a tal verba para as escolas de samba e bloco desfilar.

No edital produzido pela administração jogando contra o Carnaval, primeiro fizeram algo e tiveram que reescrever, reencaminhando de forma compreensível e com alguma possibilidade de algo vingar. Não fez nada o ano todo, deixou o Sambódromo abandonado e com erosões a corroer suas beiradas. Por fim, com o impedimento do local, sugere outro, uma avenida rodeada de novos prédio e um Abaixo Assinado de moradores contesta a realização, pois nem consultados foram. A bagunça é a cara de tudo o que ela faz para atendimento de reivindicações populares.

Por aqui, mais do que impasse, muitas incertezas e uma quase unanimidade, a alcaide não faz esforço nenhum para realização do Carnaval, mesmo ciente de todo retorno existente para a cidade, seus comerciantes e população. Seu negócio é bem outro. Prefere comprar edificações para escolas, mas em locais onde não existe necessidade e banca shows de astros nacionais, sem propiciar e fomentar nada em prol da Cultura local. Decide por ela mesma, consulta só o que vai em sua cabeça e a cidade fenece culturalmente, relegada a um plano bem ao estilo do que Bolsonaro fez com a Cultura nacional.

Este o panorama bauruense, triste, quase fundo de poço. Já em Santa Cruz, espero que as notícias sejam mais alvissareiras e possamos até, não dando certo a festa do lado de cá, preparar a matula e ir pular por aí os quatro dias de folia. Alguma possibilidade?
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de Hsitória (www.mafuadohpa.blogspot.com).


convite para domingo à noite
APERITIVO PARA 0 108º LADO B COM O ADVOGADO MARCO ANTONIO SOUZA E NOSSO MOMENTO POLÍTICO BRASILEIRO
Na chamada feita hoje por volta das 22h, algo saiu truncado, a tal da conecção internética variou e prejudicou a conversa, que no domingo, deve acontecer com melhor fluidez. O querido amigo advogado Marco irá falar de tudo um pouco e com a verve que lhe é peculiar. Será domingo, 29/1, 19h. Um conversa necessária com um militante advogado - o que seria isso??? Constatem na conversa de logo mais.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (160)


DESATENÇÃO É POUCO PARA O QUINTETO ESCOLHIDO PELO VOTO POPULAR
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é Mixto elege anualmente pouco antes do Carnaval o concorrido Prêmio Desatenção, láurea máxima dos que se apresentam comolobos em pele de cordeiro aqui na cidade Bauru. A disputa é sempre acirrada e neste ano, contou também com a observaçãoatenta do intrépido Guardião, o super-herói bauruense.

"A escolha foi das mais apropriadas e recai sempre para aqueles que, mostram um lado perverso diante da cidade, daí o pessoal lá do bloco pega até leve na denominação somente de Desdatentos. São três os laureados do podium anual. Como não poderia deixar de ser, o primeiro lugar, com expressiva votação, muito adiante do segundo concorrente ganhou o 1º Lugar a vista com IncomPrefeita Suéllen Rosim. No caso dela, creio não se faz necessário alencar dos motivos dela ter alcançados tão expressiva votação, pois os tropeços são constantes e pelo visto, terão continuidade. No 2º lugar o indefectível vereador negacionista e pregador do ódio bolsonarista Eduardo Borgo, outro que, além das diárias fake-news pelas ondas das rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, hoje é a repugnância em pessoa. Como terceiro e ultrapassando na reta final outro divulgador de bestirol pelas ondas da rádio, o advogado Olavo Pelegrina, quem sobe ao pódium é a golpista, hoje detida em Brasília por participar da destruição da praça dos Três Poderes em Brasília, a direitista juramentada Fátima Pletti", nos informa Guardião.

"A premiação é simbólica, mas representa muito, pois trata-se de abalizada votação, bem representativa das entranhas do lado mais perverso desta cidade. Daí, o bloco faz a justa ironia com todos eles e também não deixa de citar mais dois, o tais que não podem mais concorrer, pois ganhariam todos os anos, tal o conjunto da obra reunidos em torno de seus nomes. Os Hours Concours do Desatenção são o economista (sic) Reinaldo Cafeo e o radialista (sic) Alexandre Pitolli. Desta forma, está formado e muito bem representado o quinteto dos causadores destas plagas, os que fizeram algo de grandioso, mas ao contrário. A premiação com seus nomes elevados aos píncaros da inGlória se dará momentos antes da descida do bloco pelo Calçadão da Batista, no dia 18/2, na praça Rui Barbosa", conclui o antenado super-herói.

E para completar este texto, informo que, "Os Imbrocháveis da Alegria", nome escolhido como tema deste ano do bloco, versando sobre os desmandos e as brochadas dos poderosos diante do que de fato poderiam fazer por essa cidade, estão a vender camisetas com a estampa feita pelo artista Décio Souza, pela bagatela de R$ 50/R$ 70 e podem ser encontradas amanhã no 2º Esquenta do Bloco, lá no Bar do Genaro, a partir das 14h no coração da vila Falcão.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (127)

COMPREENDAM O QUE O LÍDER INDIANO MAHATMA GANDHI TEM A VER COM A PREFEITA SUÉLLEN ROSIM

A relação é surpreendente e assustadora. Poderia ser considerado algo inconcebível, fora do normal, dessas ligações impossíveis e totalmente fora de qualquer padrão. Pois bem, neste mundo tresloucado de hoje, ambos se cruzam e para assombro geral de incautos, numa relação mais do que enlouquecedora. A aproximação se dá quando uma OS - Organização Social, dessas que hoje infelizmente respondem pelo serviço dentro de Unidades Básicas de Saúde, a AHBB - Associação Hospitalar Beneficiente do Brasil se retira do serviço em Bauru e no seu lugar adentra o campo de jogo outra, essa do Hospital Mahatma Gandhi, com sede em Catanduva e essa, numa averiguação básica e muito necessária, vem à tona estar envolvida em suposta caixinha, que neste caso é "caixão", pois envolve uma cifra de mais de R$ 50 milhões de reais em propinas.

Essas empresas pululam pela aí e essa, representando o hospital aqui do interior paulista, voou longe serviu ao ex-governador carioca Wilson Witzel e também a outro personagem dos mais emblemáticos da vida política e religiosa brasileira, pastor Everaldo, presidente nacional do PSC. Neste caso, pelo visto, Suéllen, a intrépida incomPrefeita bauruense, pode alegar ter entrado de gaiato no navio, ou seja, a OS Mahatma ter vindo sem querer, vencedora de um chamamento público, mas diante de denúncia tão grave e podendo comprometer os cofres públicos municipais, a primeira providência que deveria ser tomado é suspender tudo. Isso, pelo que se sabe, não foi feito até a presente data e assim, Bauru corre o risco de sérios prejuízos financeiros. Suéllen, dessa forma, ciente dos antecedentes da OS, estaria agindo de forma nada adequada para uma justa e adequada administradora municipal. A pergunta que não quer calar é: por que esperar pra ver? Se lá na frente ocorrer algo, Suéllen arcará com os prejuízos e não poderá alegar desconhecimento de causa. O aviso foi dado, o assunto circulou em todos os meios de comunicação.

Aqui em Bauru a Gandhi assumirá as unidades de saúde de vários bairros, dentre eles, Geisel, Chapadão, Mendonça e Bela Vista. A administração municipal se diz impedida de impedir (sic) e assim, age passivamente, ou seja, deixa que a OS se instale e comece a operar. Só depois verá como se dará a coisa. Segundo consta de reportagens jornalísticas feitas lá no Rio de Janeiro, a caixinha se dava numa porcentagem entre 3% a 6% do valor final dos contratos. Para bom entendedor, algo bem simples basta, ou seja, quem fez uma vez, pode continuar fazendo e quem pode se precaver, deve fazê-lo enquanto é tempo, pois depois vir a chorar pelo leite derramado, será algo não aceitável.

E desta forma fica estabelecida desde já o inusitado relacionamento entre Suéllen e Gandhi. O que se imagina é que, o líder indiano, pacífico por natureza, ilibada pessoa, deve estar neste exato momento se revirando em seu túmulo, sem também nada poder fazer.

OS ROLOS DO DIA A DIA
01.) BOLSONARO NÃO VAI SER PRESO PELO TERRORISMO E SIM, POR CORRUPÇÃO, RACHADINHAS
"BOMBA!!! BOLSONARO NÃO ESCAPA DA PRISÃO!
RACHADINHA NO PALÁCIO DO PLANALTO! GRAVAÇÃO COM A VOZ DE BOLSONARO COMPROVAM QUE BOLSONARO SABIA E CONTOLAVA TUDO. O SAQUE ERA FEITO DE CARTÕES CORPORATIVOS E PAGAVA CONTAS DA FAMÍLIA DE BOLSONARO E MICHELE EM ESPÉCIE", aqui fala do ex-senador e hoje vereador carioca Lindberg Farias.

02.) A CRUELDADE CONTRA OS YANOMAMIS E O QUE FEZ DE FATO BOLSONARO E SUA TURMA - PUNIÇÃO A QUEM PROPICIOU ISSO, pelo consciente ex-jogador, hoje comentarista esportivo e da vida CASAGRANDE

03.) MAIS DO QUE COMPROVADA A PARTICIPAÇÃO DE MILITARES DIVERSOS E VARIADOS NO GOLPE FRUSTRADO DO DIA 8
https://www.metropoles.com/.../imagens-do-stf-revelam-a...
Não falta mais nada. Basta só ir puxando o fio dessa meada e ir desvendando alguns dos segredinhos de alcova dos golpistas, todos entrelaçados e emaranhados uns nos outros. Algo urdido desde muito tempo, contando com a complacência de grupos militares, a maioria cooptados pelo ideal miliciano bolsonarista. A cada dia a certificação do benfazejo que foi o Brasil ter conseguido dar a volta por cima e hoje vivenciar outro momento, uma oxigenação democrática que vai lhe consertar e fazê-lo vicejar novamente. Já dos militares golpistas, não pode haver anistia, perdão ou o que quer que seja. Apuração e punição exemplar para quem atuou contra os interesses democráticos e estava a serviço do bolsonarismo mais doente e fora da lei.
04.) ININTERRUPTA
Para quem acha que tudo ficou mais fácil depois da frustrada tentativa de golpe doa dia 08/01, afirmo que sim, mas os golpistas e os malversadores da verdade continuam plena atividade. A bestial rádio Jovem Pan continua a difundir inverdades e propagar ideias golpistas a todos instante. Ontem mesmo no jogo do Noroeste, numa conversa com um ainda bolsonarista, ele dizia ao grupo onde me encontrava que os índios yanomamis que forma encontrados em estado de pré-morte em suas aldeias, isolados e confinados para morrer, cercados pela ilegalidade bancada pelo ex-presidente Bolsonaro, que eles todos eram índios venezuelanos e foram ali trazido para compor um cenário de perversidade. Quem ainda acredita em algo assim é por ser mesmo muito do perverso ou por continuar recebendo informações, as tais fake news de fontes ainda permitidas. A perversidade não acabou e não acabará. O que precisa é contrinuar atento, pois aqui em Bauru, até a presente data nenhum linha de investigação foi criada para averiguar o tal do acampamento, o embrião do golpe. Enfim, quem financiou, bancou e quem ali esteve? Quem pagou os tais banheiros químicos e a alimentação diária ali recebida. E por que o órgão público municipal, a Emdurb oficializou o bloqueio da rua, quando aquilo tudo era considerado ilegal? Ou seja, tem gente escapando pela tangente, algo inconcebível neste momento. A luta continua, ou seja, ainda está começando e deve seguir sem tréguas para com quem agiu contra os interesses do Brasil.


PARIMOS NOSSO FILHOTE...
Camisetas prontas, saindo do forno e aqui envergada pelo Henricão, da H.Tex. Reserve sua. Sábado entrega de todas no Esquenta do Bar do Genaro. Concentração de rebeldia, folia e política na veia. Venha buscar a sua...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

RELATOS PORTENHOS / LATINOS (111)


NÃO VAI TER COMO ESSES CARAS FUGIREM, ESTÁ TUDO REGISTRADO
Os perversos incitaram o ódio o tempo todo, foram os maiores propagadores de fake-news, passaram de todos os limites permitidos pela Liberdade de Expressão, mentiram como nenhum outro, defenderam as ações bolsonaristas e golpistas de forma aberta!e agora, quando o bicho começa a pegar pro lado deles estão apagando tudo. 

A Justiça, ciente disso, está no calcanhar e pronta pra entrar em ação, barrando a insanidade difundida pelas ondas da Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan. Os dias desse pessoal e de tudo o que gente como Alexandre Pittoli fizeram estão com os dias contados. A democracia venceu e os golpistas terão de pagar pelo que fizeram.

https://fb.watch/ih6XVF0-4S/?mibextid=2Rb1fB
Este vídeo é uma das provas da conivência da rádio bauruense, quando Pittoli entrevista o então ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles e falam sobre o tratamento dado aos índios de forma geral, em especial os yanomamis. Um vídeo pior que outro, todos fazendo apologia da bestialidade bolsonarista.

EU QUERO ANDAR NESTE FUSCA E COM ELES DOIS
Sem mais palavras. A imagem diz tudo o que sinto neste momento. Ir a Montevidéu e não ir ver o Mujica é algo meio que inconcebível. Lula sabe muito bem disto. Lá esteve e fez mais, adentrou o famoso fusca do ex-presidente e nele posaram. Viagem inebriante...

SEGUNDO ESQUENTA DO BLOCO DO TOMATE É NO PRÓXIMO SÁBADO
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto não se segura nas calças e cutuca os malversadores de plantão. Isso desde sua fundação, idos de 2013. Lá se vão onze anos de ininterruptos apontamentos. "A gente faz festa, mas tá puto da vida", nosso lema. E quando o Carnaval de aproxima, alguns Esquentas para ir dourando a pílula, aquecendo os tamborins e atravancando a problematização reprimida. Neste ano, com os "Imbrocháveis da Alegria", a coisa já está na rua e a revirar estômagosde quem aprontou com a cidade. Não perdoamos e neste próximo sábado, estaremos reunidos pela segunda vez, para mais um ESQUENTA, onde reunidos iremos nos preparando para a folia da descida do Calçadão, dia 18/2.

O 2º Esquenta é no Bar do Genaro (o Mafuá está interditado), na esquina da Altino com a Wenceslau, vila FAlcão e o furdunço começa as 14h, antes da já tradicional chuva de final de tarde. O DJ Marcão vai comandar a mesa de som com muito samba, carnaval com marchinhas memoráveis e a venda e entrega das camisetas deste ano. Quem já comprou e pagou, pega a sua e já cai na folia.

SERVIÇO: Sábado, 28/2, 14h no Bar do Genaro. Quem nunca foi imbrochável que levante a mão?

CONVIDO AMIGOS PRÓXIMOS PARA...
Amanhã, quarta (escrito na terça), passada básica no Bar do Genaro, calibragem dos pneus, balanceamento das rodas e depois, todos avermelhados, das cabeças aos pés, irmos ver o glorioso e centenário Noroeste a enfrentar um clássico adversário, o Juventus da capital, eterno Moleque Travesso. O vermelho e o grená em campo - quem vai entrar em campo com seu segundo uniforme? Dia de bola, boleiros, muita conversa fiada, alguma cerveja e também bocadinho de futebol - é claro, radinho colado na transmissão de Rafael Antonio e o seu Jornada Esportiva (impossível ousar escutar algo pela Velha Klan). Até lá...
RESULTADO: Convite feito, convite aceito e na noite de quarta, eu, Cláudio Lago, Gilberto Truijo e Kyn Junior lá estivemos e presenciamos a terceira derrota em quatro jogos, desta feita por 3 x 0. Um time sem inciativa, perdendo muitos gols e deixando todos muito apreensivos. Um racha inicial dentro do elenco, time comandado pela grana do atual financiador do time, o empresário de telemarketing, Mandaliti, levou 10 gols até agora e já está na zona de rebaixamento. Ontem ao final da partida, o técnico Luiz Carlos Martins, que estava há mais de dois anos no elenco deixou o cargo e desta forma, aberta nova temporada de crise, que se debelada a tempo, ainda alguma chance de escapar de voltar pra Série AIII. Domingo tem outro jogo, Primavera de Indaiatuba e lá estarei, renovando este desmedido amor pelo Noroeste, enfim, o time de minha aldeia, amor a envolver as relações, desde quando meu avô, José Perazzi, jogador da década de 20 do século passado, me fez voltar os olhos para a paixão pelo futebol. Ele prossegue ad eternum, na "alegria e na tristeza". Não me peçam grandes elocubrações sobre futebol, eu vou ao campo para ver os jogos e muito mais para conversar com pessoas, rever muitos deles e vibrar, quando isso me é possível.

SÃO SÃO PAULO, MEU AMOR
BKDot Design
Jean Rosa & Mary Poletto
design e criatividade
Em exposição até 29/01 no Shopping Center 3 (Av. Paulista, 2.064).
Instagram: @jeanrosaa @mariennepoletto
Reproduzir algumas dessas imagens foi o que melhor encontrei para demonstrar meu afeto pela cidade de São Paulo, Sampa como a denomino regularmente, pelos seu aniversário. Minha quatrocentona tão amada e odiada, sempre esteve presente na vida deste mafiento.




Hoje foi um dia de poucas palavras e mistura de textos, todos curtos. A correria e os compromissos assim impuseram e desta forma, a escrita e as reflexões saem prejudicadas. Aamnhã volto à carga nas necessárias cobranças das malversações em curso...

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

DIÁRIO DE CUBA (228)


O CASO EU CONTO COMO O CASO SE DEU - UM DOS QUE NÃO QUEREM O CARNAVAL NA AVENIDA JORGE ZAIDEN
Aqui na Cidade Sem Limites tem muita gente apostando suas fichas e jogando contra o Carnaval. Conto a história de um destes, com o qual travei conversinha pouco agradável na tarde de hoje, mas elucidativa e fazendo pensar. Sai da casa da amiga Rose Barrenha, morando pertinho do finado Sambódromo bauruense e resolvi esticar para conhecer de perto a tal da avenida do carnaval bauruense em 2023, a Jorge Zaiden, ali no Marambá. De lá, olhando para o outro lado do vale, a hoje abandonada e menosprezada avenida do samba. Como estava tendo feira, desci e fui assuntar comendo um pastel. Lá me deparei com morador do local e tentei ser agradável, pois me encontrava com camiseta do bloco do Tomate. O sujeito percebeu pelo meu traje, estar diante de um digno amante da maior festa popular brasileira, mas demonstra todo o desprezo pelo que irá acontecer ali na avenida defronte sua residência:

- Não pense que estamos contentes pela festa ocorrer aqui defronte. Ainda estamos lutando para que tudo vá para outro lugar.
- Por que isso? A festa ocorre em somente dois dias do ano e deveria ser motivo de orgulho ser transferida de lá para cá. Sabe que ela movimenta alto valor financeiro e traz retorno imenso para Bauru?
- Eu lá quero saber disso. Quero é minha tranquilidade e isso aqui vai estar cheio de gente, vindas de todos os lugares da cidade e bagunçando tudo até a madrugada. Vai tirar nosso sossego.
- Não pense assim, pense por outro lado. Como já lhe disse, serão somente dois dias, passa logo e como me diz morar aqui defronte, vai ter o prazer, se não quiser descer, assistirá tudo de camarote.
- Eu não quero saber dessa festa. E ainda creio que não deve ocorrer por aqui. Que seja levada lá para o Recinto Mello Moraes. Hoje mesmo assisti a matéria na TV Tem Bauru e vi que a prefeita não definiu nada e nada foi ainda contratado, nem arquibancadas, nem banheiro químico, ou seja, a prefeita está é enrolando os carnavalescos.
- Pode até ser, acredito que ela está mesmo enrolando, mas acho muito triste esse movimento dos moradores daqui contra a festa. Puro preconceito. Ela, a prefeita é fundamentalista, não gosta de Carnaval, já comprovou isso e agora, esse Abaixo Assinado, isso é lamentável e demonstra o quanto parcela da população pensa somente em benefício próprio e não no coletivo, no todo. Isso, na verdade, denigre Bauru e demonstra uma perversidade contra o Carnaval.
- Que perversidade, que nada. Esse pedaço da cidade é muito bem cuidado, tudo no seu devido lugar e vai abrigar uma festa que chega pra bagunçar tudo. Acho que vocês não entenderam que esse Carnaval esta com urucubaco. Ele começou errado desde o começo. Na verdade, se Bauru tem um Sambódromo, por que não faz a festa lá? Se a prefeita não move uma palha para reformar o lugar é por não ter interesse nessa festa. Percebam isso de uma vez por todas. Ela está enrolando isso, postergando, mudando datas, editais e hoje, conte aí no seus dedos, faltam 25 dias para o Carnaval e nenhum dos carnavalescos sabe quando é que vai sair o tal do dinheiro. Se é que vai sair.
- Isso é verdade, ela faz pouco caso, posterga. Nutre a ideia de que vai acontecer, que faz o possível, quando na verdade joga contra e inventa dificuldades. Vocês enquanto moradores e me dizendo o que acabo de ouvir da prefeita, poderia no mínimo ajudar e dar apoio. Já que me diz que a festa não vai mesmo ocorrer, poderiam ao menos não criar mais problemas. Essa movimentação contrária é algo muito triste.
- Eu não sou babaca, não entro nessa de dizer que o Carnaval é festa pagã, só não acho que deveria acontecer bem aqui defronte minha casa. Veja hoje, aqui tem uma feira, ela acaba cedo, os moradores todos sabem do horário, descem e depois voltam pras suas casas. Vem gente de outros lugares, mas se vão sem criar problemas.
- O senhor tem medo do Carnaval?
- Eu não tenho medo. Tenho receio do que pode acontecer, do barulho. Não vou nem descer pra rua nestes dias, mas creio que, não vai ser pelo Abaixo Assinado, pelo meu entendimento, mas porque esse Carnaval começou errado e vai acabar errado. Os carnavalescos estão sendo enganados e a festa, que já foi grande, se chegar a ocorrer, vai ser uma das mais tristes, pois tem muitas coisas jogando contra. Eu não gosto e pronto. Ninguém vai me convencer do contrário.
- Agradeço por ter conversado comigo e fui paciente, conversamos, cada um expôs seu ponto de vista. Espero que tenha entendido o meu e de quem gosta de Carnaval. Essa prefeita realmente dificulta sua realização. Pelo menos nisso temos consenso. Do jeito que está fazendo está matando a festa. Parei aqui para conhecer de perto o lugar escolhido para substituir o Sambódromo e creio, essa sua opinião não é a de todos os moradores, pois volto a reafirmar, serão somente dois dias.
- Tudo bem, mas reafirmo, vocês são bobinhos. Pelo que vi hoje na TV Tem, as possibilidades dele ocorrer são cada vez menores. Onde já se viu uma festa envolvendo tanto gente não ter nada definido até agora, 25 dias de ocorrer. Meu conselho é para ocuparem o Gabinete da Prefeita, pois pra mim, tem gato nessa tuba. Depois de conversar contigo, chego na conclusão que nem precisaríamos fazer esse Abaixo Assinado. Ela fez tudo de jeito que nada vai dar certo, ou melhor, vocês vão ficar chupando o dedo e ela ainda vai sair por cima. Volte a me procurar aqui na feira depois do Carnaval e vamos ver quem tem razão.

ESTANDARTE NOVO DO TOMATE QUASE PRONTO E CAMISETAS NA QUINTA
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é Mixto é mesmo muitodo metido e do balacobaco. Há onze anos trás, quando de nosso primeiro desfile, fomos agraciados com um lindo estandarte, todo confeccionado pela Rose Maria Barrenha, tomateira desde o primeiro instante e momento. O utilizamos até hoje, ou melhor, dele não nos separamos, não emprestamos, muito menos vendemos. No mercado negro deve estar valendo uma pequena fortuna, pois nele está contido o suor de quase uma dezena de desfiles pelo Calçadão da Batista e por lugares variados, como exposições e convescotes. Já tomou muito sol e também chuva. Forte e resistente, inseparável indumentária do Tomate.

Semana passada a surpresa, a mesma Rose estaria confeccionando outro, um novíssimo e com nova concepção. Desta feita um belo de um TOMATE no centro e no entorno os escritos em crochê. Fui hoje em sua casa no meio da tarde para conferir se era mesmo verdade. O danado estava no meio e chego, pura sorte, na hora de um suculento café da tarde. Desfruto do mesmo e depois, junto da Dulce e do Odil Baté, ela nos conta das peripécias e das tantas coisas que faz, tudo ao mesmo tempo, bocadinho de cada vez. Daí, o mesmo encontra-se em fase de finalização, o que deve ser concluído até o final deste mês. Será nosso terceiro estandarte, uma vez que herdamos outro, também feito por ela, de algo onde ela desfilava, o bloco do Loucos por Alegria. Juntamos os loucos todos e agora somos uma coisa só, neste ano, descendo o Calçadão com três estandartes. Imagine a disputa interna para ver quem irá descer com cada um deles. Inscrições estão abertas e o único pedido é cantarolar a marchinha do mês, entrecortado com um sonoro "Fora Golpistas".
Em tempo: As primeiras camisetas ficam prontas na quinta pela manhã e no sábado as 50 solicitadas já foram vendidas. Novo lote com a mesma quantidade e tudo pronto para sábado, 28/1, lá no 2º Esquenta, a partir das 14h no Bar do Genaro. Vai ser o maior furdunço até hoje visto lá naquele quarteirão da vila Falcão, só superado com a movimentação do dia em que o Lula ganhou a última eleição, pois este foi imbatível. Nos vemos por lá?

SEM PESTANEJAR