sábado, 28 de janeiro de 2023

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (171)


SEGUNDO ESQUENTA DO TOMATE*
* Peço permissão e publico aqui como ilustração de tudo o escrito hoje, as fotos tiradas lá no Esquenta, refletindo um pouco do orgasmo coletivo vivenciado alegremente por todos. 
Lá com o Esquenta rolando e aquela coisa coletiva pulsando por todos os meios e poros, ouvi uma frase a sintetizar tudo o ali envolvido: "Sabe por que a direita detesta a gente? É por causa disso aqui. Eles não conseguem fazer nada igual a isso aqui. Morrem de inveja dessa nossa união, desse jeito da gente encarar tudo, lutar muito e depois se juntar e também festar". Adorei.
Evidente que, naquele congraçamento humano propiciado pelo 2º Esquenta do Tomate nem tudo foi festa. As conversas fluiam de mesa em mesa, de pessoa em pessoa e em todas, algo muito além do motivo do convescote. Falava-se muito de Bauru, deste momento hoje no estado vivenciado com esse desGovernador bolsonarista, da perversidade a merecer cana dura do ex-presidente e muito, mas muito mesmo, desse momento vivenciado pelo Brasil, tentando se reconstruir com um governo sério e conseguindo nos devolver a soberania, que é o de Lula.

O motivo do bloco do Tomate estar nas ruas vai muito além da festa do Carnaval - que deve e precisa ser comemorada. Expliquei para muitos na festa o real significado dos Imbrocháveis da Alegria e mais, da arte na camiseta, obra do artista de Lençóis Paulista, o querido Décio de Souza. Era em cada rodinha a repetição de algo assim: "esses raios explodindo na camiseta representa em muito o momento vivenciaqdo pelo país, um orgasmo total, explosão que irradia a alegria por termos conseguido superar - em partes com a eleição - o fascismo, o nazismo, o fundamentalismo que estava se instalando no Brasil". E concluia com uma pergunta para todos: Imagina como estaríamos se tivessemos perdido a eleição? Como seria o espírito de todos hoje aqui neste Esquenta?". Tínhamos e temos muito o que comemorar, porém, cientes de que a luta está apenas começando. Enfim, como gostamos também de repetir, "a gente faz festa, mas está puto da vida".

Foi lindo demais da conta ver quando o DJ Marcão - insuperável e imbatível - colocava pra rodar, samba e Carnaval o tempo todo -, a marchinha do bloco, obra do Mauro Santos, este ano direto de Milão, na Itália. O refrão principal pegou e já está gravado na memória de todos e isso é o que importa. Senti o gosto, o prazer, a alegria contida em cada um dos presentes em entoar em alto e bom som a letra. Isso não tem preço. Isso é o Tomate, isso somos todos nós. Ou seja, é exatamente isso o que queremos a cada ano. De tudo, a lição que sempre tiro é a de que o Tomate tem que ter ações efetivas o ano inteiro, se posicionar mais, cutucar mais e criar cada vez mais problemas para, não só os eleitos para o Prêmio Desatenção, mas para todas as mazelas vivenciadas ao nosso lado, ocorrendo aqui na nossa Bauru. Não só colocar o bloco na rua, mas também a boca no trombone.

O Esquenta do Tomate foi isso tudo e muito mais. As fotos dizem muito mais do que todas as palavras que aqui postar. Eu continuo muito emocionado com o que conseguimos proporcionar e vejo que, neste desfile, o de 18/2, estaremos na nossa plenitude. Vamos arrasar no desfile do Calçadão.

ESQUENTA DO TOMATE E A MARCHINHA PRA 2023, IMBROCHÁVEIS DA ALEGRIA, NO FURDUNÇO DE HOJE NO BAR DO GENARO
Eis o link de gravação feita por mim, percorrendo a cantoria e a animação dos presentes, um por um:

O CARNAVAL E NOSSAS CIDADES*
* 94º texto deste HPA para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição saindo hoje e se espalhando mundo afora - e adentro também:
Cansei de escrever nos últimos textos sobre os perversos golpistas. Não que tenhamos que dar trégua a estes bestiais criminosos, mas hoje pego mais leve, pelo menos nesta semana. Como estamos a menos de vinte dias da maior festa popular brasileira, o Carnaval, é dela meu escrito semanal. Eu já participei de alguns Carnavais aí em Santa Cruz, a maioria nos tempos do João Nantes lá como presidente do Icaiçara. O fervo beirando a piscina era sempre grandioso e depois acabava a festa vendo algum bloco de rua e desmaiando num dos quartos do Galeguinho.

Nem sei a quantas anda a festa por aí. Tomara, faço votos que tenham conseguido fugir do trivial e depois da pandemia, tenha ocorrido uma necessária renovação. Todos sabemos que, neste tempos onde a religiosidade mais conservadora e arcaica tenta dar as cartas, estes não querem ver o povo se divertindo e sim, somente contribuindo, como boas ovelhinhas, sem reclamar, muito menos protestar. Abomino o mundo cabisbaixo e dos que vivem sem festar. Festa é vida e o Carnaval uma das melhores para botar, não só o bloco na rua, como extravasar agruras contidas o ano todo. Não que isso resolva, mas ameniza e muito.

Por aqui, na terra dita como Sem Limites, algo mais do que inusitado ocorre no Carnaval deste ano. Como nos dois primeiros anos do mandato da incomPrefeita Suéllen Rosim, ainda perdurava a pandemia, ela saiu pela tangente e como boa fundamentalista, não precisou investir contra o Carnaval. Sempre se mostrou contra, mas neste ano não teve jeito e foi praticamente obrigada a sentar na mesa com os carnavalescos. Prometeu fazer a festa, mas vejam só, neste momento, há menos de vinte dias, não se tem nem noção de quando irá sair a tal verba para as escolas de samba e bloco desfilar.

No edital produzido pela administração jogando contra o Carnaval, primeiro fizeram algo e tiveram que reescrever, reencaminhando de forma compreensível e com alguma possibilidade de algo vingar. Não fez nada o ano todo, deixou o Sambódromo abandonado e com erosões a corroer suas beiradas. Por fim, com o impedimento do local, sugere outro, uma avenida rodeada de novos prédio e um Abaixo Assinado de moradores contesta a realização, pois nem consultados foram. A bagunça é a cara de tudo o que ela faz para atendimento de reivindicações populares.

Por aqui, mais do que impasse, muitas incertezas e uma quase unanimidade, a alcaide não faz esforço nenhum para realização do Carnaval, mesmo ciente de todo retorno existente para a cidade, seus comerciantes e população. Seu negócio é bem outro. Prefere comprar edificações para escolas, mas em locais onde não existe necessidade e banca shows de astros nacionais, sem propiciar e fomentar nada em prol da Cultura local. Decide por ela mesma, consulta só o que vai em sua cabeça e a cidade fenece culturalmente, relegada a um plano bem ao estilo do que Bolsonaro fez com a Cultura nacional.

Este o panorama bauruense, triste, quase fundo de poço. Já em Santa Cruz, espero que as notícias sejam mais alvissareiras e possamos até, não dando certo a festa do lado de cá, preparar a matula e ir pular por aí os quatro dias de folia. Alguma possibilidade?
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de Hsitória (www.mafuadohpa.blogspot.com).


convite para domingo à noite
APERITIVO PARA 0 108º LADO B COM O ADVOGADO MARCO ANTONIO SOUZA E NOSSO MOMENTO POLÍTICO BRASILEIRO
Na chamada feita hoje por volta das 22h, algo saiu truncado, a tal da conecção internética variou e prejudicou a conversa, que no domingo, deve acontecer com melhor fluidez. O querido amigo advogado Marco irá falar de tudo um pouco e com a verve que lhe é peculiar. Será domingo, 29/1, 19h. Um conversa necessária com um militante advogado - o que seria isso??? Constatem na conversa de logo mais.

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