PRA QUE DISCUTIR COM MADAME** Meu 91º texto para o semanário DEBATE, valoroso órgão de imprensa de Santa Cruz do Rio Pardo. Nessa semana, presto homenagem ao meu bardo, professor Jeffé. Eu com ele nas fotos de 07/04/2022, em Natal RN, só ouvindo, assimilando conhecimentos, para depois colocar em prática. Aprendendo sempre:
"Meu mais que dileto amigo, o professor Jeferson Barbosa da Silva, o Jeffé, deu aula uma vida inteira na Unesp Bauru, comunista de velha cepa. Vivenciou duros tempos e outros mais amenos, foi da perseguição à aceitação, quando assessorou o então deputado federal Tidei de Lima em Brasília. Tem muita cancha política e hoje, vida ganha, filhos criados, separado consensualmente, se auto exilou e foi morar na República Democrática do Nordeste, mais precisamente em Natal RN.
De lá observa tudo até com mais exatidão do que quando aqui. A distância propícia o melhor entendimento e hoje, é um dos que melhores me aconselham, com sacadas mais do que precisas, diria mesmo, cirúrgicas dos acontecimentos locais, ou seja, daqui de Bauru. Por lá, ele lê diariamente pelo modal virtual o nosso único jornal diário, o Jornal da Cidade, ouve nossas rádios e escolheu um seleto grupo de pessoas para ir lendo o seu posicionamento sobre o andamento da cidade.
Junta tudo e, mesmo com tanta distância, é, para mim, quem mais entende e saca do que ocorre internamente no mundo da política bauruense. A forma como atua, conseguindo juntar tudo, tão de longe e, ao mesmo tempo, parecendo tão perto é de impressionar. Na dúvida sobre uma opinião ou um posicionamento mais delicado, ou não entendendo bem o último passo dado pelo político daqui, não dá outra, ligando pra ele, a orientação em cima da pinta.
Comento sempre com ele sobre o algo mais do posicionamento da alcaide daqui, a ultraconservadora, também fundamentalista Suéllen Rosim e da última vez, além de pedir para deixar de pegar leve e entender o que fato ocorre, deu a sacada final, dessas quando não existe dúvidas sobre como agem alguns políticos.
“Meu caro amigo Henrique, com o fascismo a ação tem que ser diferente. Tanto para com ela, a prefeita, como para com o que te vejo escrevendo sobre a atuação da rádio Jovem Pan, o erro é um só. O fascismo não faz enfrentamento e sim, provocações. Perceba isso, ele faz você reagir e quando o faz intempestivamente, sem raciocinar, ele ganha pontos. Com estes, algo bem simples, não existe diálogo possível. O que fazem e como fazem, impedem qualquer diálogo. Enfim, você acha possível dialogar com algum bolsonarista, diante do que fizeram? São maldosos, perversos. Não caia na armadilha deles. Faça o mesmo, provoque-os. Eles sentirão mais o baque”, me diz por telefone.
Aceitei prontamente o conselho e, creio eu, tenho ganho com os escritos mais pensados. Mais cérebro e menos emoção. Enfim, hoje mesmo, ouço pelas ondas aqui dessa bestial e insana Jovem Pan, que chamo de Velha Klan, algo sobre como eles entendem a tal da liberdade de expressão. Os caras passaram de todos os limites, sabem disso, mas insistem em apregoar serem perseguidos. Para tudo existe um limite, inclusive para a Liberdade de Expressão.
João Gilberto canta um samba maravilhoso sobre isso e num refrão repete: “Vamos acabar com o samba/ Madame não gosta que ninguém sambe/ Vive dizendo que samba é vexame? Pra quê discutir com madame?”. Não discuto mais. Vou na veia, mas com a mesma moeda, muita ironia, picardia e provocação. Eles endoidecem, devo isso aos ensinamentos do amigo Jeffé".
Henrique Perazzi de Aquino, jornalista e professor de História (www.mafuadohpa.blogspot.com).
O mesmo acontece com a revista semanal - a melhor existente no país - Carta Capital, que magrinha, não sei nem como conseguiu sobreviver, diante de uma perseguição atroz para revistas de cunho liberta, atuando dentro da verdade factual dos fatos. Ser oposição à Bolsonaro e ao poder de fato brasileiro é sinal de minguados anúncios e daí, claro, grana muito curta para rodar a revista. Junta-se a isso o problema do modal impresso e daí, incomensurável problema. Ela, mês atrás, pedia a seus leitores e admiradores para contribuir com algo para a manutenção da linha editorial, hoje única no Brasil. Tomara com o governo Lula, ao menos pintem anúncios institucionais, algo que até o final do desGoverno do capiroto, existia para outras publicações - as favoráveis - e não para as de oposição. Junto as duas publicações, uma que gosto demais, outro menos, mas na junção do que leio, vou construindo minha linha de pensamento. Sou mais de papel, cheiro ainda o que leio e assim, mais uns dias compro também a edição da Piauí e intercalando as leituras delas todas, escrevinho depois algo que aqui sai publicado. Meus escritos devem muito hoje a essas e outras leituras. Não só leio papel, como junto, coleciono, acumulador assumido. Vez ou outra as enchentes no Mafuá me fazem descartar parte do acumulado. E os livros, cada vez mais. Papéis me rodeiam por todos os lados.
Temos muito o que tratar, enfim, desde a posse da alcaide, Bauru padece. Ela, como bolsonarista, travou a cidade e a conduz para o precipício. Foram tantas coisas, a compra dos imóveis, os ataques a Cultura, os eternos buracos, a falta d'água, a CPI engavetada pelos vereadores, o aumento do número dos vereadores feito na surdina e a toque de caixa, o acampamento da derrota na Bandeirantes, os escândalos internos de órgãos da Prefeitura, a rádio JP das fakes e falácias, prefeita boa de marreta destruindo a cidade, a saúde, educação e cultura e juntando tudo a fuga do capetão, o imbrochável que deixou os seus largados , amotinados da derrota. Daí, nada melhor do que cutucar a forma como o capiroto se aventou como imbrochável, sendo o mais brochável de todos. Nossa reação é a de demonstrar o quando o termo pode ser utilizado para a necessária folia, principalmente a do Carnaval, que neste anos, provavelmente não ocorra, pois estão dando um jeito de inviabilizá-lo, jogando a culpa para o Jurídico e isentando a "bem intencionada" (sic) alcaide, que até chegou a propor verba para os foliões, mas forças ocultas a impediram de concretizar e consumar a sua efetivação.
O Tomate não perdoa e vem pra rua falar disso tudo. Nosso letrista já está preparando o samba deste ano, que irá arrasar na descida do Calçadão, dia 18/2, sábado de Carnaval, saindo, como sempre da praça Rui Barbosa e desfilando até a praça Machado de Mello.
Na próxima semana, sábado, dia 14/01, faremos o primeiro ESQUENTA do TOMATE, lá defronte do BAr do genaro, na vila Falcão, com tudo começando as 15h e indo até o arroz secar.
Vamos escolher o Prêmio DESATENÇÃO e os dois MUSOS do TOMATE, sempre um casal.
Como sempre, continuamos seguindo o lema, "A GENTE FAZ FESTA MAS TÁ PUTO DA VIDA".
Este é só o começo e de agora em diante, até o Carnaval, publicações quase diárias por aqui e compartilhadas pela aí, com as novidades (surpresa em quem vai ilustrar a camiseta deste 11º desfile). Vamos espezinhar com esses perversos todos, os lobos em pele de cordeiro. Vamos juntos?
OBS.: Quando me deparei hoje com essa ilustração do Reinaldo na edição de janeiro da Piauí, na hora vi era era a ideal pra gente dar o pontapé inicial na coisa. Tem muita gente conspirando contra o Carnaval nestas plagas, mas os IMBROCHÁVEIS DA FOLIA estarão de volta ao Calçadão e com a verve mais afiada que nunca
HPA, pelos tomateiros de plantão, Bauru SP, 22h14, sábado, 07 de janeiro de 2023.
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