terça-feira, 3 de janeiro de 2023

CARTAS (251)


CONSULTE OS ORÁCULOS*
* Carta de minha lavra e responsabilidade, publicada hoje na Tribuna do Leitor, do Jornal da Cidade - Bauru SP:
Acompanhei com a devida atenção o imbróglio do DAE tentando resolver o problema da falta d'água lá junto do Aeroclube. Cortaram o cano ligando a caixa d'água e os canos secaram. O vetusto presidente da autarquia veio à publico, perfurou o quarteirão inteiro e afirma para moradora, "o cano não abastece nada".

Mais alguns dias, quadra toda perfurada e nada, ele reconsidera e já diz, "o cano cortado podia trazer água". Jogo de empurra-empurra de responsabilidades e nada.

Ninguém pensou até agora na única solução sensata para resolver tudo. Se nem o DAE, direção e funcionários conhecem o traçado subterrâneo das águas nesta cidade, está na hora de agir com bom senso.

Sabe quem resolveria isso tudo num piscar de olhos? Simples, os velhos funcionários do DAE, muitos já falecidos, mas também muitos aposentados. Nesse momento só mesmo a Memória Oral dos velhos e bravos guerreiros do DAE resolverá a questão, pois estes detém o conhecimento, que infelizmente não consta mais dos mapas e arquivos lá da Prefeifura. Está tudo na cabeça destes.

Antes que algo dessa natureza volte a pipocar cidade afora, creio que o bonachão presidente do DAE, convoque reunião festiva com o velho quadro de hoje aposentados servidores e conversando com eles, vá reunindo informações mais que preciosas, mais que jóia rara neste momento.

A velha guarda do DAE, certamente sabe de onde chega e por onde sai a água a abastecer aquela região e tudo o mais. Os mapas e percursos todos está na mente deles. Que sejam procurados o quanto antes.
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.com.br)

FAZER ESSA GENTE PENSAR EM ONDE SE ENFIARAM
Primeiro assistam ao vídeo: 
https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/465794605756616

Escolhi um amigo, o carnavalesco lá do PVA, o bonachão e religioso Pasqual Storniolo como exemplo. Gosto demais dele. É desses que, creio, nunca brigaria, nunca deixaria de conversar nos reencobtros, mas ele, depois de tudo continua muito bolsonarista e reverenciando tudo o que desgraçou com o Brasil nos últimos quatro anos. Não consigo entender como é possível acreditar, um tiquinho que seja, em algo de Bolsonaro, depois de tudo o que ficamos sabendo e dos cofres esvaziados, da fuga e do abandono para os seus. O que ainda o prende ao capiroto? Será o tal do ódio mortal pra tudo o que tenha conotação de esquerda? Deve ser, mas tá na hora de colocar a mão na consciência e ao menos enxergar o óbvio ululante, agora o espírito de condução da nação é outro. Nào é pedir muito, só um bocadinho de consciència, bom senso. O Brasil será reconstruido por Lula e algo neste sentido já está mais do que sugerido nestes dois dias de novíssimo governo. Estamos prontos para te receber e conversar até a exaustão, meu caro Paschoal. Igual a ti ainda forão milhões os iludidos pelo canto desfeito da sereia. Enfim, caia na real, vocês foram todos enganados. Baita abracito do HPA, Bauru SP, terça, 03 de jabeiro de 2023.

UFA! A ALCAIDE FOI SENSÍVEL...


Pelé é Pelé e é dele que escrevo. O Edson é outra coisa. Pelé é cria de Bauru e me somo aos que, em algo iniciado por ideia do professor Reginaldo Tech, estão a propor mudar o nome da avenida Nações Unidas para Pelé. A avenida beirando o rio Bauru, um dia se chamou Brasil e depois a denominaram de Nuno de Assis. Ficaria lindo o reconhecimento e a troca. Nações Unidas é lindo, mas genérico, já avenida Pelé, um negro que aqui ganhou fama e o mundo, sendo o maior propagador desta cidade no planeta, merece isso e muito mais. Se a alcaide acatou a ideia de algum atento assessor e decretou Luto Oficial de três dias na cidade, que prossiga na mesma linha, pois dificilmente isso vingaria e proposto por representantes das tais "forças vivas" da Sem Limites. Pelé sofreu o pão que o diabo amassou destes em sua permanência na cidade e a homenagem seria mais do que um tapa com luva de pelica no preconceito, que quer queiram, quer não, ainda é muito forte por essas plagas. Adentrar a cidade, pela avenida Pelé, passar batido pela bestialidade da Havan, talvez até com algum monumento junto da Pomba da Paz, será o máximo. "Orgasmo total", como diria Arrigo Barnabé.

PEDIDO ATENDIDO
Pedi por intermédio do amigo Mauricio Passos, para ver se sua alma gêmea, Tania Regina Altoe, que está passando férias nas cercanias de Buenos Aires, se pudesse me comprar a edição de hoje do diário que mais gosto de ler, o Página 12. A primeira página, claro, Lula em destaque. Ela posta a edição já em suas mãos. Agora, conto nos dedos o dia de seu retorno para emoldurar o jornal e fixar como preciosidade nas paredes do Mafuá. Pra mim vale mais do que todos os jornalões brasileiros, hoje dando de amiguinhos, mas muito culpados por tudo o que aconteceu de perseguição e i justiças para com Lula. Este jornal está do nosso lado e da verdade factual dos fatos.

EU E ESSES DOIS, PERAMBULANDO PELA ESPLANADA DURANTE A POSSE DE LULA
A história em conto como de fato se deu. Estávamos todos lá na quente tarde do dia 1º de janeiro, um ônibus lotado para presenciar a posse do presidente Lula. O sol abrasador e implacável fervia tudo e a todos. Eu e Maurício dos Passos, o intrépido pederneirense fomos para a fila do xixi e a danada, com apenas uns 20 banheiros químicos no trecho descampado entre o Palácio do Planalto e a Supremo, local que dizem cabem 40 mil pessoas. Tinha menos que os contratados pela incomPrefeita de Bauru para show do Michel Teló, na praça Rui Barbosa. Uma fila imensa e secura na garganta, faltando ainda umas três horas para o Lula subir ali no parlatório e fazer o discurso para a nação brasileira.

Eu olho para ele, ele oilha para mim, lá na frente percebemos que não parava mais de chegar gente. Quem chega junto de nós foi o Vinicius Negrão, contamos nossa intenção e ele adere ao grupo. Foi quando decidimos escapulir e presenciar tudo lá de cima, defronte o palco de shows, bem um ou mais quilômetros de onde viemos. A saída não se dava pela entrada, pois por ali só entrada. Achamos a saída, que se dava pelos fundos, por detrás dos ministérios. Foi longa, cansativa e já feita por muitos, todos já avermelhados - imagina os que ficaram. Caminhamos o mesmo trecho feito, do terminal rodoviário até defronte o Palácio, só que ao contrário e só depois, conseguimos reverter e sair nos gramados da Esplanada.

A partir daí foi uma festa só, o motivo de nossa ida até ali. Junto aos gramados defronte os ministérios, espaço bem grande, tudo recheado de barracas, camelôs e gente de vermelho por todos os lados e meios. Caímos de boca no congraçamento humano e assim passamos a tarde toda. Paramos só para assistir nnum dos telões as falas do Lula e suas subidas e descidas da rampa e a fala do Parlatório. Não permanecemos lá no solão, mas fizemos também nossa parte, sentindo do clamor popular dos que zanzavam e curtiam a festa do povo de longe. Enfim, não caberia todo mundo ali presente no espaço delimitado, daí, relaxamos e aproveitamos ao máximo. A partir daí, fomos juntando histórias vivenciadas com variados e múltiplos personagens ali presentes, numa rica e maravilhosa troca de experiências, um recarregando o outro. Foi belo demais poder vivenciar este momento histórico, onde galhardamente enfrentamos muitas filas, conversamos com gente que nunca vimos, como se fossemos velhos amigos. Não vivenciamos um só entrevero ou altercação, pois todos ali estavam para sentir os fluídos positivos irradiados pelo grande acontecimento.

Não nos separamos um só momento e ao final, quando Lula terminou seu último discurso para o povo, já eram mais de 17h30. Nosso ônibus estaria nso esperando defronte a rodoviária por volta das 19h. Ficamos preocupados pelos que estavam lá embaixo e tendo que subir tudo, multidão deixando o local. E como prova de que este mundo é mesmo pequeno, num espaço onde deveriam ter mais de 1 milhão de pessoas, não é que cruzamos com eles todos voltando e assim, ainda desfrutamos todos juntos de mais uns momentos ao lado de manifestações inusitadas, todas acontecendo ao nosso lado. Na última, um cortejo, como se fosse uma procissão, com um andor carnavalesco, tendo como carro alegórico um estandarte de Lula sendo carregado por alegres recifienses, numa cantoria dessas de fazer qualquer pessoa séria perder o juízo. Perdemos e seguimos o cortejo, cantoria de gente ciente de que, desde aquele momento o País onde todos vivemos estava dando um passo decisivo e altaneiro para seu reconserto e reconstrução. Pore sorte eles estavam subindo e tivemos que deixar a folia e seguir para o ônibus, que nos levarioa de volta para a CTE/CNTI em Luziânia, onde nos esperava um jantar, banho e o retorno. Mais de minha tarde, só mesmo em drops, contada aos poucos, pois naquela tarde aconteceu de tudo um pouco e, com certeza, todos, mesmo cansados, estavam satisfeitos e realizados. O Brasil estava demonstrando ali na rua ter se livrado do seu pior momento e, mesmo com muita força contrária, deu a volta por cima e daqui por diante, seguirá soberano. Estávamos todos lá para dar nosso quinhão no primeiro passo. Ele foi muito bem dado.

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