quinta-feira, 9 de outubro de 2025

UM LUGAR POR AÍ (201)


NÃO ACREDITE EM NENHUM BOLSONARISTA, ESTEJE ELE ONDE ESTIVER – PERDA TOTAL DE CREDIBILIDADE
Dois lamentáveis fatos ocorreram durante o transcorrer desta semana e confirmam a veracidade absoluta do título deste texto. Já passou da hora de dar nome aos bois e creditar todo atraso em curso aos bolsonaristas encrustados dentro das casas legislativas brasileiras, estes fazendo de tudo e mais um pouco para barrar, impedir, deixar de fazer e criar problemas para que nada avance no campo do atendimento popular, principalmente quando por detrás está a chancela do governo Lula, ou algo relacionado à atendimento de proposta advinda de reivindicação da esquerda. No absurdo, esquecem estes, totalmente dos interesses por detrás da proposta e votam contra, tudo para favorecer aos interesses do conservadorismo mais insano, ligado a ultradireita mais esclerosada e perigosa, ou seja, laços umbilicais com o bolsonarismo.

No caso bauruense, a Câmara de Vereadores, numa processante que poderia investigar os reais motivos da inoperância e tudo o mais a envolver a questão da falta d’água na cidade, principalmente os relacionados a promessas de campanha da atual prefeita, a reeleita Suéllen Rosin. Essa por repetidas vezes dizia em alto e bom som, resolveria o problema da falta d’água na cidade e até então, como se sabe, nada fez e pouco fará. Daí, dentro de 21 vereadores, mais um vez o placar já de antemão conhecido, 17 x 4 é explicitado. Nenhum destes 17 aceitam qualquer discussão negativa envolvendo o nome da prefeita, votam cegamente, algo feito de cabresto, dizendo-se de sua base, sem maiores discussões. Ou seja, através da Câmara de Vereadores de Bauru nada passa contra os interesses da prefeita, dita por mim, como incomPrefeita, pelos motivos mais óbvios. Mais uma vez a comprovação, essa já conhecida por toda cidade, a de que por essa vida, nada ocorrerá de justa e necessária investigação. Houvesse, como na legislatura passada, quase empate no momento de votações como essa, teríamos vereadores até se internando em hospital, fazendo uso de atestados médicos para não votar. Hoje, isso não se faz mais necessário, pois a elasticidade da diferença é gritante, alarmante e sinal da total perda de credibilidade da atual composição formada lá nas últimas eleições. Em toda Casa Legislativa dominada pelo bolsonarismo, o resultado sempre será uma faca cravada nos costados do povo.

No caso brasileiro, mais uma vez comprova-se que a Câmara dos Deputados é hoje reduto de negacionistas da pior espécie, em sua maioria gente sem qualificação para o exercício do cargo, só interessadas em aprovar algo indicado por suas bancadas, na quase totalidade ainda com ligações umbilicais com a ultradireita, consequentemente ao bolsonarismo. Diante da pressão popular, o povo nas ruas eles acabaram tendo que votar de forma unanime a PEC da Bandidagem, uma que daria poderes ilimitados para deputados, mesmo diante de crimes, passarem ilesos, sem ter que prestar contas à Justiça. Agora, quando a pressão se esvai, eles se aproveitam e após ser emplacado justo pagamento de impostos à camada mais rica do país, favorecem a estes e cravam uma estaca nos interesses nacionais. O fazem sem pensar no país, mas nos seus próprios interesses, todos interligados aos piores temas em discussão. Querem o Brasil de Lula no chão e para tanto viram de costas para o país num todo. Este o nível e o perfil do atual Congresso Nacional, um dos piores que já tivemos em toda nossa história.

Em ambos os casos só existe uma só saída, a pressão popular, essa exercida com povo nas ruas. Por sorte, ainda temos, neste momento, um STF defendendo os interesses nacionais e não voltado, como já ocorreu num passado não tão distante, aos destes grupos. A Justiça hoje em sua magnitude, tem representatividade nas ações do STF. Não fosse isso, toda justa reivindicação popular estaria num mato e sem cachorro. Porém, a reversão através da vida Justiça é lenta e mais rápido, só mesmo com mobilização popular. Povo nas ruas resolve quase tudo. A derrota destes todos atravancando o país poderá se dar nas urnas, nos próximos pleitos – algo ainda difícil -, mas o resultado imediato só as ruas pode dar. Para tanto, novas ações devem ser nacionalmente marcadas de forma imediata. Algo tenebroso ocorre em todas as instâncias legislativas brasileiras. De Bauru à Brasília, a perversão é inconteste.

algo de minhas andanças pela aí

ITÁPOLIS NÃO É SOMENTE A TERRA DO SORVETE, JÁ FOI TAMBÉM SEDE DO OESTE FUTEBOL CLUBE, FONTE DE ORGULHO DA CIDADE
Numa passagem muito rápida por Itápolis, 100 km de Bauru, conferi pessoalmente algo de como anda a situação do Estádio Municipal dos Amaros, consequentemente como anda a do time do Oeste, que um dia representou a cidade e hoje, vive momentos de “Perdidos no Espaço” – igualzinho a antiga série televisiva -, ou seja, sem eira nem beira. Um dia, um empresário assumiu o controle total e absoluto do time da cidade, vislumbrando a necessidade de deixar a cidade para crescer. Algo ocorreu, porém, o time sem nenhum identidade com o novo local, Barueri, principalmente sem um “lugar pra chamar de seu”, hoje fenece, esquecido e atuando dentro da parte mais inexpressiva do futebol brasileiro, envolta numa nuvem que poderá o levar à completa extinção. Ou seja, empresário tira o prazer de uma cidade em manter um time, não atinge seus objetivos fora da cidade e pelo visto, não ocorrerá a devolução do Oeste pra Itápolis.

Passo rapidamente pela cidade e quis sentir pessoalmente como anda a situação, em primeiro lugar do estádio. Pra começo de conversa, algo quase único, um estádio envolto por residências, dentro de área nobre da cidade. Só conheço outra situação parecida, a de Santa Cruz do Rio Pardo. Neste local, o Amaros, já foi presenciado belíssimos espetáculos futebolísticos. Hoje, algo do passado e da lembrança dos torcedores. Pelas frestas de seus portões, se vislumbra a situação do interior do estádio, com mato alto no seu gramado. Rodeio o quarteirão, observo algo idêntico em todos seus portões, o abandono. No principal, uma casa bem ao lado, com pequena empresa de costura industrial e lá, ninguém sabe nada sobre o futuro. O presente para eles é algo ruim, espécie de imóvel abandonado e sendo deteriorado, com todos os problemas disso decorrentes.

Num portão, o motorista de uma moto me vendo fotografando, para e pergunta se tenho novidades. Digo ser saudosista e passando pelo local vim verificar se ainda existe alguma possibilidade do Oeste voltar pra cidade. Ele desdém e diz da falta de interesse. Cita os casos de Novo Horizonte e Mirassol, cidades com população próximas e por lá, algo bem diferente. “Itápolis não soube defender seu time. Uma torcida foi mantida até quando deu. Viajavam e amavam isso tudo. Deixamos levarem o Oeste para longe daqui. Foi sua derrocada. Eles tinham tudo pra dar errado e deram. E se um dia ocorrer a devolução será nas piores condições possíveis”, me diz.

No posto de combustível do centro da cidade, pergunto a um frentista, que me leva a outro, este uma espécie de ventríloquo da cidade. Conta a história de um professor de Educação Física, trabalhando com jovens e quase tudo certo para essas atividades esportivas acontecerem no estádio, ainda em poder do município. “Dizem que, as arquibancadas de ferro serão todas retiradas, pois não atendem mais exigências da FPF – Federação Paulista de Futebol – para jogos oficiais. A cidade não reage, pois não existe mais um time. Se existisse, a luta seria outra. Será bom ver os mais jovens ali atuando, mas nada como o que já tivemos no passado. Sonho com um novo time representando Itápolis”.

O empresário Mário Teixeira, conhecido como "Seu Mário" e dono do Audax, é o responsável por levar o Oeste Futebol Clube para longe de Itápolis. Ele comprou o clube em 2016 e, em 2017, transferiu sua sede para Barueri, mudando a marca e a operação do time. Segundo Emilio Botta, em 25/09/2025, para o site ge.globo, essa a atual situação do Oeste: “O Oeste deixou as instalações do CT, localizado em Barueri, sede do clube desde 2017. A desocupação do local ocorreu em virtude do fim da cessão da estrutura pela prefeitura da cidade, que era uma apoiadora desde que o clube deixou Itápolis, no interior de São Paulo, onde foi fundado, em 1921. Na época, a alegação foi de falta do apoio da administração pública. Atualmente, o Oeste tem treinado em um campo de futebol na cidade de Araçariguama. No entanto, a possibilidade de permanência do clube por lá é remota. Uma alternativa estudada é treinar em Araçariguama e mandar os jogos em outra cidade que tenha estádio”.

Campeão da Série C do Brasileiro em 2012, o Oeste disputou a Série B por oito anos consecutivos, entre 2013 e 2020, quando foi rebaixado também no Campeonato Paulista. Para muitos na cidade, havendo uma nova rodada de conversação entre as partes, o atual proprietário da marca Oeste, a Prefeitura de Itápolis e sua população, ou seja, seus torcedores, a vontade é a da melhor solução ser seu retorno para sua cidade de origem. “Este será seu fim, mais dia menos dia, porém todos temem, isso ocorrerá na chamada bacia das almas, ou seja, na pior situação possível. Assim mesmo, o Oeste é nosso, é daqui e dele ainda iremos tomar conta”, conta um senhor de chapéu na praça principal da cidade.

VOLTAR PRAS RUAS JÁ, SEJA POR UM TIME DE FUTEBOL OU PELAS DECISÕES INQUALIFICADAS DE SEUS POLÍTICOS

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